36 - Valentina

828 Words

Já era quase fim de tarde quando o pagode começou a esquentar de verdade. A fumaça da churrasqueira já tinha impregnado no meu cabelo, e o copo de refrigerante já tinha virado água com gás. Mesmo assim, eu tava tranquila. Me sentia… parte. Mari, por outro lado, parecia cada vez mais desconectada. Ela tava sentada agora numa cadeira ao lado do namorado, com as pernas cruzadas, a cara fechada e o celular na mão, mexendo nos stories como se fosse um bote salva-vidas. — Amor, será que a gente já não pode ir? — ela perguntou baixinho, mas alto o suficiente pra eu ouvir. — Já tirei até foto, ninguém mais precisa saber que eu vim. Quase engasguei com a risada que tentei segurar. JL olhou pra mim na hora. Eu só levantei uma sobrancelha, como quem diz “tá ouvindo isso?” O parceiro dele fingiu

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