Capítulo 4

1005 Words
As páginas seguintes do diário só falava nesse capitão Jack...nas conversas, e nada a fazia lembrar nem mesmo do rosto do homem que amara... "j**k me ajudou a fujir, me descobriram a condessa deserdada, filha dos traidores da coroa, e tivemos nossa primeira noite de amor, sob as estrelas na floresta, foi tão excitante..."---Uou, Uou, se tivesse feito amor assim, lembraria, não lembraria? ---Pensou "j**k e eu trocamos nossos votos em baixo de um carvalho,ele me deu o anel que tinha pertencido a avó dele,disse que ela tinha o presenteado no leito de morte e o fizera jurar que se casaria por amor. Desde então nunca se apartou do anel o tinha em um cordão e carregava junto ao peito,na esperança de encontrar aquela que amaria até que a morte os separasse (---Encontrei em meio a guerra e a morte,encontrei a vida,meu amor, encontrei você,minha flor francesa!) Foi exatamente assim querido diário que ele falou posso ouvir sua voz ainda a me falar" Sorriu, seu inconsciente sabia, por isso chamava a garotinha de flor francesa! As páginas seguiram falavam de lutas e fúrias, de sonhos de um lar junto ao seu capitão j**k e sua filhinha, não sabia enquanto escrevia se seria menino ou menina mas seria uma criança muito amada.  "Querido diário só o escreverei quando estivermos em segurança nosso bêbê esta enorme, vamos fujir desse horror,teremos uma linda casa no campo e PAZ,amanhã será o primeiro do resto dos nossos dias,vou na frente para a Inglaterra e lá aguardarei j**k" As últimas palavras do diário acalentaram o coração duvidoso da jovem, apesar de não conseguir nenhuma lembrança real.                                  Era noite quando chegaram ao Canal da mancha. O capitão secou algumas lágrimas produzidas por "ciscos", ao se despedir da garota e sua filha, teria que seguir viajem, não poderia levantar suspeitas, a ajudou a descer,entregou-lhe um saquinho ---O que é isso? ---perguntou surpresa ao homem que se apegou como a um pai. ---É um presente---eram moedas de ouro---Se por acaso as coisas se complicarem procure esse endereço--- entregou-lhe um papel---È minha antiga casa, a deixo fechada,onde passo as férias,procure Gertrudes é minha irmã,ela guarda a chave.  A envolveu num abraço de urso junto com o bebê, A jovem chorava como criança, ele limpou-lhe os olhos como fazia com sua pequena quando esfolava os joelhos em alguma brincadeira---Preciso zarpar antes que amanheça, o previsto para a princesa ali---apontou para sua embarcação está aqui é para daqui a seis meses.  Lana ficou em pé embalando seu precioso embrulho, a pequena trocha de roupas e farrapos aos pés, olhando o silencioso navio sumir no horizonte, como um fantasma, o vento soltou seus fartos cabelos castanhos. O sol do amanhecer emprestava mais intensidade nos reflexos vermelhos das ondas dos sedosos fios, envergava seu melhor vestido o roxo que evidenciava a palidez da sua tez. E foi assim que o conde August encontrou os novos membros da família, o desenho não fazia jus a beleza etérea que tinha a sua frente, pequena e delicada,perdida em pensamentos tão profundos quanto o mar que contemplava e quando ela o olhou sentiu a tormenta dos mares engalfinha-lo,o prendendo,enfeitiçado como as malvadas sereias que atraiam suas vitimas para a morte certa. A silhueta máscula e forte foi se aproximando,e ganhando altura a cada passo que dava ao seu encontro,ombros largos,o vento que batia impetuoso contra a branca cambraia da camisa do desconhecido definia um abdome bem trabalhado,as calças justas evidenciava cochas musculosas, a pele um pouco morena do sol,os olhos de um azul tão intenso quanto o azul do mar que se descortinava a sua frente,a espada jogada na lateral do corpo ,despretensiosa,presa por um cinto,dava-lhe um ar de perigo que fascinava e atraía,seria então seu fim assim?nas mãos de um bonito criminoso? ---Marie Adelaide? ---A voz era como veludo macia, profunda falou num perfeito francês, boba e sem palavras assentiu com a cabeça, seria um criado da casa da família de seu marido? Ela tinha um ar indefeso porém dela emanava uma força silenciosa, tinha um olhar perdido e assustado mas havia também um brilho de...esperança. Foi preparado para conhece-la oferecer-lhe dinheiro para um recomeço, informar a lamentável morte de seu irmão... e tudo o que seu instinto pedia era que a protegesse,entendia agora cada palavra do seu querido irmão,usou toda a sua concentração para não abraça-la de forma protetora e dizer-lhe que estava tudo bem. ---Sou August, conde de Wessex irmão do capitão j**k. Estavam os dois comendo o desjejum em uma taverna simples, nas próximidades do cais, o belo homem de poucas palavras tinha encontrado algo muito interessante no fundo do seu prato, ou evitava olhar para ela. Estava de fato faminta, por baixo do trapo que fazia as vezes de lençol Juliette se fartava, talvez estivesse constrangido, como ficava o capitão e os marujos, mas o que tinha de mais nisso? Achava uma tremenda bobagem se esconder para alimentar a pequena, ainda achava interessante e ...Antigo tudo o que a rodiava.  Juliette terminou de mamar, por debaixo do pano, guardou o seio e só então tirou Juliette debaixo da fina coberta, estava molhada e precisava de troca,mas teria que esperar... ---August, preciso trocar a fralda da minha plantinha. August estava sentindo-se um parvo, não sabia como agir,como e o quê falar para a beleza despretensiosa a sua frente?Como olha-la sem perde-se naqueles misteriosos olhos?Estava precisando de um bom s**o,era isso,antes de voltar,visitaria ao bordel...Seus pensamentos foram interrompidos por uma voz doce e melodiosa... Havia virado um adolescente diante de sua primeira paixão, era isso?---Pensou exasperado. Ela o chamara pelo primeiro nome? Aquele sotaque francês dava uma sensualidade na doce voz... Olhou para a mulher e a criança que já dava inicios de irritação ---Meu escritório è do outro lado vamos---A voz saiu ríspida, levantou pegando a leve troucha O escritorio era simples tinha uma placa "embarcações Wessex", em que momento da vida aprendera a ler aquele idioma?--- Se perguntou confusa. August olhava maravilhado como uma coisinha tão pequena podia emitir um som tão alto e ensurdecedor...
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD