— Achei que ia demorar mais – ele disse, com a voz baixa, arrastada, como se tivesse esperando por isso o dia inteiro.
— Eu vim assim que recebi o recado – falei, a voz falhando no meio da frase.
Ele largou o celular na mesa e levantou devagar. Veio andando até mim com uma calma que me deixava ainda mais nervosa.
— Tá com medo? – perguntou, parando a poucos centímetros de distância.
Engoli em seco.
— Eu pensei que talvez o dinheiro fosse demais – soltei de uma vez, antes que a coragem sumisse. – Se foi, eu posso devolver...
Minha mão tremia dentro da bolsa, pronta pra puxar as notas amassadas de volta.
Ele deu um meio sorriso torto, como se estivesse achando graça da minha aflição.
— Dinheiro tá certo – respondeu, com aquele tom grave que faz minha barriga revirar. – Não te chamei por causa disso.
Meu coração deu um salto.
— Então por quê?
Ele inclinou a cabeça pro lado, me olhando como se eu fosse algum tipo de brinquedo novo que ele ainda estava decidindo como quebrar.
— Porque eu quero – disse, simples assim.
Antes que eu pudesse reagir, ele me puxou pela cintura.
O impacto do corpo dele no meu foi forte. Senti o calor dele através do tecido fino da minha blusa. O cheiro de álcool, cigarro e dele.
A mão dele subiu pela minha nuca, enroscando nos meus cabelos. O olhar dele cravado no meu, pesado, sujo, faminto.
— Você acha que pode me ignorar depois da noite de ontem? – ele sussurrou contra a minha boca.
Antes que eu respondesse, ele me beijou.
Forte. Bruto. Sem pedir. Sem aviso.
A boca dele invadiu a minha como se fosse um ataque. A língua dele me dominando, o gosto de álcool se misturando com o meu medo e com uma vontade que eu odeio admitir que estou sentindo.
Minhas mãos foram parar no peito dele, como se eu fosse empurrar. Mas ficaram ali, paradas, tremendo.
Ele me encostou na parede da sala, a mesma onde, na noite anterior, ele me teve como quis. Agora, de novo.
A mão dele desceu pelas minhas costas, pela minha b***a, apertando, marcando. O beijo só terminou quando ele quis. Ele se afastou só o suficiente pra falar perto da minha boca:
— Não te chamei pra conversar.
O sangue sumiu das minhas pernas. O ar ficou curto. Ele segurou meu rosto de novo.
— Você é minha distração por enquanto, então quando eu chamar, você vem. Entendeu?
Minha respiração falhou. Assenti. Porque dizer não não era uma opção e porque, no fundo, uma parte de mim gostava daquela sensação de ser escolhida.
Mesmo sabendo o preço.
O corpo dele prensado no meu, a respiração quente batendo no meu pescoço, e eu ali, encostada na parede da sala, com o coração disparado e as pernas tremendo.
Dante não me deu tempo pra pensar. Nem pra respirar.
As mãos dele desceram direto pra barra da minha blusa. Puxou por cima da cabeça, arrancando de qualquer jeito. Meu sutiã foi o próximo. Um puxão rápido, o fecho arrebentando nas costas.
Quando minhas mãos tentaram segurar, proteger, ele segurou meus pulsos com força, me prendendo contra a parede.
— Não – a voz dele veio grave, baixa, como uma ordem que atravessou meu corpo inteiro.
Ele desceu a boca pelo meu pescoço, mordendo, chupando, marcando sem nenhuma delicadeza. Cada mordida era uma mistura de dor e calor que me fazia querer chorar, ou gritar, ou me jogar mais ainda pra ele.
Minha pele queimava. Minhas coxas estavam tremendo. O meio das minhas pernas, molhado, quente, latejando.
Quando ele me soltou, achei que ia ter uma chance de respirar. Mas ele se ajoelhou na minha frente, sem aviso, sem pedir. Segurou minhas coxas com força e abriu, me expondo toda pra ele. Eu tremi inteira.
— Abre mais – disse, me encarando de baixo, com os olhos escuros, famintos, como se fosse me devorar.
Minhas pernas m*l obedeciam, mas abriram e ele veio com tudo.
A língua dele me atingiu com força, quente, úmida, lenta no começo, depois mais rápida, mais funda, mais suja.
Ele me lambeu como se tivesse fome. Como se quisesse provar cada parte minha. Como se eu fosse dele. Já era dele. Meus gemidos saíam roucos, rasgados, altos, sem controle.
— Isso, geme pra mim – murmurou, com a voz abafada, ainda entre minhas pernas.
O jeito que ele me chupava não era pra me dar prazer. Era pra me deixar completamente fora de mim. Perdida. Entregue.
As mãos dele apertavam minha b***a com força, me puxando mais pra boca dele, sem me dar espaço pra fugir.
Quando eu gozei, quase desabei no chão.
O corpo inteiro tremendo, as pernas falhando, os olhos marejados.
Antes que eu caísse de vez, ele me pegou no colo. Como se eu não pesasse nada. Me carregou até o sofá e me jogou ali, de costas.
Tirou a calça com pressa. A cueca desceu junto.
Quando vi ele por inteiro, duro, pesado, com aquela expressão de puro desejo e posse, o medo misturado com um fogo i****a tomou conta de mim.
Ele subiu em cima de mim, abriu minhas pernas de novo com os joelhos. E entrou. De uma vez. Fundo. Bruto. Gritei. O ar sumiu dos meus pulmões.
Dante começou a meter com força. Rápido, possessivo, cada estocada como se fosse pra me marcar por dentro.
As mãos dele apertavam meu quadril com tanta força que eu sentia os dedos dele cravando na minha carne.
— Você é minha agora – rosnou no meu ouvido, me fodendo como se quisesse me destruir.
Meu corpo inteiro reagia. Meus gemidos saíam altos, sem controle, como se eu já tivesse perdido qualquer noção de vergonha.
Ele me virou de bruços no sofá, sem sair de dentro de mim. Me puxou pela cintura e continuou me fodendo por trás.
O som dos nossos corpos batendo ecoava na sala. Minha pele ardendo com cada movimento. A respiração dele quente, rápida, quase animalesca.
Quando ele gozou, foi com um gemido baixo, grave, enterrando até o final, segurando minhas ancas como se quisesse me quebrar.
Ficou ali, dentro de mim, respirando pesado.
Depois, se afastou devagar. Se levantou, pegou a cueca e a calça, se vestiu como se não tivesse acabado de fazer o que fez.
Eu continuei ali, jogada no sofá, com as pernas abertas, o corpo inteiro tremendo, a pele marcada e o gosto dele ainda na minha boca.
Antes de sair da sala, ele jogou outro maço de dinheiro no chão, do mesmo jeito da noite anterior.
Sem olhar pra trás, falou com a voz arrastada:
— Da próxima vez, eu vou querer mais tempo.
E foi embora.
Me deixando ali, com o corpo destruído, o orgulho em pedaços e a certeza de que, por mais que eu odiasse, uma parte de mim ia voltar.
Sempre ia voltar.