DG 😎
Fala pra tu nunca imaginei viver o que eu tô vivendo, minha filha chegou mudado tudo, minha rotina agora e só querer ter ela por perto, minha casa parece ter mais cor, na minha cozinha onde nem tinha agua na geladeira, hoje tem mamadeira na bancada, lata de leite na mesa, os armários todos cheio e a pessoa que mais senti falta nesse anos, a minha princesa, mesmo sabendo que tenho que espera o tempo dela e difícil demais.
Ontem o dia foi uma loucura, teve invasão levei um tiro de raspão, meu parceiro foi preso, mais graça a Laís ele foi solto, e fala nela a mulher em modo advogada e ainda mais linda parceiro, a mina toda poderosa e f**a, só não babei porque tinha gente por perto, mais eu fiquei admirado ela pra p***a, não tava me concentrado em nada com ela ali.
Fiquei felizao quando ela me chamou pra dormi no quarto com ela, muleque só faltei solta foguete, escolhemos como vai ser o quarto da Nenê e ela dormiu com eu fazendo carinho no cabelo dela, ela dormiu igual um bebê meu parceiro e a ela dormido e ainda mais linda, um anjinho
Tomamos café e deixei ela e a Nenê na madrinha, vou na boca hoje, tô a 3 dias sem coloca os pés lá e tenho que resolver uma parada com aquele p**a que atirou em mim, depois vou colo na casa da minha coroa, hoje tem churra pra apresentar a minha herdeira, pós meninos que ainda não conhece ela
Entrei na boca e fui pra minha sala, já chegou vendo Danilo e R7 no maior papo.
DG: Viraram p**a pra fica aí no maior papo - já chego sentado na minha cadeira.
Danilo: O que devo a honra da sua presença nessa humilde boca - falo rindo, dei o dedo do meio pra ele.
R7: Eai patrão.
DG: Tá melhor cuzao? - Ele concordo - Cade aquele p**a?
Danilo: No forno.
DG: Vamos lá - Nós levantamos e fomos por forno, tinha dois menor fazendo a segurança - Eai menor - falei com eles e entramos, ela tava sentada no chão toda descabelada, um fedo de mijo da p***a aqui, ela tava dormido - Pega um balde de água - falei com o R7 - ele entregou o balde por Danilo e jogou nela, que acordo toda assustada.
Danilo: Tá pensado que tá onde p***a.
Vanessa: Me solta DG - falo gritado.
DG: Isso p***a, grita mesmo, só grita porque é só isso que você vai fazer p***a - peguei uma cadeira e sentei na frente dela.
Vanessa: Eu não queria ter feito isso p***a - falou chorando e tento ser levanta.
DG: Tu tava de boa na tua p***a, mais tu mexeu comigo e ameaço minha família sua desgraçada - falei levantado.
Vanessa: Eu não queria p***a, eu não queria ter feito isso, eu...
DG: Cala tua boca p***a - Não deixei ela termina de fala - Quero sabe essa história de filho, bora solta a voz.
Vanessa : Eu engravidei da última vez que nós fico - Ela me olhava chorando - quando descobri já tava com 3 meses, fui fala contigo no último baile que eu fui, mais tu mandou eu vazar - Puxei na memória e lembrei da última vez que vi ela, eu tava com uma morena no colo e ela começou a enche meu saco, mandei os menor tira ela, depois ela sumiu.
DG: E tu acha que eu acredito nisso, eu sempre usei camisinha contigo.
Vanessa: Não sei como aconteceu, mais o filho era teu, isso eu sei, quando fiquei contigo a primeira vez não fiquei com mais ninguém, foi só tu.
DG: E como tu perdeu?
Vanessa: Nunca quis ser mae, mais a criança não tinha culpa, ia fala contigo mais não conseguir, acabei saido do morro e fui pra casa de uma tia minha, eu decidi cuida da criança, quando tava com 7 mês voltado do meu pre natal, eu vi a mãe da tua filha - falo com um deboche.
DG : Onde essa tua tia mora?
Vanessa: No interior do Rio — o que essa filha da p**a tava fazendo por lá, vou manda investiga isso — Continuar.
Vanessa : Ela me parou e falou várias coisas - a mãe da Nenê, sempre vinha por morro e geral sabia que nós ia ter um filho, todo respeitava ela, mais as putas não, sempre era uma guerra quando ela vinha pra cá, Vanessa e ela já brigaram pra c*****o - Minha gravidez era de risco, com o estresse acabei passado m*l, não conseguir chega no hospital a tempo e acabei perdendo o meu filho o meu menino, por culpa dela e tua - ela tava chorando e eu só olhava sem acredita, não só de acredita em ninguém, mais senti verdade nas palavras dela, não conseguir fala mais nada, só sair da sala e deixei os meninos lá com ela.
Peguei meu carro e fui por topo do morro, tava com a cabeça a mil, por mais que ela já tenha ficando com o morro todo, ela não ia ter cu o suficiente pra mete um filho nessa história e vim fala comigo.
Fiquei lá mo tempão, fumei uns 3 baseado, tava de boa depois de quase endoida com meus pensamentos, olhei meu celular e já era 10:30, daqui a pouco tenho que ir pega as meninas pra ir pra casa da minha coroa.
Voltei pra boca e fui pra minha sala e comecei a ver uns papel de umas mercadorias e vendo as coisas por baile, passo um tempo Danilo entra na sala falando que o dono do Morro dos Prazeres tava querendo troca um papo comigo, ele e um aliado nosso, mandei entra e já acedi um baseado.
DG: Fala aí BH - estendo a mão pra ele.
BH: Eai DG de boa - Concordei e ele puxou a cadeira devagar, sentou na minha frente
DG: Solta a voz parceiro
BH: DG, a situação no meu morro tá feia… a polícia marcou operação pesada no meu morro, e se eu ficar sozinho vou perder terreno - ele e dono do morro a 1 ano, ele tem homens mais não o suficiente pra uma operação polícia - Preciso de homem, preciso de armas, senão eles vão levar tudo.
Traguei e soltei a fumaça olhando direto pra ele.
DG: Tu sabe que meus homens não são brinquedo, né? Se eu mandar alguém pra guerra, é porque tem retorno, não boto meu bonde pra morrer de graça.
Ele se ajeitou na cadeira, meio impaciente:
BH: Vai ter retorno, quem segurar essa invasão comigo vai ter parte do meu morro, dinheiro, ponto e respeito, mas preciso da tua palavra hoje.
O silêncio tomou a sala, só dava pra ouvir os estalos do lado de fora, encostei na minha cadeira, respirei fundo, a proposta e boa.
DG: Então fala direito, quanto de ponto, quanto de grana e qual é a segurança que tu garante pros meus? — ele ajeitou o boné na cabeça
BH: Eu te entrego duas bocas de venda na parte alta, cada uma rende fácil uns trinta por semana, além disso, metade do carregamento que tá vindo do Alemão é teu, armamento de ponta, e se segurar comigo, tu ganha passagem livre pros teus atravessar pelo meu morro.
Cruzei os braços, ouvindo cada palavra com calma, a proposta era boa, mas também arriscada.
DG: E se a polícia apertar e esse bagulho virar m******e, quem vai segurar a bronca? - questionei ele me encara firme:
BH: Eu seguro! O morro é meu, eu conheço cada viela, cada beco, o que eu preciso é de reforço pra mostrar que não tão lidando só comigo, mas com um exército, se tu entrar, ninguém vai ter peito de encostar mais.
Fiquei alguns segundos em silêncio, respirando fundo, depois dei um trago longo, levantei devagar e encarei ele
DG: Beleza, mas se eu botar meus homens nesse fogo, é pra vencer, se tu me arrastar pra derrota, não sobra espaço nem pra tu respirar dentro do teu próprio morro.
Ele apenas assentiu, entendendo o peso da minha palavra.
BH: Valeu parceiro.
DG: Vou manda uns homens ainda hoje lá por teu morro - ele concordo - E nós.
BH: E nós fe ai - ele levanto e saiu
Naquele momento eu vi a decisão que eu tomei ia mudar o destino do meu morro.
Danilo entrou na sala junto com R7, VT, Theo, Menor e Luca, mandei chama eles.
DG: Senta aí, rapaziada, o papo é sério.
Eles se ajeitaram, alguns sentaram, outros ficaram de pé.
Danilo: Qual foi? Tô vendo que não é conversa qualquer.
DG: O BH tá precisando de ajuda, a polícia vai descer pesado no morro dele e ele pediu reforço, quer homem e armas.
Danilo franziu a testa
Danilo: E a gente vai meter a cara nesse problema que é deles por quê? - ele sempre foi assim, não gostava de ser meter na coisa dos outros, mesmo sendo aliado.
DG: Porque tem retorno, ele ofereceu duas bocas de venda, metade de um carregamento de arma vindo do Alemão e passagem livre pros nossos, mas não é pouca coisa… é guerra contra a polícia.
Theo: E quantos homens tu pensa em mandar? - olhei firme pra todos.
DG: Vou mandar quinze homens de confiança, tropa de guerra.
Danilo: Tá certo, vamos fazer o filtro, só cara que aguenta pressão.
DG: Isso aí, vou botar o Braga pra comandar eles, se der r**m, a cabeça dele que vai rodar.
Eles balançaram a cabeça.
R7: Braga é sangue frio, vai saber obedecer.
DG: Então fechou, até meia-noite quero esses quinze prontos, armado, colete no peito e rádio na mão.
Danilo: Vou chama os homens, até meia noite eles são esta pronto - Só concordei.
A sala ficou em silêncio.
DG: E isso minha rapaziada, agora vou vazar pra pega minhas meninas - Danilo me olho sério - Minha menina pra ir pra casa da minha coroa - corrigir né parceiro.
Danilo: Se der leva minha coroa lá pra tua goma, vou ver logo esse negócio dos homens, depois vou cola lá.
VT: Festinha e ninguém convida.
R7: Churra na casa da coroa do DG, cola lá.
DG: Cola lá vocês depois de ajeita tudo aqui, vou apresentar a minha herdeira.
Theo: nasceu a mini patricinha.
Menor: Tô na larica vou cola lá Jajá.
Luca: Já tô e lá meu parceiro.
DG: E nós, tô indo.
Eles concordaram e fui por meu carro, já fui logo pega minha meninas, vou me arrumar lá na coroa.
Cheguei em 15 minutos, os seguranças abriram o portão, sair do carro e fui na direção da porta, bati na porta e logo escutei vozes no lado de dentro, a porta foi aberta por uma princesinha.
Min-ji: Oi titiu - me deu um abraço, acho graça do jeitinho dela fala o portugues, a criança com 2 anos fala duas língua e eu com meu belo português, ela e tão bonitinha parece uma boneca.
DG: Oi princesa - Peguei ela no colo - Cade sua tia e minha Nenê?
Julia: Oi filho - diz vindo da cozinha.
Min-ji: A titia tá num quadro, com o nenê churado muito e chatu tiu - comecei a rir e coloquei ela no chão.
DG: Oi madrinha, tudo bem com a senhora?
Julia: Tudo sim meu filho, a Liz tá lá em cima, ser quis subi pode ir lá - Ela tá estranha, a madrinha depois que aconteceu tudo com nós dois ela fala e tudo mais, mais e o básico respeito, mais agora ela tá diferente tá com um brilho no olha o mesmo olhar de antes.
DG: Vou lá então - ela chegou perto e dou um beijo no meu rosto, ela me olha e faz carinho no meu rosto.
Julia: Meu filho, eu posso ter ficado diferente contigo depois de tudo que aconteceu entre você e a Liz, mas nunca confunda isso com falta de amor, o que vocês viveram mexeu comigo, doeu em mim também, porque eu vi minha filha sofrendo, eu sou mãe, e como mãe eu senti cada pedaço - Ela respirou fundo, a voz embargou - Mas, Diego você é mais que um afilhado, você é como um filho que a vida me deu, e nada nesse mundo vai mudar isso, eu sempre perguntava pra Deus porque disso tudo e queria uma explicação e a única resposta que eu recebia era essa, “Cuida dele”, e é isso que eu vou fazer até meu último dia - ela encostou a mão no meu rosto, me obrigando a encarar aqueles olhos cheios de verdade - Eu te amo, meu filho, amo como mãe, amo de um jeito que nem sangue explica, e mesmo que o mundo tente separar a gente, você sempre vai ser meu menino.
Naquele momento, senti um nó na garganta, não era só uma fala qualquer, fiquei parado, segurando a mão dela ainda no meu rosto, o peso daquelas palavras me atravessou de um jeito que nenhuma bala, nenhuma guerra, nunca tinha feito.
DG: Madrinha a senhora não faz ideia do quanto eu precisava ouvir isso, eu erro, eu caio, às vezes parece que eu tô sempre puxando o mundo sozinho, mas quando eu olho pra senhora, eu lembro que eu nunca estive sozinho de verdade - Minha voz falhou, e por mais que eu tentasse segurar, uma lágrima escorreu, baixei a cabeça, envergonhado, mas ela segurou meu queixo e me obrigou a levantar - Eu não sou só o cara que a vida fez bandido, madrinha, eu sou o moleque que a senhora acreditou, que a senhora abraçou quando ninguém mais quis, se hoje eu tô de pé, é muito por causa da minha mãe e pela senhora - Respirei fundo, tentando segurar o choro - E pode ter certeza, eu vou honrar isso até o fim, a senhora nunca vai se arrepender de me chamar de filho, Nunca.
Abracei ela forte, sentindo o coração dela batendo acelerado contra o meu peito, pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti chorar de verdade, não por dor, não por raiva… mas por gratidão.