Os corredores do hospital improvisado montado nos arredores de Palermo estavam tomados por vozes abafadas e cheiro de antisséptico. A batalha havia terminado, mas o eco da violência ainda reverberava nos olhos de quem sobrevivera. Isabella passava entre os feridos, a postura firme escondendo o turbilhão dentro dela. Parou ao lado de Marco, com o braço enfaixado, os olhos baixos, o rosto marcado pela perda. — Ele… ainda não apareceu. — murmurou ele. — Enzo nunca foge — disse ela. — Ele se esconde para atacar de novo. Marco assentiu em silêncio. Mas havia mais no ar do que dor e derrota. Havia uma dúvida que começava a rondar cada olhar que cruzava o de Isabella: a dúvida sobre seu sangue. Ela sabia que murmuravam, que olhavam com incerteza. Varone. Não apenas uma ameaça externa. Agor

