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Blurb

Até que ponto a busca pela vingança fará com que Rafael recue?

Ele não enxergava limites, não até seus olhos se depararem com a mulher mais linda que ele pode ver.

Júlia era como um anjo no meio de toda a escuridão que sempre o cercou, e apareceu em sua vida da maneira mais desproporcional. Agora ele teria que tomar uma decisão se prosseguiria ou se renderia a este amor.

Valerá a pena tanto sangue derramado, tanta luta?

Ela ficará ao seu lado depois que descobrir de tudo o que ele foi capaz até aqui?

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#1
JÚLIA  “Porque Ele vive, posso crer no amanhã Porque Ele vive, temor não há Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida Está nas mãos de meu Jesus, que vivo está” A igreja cantava em uma só voz e confesso que isso mexia muito comigo em meu coração. Amava louvar ao Senhor, por mais que muitas vezes eu não concordasse em como meu pai geria esta congregação. Sim, eu era a filha do pastor, e muitas vezes tida como bom exemplo de comportamento, já que meu irmão mais velho se tornou a ovelha n***a e partiu para a capital. Devo admitir que muitas vezes meu pai extrapola em suas exigências e doutrinas e talvez, só talvez, penso como seria a minha vida longe de toda a sua autoridade. A minha mãe não pode opinar em nada, afinal, ele é o cabeça da casa, e deve ter a família perfeita, aquela a quem os fiéis devem ter como exemplo. O escândalo que trouxe a apostasia do meu irmão foi horrível, mas como um homem que sabe usar as palavras, meu pai soube usar isso em favor de sua fé. Eu amava o André, ele sempre era paciente e bondoso comigo, apesar de nosso pai nos cobrar tanto. Já fazem quase cinco anos que não nos vemos ou sequer nos falamos. Nosso pai nos proibiu de qualquer tipo de comunicação, tanto eu quanto minha mãe, e isso me entristeceu. Porém, não ousei desobedecê-lo. Aprendi que ele é um homem instruído espiritualmente e que apesar da tirania, sabia o que era melhor para sua família, afinal, a maneira como geria a igreja era a prova disso. O culto foi encerrado e minha mãe e eu, como sempre, fomos para próximo do altar onde alguns irmãos vinham fazer seus pedidos ao meu pai. — Olá, Júlia, a paz? — A paz, João. — Em dois dias será seu aniversário de dezoito anos, se eu te convidasse para tomar um sorvete, você aceitaria? Ao ouvir suas palavras meu rosto fumegou. Nunca passou pela minha cabeça um encontro com qualquer rapaz, até porque, minha mãe dizia que eu deveria me guardar para o homem com quem iria me casar. Então, a encarei e ela por sua vez tomou a direção da conversa com João, que era filho de um obreiro viúvo da congregação. Ele era bem visto por todos, e até então não o via como um possível esposo, mas sabia que meu pai o aprovaria sem qualquer dúvida. Por outro lado, não era com quem eu sonhava em passar o resto de minha vida. Era uma boa pessoa, trabalhador, e tudo o que um genro poderia ser para os seus sogros, mas para mim, ainda faltava algo. — A paz, João. Esse tipo de pedido não deve fazer a minha filha e sim ao seu pai. — Certo, irmã. Queria apenas saber se a Júlia faria gosto de eu pedir ao seu pai. Ainda constrangida pela situação, recebi dois pares de olhos. Em meu interior eu não queria aceitar, mas seria de muito m*l gosto o envergonhar ali, quando outras pessoas estavam atrás dele e a minha mãe também se fazia presente. Então, apenas assenti. Ele por sua vez sorriu e foi em direção ao meu pai. Em dois dias eu faria dezoito anos e tudo o que eu queria, era provar algo que nem eu mesma sabia o que era. Algo novo e que nunca vi. Meu pai sempre fala que meu irmão deve estar vivendo das migalhas desse mundo, assim como o filho pródigo, e que não volta para casa pelo orgulho. Em suas palavras, ele estará pronto para perdoá-lo, mesmo que André e eu saibamos que o sermão perdurará por um longo tempo. Sabemos que ele não tolera erros, que ele não tolera escândalos, e muito menos pessoas que apostatam de sua fé. Assim que cheguei em casa saudei os meus pais e fui para o meu quarto. Sabendo que estava segura, abri a gaveta do criado-mudo e abri o hinário que ali estava. Dentro dele, um número de telefone. Há alguns dias atrás, estava no mercado com minha mãe quando Hugo, um amigo do meu irmão, me abordou e me entregou este mesmo papel, nele estava escrito: “Quando quiser falar comigo, é só ligar neste número.” Sabia que era do André, mas meu consciente, que era muito temente ao que papai dizia, me alertava que era tudo muito errado. Então eu apenas guardei ali naquela gaveta e decidi esquecer. Não joguei fora por respeito e amor ao meu irmão, mas também não tinha coragem de desobedecer ao nosso pai. — Filha — chamou minha mãe, abrindo a porta do meu quarto, sem pedir licença ou um prévio aviso de que estava chegando. — Sim, mamãe? — Seu pai está chamando na sala. Sabia para o que era, e confesso que queria responder o que meu interior queria, mas novamente não poderia pensar em ser a filha rebelde. De maneira obediente guardei o hinário na gaveta e me pus de pé, seguindo a minha mãe até a sala. — João veio falar comigo. — Sim, papai. — Ele quer te levar para tomar um sorvete no dia do seu aniversário. Ouvi suas palavras com uma enorme vontade de contrariá-las. — Ele é um bom rapaz, trabalhador. Ajuda o pai na farmácia, aqui em Campinas eles têm ao menos três unidades, então sei que ele será provedor. Faço muito gosto que esse casamento aconteça. Assustada pelo que acabara de falar, o encarei com meus olhos suplicando para que ele não me condenasse a isso, porém em meus lábios, apenas o silêncio. — Eu tenho que sempre ver o melhor para você, minha filha. Não posso permitir que essa família caia em desgraça mais uma vez. Do contrário, o que os fiéis irão pensar? Um homem que não sabe governar a própria casa vai saber governar uma igreja? E no mais, é um jovem que vai herdar tudo do pai. Eles são bons contribuintes para a igreja e estão sempre ajudando nos custos de lá. — Ele é muito bonito, filha — completou mamãe —, sei que ele tem boas intenções. Sabendo que não teria o meu livre arbítrio ali respeitado, apenas abaixei a minha cabeça e ouvi eles se convencerem e me convencerem de que aquilo seria o melhor para mim.

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