Capítulo 1- Arthur Morratti

1523 Words
Capítulo 1 Momentos antes de Ellen entrar na vida de Arthur... Arthur Morratti Sou o CEO das indústrias Morratti, um herdeiro órfã que teve a morte dos pais de forma trágica e traumática. Eu tinha apenas sete anos quando perdi meus pais em um acidente de carro onde eu estava também, por obra do destino fui o único a sobreviver de tal acaso do destino. Às vezes me pergunto porque somente ter sobrado a mim dentre os meus familiares. A dor que senti ao ver minha mãe e meu pai sem vida diante de mim marcou a minha alma. Até hoje eu não consegui esquecer tais imagens e sensações. Tudo foi tão rápido e quando deu por mim estava em um hospital e nunca mais tive uma família como a minha. Não tive o amor que meus pais se dedicaram a me proporcionar durante os sete anos em que vivemos juntos, não tinha mais tudo que vivi tão intensamente com a minha família. Com apenas sete anos, sozinho no mundo, sem pai, sem mãe ou qualquer pessoa familiar. Fui mandado embora para Londres onde um tio distante cuidaria de mim e me criaria até eu atingir a maior idade. Senhor Leopoldo Scott era um homem frio, calculista e poderoso em Londres. Nunca mexeu na minha herança, ele não precisa, pois era muito rico e tinha toda a Londres aos seus pés. Irmão da minha mãe, meu tio odiava meu pai por ter levado a sua irmã para a América e por ter mantido nossa família longe dos seus familiares londrinos. Meu tio nunca me culpou de nada, me criou como sabia e sou grato por isso, mesmo duvidando do seu caráter fora das minhas vistas. Cresci falando de negócios, ouvindo sobre negócios e virando a imagem e semelhança daquele que não me deu carinho, mas sim um propósito de vida. Fui criado para ser um dos maiores CEO da América. Leopoldo me fez estudar dia e noite, ser implacável com aqueles que queriam me passar a perna e ver um potencial onde ninguém via. Temos que fazer de tudo para chegarmos aos nossos objetivos e assim eu cheguei aos meus. Vinte um anos depois tinha um império para administrar na Califórnia. Fazer o nome dos meus pais ser reconhecido em todo os Estados Unidos da América era a minha missão na vida, queria a marca Morratti sendo vista como excelência. Voltar para os Estados Unidos foi difícil, me afundei ainda mais nos negócios e tripliquei a minha fortuna em poucos anos. Um verdadeiro feito para muitos empresários que estavam de olho em mim e queria ver a minha derrocada, era muiito jovem para ter o que tinha rendido aos meus pés. Passaram anos e eu sou um dos CEOs mais respeitado e mais procurado por empresas em todo o Estados Unidos e agora parte do mundo. - Senhor Morratti, tenho aqui a lista de mais dez possíveis secretarias. Sabe que a minha licença somente vai até o final do mês e preciso de tempo para ensinar tudo que sei a nova aprendiz. - Senhora Ana me fala séria, é a única que fala desse jeito comigo. Foram anos de trabalho mútuo e respeitoso. Ana veio de Londres para a Califórnia, mas ela já passou da época de se aposentar. Não posso mais pender ela comigo, seria uma injustiça muito grande, mesmo eu pagando tudo dela. Moradia, recursos e a sua aposentadoria que já foi adiada três vezes por eu sair gritando com cada candidata que não faz o mínimo das funções pedidas. Uma Senhora de sessenta e poucos anos faz com excelência, não era possível uma mulher recém sair da faculdade não saber. Sou um líder que dita sua empresa a mãos de ferro. Não gosto de nada fora do lugar, tudo tem que funcionar como um relógio que não volta atrás e não para por nada. - Se nessa lista estiver alguém tão qualificada como você, que m*l tem não é mesmo Senhora Ana? A questão é que todas as últimas três acabaram com a harmonia que levamos anos para ter. Sabe que não quero menos do que o excepcional. - Digo olhando para a Senhora que é sozinha na vida como eu. Ela já aguentou esse cara ranzinza por mais anos que poderia contar, não sei como ela não me largou sozinha. Ana suspira colocando as pastas em minha mesa de forma perfeita e me fita com seus olhos cansados. Sei que estou exigindo muito dela, mas não confio na minha vida, há mais ninguém. - Sabe que estou velha Arthur e não estou mais aguentando essa rotina. As meninas me ajudam muito, mas agora estou doente também...- Ana tira um laudo do seu bolso e quase caiu para trás com a notícia. - Vocês está...- Ela me cala. - Estou bem, somente não quero deixar você sozinho, então peço para ter mais paciência com as meninas que vão vir na entrevista menino. Sabe que se tivesse saúde continuava aqui mesmo você sendo um pé no saco as vezes... - Acabo rindo sem querer e ela também. - Preciso me cuidar e isso não pode mais esperar. - Pego em sua mão é uma ato até estranho para mim. - Vai descansar que eu faço as entrevistas, não precisa ficar até tarde e me desculpa se fui rude ao longo desses anos... eu...- Ela me interrompe. - Eu sei quem te criou e eu fui secretária dele também. Eu sabia que esse dia chegaria, com a doença não tem como deixarmos para trás. Temos que nos cuidar para que não morramos Arthur, a nossa vida é muito corrida e não temos tempo para viver tudo de uma vez. Peço somente que não expulse todas as candidatas e dei uma chance para elas mostrarem seu valor. Acabo concordando mesmo achando difícil achar alguém como a Ana. Quem fez a minha amada Ana jogou fora a forma para não ter outra igual. - Vai descansar minha veia, vou escolher a que não pule todas às vezes que eu gritar por ela ter feito algo de errado. - Diga já imaginando a dor de cabeça. - Arthur...- Levo Ana até a sua mesa e pegou a sua bolsa. - Sabe que pode contar comigo, não sabe? - Ana concorda e vai embora se curar. Minha sala é no último andar de um dos maiores prédios empresárias da Califórnia. Somente para falar comigo com hora marcada e após a minha secretária autorizar. Éramos nós dois nesse andar e agora estava sozinho. Por isso demonstro um pouco de afeto que tenho por Ana, se tivesse em público, nunca faria isso, não posso demonstrar fraquezas tendo um império ao meu dispor. Então pego a agenda do dia e vejo que está toda voltada para as entrevistas. A recepção manda direto as candidatas e somente uma secretária que é de um dos meus sócios que fica encaminhando para minha sala. (...) - FORA! - A menina chora de soluçar na minha frente. Não sabe o básico de um trabalho que exige tudo de uma empresa, fora que é mãe de uma criança de dois anos, imagina como seria nossa situação? Ela teria uma carga reduzida, não poderia viajar, não poderia estar à disposição quando eu precisasse... Não... Não queria nada disso em minha vida no momento. - Mas senhor Morratti, sou uma ótima opção, tenho anos de experiência...- Levando a mão e ela se cala imediatamente. - Você tem filhos e não posso contratar alguém que vai me deixar na mão em algum momento... Não posso! Sai da minha sala e vai embora antes que eu perca o restante da minha paciência. A mulher se levanta e corre para fora da minha sala, Sabrina logo aparece com seu rebolado que acha que consegue me seduzir de alguma forma. - O que essa tinha? É casada ou tem dedos demais...- Levanto a mão e Sabrina se cala. - Acha que sou o i****a do seu chefe? Não sou Sabrina, então quando entrar em minha sala, mantenha a sua postura profissional e não queira me ver de mau humor. - Afrouxar a minha gravata era necessário. Sabrina se arruma em seu salto, suas roupas são curtas demais, Calebe gosta, mas eu detesto esse tipo de apelação. - Desculpa Senhor Morratti, tem mais uma jovem esperando, mas acredito que nem vai querer ver ela. Parece não ter experiência nenhuma. - Ela diz em uma postura mais profissional. - Mande entrar...- Sabrina se remexe no lugar. - Mas Senhor... - Grito com a mesma que pula no lugar. - Está surda? - Ela n**a e sai correndo. Paro e penso com meus botões, todas as candidatas foram selecionadas por Ana. Ela não colocaria uma mulher incompetente sabendo como eu sou chato e irritante. Tenho que tentar ter mais paciência. Ouço uma batida na porta e mando entrar, quando meus olhos pousam na última candidata, não sei porque, mas tenho certeza que ela é perfeita para o cargo. - Senhor Morratti, muito prezar, sou Ellen Philips... - Sente-se e vamos conversar... Naquele dia estava mudando a minha história sem nem saber...
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