35 - Valentina

1036 Words

Saímos do posto devagar, eu com os passos mais pesados por causa da barriga, e o JL com a mão espalmada nas minhas costas, como se fosse apoio ou proteção. Talvez os dois. O sol tava daquele jeito que parece querer rachar o asfalto, e eu só queria um copo de suco gelado e um canto pra deitar as pernas. Mas a gente ainda ia andar até em casa. Foi quando um carro encostou com o som baixo tocando um pagode antigo, e um cara saiu do banco do motorista. Ele era parrudo, tatuado até o pescoço e tinha um sorriso largo demais. O JL automaticamente se afastou de mim um passo e fez aquele cumprimento de mão que eles tinham, cheio de toques e códigos. — Olha só quem tá por aqui, pô — o cara disse, rindo. — E aí, JL! Qual foi? Levou a patroa pra ver o herdeiro? — Cê sabe como é, né. Coraçãozinho t

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