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Espetáculo do amor (Vol.1)

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No centro do picadeiro dessa obra o número principal é o encontro de amor entre a Isabel e a Letícia. Um espetáculo mágico e intenso com direito a muita sedução, confusão, ciúme, romance com sexo quente e uma paixão arrebatadora que merece ser aplaudida de pé.

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Apresentando
A minha vida sempre foi singela, sem grandes emoções e aventuras. Morando na mesma cidade desde meu nascimento, estabeleci um vínculo de amizade com pouquíssimas pessoas. Uma das minhas principais características sempre foi ser discreta. Nos anos de escola e colégio era a aluna quieta e estudiosa que evitava a todo custo se meter em qualquer tipo de confusão. Pelos meus colegas era vista como uma menina certinha. Cativei poucas amizades por não ser muito divertida e por sorte me cerquei de amigos leais. Em casa, sendo a filha mais velha, preocupou-me ser um bom exemplo para minha irmã mais nova e também orgulhar meus pais que sempre trabalharam para nos oferecer uma vida confortável. Após os anos de ensino médio fiz o vestibular com o objetivo de ir estudar na capital, em Vitória. Minha pretensão sempre foi cursar administração e passar a cuidar melhor do dinheiro da família, investindo com segurança e o fazendo render para garantir um bom futuro para meus pais. Ser aprovada em uma federal foi uma das conquistas mais importantes da minha vida. Todos os dias, meses e anos de estudo foram essenciais para minha aprovação. Deixei minha casa e família com o objetivo de conquistar uma graduação, e nos primeiros anos de faculdade me dediquei somente aos estudos. Tudo acontecia conforme havia planejado até que conheci uma a Dafne, uma estudante de teatro que por ser muito atraente me despertou sentimentos que eu até desconfiava que existisse em mim, mas que até então não tinham se apresentado com tanta excitação. Nos últimos anos de faculdade, a Dafne passou a ser também uma distração. Gostava de ficar perto dela e de passar várias noites acordada experimentando nossos sentidos e descobrindo sensações diversas de prazer. Não tínhamos um relacionamento declarado, mas em sua companhia percebi que de fato gostava de mulher. Assumir minha orientação s****l diante dos meus pais foi o ato mais corajoso da minha vida. Eles reagiram de maneira contida e apenas me pediram para tomar cuidado com as pessoas. Sempre fui honesta em minhas atitudes e com meus sentimentos não seria diferente. A Dafne e eu ficamos juntas por quase dois anos e quando me formei cheguei a pensar em ficar na capital e montar um escritório com um amigo da faculdade para continuar perto dela, mas não conseguia deixar minha família. Meus pais passaram anos fazendo tudo para o meu bem estar e eu me sentia no dever de retribuir toda dedicação deles, por isso despedi-me da Dafne e da capital para voltar à casa da minha família no interior. ... - Pode entrar! Falei ao ouvir batidas na porta. Era a quarta vez que me atrapalhavam enquanto tentava fechar o faturamento do mês. - Oi Isa. Sou eu de novo! Era a Dani. A minha melhor e mais insistente amiga. - Dani eu não mudei de ideia de ontem para hoje. Ainda vai insistir nesse convite? Você sabe que tenho muito trabalho pra fazer e que não gosto de festa com música eletrônica. - Isa você também não gosta de nada. Vai todo mundo! Não dá pra fazer um esforço? Olhei para ela impaciente. A insistência da Dani era muito irritante. - Você trabalha todos os dias. Não quer sair com sua turma mais. Sentimos sua falta Isabel! Ela apelou para os meus sentimentos. - Não sou a única pessoa no mundo que trabalha todos os dias Dani. Diga-me por qual motivo está insistindo tanto que eu vá nessa festa? Mentir não é o seu forte. Fala de uma vez. Questionei desconfiada. Saber guardar segredos não era uma qualidade dela, que costumava estragar surpresas ao falar a verdade mesmo que sem querer. A Dani não era uma pessoa discreta, mas era uma ótima amiga, sempre muito sincera e companheira. Sentando-se na cadeira em frente à minha mesa, ela remexeu-se impaciente. - Não devia contar, mas a Aline, prima da Jéssica, pediu que conseguíssemos um encontro entre vocês duas. Eu só tinha que lhe convencer a ir nessa festa, mas isso não é nada fácil porque você não facilita. Reclamou me fazendo rir. - A Aline pediu ou você e a Jéssica estão armando tudo sozinhas? Questionei desconfiada. - Você sabe que não sou mentirosa Isabel. A Jessy comentou que você tinha voltado de Vitória solteira e que desde então não tinha mais saído com ninguém. A prima dela pediu que a gente pensasse em um jeito de vocês se encontrarem. E eu não devia ter contado nada disso pra você. Pode pelo menos fingir que não contei? Por favor! Rindo da Dani eu concordei em subitamente perder a memória. Até onde me lembrava da Aline, ela era uma moça bonita. Ainda que eu não tivesse interessada em sair e me envolver com ninguém ao menos poderia ir encontrar com ela e deixar minhas amigas mais calmas. - Confirme com a Jéssica. Vou para essa festa. Só não garanto conseguir ficar por muito tempo. Afirmei e a Dani comemorou. - Estou feliz. Fiz a minha parte na missão. Vou deixar você em paz Isa. Só não esquece, sábado às onze horas no casarão. Capricha no visual! Ela chamou minha atenção e deixou a sala sem que eu pudesse retrucar. Sem dúvida eu era a mais diferente das minhas amigas e não por ser lésbica. As meninas eram namoradeiras e trocavam de paixão a cada festa da cidade. Ainda assim elas sonhavam com o amor perfeito. Nunca entendi qual era a origem de tanta carência nelas. - A Dani conseguiu convencê-la a sair? Perguntou a minha irmã Thatiane. Ela entrou na sala sem que eu percebesse. - Como sabe disso? A pergunta foi redundante. - Desde quando a Dani guarda algum segredo? - Acho que nunca vou ver esse milagre acontecer. Concordamos e rimos da situação. - Estou um pouco ocupada aqui. Você veio apenas falar da Dani ou tem algo mais? Perguntei de forma direta. - O papai acabou de ligar e me pediu para lhe passar um recado. - Do que se trata? - Você sabe que tem um circo montado na cidade. Que está no parque de eventos. - Sei sim. Passei por perto hoje. O nosso pai vai patrocinar dessa vez? Ele não mencionou. - Sim, ele decidiu que vai patrocinar os espetáculos e pediu que você cuidasse disso. O administrador do circo vai vir aqui essa noite assinar o contrato. Dá tempo de preparar tudo? - Vou providenciar. Ele pediu mais alguma coisa? - O pai e a mãe vão demorar um pouco nas compras hoje. - Tudo bem. Só vou embora quando eles chegarem. Afirmei. - Jantamos juntas mais tarde? - Pode ser. - Até mais tarde Isa! Sorrimos uma para a outra. Voltei minha atenção ao trabalho e assim permaneci o resto dia. - Boa noite filha! Hoje demoramos porque aproveitamos para passear. Disse meu pai ao entrar na sala e passar a mão na minha cabeça. - Tudo bem pai. Vocês passam muito tempo nesse restaurante. O passeio foi bom? - Sua mãe está sorridente. Ganhei pontos com ela. Você pode ir pra casa agora. Disse me convidando a ir embora. - Estou concluindo uma planilha. Precisei fazer muitas coisas hoje. Inclusive o contrato que o senhor pediu está pronto. Falei o entregando uma pasta. - O administrado do circo está aqui com as filhas e a esposa. Você não quer conhecê-los? Mesmo cansada conhecia o meu pai e sabia que a pergunta era um pedido disfarçado. - Quero sim. Mas antes tenho que terminar essa planilha. Estava torcendo que aquele dia chegasse ao fim. E para cumprir com a minha promessa, antes de ir embora fui à mesa onde meu pai estava conversando com alguns integrantes do circo. - Boa noite! Os cumprimentei. - Essa é a Isabel. Minha filha mais velha. Ela quem cuida da administração do restaurante. Meu pai me apresentou sorridente e um senhor alto, que tinha os cabelos e a barba grisalha, fez questão de se levantar para me cumprimentar com um aperto de mão forte. - É um prazer conhecê-la Isabel! Eu sou o Pascoal, administrador do circo Zatinni. Essa é a minha esposa Noêmia e minhas filhas Manoela e Moema. Cumprimentei toda a família com educação e não deixei de notar que as moças eram bem bonitas, puxaram ao pai e a mãe que além de terem boa aparência eram simpáticos. - Assim como você eu tenho duas filhas lindas. A observação do meu pai me deixou sem graça. - Além da Manoela e da Moema ainda tenho mais duas filhas. Elas devem estar chegando. - Quatro filhas. Parabéns! Ele cumprimentou o Senhor Pascoal que ficou sorridente. - Vai se juntar a nós Isabel? Questionou o dono do circo. - Hoje não, prometi a minha irmã que jantaríamos juntas e não costumo quebrar promessas. Falei. - Tudo bem, mas saiba que fazemos questão da presença de vocês na estreia do espetáculo! Ele disse animado e eu sorri. Circo não era bem um dos meus programas favoritos. - Farei o possível para ir. Aproveitem a noite. Com licença! Falei me despedindo. Deixei o restaurante e segui de carro para casa. Com o rádio ligado, ouvi o anúncio da estreia do circo e uma voz feminina chamou minha atenção. O que me fez concluir que estava sozinha há tempo demais para me sentir atraída por uma voz. Assim que entrei em casa encontrei com a Thati sorrindo ao falar com o noivo no celular. Ela e o Rodrigo, que era formado em administração e contabilidade, estavam planejando o casamento há mais de um ano. Os dois se apaixonaram depois de uma conversa de meia hora no Museu do Ipiranga, quando a Thati foi ao Rio em uma viagem de formatura do Colégio. Os dois trocaram mensagens por meses até o Rodrigo vir falar com o meu pai e depois de cinco anos namorando à distância os dois finalmente estavam a alguns passos do altar. Enquanto esperava a conversa terminar, me sentei em uma poltrona ao lado do sofá e continuei lendo um livro que comecei naquela semana. Essa obra era diferente das que eu costumava ler. Ganhei de presente de uma das minhas amigas, a Vanessa Queiroz. Ela sempre me trazia livros quando viajava para São Paulo e esse em especial estava me deixando intrigada por ser um romance misterioso em um cenário caótico pós-guerra. - Prefere continuar lendo ou está com fome? A Thati chamou minha atenção. - Estou faminta e exausta. O que temos para jantar? - Fritei tilápia e também preparei um arroz soltinho e uma salada com molho de mostarda e mel. - Ainda bem que você herdou o talento da mamãe para a cozinha. - Se não fosse por mim você jantaria sanduíche todas as noites. Falando nisso, você comeu alguma coisa durante o dia? Até a hora que deixei o restaurante você não tinha almoçado. - Não comi. Estava preocupada em terminar o trabalho. - Não pode deixar de comer Isabel! Se a mamãe souber vai lhe puxar a orelha. - Se você não bancar a irmã mais nova fofoqueira, ela não vai saber. Reclamei. - Posso não falar, mas se você ficar doente e a nossa mãe descobrir que não está comendo. - Precisa mesmo fazer todo esse drama só por eu não ter almoçado hoje? Interrompi sua fala e ela me olhou feio. - Você pensa que me engana. Não é de hoje que não tem se alimentado direito. Muitas vezes almoça apenas um suco. Vai acabar adoecendo! As meninas estão certas em dizer que você precisa de uma namorada. Só assim vai ter uma vida além do trabalho. Precisa de ânimo Isabel! - Por favor, você também? A Dani me convenceu a sair no sábado. Hoje ainda é terça-feira. O que você quer minha irmã? O único evento que tem nessa cidade são as rodas de pagode e o as baladas eletrônicas com uns idiotas sem camisa. Não vejo graça em festa assim. - Vamos ao circo comigo. A estreia é amanhã. Temos cadeiras bem na frente do picadeiro. Podemos comer pipoca e outras besteiras. Vai ser legal, tem equilibrista, palhaço, de repente você deixa de lado o mau humor e dá umas risadas. Vamos? Percebi que aceitando ir ao circo ela me deixaria em paz. E pensando bem passar algum tempo sentada comendo bobagens não podia ser tão difícil. - Tudo bem. Combinado. Nós vamos. - Promete que eu acredito. Exigiu rindo. - Eu prometo que vou levar minha irmãzinha ao circo. Compro até algodão doce pra você. Afirmei dando risada. - Excelente Isa. Agora você senta e eu vou servi-la com um prato que vale por dois. Disse contente. A Thatiane e eu sempre fomos muito unidas. Éramos boas juntas. Eu a razão e ela a emoção. Após o jantar nos despedimos e eu pude enfim ir para o meu quarto descansar. Exausta, apenas tomei um banho e me preparei para ter uma merecida noite de sono. Na manhã seguinte acordei cedo e nadei um pouco para despertar os pulmões. Depois de um café da manhã em família com direito a bolo quentinho preparado pela minha mãe, vesti-me para mais um dia de trabalho. Desta vez comecei meus deveres indo ao banco e fazendo diversos depósitos e pagamentos. Assim a manhã passou tão rápido que não tive tempo de realizar tudo o que havia planejado. - Filha, a Thati contou que vocês irão nos representar na estreia do circo hoje. Comentou meu pai. - Ela me convenceu a ir. Você e a mamãe deveriam nos acompanhar. Faz tempo que não saímos em família. E pelo que observei da estrutura do circo parece que vai ser interessante. - Vamos ver se conseguimos chegar depois do intervalo. Convidei o Pascoal para vir jantar aqui com a família. Gostei muito de todos eles. Dessa vez quero você e a sua irmã presentes. Meu pai era conhecido na cidade por ser amigo de todos. Ele sempre era bondoso e simpático. Sua alegria era um dos cartões de visita do restaurante, que estava sempre cheio. Ao lado dele, mesmo que mais tímida no trato com as pessoas, minha mãe dava um verdadeiro show na cozinha. Tudo no restaurante passava pelos dois e por isso oferecíamos um serviço diferenciado. - No que eu tenho que estar presente? Perguntou a Thati ao entrar na sala. - Nosso pai convidou o dono do circo e família para jantar mais tarde e quer nossa presença. Contei a ela que imediatamente concordou. - A Jéssica está lá fora querendo falar com você. Avisou-me a Thati. Imediatamente estranhei a visita surpresa da Jéssica. - Isa, boa tarde! Entra aqui rapidinho. Pediu a Jessy e mesmo contrariada eu entrei no carro. - O que é tão importante que você não pode nem descer do carro pra falar? Perguntei séria. - Oi Isabel, tudo bem? Assustei-me com a presença da Aline. Não havia notado que ela estava no banco de trás. - Ah... Oi Aline, estou bem sim e você? Passeando? Perguntei no susto. - Eu estou bem. É muito bom vê-la depois de tanto tempo. No nosso último encontro, que acontecei no aniversário da Jéssica, ela estava com a namorada e moça ficou me olhando feio. Segundo a Dani a namorada dela estava com ciúme, isso porque a Aline afirmava ter sido apaixonada por mim desde os tempos de escola. - Faz muito tempo mesmo. Está de recesso da faculdade? Minhas perguntas foram meramente por educação. - Na verdade eu me formei no ano passado e estou montando um consultório aqui perto do seu restaurante. Acredito que vamos nos ver muito. - Ah... Seja bem vinda de volta! Jéssica, o que você quer comigo? Perguntei apressada. - Na verdade sou eu que quero falar com você. Vou precisar de ajuda com a parte burocrática e administrativa do consultório. Será que tem como você me ajudar? Podemos tomar um café e conversar mais tarde ou amanhã. - Podemos marcar um café para amanhã. Pega o meu contato com a Jéssica e me liga. - Ligo sim. Preciso de alguém de confiança como você. - Entendo. Caso eu não possa lhe ajudar, indico alguém confiável. Fica tranquila. Agora se me permitem tenho muito trabalho esta tarde. Até mais Jéssica! Até mais Aline! Saí do carro apressada e ao entrar no escritório recebi uma mensagem da Jéssica. - Você foi muito fria Isa. Deixou a Aline nervosa. Podia ter sido simpática. - Tenho muito trabalho e pouco tempo Jéssica. E sei que vocês querem nos aproximar. - A Dani falou demais? - Ela sempre fala. Agora tenho o que fazer. Até mais! Despedi-me dela deixando o celular de lado e prestando atenção nos meus deveres. Era dia de pagamento e por isso não parei em nenhum momento ao acertar as contas com colaboradores e fornecedores. Ao final da tarde estava com muita vontade de ir para casa e dormir e por um momento me esqueci da promessa que fiz a minha irmã, mas assim que nos encontrarmos ela tratou de me lembrar. - Vai deitar um pouco. Só precisamos sair daqui de oito horas. O espetáculo começa de oito e vinte. Avisou-me. - Tudo bem. Vou deitar e ler um pouco. Estou pronta às oito horas. Vê se não demora. Alertei justamente por conhecê-la. Normalmente a Thatiane me deixava sem paciência ao esperá-la se vestir para sair. Em meu quarto, li alguns e-mails e respondi algumas questões levantadas pelos meus colegas da faculdade que estavam em maioria atuando como gestor de grandes empresas ou trabalhando como consultor de negócios em Vitória. Distraí-me com algumas questões e quando percebi faltava apenas vinte minutos para oito horas. Apressada, tomei um banho e vesti uma calça jeans, minhas botas favoritas e mais confortáveis, uma camiseta branca simples e minha jaqueta de couro preta. Sempre fui objetiva até mesmo para comprar roupas e me vestir diariamente. Acessórios para mim eram bem básicos, brincos pequenos, cinto e no máximo um relógio. Pensando em facilidade meu cabelo também tinha o mesmo corte há anos, pouco a cima dos ombros, e sempre penteado do mesmo jeito. Ousadia não combinava comigo. - Está pronta Thati? Bati na porta do quarto da minha irmã e ela respondeu que estava quase terminando. - Vou lhe esperar por dez minutos. Mais do que isso você vai de táxi. Ameacei.

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