Capítulo 1

1247 Words
- Achou mesmo que podia esconder minha filha de mim, que eu não chegaria ? Você me parecia ser alguém com mais caráter da última vez que nós vimos. Eu paro nas escadas do tribunal , praticamente imóvel. Era a voz que mais temia no último ano. Era dele , Alexandre Vasin. Eu tentei escapar de todas as formas desse encontro, eu preferia ver o próprio demônio do que aquele homem. Um completo estranho, mais que poderia me arrancar todos os meus sonhos, e partir meu coração em pedaços. Ele tinha o poder de acabar com a minha vida. Era o pai da minha pequena Ana. A única coisa que ainda me mantinha de pé, era tudo que eu tinha na vida. E eu não podia permitir que ele tirasse ela de mim. Eu respira fundo e me viro. - Eu não sei do que você está falando, e se me dá licença não quero chegar atrasada ! E continuo a subir as escadas. Só que dessa vez o mais depressa que consigo, com as pernas curtas de uma mulher de 1,60, não consigo ser muito rápida . - Você antecipou a data da audiência ! Porque fez isso ? Ele vem atrás de mim, e não demora a conseguir me alcançar. - Foi preciso ! Eu digo com vergonha da minha mentira, eu não tenho o hábito de mentir. Mai era a única chance que eu tinha, eu não podia desperdiçar esse trunfo. Sempre fui daquelas que nunca joga papel no chão, segue todas as regras e leis. Mais dessa vez eu precisei mentir, era o único jeito de proteger a minha filha, de não permitir que ele se aproximasse. Naquela situação não tinha espaço para regras, para o certo ou o errado, eu faria qualquer coisa para proteger a Ana. - E achou mesmo, que por achar que eu teria que vir do outro lado do mundo eu não chegaria a tempo ? Sinto em te informa que eu tenho um jato particular, dessa vez, eu sinto em te dizer que seus planos foram frustrados. Eu olho para ele de cima em baixo, não parecia ser o homem que podia ter um jato particular. O mínimo que você espera é um CEO, em um terno caro, um relógio de ouro. é até uma ofensa a toda nossa imaginação de um Cristian em nossas vidas. Ele estava de calça jeans. E a camisa de botões estava toda amarrotada. As mangas enrolada até os cotovelos, estava muito longe de ser um Green. Não posso negar que era bonito, com um corpo musculoso ! Mais que executivo tem o corpo musculoso desse jeito ? Não com certeza ele estava blefando. Ele vira a mão para olhar as horas e mostra uma tatuagem. Parece mais um traficante, e dos piores ! Só de olhar para ele, meu corpo já estremece de medo. Com certeza deve ser um mafioso que vai estar esperando a audiência terminar, para me m***r. Meu corpo vai aparecer boiando na baia de Guanabara ou então nunca vai aparecer. Mais pensando por um lado, esse jeito dele me dá mais chances, sem dúvida. Afinal, Ana está comigo a mais de um ano, esse traficante, que Deus sabe lá de que buraco saiu, só podia alegar o laço de sangue. O sangue com certeza tem valor, mais não mais, do que fraldas sujas e noites em claro, e eu troquei muitas no último ano com certeza isso pesa mais. Nenhum Juiz vai dar a guarda de um bebê para um traficante, pelo menos é isso que eu espero. Entramos e ficamos no mesmo corredor, eu queria que a Ana estivesse aqui nos meus braços, mais infelizmente a assistente social achou melhor ficar com ela, para evitar que um ou o outro pensasse que teria alguma vantagem. — Realmente demostrou ser muito inteligente, Senhorita Diana. Subestimei que poderia fazer algo do tipo. — Já disse que não tive escolha. — Entendo, perfeitamente! Parece que tenho muito tempo! Volto em um minuto. — Não precisa ter pressa, pode ficar o tempo que precisar, inclusive, se quiser ir embora também, fica a vontade! Eu falo para ele dando um leve sorriso, sarcástico. Ele me encara com uma cara, que se pudesse me jogava pela janela sem nem pensar duas vezes, e sai andando rapidamente pelo corredor! Eu estou com síndrome do ninho vazio, toda vez que estou com medo ou nervosa, gosto de ficar bem agarradinha com a minha Ana. Eu balanço as pernas, tentando relaxar. Se não eu iria comer todas as minhas unhas e estou tentando parar de fazer isso, poia a Ana tem repetido todos os meus gestos. Eu pego a bolsa do chão e tiro o celular, começo a jogar um joguinho, eu preciso manter minhas mãos ocupadas, e minha mente vazia, para não fazer uma besteira e m***r o Alexandre, com certeza era o que eu queria que minha, mãos estivessem fazendo nesse momento, mais não gastaria meu réu primário, com um traficante metido a CEO, de filme pornô. — Penso que não perdi nada! Eu olho para cima, e valha- me Deus. O que aconteceu? Trocaram o homem, Senhor! Nem de perto parecia o que estava aqui! Ele agora estava de terno preto, a camisa branca aberta no colarinho, tudo perfeito naquele corpo musculoso. Parecia o homem que conseguia o que queria só estalando os dedos. Aquele tipo que as mulheres faltam pouco se jogar de uma ponte. por uma noite de amor. Bem esse !Então imaginem ! Passou de um traficante da Rocinha para o James Bond em 10 segundos. Com cara de m*l é claro. É, um James Bond, do m*l, posso afirmar com certeza. - Vi que decidiu se vestir decentemente para a ocasião ! Achei que ia ficar parecendo que saiu de um bar agora pouco o tempo todo. Ele tira os óculos escuros e só então eu posso ver os olhos dele, E, é algo entre o cinza e o azul ! Parece o mar em dia de tempestade. São os olhos mais diferentes que já vi na vida. — Parecia a coisa certa a fazer, não acha? E só para você saber, graças a você, eu não sai de um bar, e sim de um lugar onde já tinha conseguido companhia para aquecer a minha noite. Ele dá, um leve sorriso sarcástico. Parecia controlado e calmo, como se o resultado não fosse importante. Então, porque esta aqui? Ana é minha vida. Tudo que me restou. — Poderia ter ficado, não entendi por que veio até aqui, se da última vez que nos vimos deixou bem claro que não sabia o que fazer com ela. — Sinto muito por sua noite, mais se pretende lutar pela Ana, saiba que bebês costumam atrapalhar muitas noites. E me pareceu que você não é o tipo que perde uma noite de sono com um bebê. — Pareceu para você? Por que não vejo dificuldades em conseguir dar conta de uma pequena mulher na minha vida! — Alexandre o que ela é para você ? Por que veio? — Ela é minha filha! Por tanto, sou o responsável por ela. Naquelas palavras não tinha, qualquer tipo de sentimento, ele nem se quer parecia emocionado em falar da filha. — Uma responsabilidade! É apenas isso que ela significa para você? Eu vejo os olhos dele brilharem como aço. — Ela é meu sangue, e não o seu! Por tanto sim, ela é minha responsabilidade.
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