Capítulo 03

1647 Words
— Filha, pode me fazer um favor? — Ela perguntou. — Claro mãe, fala aí. — Respondi. — A mãe do Mattew perguntou se você poderia leva—lo junto a praia, porque ele só fica trancado no quarto. — Ela falou, fazendo aquela cara de pidona. — Hm. Pode ser, eu passo ali. — Falei, assentindo com a cabeça. Saí de casa, em direção a casa do Matt. Estava um silêncio que só vendo. Bati na porta, apertei a campainha, e depois de alguns minutos esperando, Mattew apareceu na porta, com o cabelo bagunçado. — Oi beijoqueira, veio buscar uma xícara de açúcar? — Perguntou, todo abobado. — Não i****a. Vim perguntar se você quer ir à praia comigo e com minha amiga. — Perguntei, sem fazer muita questão que ele fosse. — Opa, demorou. Espera um pouco que já volto. — Ele respondeu, saindo correndo escada a cima. Esperei ele por mais alguns minutos, que pareceram uma eternidade. Logo ele voltou, com uma chave de carro na mão. Sem camisa, e com um boné preto virado pra trás. Ao olhar para mim, seus olhos não ousavam desviar o olhar do meu, e baixei a cabeça. Entramos no seu carro, que era bastante confortável. Tomei a liberdade de ligar o rádio, e colocar na rádio que eu gostava. Às vezes ele fazia uma careta, e cantava baixinho as músicas que tocavam. — Você fica linda cantando assim. — Ele falou, me deixando com bastante vergonha. — Eu dou o melhor de mim. — Falei, piscando para ele. — Ali é a casa da Sam. — Comentei, apontando para a casa dela. Ele buzinou e logo Sam abriu a porta, e ficou nos encarando por um momento. Logo voltou para dentro da casa, e voltou com uma bolsa de praia. Ela entrou na parte de trás do carro, com um sorriso malicioso no rosto. — Mel você não me avisou que seu gato ia junto. — Ela falou debochada, para me fazer passar a vergonha. — Não posso deixar a minha gata ir pra praia sozinha. — Ele falou, todo orgulhoso, piscando para mim. — Cala boca vocês dois, seus chatos. — Falei, entortando os lábios. Seguimos para a praia, cantando as músicas que tocavam na rádio. Mattew parou com as brincadeiras sem graça, e não tocou mais no assunto do nosso beijo. Havia bastante pessoas na praia. Muitos meninos, e Sam fazia questão de levantar o óculos, cada vez que um passava ao seu lado, fazendo comentários indecentes. Como sempre ela estava me fazendo passar vergonha, ainda bem que pelo menos Mattew estava ao meu lado, recebendo um pouco da vergonha que dividia comigo. Caminhamos até uma parte da areia onde não havia muitas pessoas e estendemos as nossas toalhas. Me deitei de bruços, e Sam fez o mesmo ao meu lado esquerdo, enquanto Mattew se sentou do lado direito. — Nossa que visão. — Ele falou, enquanto olhava o meu corpo de cima. — Guarde esse tipo de comentário, apenas para vocês. — Falei, piscando para ele. — Sabe, você pode me beijar sempre que quiser. — Ele falou sem vergonha alguma. — E você já pode parar de tocar nesse assunto. — Reclamei, fazendo cara de brava. — Me desculpa, mas é que foi muito bom mesmo. — Ele falou, e dessa vez foi a vez dele de piscar para mim. Fiquei sem falar nada, apenas neguei com a cabeça, e fechei meus olhos, a fins de ele não me encarar mais. Não demorou muito para que os dois levantassem e fossem jogar frescobol na beira da praia. Continuei deitada, e queria aproveitar o dia de sol. Olhando daquele ângulo, até que Mattew era mesmo um garoto bastante charmoso. Ele era alto, cabelos escuros, olhos castanhos claros, braços fortes, barriga trincada. Tudo andava ao seu favor. Na sua cintura na parte de trás, havia uma frase, e quando ele finalmente ficou parado, puder ler "Don't stop believing". Gostei da tatuagem dele. Sempre quis fazer uma, mas na realidade, não conhecia nenhum lugar de confiança para fazer, e também tinha um pouco de medo de ser furada. Acabei rindo com o meu pensamento tosco, até que olhei para cima e Mattew estava lá me olhando, com um sorriso doce. — Parece que sua amiga me trocou. — Falou, fazendo sinal com a cabeça para que eu olhasse para trás. — Ela normalmente faz isso. — Falei, enquanto olhava ela conversar com um garoto. — Vamos pra água? Quero entrar um pouco. — Pediu enquanto fazia um bico enorme de pidão. — Só um pouco. E por favor não molha o meu cabelo. — Falei, já me levantando. Nós fomos andando para o mar, muitas pessoas estavam nadando naquele momento, a água estava morna, do jeito que eu gostava, então não tive problema nenhum em entrar de primeira. Fomos nadando um pouco para o fundo, até a água bater no meu peito, já o Matt como era maior, a água nem chegou a tal ponto. — Está muito boa. — Ele falou, enquanto nadava. — Adoro quando o mar está calmo. — Falei, deixando a água escorrer pelas minhas mãos. — Agora me diga, quem era aquele menino? — Perguntou, lembrando do incidente. — O nome dele é Alex. Normalmente ele tenta ficar comigo, sério, quase todo dia, é só me ver que ele vem atrás de mim. — contei. — E chega uma hora que isso cansa. — continuei. — Infelizmente você estava no lugar certo, na hora certa. — finalizei, mostrando a língua. — Vai dizer que eu beijo tão m*l assim. — Ele falou, franzindo a testa. — Na verdade, não foi tão r**m. — Falei, tentando amenizar a situação. Ficamos mais um tempo no mar. Logo em seguida, Sam veio se despedir da gente, falando que iria sair com o tal garoto de antes. Não neguei a ela, que fosse se divertir. Já estava acostumada, e pelo menos não estava sozinha. — Já está começando a escurecer. — Falei, olhando para o céu. — Quer ir pra casa? — Perguntou. — Se estiver bom pra você, afinal eu estou de carona. — Falei, entortando o lábio. — Vamos então. — Convidou estendendo a mão para que eu me levantasse. Pegamos as nossas coisas, e fomos em direção ao carro. Não sabia o nome do seu carro, mas não parecia sem barato. Era grande, e bonito. Amava carros de cores pretas ou brancas, no caso dele, preto. Fizemos o mesmo trajeto para voltar até em casa. As luzes da minha casa estavam todas apagadas. Por fora dava para enxergar, que todas as portas e janelas estavam fechadas, e eu estava sem a chave. Bati na porta e ninguém me atendeu. Então resolvi ligar para minha mãe. "Ligação ON" Alô mãe? Onde vocês estão? Ah filha, estamos na sua tia Marisa. E como está tarde vamos ficar por aqui. Você demorou a chegar. E como vou entrar em casa mãe? Dorme na casa da sua amiga Samantha, tenho que desligar filha. Amo você. "Ligação OF" O bom era que Samantha havia saído com seu amigo, e quando fui até sua casa para pedir pra ficar lá, ela não havia chego ainda. E provavelmente demoraria a chegar. Voltei para minha casa, e fiquei encarando a casa em frente, me perguntando se deveria pedir abrigo ou não. Sabia que a mãe de Mattew não me negaria, ainda mais sabendo que não tinha a chave da minha casa ali comigo. Fui até a porta e bati. Logo ela atendeu, e quando me viu, abriu um sorriso no rosto. — Olá dona Camile. — Falei, sorrindo para ela. — Oi Melissa, aconteceu alguma coisa? — Ela perguntou, parecendo preocupada. — Na verdade, meus pais foram nos meus tios e vão ficar por lá. E estou sem a minha chave reserva. Então, não tenho onde ficar. — Falei, fazendo cara de triste. — Ai querida, entre por favor. — Ela falou, me dando espaço para entrar. — Obrigada. Eu não queria incomodar, mas minha amiga não está em casa. — Falei, tentando me desculpar. — Tudo bem. Você quer tomar banho? Ainda está com areia no corpo. — Ela falou e eu assenti. Dona Camile me levou até um quarto, que parecia ser de hóspede. Deixei minhas coisas lá. E logo ela trouxe uma camisa, enorme que parecia ser do Mattew, com um desenho de uma guitarra, e um shorts, que deveria ser dela. Como sempre deixava uma calcinha extra da bolsa, não tive problema com isso. Como não estava na minha casa, procurei ficar menos tempo possível dentro do chuveiro. Coloquei minha roupa, e voltei para o quarto, pentear os cabelos. Alguém bateu na porta, e imaginei que fosse a dona Camile, então pedi que entrasse. Porém, não era ela quem estava ali. Muito pelo contrário, era seu filho Mattew. — Oi Mel. — Ele falou, encostado na parede. — Oi Matt. — Falei, um pouco envergonhada. — Acho que minha camisa combinou mais com você do que comigo. — Comentou num tom brincalhão. — Prometo que irei devolver. — Prometi. — Tudo bem. Adoraria ficar, se soubesse que viria, não teria marcado nada. Mas sabe como são as mulheres. — Ele falou, veio até mim e depositou um beijo na minha testa, que arrepiou cada parte do meu corpo. Só com o toque dos seus lábios, não precisava nem ser diretamente na minha boca, já me causava um grande estrago. Fiquei imaginando com quem ele iria sair, e a primeira pessoa que veio na minha cabeça, foi a menina da festa, com quem ele havia ficado no dia. Aquilo me deu uma pontada de ciúmes, mas tentei ignorar o máximo. Não estava com fome, então permaneci no quarto, deitada na cama, tentando dormir. Mas meu pensamento não saia do Matt, e fiquei brava comigo mesma porque né.      
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