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De Volta Ao Vidigal - Morro

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revenge
HE
opposites attract
second chance
kickass heroine
blue collar
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intro-logo
Blurb

Terror sempre viveu no limite. Dono de morro, cercado de inimigos e responsabilidades, um homem frio, c***l e calculista. A vida dele sempre foi feita de excessos, de noites sem fim, de mulheres que nunca significaram nada. Até que botou os olhos na Rafaela.

Ela não era como as outras. Tinha uma força silenciosa, um jeito de olhar diferente, uma beleza surreal e isso mexeu com ele.Os dois começaram a se envolver. Rafaela mergulhou naquele relacionamento inteira, intensa, apaixonada. Pra ela, cada gesto dele era prova de um sentimento recíproco.

Até que veio a traição. Foi ali que tudo desabou. No instante em que a confiança foi quebrada, ela percebeu que amava sozinha, que pra ele tudo não passava de um passatempo.Então ela decidiu ir embora, ele achou que ela estava blefando, que não teria coragem, mas ela teve e realmente foi.

Ele a procurou e não encontrou em nenhum lugar. Cansado e revoltado, voltou para a vida de antes, se afundou na p*****a, nas noites vazias, nas mulheres… mas a mente nunca se libertou dela. A feiticeira que incendiou seu mundo continuava presente em cada pensamento.

Depois de 5 Anos fora. Rafaella se vê obrigada a voltar para o lugar que lhe causou dor e sofrimento, agora ela terá que bater de frente com o seu passado novamente.

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Capítulo 1
Rafaella Narrando Oi gente… vocês provavelmente estão se perguntando quem eu sou, né? Então deixa eu me apresentar. Me chamo Rafaella Castro, tenho 27 anos, sou loira, de olhos claros, pele branca. Atualmente moro em Londres. Já fazem cinco anos que vim pra cá e, graças a Deus, minha vida deslanchou. Conquistei espaço, respeito, reconhecimento. Minha carreira só cresce, sou dona de uma empresa de tecnologia, demorei, mas conquistei tudo o que um dia eu sonhei. Mas… eu sei que o que vocês realmente querem não é ouvir sobre o sucesso, e sim sobre a minha história. A verdade é que contar isso me dói, me rasga por dentro, mas eu vou abrir tudo, em detalhes. Porque talvez só assim eu me liberte de vez. Há cinco anos atrás, eu morava no morro da Rocinha, no Rio de Janeiro. Meus pais continuam lá até hoje. E eu… eu fiquei por quatro anos com o dono do morro, o Douglas. Todo mundo conhece ele como Terror, por causa do seu jeito, ele é calculista, c***l e sem dúvida nenhuma, é frio. O Douglas era tudo o que uma garota de 18 anos podia idealizar, lindo, forte, marrento e me protegia de tudo e de todos, só esqueceu de me proteger dele mesmo. Enfim, eu amei ele como nunca amei ninguém. Eu era nova, iludida, acreditava em amor eterno. Ele era mais velho que eu, mas já carregava a vida toda marcada pela violência. O pai dele tinha sido morto numa emboscada, a mãe tinha abandonado ele quando ainda era criança. Ele era duro por fora, mas dentro… dentro eu enxergava um menino ferido. E eu queria ser a cura dele. Nós ficamos pela primeira vez em um baile. Primeira vez que eu pisei em um. Ele me olhou e, segundo ele, já me colocou “no porte” dele naquela mesma hora. Ninguém podia se aproximar de mim. Ele fazia questão de afastar qualquer um. Eu achava fofo, achava prova de amor. Um dia ele disse, “Você é a minha fiel, baixinha” Na minha cabeça, aquilo significava que eu era a namorada oficial dele. Fiquei feliz, flutuando, porque já estava envolvida até o pescoço. Foram quatro anos em que eu dei tudo de mim. Ele, em contrapartida, sempre falava que, quando eu me formasse, ia largar ele. Doía ouvir isso, mas eu insistia que estava ali pra ficar. Eu queria um futuro com ele, mesmo com todo o peso de ser “a mulher do dono do morro”. Eu trabalhava numa lanchonete, contra a vontade dele. Ele dizia que os homens só iam lá por causa de mim. Era possessivo, sufocante às vezes. Mas eu relevava, porque acreditava que amor era assim, que amor valia qualquer esforço, até mesmo aguentar as putäs vir me afrontar, falando que tinha ficado com ele, mas eu nunca acreditei, porque eu penso que quando a gente entra numa relação, é pra mergulhar, confiar na pessoa, então eu confiava no Douglas e achava que tudo era boato, mas iludida estava eu. Mal sabia eu que, no fim, não fui o suficiente pra ele. Eu nunca vou esquecer aquele dia Flashback On Era meu aniversário. Saí mais cedo da faculdade, com o coração acelerado, porque o Terror tinha prometido me levar a um lugar especial. Eu estava animada, me sentindo a mulher mais sortuda do mundo. Passei horas me arrumando. Coloquei um vestido vermelho justo, decote em V nos s***s, aberto nas costas. Salto nude fino. Fiz ondas no cabelo, finalizei com batom vermelho. Eu estava pronta pra uma noite de amor, uma noite de celebração ao lado do homem que eu jurava ser o amor da minha vida. Esperei. Esperei. Esperei. O tempo passando, o coração apertando. Ele não aparecia. Me convenci de que devia estar resolvendo algo importante. Mas, com o passar das horas, minha ansiedade virou impaciência. E então eu decidi, vou surpreender ele na boca. Peguei minha bolsa, troquei o salto por uma rasteirinha, e fui. Cheguei lá e percebi na hora que algo estava errado. Os olhares dos soldados dele denunciavam. Todo mundo ficou tenso quando me viu. O Mosquito, braço direito do Terror, tentou me barrar. — Qual foi, Mosquito? Tá me barrando por quê? Quero falar com o Terror ___ falei impaciente, já desconfiando. Ele balançou a cabeça, nervoso. Mosquito — Patroa… foi m*l, mas não dá pra liberar a tua entrada, não... ___ quando ele fala isso, meu coração já balanceou. — Mosquito, sai da frente. Eu não vou falar de novo. ___ falo nervosa, e ele suspirou, coçando a nuca. Mosquito — É pro teu bem, pô. Se tu entrar agora, o patrão me mata. Vê cê me entende. Meu sangue ferveu já ciente que tinha algo de errado. — Eu me resolvo com ele, Mosquito. Diz que eu te ameacei, inventa que eu te bati, sei lá. Mas sai da minha frente. ___ falei, já com lágrimas se formando nos olhos sem nem saber o que eu ia encontrar. Ele, resignado, saiu da frente. Eu entrei feito um furacão. Quando cheguei perto da porta da sala dele, meu coração parou. Eu ouvi. Gemidos. Meus olhos se encheram mais uma vez. Meu corpo travou. Por alguns segundos, rezei em silêncio pra estar enganada. Mas não estava. Abri a porta de uma vez. E vi a cena que eu nunca vou esquecer. O Terror, o homem que eu amava, o dono do meu coração, trepando com a Mirela, uma das putäs do morro na sua mesa. Ele estava drogado, bêbado, os olhos vermelhos. Quando me viu, congelou. As lágrimas caíram imediatamente dos meus olhos. Eu senti como se alguém tivesse arrancado meu coração do peito. A Mirela, cínica, ainda sorriu pra mim, como se tivesse vencido. Terror — Rafa… ___ murmura, subindo o short às pressas e ele fez a Mirela vazar, somente com um sinal, ela saiu da sala correndo e bateu a porta. — FILHO DA PUTÄAAA, você foi sujo, Douglas… SUJOOO! ___ gritei, sentindo meu coração estremecer. Ele tentou se aproximar, alterado e eu desviei. Terror — Olha como tu tá Rafaella, me escuta porrä... — ESCUTAR O QUÊ? ___ gritei, a voz embargada. — Que você me traiu? Que você me fez de idiøta? Você é um filho da putä covarde! ___ sussurrei querendo sair dali, mas ele me prensou na parede. Terror — Uma porrä que tu vai sair! Tá louca? Eu não vou deixar tu ir assim, Rafaella! ___ falava tentando me segurar, tentando me abraçar. Eu tremia de raiva, empurrando ele. — Sai fora, Douglas! Acabou pra mim! Eu te avisei, eu falei! Se tu tivesse vindo com a verdade, se tivesse sido sincero comigo… Mas não. Eu tive que vir aqui na boca e ver com meus próprios olhos! Tu não presta ___ as lágrimas desciam sem parar. — Vai comer tuas putäs e me deixa em paz, que eu aposto que não foi só essa. Dei uma risada debochada, amarga. — Escuta bem, Douglas, porque vai ser a última coisa que você vai ouvir de mim. Depois, nem adianta me procurar. Eu só queria entender… por quê? Se você não tava mais de boa comigo, terminasse! Agora me tirar como corna? É demais. Eu não mereço isso! Eu não vou ser mais uma na tua lista. Eu vou sumir da tua vida, e quero ver o que você vai fazer pra me impedir. Assim que eu sair daqui, eu compro passagem e vou pra bem longe de você... Terror — Eu amo tu, caralhø! Me perdoa mano! Não vai embora porrä nenhuma, eu te mato se tu fazer um bagulho desse comigo! Tu não tá entendendo, Rafa… eu não vivo sem você porrä! Eu sei que eu errei, mas eu faço o que tu quiser, só não me deixa caralhø ___ ele implorava, coisa que eu nunca pensei que veria. — Tu é única, porrä! Essas putäs não significam nada! Aquilo me cortou. Porque parte de mim queria acreditar, mas eu sabia que era mentira. Não era a primeira vez. Eu respirei fundo, firme. Terror — Rafa foi m*l, pô, por ter te deixado esperando pra comemorar seu aniversário , mais caralhø vamo sair agora, sei lá, faço o que tu quiser, vamo pra casa da barra que tu gosta de ir, ou vamo pra praia só nos dois ___ fico encarando ele, como pode ser tão sínico desse jeito — tu não vai dizer nada? ___ pergunta e eu só n**o com um sorriso fraco. — Não tenho nada mais pra dizer. Só quero ir embora ___ falei, empurrando ele. Ele segurou meu rosto, me forçando a olhar nos olhos dele. Terror — Vai agora, mas amanhã a gente desenrola essa fita. Sei que tu tá com raiva, mas amanhã eu colo lá pra nois trocar uma ideia, já é? Eu assenti de leve, mesmo sabendo que não ia mais estar lá no dia seguinte. Pra mim, acabou. Eu virei as costas sem responder mais nada. Saí sem olhar pra trás, sentindo o coração sangrar. O Mosquito me olhou com pena, balançando a cabeça. Eu só queria chegar em casa e desabar. Flashback Off Meus olhos se encheram de lágrimas só de lembrar. Eu estava tão perdida nesses pensamentos que nem percebi minha secretária na porta. Ana — Senhorita, desculpe incomodar, mas sua passagem para o Rio de Janeiro é pra daqui 4 horas... ___ assenti, engolindo em seco. Eu ia voltar. Voltar pro lugar que mais me feriu. — Cancela todas as minhas reuniões, eu vou voltar pra casa mais cedo... ___ falo levantando, pegando meu casaco, minha bolsa e meu celular. Ana — Certo ... irei fazer isso agora mesmo ___ fala saindo da minha sala, e eu saio logo em seguida. [...] Vim direto pro meu apartamento. Arrumei minhas malas em silêncio. Tomei um banho longo, tentando controlar a ansiedade. Me perfumei, vesti um vestido vinho com sobretudo preto, e um salto agulha. Tá quase na hora de voltar, eu preciso ver meus pais, porque minha mãe não está bem de saúde e quer me ver, espero de coração que ela fique bem logo, eu não suportaria perder ela... Contínua...

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