Era janeiro de 2018 e Blake sabia que havia algo errado, pois após um saque forte, algo repuxou em seu ombro. Não demorou muito para que ele m*l conseguisse levantar o braço durante o jogo. Ele sinalizou para o técnico e ele o retirou do jogo.
— Blake, o que houve? — O sr. Ron questionou, pois não era comum Blake pedir para sair. Além de competitivo, o garoto é extremamente empenhado.
— Meu ombro tá zoado, não sei o que é. — Ele dizia, enquanto passava uma das mãos em cima do ombro.
O médico foi chamado e logo tirou o garoto alto do jogo. Ele não entendeu muito bem, mas o médico lançou um olhar preocupado para o técnico. O médico conduziu Blake para dentro do estádio e o indicou para entrar na ambulância. Até então, ele não entendia a gravidade do problema.
Algumas horas depois e Blake chorava desconsolado na frente dos médicos. Um dos ligamentos do ombro havia se rompido, e a indicação era que ele não poderia mais jogar por muito tempo - justo nas rodadas finais do campeonato regional. Ele limpou as lágrimas, e questionou se algum dia ele poderia jogar de novo.
— Não como você jogava antes, mas a reabilitação é possível, senhor Cross. Faremos o possível... — O pai de Blake apoiava a mão no ombro machucado do filho, ouvindo com pesar o que o médico falava.
Os dois saíram do hospital e Blake pediu para ir pra casa, pois queria ficar sozinho um pouco. Ele deitou na cama após tomar alguns analgésicos, fechou os olhos e pegou no sono. Foi desperto pela porta do seu quarto abrindo de forma bruta. Era Hannah, sua amiga. Ele cobriu a cabeça, se escondendo.
— E aí, Blakeyyyy! Vem, você precisa se animar. Nós vamos resolver esse negócio do seu braço — ela disse e puxou o cobertor do rosto dele.
O cabelo loiro bagunçado ainda estava na frente do rosto, então ela passou a mão para deixar os olhos dele mais visíveis
– Você se sentirá melhor do que nunca. Anda! – Ela disse, indo até o armário dele e escolhendo um moletom.
Blake riu e assentiu, levantando e tentando vestir o moletom. Infelizmente, ele não conseguia levantar o braço para se vestir. Hannah se aproximou para auxiliar e ele agradeceu, com o rosto pesaroso.
Os dois saíram descendo pelas escadas da casa de Blake com pressa. Hannah destrancou o carro, e ele entrou do lado do passageiro. Os dois seguiram por quarenta minutos até chegar em uma casa de campo onde havia uma festa. Jovens, velhos, bebida, música alta.
— Hannah, esse não é meu tipo de festa. Eu prefiro as que tenham muitas garotas bonitas... Você sabe... — Ele suspirou fundo e olhou nos olhos da garota loira, rindo.
— Vai valer a pena.
Os dois entraram pela porta da casa e subiram as escadas. O clima no andar de cima era um pouco mais soturno, mas ainda amigável. Chegaram em frente a uma porta, e Hannah respirou fundo.
— Oi Rave. Trouxe a minha parte do acordo. — Hannah empurrou Blake pelas costas em direção ao homem sentando em um sofá, fazendo alguns apontamentos em um caderno. Ele sorriu ao ver Blake, deu dois tapinhas no sofá para que ele se sentasse ali. Pegou um baralho de cartas e entregou 7 a Blake, que acompanhava tudo meio incrédulo.
— Melhor do que eu esperava, Hannah. Mas você sabe que o acordo só finaliza se nós fecharmos negócio. — Rave disse, passando as mãos em seus cabelos castanhos. Blake olhava atentamente para os dois. Logo, algumas garotas entraram e serviram bebidas para Hannah, Blake e Rave.
— Suas cartas estão desalinhadas, Blake. — Sua voz era definitivamente sinistra, e o garoto ainda não havia entendido o porquê de estar ali. A bebida começou a fazer efeito, fazendo o mundo girar. As cartas que antes pareciam formar o grupo correto, vagarosamente se tornaram o pior grupo de cartas possível.
Blake, em um estado de confusão, olhou para Rave e disse que não iria mais jogar. Rave cantou as cartas antes de Blake as jogar na mesa, o que o deixou ainda mais perturbado.
— Eu tenho que ir embora daqui, Hannah. Eu acho que não foi muito inteligente misturar remédios pra dor com bebida... Quer dizer, eu estou vendo coisas. — Ao terminar de falar, ele ri. Hannah, que estava próxima, o empurra de volta para próximo de Rave.
— Anda, Blake. Fala pro Rave sobre seu ombro.
— Mas o que esse cara pode fazer? — Ela da os ombros ao ouvir.
— Experimenta. — Rave olha os dois e cruza os braços.
— Eu não tenho muito tempo, Blake. Me diga... Do que você precisa? — Rave diz e o olha de forma maliciosa, como se já soubesse seu pedido, mas queria vê-lo implorar.
— Tô com o ombro machucado. Quero que ele fique bom pra eu jogar. — Rave sorri. Finalmente descobriu o que Blake queria.
— Cinco anos. E o trato está feito. — Rave finaliza.
— Espera, cinco anos de quê? Eu não entendi, que tipo de acordo você quer fazer comigo? — As perguntas pulam dos lábios de Blake como se estivessem com pressa. Ainda confuso, ele se senta novamente ao lado de Rave, que o olha maliciosamente.
— Cinco anos de castidade. — Ao ouvir Rave, Blake cai na risada. Hannah acompanha a risada para não deixar o amigo sozinho. — Garoto... Se você apertar minha mão, temos um trato e você não sentirá problema nenhum no seu ombro. Se não cumprir o trato, enfrentará consequências. — Blake, ainda rindo, aperta a mão de Rave.
— Valeu, cara, você deixou minha noite mais divertida. — Após terminar de falar, Blake solta a mão de Rave e ele pega o caderno, anota mais alguma coisa.
— Seu nome não está mais aqui, Hannah. Sua dívida está paga. — Hannah pega na mão de Blake e sai andando, arrastando o garoto pra fora.
— Você conhece umas pessoas muito malucas, Hannah. — Blake ri. Um calor repentino sobe por seu corpo, e ele sente a necessidade de tirar o moletom. Ele o retira, sem dificuldade.
O pensamento sobre o tal do acordo passa por sua cabeça, mas ele ri e pensa ser apenas uma grande coincidência. Os dois entram no carro e Hannah dirige de volta para a casa de Blake. Ela permanece em silêncio. Quando os dois chegam na porta da casa dele, ela estaciona e tranca as portas, impedindo ele de sair.
— É real, Blake. Não transa com ninguém. Se você fizer isso, coisas ruins vão acontecer com você, ou com as pessoas ao seu redor. O Rave não mente. — Ela termina de dizer olhando fixamente para os olhos azuis de Blake. Apesar de tudo parecer uma grande brincadeira, uma camada de preocupação começa a se instalar em seu coração.
— Que tipo de acordo eu fiz, Hannah? — Ela abaixa a cabeça ao ouvir.
— Eu só posso dizer que o seu acordo quitou minha divida. — Ela destranca o carro e indica para que Blake saia. Ele sai, ainda confuso. Ela abre o vidro elétrico do passageiro e grita — Eu acho melhor a gente não se encontrar por um tempo.
O carro arranca enquanto Blake ainda está na calçada. Ele entra em casa, coçando a nuca, com o ombro machucado sendo usado para suspender seu braço. Nenhuma dor.
No dia seguinte, ainda sem dor, ele decide ir para o treino. E para o jogo.
Os dias vão passando, e Blake esquece tanto do acordo quanto da dor. Sua vida entrou nos eixos sem nenhuma sequela.
Até que, em uma festa qualquer, ele decidiu ficar com uma garota. Ela se chamava Mia e frequentava a mesma faculdade que ele. Os dois se beijaram e as coisas começaram a esquentar. Ele, um rapaz bonito e sempre preparado para tudo, arrastou Mia para um dos cantos mais escondidos da festa, e enquanto acariciava os cabelos da garota n***a, os lábios se tocavam com vontade. As mãos ásperas de Blake tocavam a garota com vontade, e ela, sucumbindo aos desejos, o tocava em todos os lugares que queria. Blake desceu as mãos até entre as pernas da garota. Ele deu um sorriso malicioso entre o beijo, que foi retribuído por ela. A mão de Blake invadiu a calcinha dela e começou a tocá-la com maestria. Ele era um canalha, sabia exatamente o que fazer para deixar uma garota completamente louca. Mia não teve chance. Agarrou-se ao pescoço de Blake e ele a arrastou para o banheiro, se trancando com ela lá. Blake abriu o zíper da calça e enquanto ela o tocava, ele a tocava também. Em poucos minutos, abafou gritos e gemidos de prazer no ombro de Blake.
— Isso... Boa garota... — Ele disse, no ouvido dela. Ela sorriu, deixando os dentes perfeitos a mostra. Já era comum Blake ficar com garotas dessa forma em festas.
Não demorou muito para ele gozar também, e depois de se limparem, os dois logo se separaram e foram cada um para seu canto.
Blake não entrou mais em contato com Mia, e nem ela o procurou. A garota sabia da fama de pegador e da mesma forma que ele a usou, ela o usou também.
Vinte dias depois, Blake entra na faculdade e há uma comoção nos corredores. Um dos armários da faculdade estava cheio de flores e cartões colados. Ele cutuca um colega e pergunta o que houve.
— Você não soube, Blake? Aquela garota morena... A que você ficou na festa.
— A Mia? — Ele diz, arregalando os olhos.
— Sim. Ela bateu o carro ontem... Passaram a madrugada tentando ajudar, no hospital, mas ela faleceu hoje pela manhã.
Blake vira e sai andando sem ao menos agradecer o colega. Ele lembra do acordo, mas milhares de dúvidas pairam por sua cabeça. Ele corre até a banca de jornal da faculdade e compra o jornal do dia. A matéria sobre Mia está na capa. Ela estava embriagada. Um suspiro de alívio sai dos lábios do garoto e ele joga o jornal fora.
— Eu preciso deixar tudo isso pra lá. É uma coincidência. Ela tava bêbada.
Blake começa a hiperventilar. Lembrando de uma aula de meditação que o técnico obrigou todos a fazerem certa vez, ele consegue tomar o controle do próprio corpo.
Dois meses depois do acontecido, o loiro ainda não conseguia esquecer de Mia. Os amigos, que sempre tentavam animar o rapaz, o convidaram para uma festa. Um deles empurra uma garota de cabelos pretos, e pele muito branca, em direção a Blake que estava sentado no sofá da casa onde acontecia a festa. A garota finge desequilíbrio e cai sentada no colo dele, dando uma risada. Depois de longos dois meses, ele está novamente esquecendo do acordo.
O nome dela era Hannah, assim como o nome da garota que o apresentou para Rave meses atrás. Parecia um aviso. Quando ela disse o próprio nome, Blake engoliu seco, mas ela se ajeitou no colo dele e roçou em seu m****o de forma proposital.
— Se estiver desconfortável pra você, eu saio, Blake... — Ela disse, enquanto segurava um copo vermelho na mão. Ela puxou a saia que estava na altura do começo das coxas um pouco mais pra baixo, para cobrir um pouco mais a coxa grossa e extremamente branca que estava quase inteira a mostra. Parecia um maldito feitiço. Uma garota gostosa como Hannah era irresistível.
Blake passou a mão vagarosamente pela coxa da garota, que correspondeu mexendo levemente o quadril em cima dele.
— Meu quarto tá desocupado, cara. — Jonas, um dos amigos de Blake e dono da casa grita. O sorriso malicioso dela, de Jonas e Blake já entrega o que aconteceria a seguir. A garota levanta do colo de Blake e ergue a mão que está sem o copo pra ele.
— Vamos pra um lugar mais privado, sim? — Ela sorri. O batom vermelho perfeitamente passado contrasta com a pele branca, o fazendo lembrar da branca de neve. Os pensamentos de Blake ficam perdidos ao ver a garota de saia curta pegando em sua mão e o arrastando para o andar de cima.
Ao entrarem no quarto, a garota começa a dançar de maneira sensual a música que toca do lado de fora do quarto. Ele apenas a observa.
— Nunca te vi na faculdade. — Ele quebra o silêncio, em meio a dancinha da garota.
— Eu não sou daqui. Tô de férias. — Hannah disse, enquanto guiava Blake até a cama. Ele andou de costas, empurrado pela garota até sentar-se na cama. Ela passou uma perna pra cada lado das pernas dele e sentou-se em seu colo. Ele não protestou. Apoiou as duas mãos nos quadris da garota enquanto observava ela falar. — Acho que você já percebeu que eu sou bem direta, não é? — Ela disse e riu. Os lábios de Blake se curvaram em um sorriso malicioso.
— Gosto assim... — Antes mesmo de completar o que dizia, a garota encaixou os lábios nos dele e os dois compartilharam um beijo cheio de desejo.
Mãos firmes passeavam pelas coxas grossas da garota. Os lábios de Blake fizeram um caminho pelo maxilar e chegaram ao pescoço da garota, que gemeu em resposta. Ele arrastou uma das mãos até o cabelo dela e puxou levemente o cabelo dela, deixando o pescoço ainda mais exposto.
— Você é bom... — Ela sussurrou enquanto se deliciava com os lábios em seu pescoço. Ele sorriu contra a pele dela.
— Nem comecei... — Disse, arrastando a outra mão pelas costas e de forma ágil abrindo o sutiã da moça.
Os dois se separaram apenas para que ele pudesse retirar a blusa dela, junto com o sutiã já aberto. Ela o ajudou a retirar a camiseta e os dois retomaram o beijo.
Ele pegou a garota de jeito e a virou na cama, ficando por cima dela, que abriu as pernas deixando ele se encaixar ali. Ele observou o corpo da garota e vagarosamente levou o rosto até os s***s pequenos. Alguns beijos seguidos por chupões traçaram o caminho até seu mamilo. Suas mãos seguravam a cintura dela com força. Ela, apoiava as mãos nas costas dele e o apertava com força.
— Vira de costas, Hannah. — Ele falou com uma voz firme, ainda que soasse como um sussurro. Ela obedeceu e ficou deitada de costas na cama.
Não demorou muito para que Blake abrisse o zíper da calça, liberando o m****o duro e afastasse a calcinha dela apenas o suficiente para se introduzir ali. Ele sentiu o corpo dela se contrair com a primeira penetração, que foi lenta, respeitando o tempo do corpo para que se acostumasse com sua presença. Lentamente ele começou a se mexer, ela sentindo o m****o rígido e ele a cavidade apertada dela. Com uma das mãos, ele se apoiava na cama. Com a outra, ele segurava o cabelo dela, que gemia a cada estocada. Após um breve momento dessa forma, ele puxou o quadril da garota a fazendo ficar de quatro. Enquanto ele empurrava o quadril contra ela várias vezes seguidas, uma das mãos fazia um carinho bastante ágil e útil no ponto mais sensível da i********e da garota. Ele se curvou no corpo da garota encostando suas costas nas dela, e encaixando o rosto perto de seu ouvido. Com seus cabelos em mãos, ele puxou com mais força, fazendo a cabeça vir levemente pra trás. Ela, que já estava em completo êxtase, ouviu algumas palavras inteligíveis serem sussuradas em seu ouvido e sentiu um o*****o intenso. A última estocada de Blake foi mais longa e pulsante, indicando que ele também havia terminado. Os dois se jogaram na cama e a garota ficou olhando para o teto, antes de soltar uma risada.
— Você é ótimo, caramba. Deve ter muita prática. Você é daqueles cretinos que a gente nunca esquece. — Ela ri.
— Você também é ótima mas não sou obrigado a produzir provas contra mim mesmo, não é? — Ele disse e também riu.
— Pena que vou embora amanhã de manhã. Eu adoraria te ver novamente. — Ela disse, com olhar pesaroso.
Ele ri e se levanta, enquanto começa a arrumar a calça e fechar o zíper. Hannah observa os músculos do braço e do abdômen do homem que acabou de a ter nos braços e da um pequeno suspiro.
— Você nem parece real. — Ela diz e ri. — Obrigada por fechar minha viagem com chave de ouro.
Blake nem presta atenção no que a menina diz. Apenas se abaixa, pega a blusa enrolada no sutiã e joga de forma suave até a garota, que pega a roupa no ar. Ele veste a própria camiseta enquanto Hannah faz o mesmo, e após terminarem de colocar as roupas, ele abre a porta do quarto, indicando que o momento a sós dos dois chegou ao fim. Os dois retornam pra festa, mas acabam ficando na mesma rodinha de amigos por um bom tempo.
Cerca de 4 meses haviam se passado, e Blake, por curiosidade acabava procurando por Hannah no i********:. Vez ou outra ainda trocavam mensagem.
Até que um dia, acabou.
Em uma foto preta e branca da garota sorrindo, os amigos prestavam condolências. Alguns curiosos perguntavam o que tinha acontecido, e um deles obteve resposta.
— Ela foi atropelada enquanto andava de bike na avenida 17, gente! Colocamos uma cruz onde ela morreu, no gramado. Quem quiser prestar condolências, o enterro será no sábado. — Um amigo respondeu.
Novamente, Blake hiperventilava. Seria tudo uma grande coincidência ou uma maldição real?