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Deuses da Lua

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Blurb

Deuses da Lua, conta a história de Aria Patterson e Brandon Griffin.

Tudo começa quando os pais da jovem voltam a antiga casa da sua avó materna em Blowing Rock na Carolina do Norte.

Curiosa para conhecer a montanha e a floresta que fica envolta da sua nova residência, Aria adentra a floresta e é atacada por um Gashadokuro (O grande Esqueleto – Lenda japonesa) a garota é salva por um grande lobo branco (Brandon Griffin).

Após destruir a grande criatura de ossos, o grande lobo analisa Aria e percebe que aquela garota é diferente, mas para ter certeza ele tenta se comunicar com ela, e quando ela o responde ele tem a certeza que ela pode ser a Reencarnação do seu grande amor, Amara.

Entre idas e vindas, Aria aos poucos com o seu jeito meigo e inocente, acaba conquistando o coração do futuro alfa da tribo “Blue Blood”.

Os conflitos giram envolta da luta pelo comando das outras tribos de lobos, entre a tribo alfa, Beta e ômega, também existe o conflito pelo amor e os poderes de Aria.

E no fim tudo pode ou não se resolver, apenas vai depender da escolha da jovem.

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A forasteira da Família Patterson - Parte 1
Era um dia ensolarado na Carolina do norte, as malas que estavam amarradas a uma corda sobre o teto do carro da família, deixavam nítido que os Patterson estavam de mudança.   As árvores à beira da estrada e o lago que ficava ao longe, refletia no olhar da jovem garota de dezesseis, de cabelos longos cor de mel, de pele clara e olhos da cor âmbar que nitidamente estava entediada. O silêncio prevalecia dentro daquele veículo, afinal, os filhos do casal estavam tristes com a mudança de cenário, e essa tristeza se dava ao fato de ter que deixar amigos e sua antiga casa para trás na cidade de Greenbosro.   —  Não façam essas caras, eu prometo que vai ficar tudo bem! –— disse a senhora Patterson.   O olhar da mulher de quase quarenta anos através do retrovisor interno do veículo, era de amor e carinho, mas também era perceptível a sua tristeza de ver todos os seus filhos daquela forma, e como uma verdadeira mãe, a senhora Patterson queria abraça-los e consola-los.  —  A senhora já havia dito isso a quatro meses atrás, e nada ficou bem, estou começando a acreditar que isso é mentira e que nada vai melhorar! – disse o jovem Cory o filho do meio do casal Patterson.  Assim como a irmã mais velha, Cory estava com o seu olhar fixo a paisagem que passava rapidamente diante de seus olhos.  —  Não fale dessa forma com a sua mãe, acha que se quiséssemos, estaríamos de mudança para a casa da sua avó? Infelizmente a vida não é perfeita Cory, algumas vezes temos que passar por altos e baixos, para podermos aprender como sobreviver e lutar! – disse o senhor Patterson ao terceiro filho.   —  Se não tivessem perdido o emprego, a nossa vida teria continuado perfeita! – resmungou o jovem.   —  Querido, o dinheiro não é tudo nessa vida, lógico que precisamos dele para sobreviver, nos alimentar e comprar coisas que gostamos, mas ele não é tudo, o dinheiro não traz felicidade, e pense que estamos passando por uma experiência nova de aprendizado, um dia você vai olhar para trás e vai ver que tudo tem um proposito e que esse proposito lhe fez tornar um grande homem! – Disse Mônica.  O jovem Cory permaneceu em silêncio, talvez ele tenha sentido o peso das palavras da sua mãe, ou simplesmente quis permanecer calado.   Faltava apenas mais cem quilômetros de distância para a nova casa, que ficava em Blowing Rock, também na Carolina do norte. Essa pequena cidade no interior habitava, mais ou menos mil cento e sessenta e três habitante, poucas pessoas de fato, mas os seus habitantes não deixavam de ser amáveis e receptíveis.   A mudança de cenário aconteceu, ao invés da estrada, o carro da família Patterson estava passando pela pequena cidade onde agora iriam viver, as pessoas que passavam pelas calçadas em frente aos estabelecimentos, estavam curiosas com a chegada de um novo veículo que passava por aquela avenida.   Os olhares curiosos seguiram aquele veículo até que o mesmo saísse da cidade e entrasse na estrada de terra que os levaria até a nova moradia da família.   A estrada de terra com a paisagem vazia, ou quase vazia se não fosse pelo lago que se estendia juntamente com a estrada da montanha de Blowing Rock, dava um ar de calma e sossego, coisa que não agradava aos filhos dos Patterson, que estavam acostumados com a cidade grande e com muita movimentação.   Logo a paisagem vazia passou a ter cor, por causa das poucas arvores que havia aparecido, que por sua vez estavam cheias de pequenas flores de todas as cores típicas da primavera.  —  Estamos chegando! – disse a senhora Patterson.  O olhar da jovem Aria agora estava fixo a casa de três andares sobre o pequeno monte acima da montanha, e a volta dessa casa, havia uma extensa floresta.  —  Aquilo são lapides? – perguntou Cory ao ver uma lapide em um terreno ao lado da casa.   —  Sim, é sim, esse é o cemitério da família! – disse a senhora Patterson.   — Se é o cemitério da família, por que possui apenas duas lapides? Não deveria ter mais? – perguntou Aria.  —  Sim deveria, mas os nossos ancestrais não quiseram ser enterrados aqui, aquelas lapides são dos dois únicos membros antigos da nossa família que quiseram ser enterrados aqui! – Disse Mônica.  —  Por que os outros membros da família não quiseram ser enterrados aqui? – perguntou Aria.   —  Essa é uma longa história que pode ficar para depois! – disse o pai da garota.   O casal se entre olharam deixando nítida a t***o que possuía sobre esse assunto, e ao perceber essa tensão, Aria ficou curiosa sobre o assunto, e decidiu que precisaria saber sobre aqueles túmulos.   E por mais alguns minutos o carro seguiu estrada a dentro até chegar em frente à casa de madeira, pintada de cinza com as portas e janelas brancas.   Assim que o pai dos jovens estacionou, os dois filhos mais novos do casal saltaram do veículo de imediato, já Aria desceu calmamente e despreocupada, enquanto olhava a paisagem a sua volta.  —  Mãe! Por que tem um caminho de pedras no meio da floresta?  — Perguntou Aria.   A mãe da garota que até o momento estava observando o seu antigo lar, e se perdendo nas lembranças que possuía da sua infância, olhou para a sua filha, que por sua vez estava de costas olhando fixamente e curiosa para aquele caminho de pedras cheias de musgo e pequenas plantas entelhadas, que abria um pequeno revelo por baixo delas.    —  Essas pedras foram colocadas por meu Tratará avô, ele fez isso para que espirito da sua esposa encontra-se o caminho de casa, caso ela ressuscitasse!  — Disse Mônica.  —  Bizarro!  — Disse Cory.   —  Realmente, muito bizarro, mas sabe o que é mais bizarro ainda? Os meus filhos não estarem correndo para ver o que há dentro da nova casa!  — Disse o senhor Patterson.   —  Eu fico com o porão!  — Disse Aria ao ir em direção da casa.   —  Não vale, eu quero ficar com o porão!  — Disse Cory.  —  Vamos ver, quem chegar primeiro, é quem fica com o porão!  — Disse a garota ao parar de caminhar e vira-se para o seu irmão.  —  Quem chegar por último é a mulher do padre!  — Disse Cory ao começar a correr em direção a casa.   —  Ei! Isso não vale, eu não disse já!  — Disse a garota ao começar a correr atrás do seu irmão.  Os jovens entraram na casa e era possível ouvir os gritos e provocações de um com o outro do lado de fora da residência.  —  Qual dessa fixação por porão que esses dois tem?  — Perguntou o senhor Patterson ao aproximar-se de sua esposa.   —  Isso vem de família, os genes da minha avó estão falaram mais alto! –— disse a senhora com um ar de preocupação.  —  Será que ela vai conseguir se adaptar à nova vida?  — Perguntou o homem.   —  Eu creio que sim, mas ainda não sabemos se é ela a escolhida!  — Disse Mônica.  —  Mesmo assim, precisamos cuidar para que ela se adapte, sabe muito bem o por que estamos aqui!  — Disse Connor.   —  Sim! Eu sei, estamos aqui para protege-la!  — Disse Mônica ao olhar para o seu esposo.  —  E por enquanto, vamos deixar a história da sua tratará avó de lado!  — Disse Connor ao acariciar o rosto de Monica.  —  Tudo bem!  — Disse ela.   Tornando a casa a dentro Aria havia chegado ao porão primeiro e com isso ela havia ficado com ele, já Cory teve que se conformar com um quarto no andar de baixo. —  Não foi justo, você é atleta por isso ganhou! –— disse ele a porta. —  Você foi burro em ter aceito!  — Disse Aria. —  O que vai fazer com esse lugar? Ele tem muito espaço! Consigo imaginar como ele ficaria se fosse meu!  — Disse Cory. —  Mas ele não é seu, então tente imaginar como eu vou deixa-lo!  — Disse a garota. O garoto sorriu de lado e olhou para o teto, ele fixou o seu olhar nas pequenas teias de aranha sobre sua cabeça, porém não havia qualquer resquício de qualquer aracnídeo sobre elas. Além das teias, o teto estava repleto de mofo, e possivelmente precisaria de uma boa limpeza. —  Será que essa claraboia abre?  — Perguntou Aria que também estava olhando para cima. —  Por que não tenta abrir?  — Questionou o garoto. Aria olhou a sua volta, a procura de algo para subir e tentar abrir aquela claraboia. Ela viu que havia um pequeno banco de madeira ao lado de muitas caixas que estavam espalhadas por aquele cômodo, era nítido que a décadas aquele lugar não era limpo, além do mofo das teias, havia também pequenas traças e muita poeira. —  Não sei porquê, mas acho que esse lugar vai dar trabalho para limpar!  — Disse Cory. —  Sim, vai ser muito difícil de limpar, mais vai valer a pena quando terminar de decorar!  — Disse Aria. Ela aproximou-se daquele banco e antes de pega-lo, a garota retirou uma caixa que estava sobre ele que por sinal não era muito pesada, mas o banco, ele sim era pesado. Com um pouco de dificuldade, a garota arrastou o banco até o centro do sótão e subiu no mesmo, ela tirou algumas teias que estava sobre o trinco da claraboia e com um pouco de força e um pouco de dificuldade ela a abriu, e então algumas folhas e pedaços de galhos caíram sobre ela. —  Ainda bem que não sou eu que vou limpar isso!  — Disse Cory ao começar a rir. —  Como disse, vai valer a pena depois!  — Disse a garota ao sorrir para o seu irmão enquanto se limpava. Apensar das brigas e implicâncias, Cory e Aria sempre foram unidos, eles tinham os mesmos gostos para música, comida, cores e livros, eles costumavam dizer que eram gêmeos, mas de datas de nascimento diferente. —  Aria, Cory, venham aqui em baixo!  — Disse Mônica ao grita da ponta da escada que levava ao porão. —  Será que a Cristina chegou?  — Perguntou Cory. —  Não, eu acho que ela precisa de ajuda com as malas!  — Disse Aria ao descer do banco. —  Aposto que é a Diana!  — Disse Cory. —  Aposto que são as malas!  — Disse Aria. —  Uma semana de roupas limpas?  — Perguntou Cory ao estender a mão para a irmã. —  Se prepare para lavar as minhas roupas!  — Disse Aria ao concordar com um aperto de mão. O acordo foi selado, quem perdesse iria lavar a roupa do outro por uma semana, os irmãos saíram do porão e desceram o primeiro lance de escadas, que era feita de madeira maciça e envernizada.  Agora no segundo andar, Aria e Cory estavam competindo para ver quem chegaria primeiro ao início do próximo lance de escadas que levava ao andar de baixo da casa. Passando pelo corredor onde ficava os outros quartos, os irmãos seguiram em passos apertados em meio a esbarros e empurrões, até que por fim, ao seu destino, e ao ver que empataram em sua breve competição de quem chegava primeiro, eles se entre olharam e sorriam uníssono. —  Um...  — Disse Cory. —  Dois...  — Disse Aria. —  Três...  — Disse Cory por último. E uma nova competição começou, os irmãos Patterson correram escada a baixo e Aria mais uma vez venceu ao chegar primeiro no andar de baixo. —  Vocês vão acabar se machucando dessa forma!  — Disse o senhor Patterson ao entrar na casa com uma enorme caixa de papelão. —  Vamos, nos ajude a pegar as malas e Diana chegou, vão ajudar a irmã de vocês também!  — Disse Monica. —  E aí? Quem ganhou a aposta?  — Perguntou Cory. —  Acho que os dois!  — Disse Aria. —  Então vamos ter que lavar a roupa um do outro?  — Perguntou ele. —  Acho que sim, ou podemos fazer assim, nem eu e nem você!  —Disse a garota. —  Por mim tudo bem! – disse ele. —  Por que ainda estão parados? Vão pegar as malas!  — Disse Monica ao passar por seus filhos mais uma vez. —  Melhor irmos!  — Disse Aria. Cory concordou com sua irmã e ambos seguiram para fora da casa, e foram em direção ao carro dos seus pais. —  Que lugar deprimente!  — Disse Diana quando seus irmãos se aproximaram. —  Bem-vinda ao novo lar!  — Disse Aria que seguia em direção ao carro dos seus pais. —  Ei Cory, me ajude a tirar as minhas malas do meu carro!  — Disse Diana. —  Estou ocupado, a nossa mãe pediu a mesma coisa e eu prometi que ajudaria, você tem dois braços e duas mãos e um par de cada dedo, deveria pelo menos uma vez na vida fazer as coisas sem depender dos outros!  — Disse Cory. —  i****a!  — Apenas disse Diana. O jovem Patterson sorriu e seguiu para ajudar a sua irmã mais velha, que estava nitidamente com dificuldade para levantar uma mala que estava ao chão. —  Precisa de ajuda?  — Perguntou Cory a Aria. —  Se conseguir levantar essa mala, eu deixo você comer todo o meu estoque de chocolate suíço!  — Disse a garota. —  Isso é um desafio?  — Perguntou ele. —  Claramente, duvido você conseguir!  — Disse a garota ao sorrir de canto. O garoto de pele clara, de cabelos ruivos, magro, e de estatura mediana, segurou na alça daquela mala e a levantou sem qualquer dificuldade. —  Como fez isso? Você anda malhando?  — Perguntou Aria incrédula. O jovem garoto deu de ombros e seguiu para a casa, Aria por sua vez, pegou uma outra mala menor e começou a caminhar, mas em meio a caminho, a garota parou e virou-se para floresta. Ela havia escutado um barulho de galho se quebrando e curiosa, Aria colocou a mala ao chão e se aproximou do caminho de pedra que havia na floresta envolta da residência. E quando mais a garota se aproximava, mas ela sentia a sua pele arrepiar e um vento gélido soprou em sua direção e ao longe ela pode ouvir algo dentro daquela floresta fungar. —  Aria! O que está fazendo? As malas não vão entrar sozinhas em casa! – gritou Monica que estava saindo da residência. —  Já estou indo!  — Gritou a garota que ainda olhava aquela floresta. —  Agora!  — Gritou Monica enquanto voltava para a residência. Aria por sua vez ainda permanecia no mesmo lugar, era como se estivesse hipnotizada e que algo estivesse a atraindo para aquela mata.  — Vamos Aria, as malas!  — Disse Monica mais uma vez enquanto ainda voltava para a residência.  — Já estou indo!  — Disse a garota ao torna a caminhar. Agora dentro de sua residência, Aria subiu as escadas com a mala em mãos, ela ia em direção ao quarto do seu irmão mais novo, que estava nesse momento tirando a sua coleção de estudos geográfico de uma caixa.  — Acho que vai precisar de uma prateleira para esses livros e esses materiais!  — Disse Aria ao colocar a mala dele ao chão.  — Obrigada por trazer!  — Disse o garoto de dez anos ao pegar a mala.  — Eu falei para o papai que precisava de uma prateleira e ele me disse que me daria, e estou esperando a meses!  — Disse o garotinho ao deitar a sua mala ao chão e abri-la.  — Fica com a minha, o pai e a mãe não estão empregados, as coisas serão mais difíceis agora!  — Disse a jovem.  — E os seus livros? Onde vai coloca-los?  — Perguntou o garotinho ao olhar para a sua irmã.  — Assim que eu arrumar um emprego, compro uma nova. Vou pedir para o pai montar prateleira em seu quarto assim que os nossos moveis chegarem!  — Disse a garota.  — Obrigado!  — Disse o garotinho ao correr para abraça-la. Menina doce ela era e muito família também, o que ela podia fazer por seus irmãos, ela fazia, e seus pais tinham muito orgulho disso. Aria retribuiu o abraço do jovem Maison, e depois afastou-se do abraço, o garotinho voltou a desfazer as suas coisas e a garota saiu de seu quarto, ela caminhou até a escada para poder descer mais uma vez para andar de baixo. Monica que estava na ponta da escada na parte superior, abraçou a sua filha assim que ela estava próxima.  — Eu tenho orgulho de você! Como cresceu tão rápido?  — Disse ela à pergunta.  — Chega mãe! Isso é vergonhoso!  — Disse Aria ao tentar se afastar do abraço.  — Bruta, mas tem o coração muito lindo!  — Disse Monica ao solta-la.  — Agora vai pegar as outras malas antes que escureça!  — Disse Monica mais uma vez.  — Sim mãe!  — Disse Aria. A garota tornou a descer as escadas, e assim que chegou ao andar inferior da casa, mas uma vez ela saiu da residência, mas antes que chegasse ao carro, ela parou diante a entrada daquela floresta olhou ao seu redor, e ao ver que não havia ninguém por perto, em passos largos a garota caminhou até aquelas arvores. Ao se aproximar Aria pode sentir um vento muito forte soprar em sua direção, ela ouviu passos lentos sobre os galhos secos ao chão no interior da floresta, curiosa, a garota continuou a caminhar para o interior daquela mata, sem ao menos olhar para trás. Folhas e mais folhas estavam por cair daquelas arvores, o vento gelado soprava sobre o rosto da garota, com os seus passos lentos e seus olhos curiosos, ela seguia observando todas as aquelas arvores.  Quando mais Aria se afastava, menos ela podia ouvir as vozes dos seus irmãos e dos seus pais. “—Aria” sussurrou o vento, que por sua vez assustou a garota que parou de caminhar no mesmo instante, e sem perceber, ela estava diante da lapide de pedra de uma mulher, que havia sido enterrada naquele local a mais de trezentos anos. “Amara Patterson, Mãe e filha dedicada, 14/02/1933” era o que estava escrito na lapide diante de Aria. “—Aria” E mais uma vez o vento soprou o nome da jovem.  — Quem é? Quem está aí?  — Gritou a garota. E nesse mesmo momento, o ventou soprou em direção a ela, só que dessa vez era mais forte, frio e pesado, e fez com que Aria sentisse a sensação de medo. “— Corra” — sussurrou o vento. Agora sim ela estava assustada, mas já era tarde, ela não tinha mais para onde correr, o por que? Uma criatura de quatro metros estava à espreita, a observando-a, esperando apenas o momento certo para atacar a garota. Quando Aria virou-se para voltar a sua casa, ela sentiu seu corpo estremecer, os seus olhos e a sua mente estavam em uma batalha continua para tentar entender o que era aquele ser diante dela, um enorme esqueleto humano que se arrastava sorrateiramente, estava por vir em sua direção. Sem saída, sem ter como voltar para o seu lar, a garota começou a dar passos para trás com o seu olhar ainda fixo naquela criatura. “—Corra Aria, Corra!”  — Sussurrou a floresta mais uma vez. Sem questionar e sem pensar duas vezes, Aria começou a correr, e ao ver que a garota se distanciava, o esqueleto ficou em posição quadrupede e passou a segui-la em velocidade média.  — Socorro!!!  — Gritou Aria enquanto corria. Apavorada, a garota adentrou ainda mais na floresta, fazendo assim com que saísse por completo da pequena trilha que levava de volta para a sua casa. Ela continuou correndo e o barulho de ossos e chocalhos que viam daquele ser, ficava cada vez mais próximo. E no momento em que ela olhou para trás, ela pode perceber que aquela criatura estava quase a alcançando e nesse seu descuido de olhar para trás, ela tropeçou em uma pedra e caiu ao chão com o seu rosto virado para a terra. Os passos daquele monstro estavam agora ainda mais próximos, Aria estava tentando se levantar para correr, quando percebeu que não haveria mais jeito, até porque a criatura já estava acima dela. Lentamente aria virou-se  para ver o esqueleto, que estava com o seu “rosto” próximo ao dela, lentamente a garota se arrastou para trás e aquela criatura seguia os seus movimentos até que aquele ser abriu sua boca para devora-la, e ela no mesmo instante fechou os seus olhos com força e esperou sua morte. E nesse momento, Aria sentiu um forte vento sobre sua cabeça, ao abrir os seus olhos ela viu um grande lobo de pelugem branca de dois metros e meio. Sentindo o seu corpo estremecer e suas mãos gelarem, ela presenciou aqueles seres começaram a lutar feroz e intensa.   O grande lobo mostrou-se rápido e ágil, com seus dentes grandes e afiados, aquele lobo derrotou o grande esqueleto sem qualquer dificuldade. Aria permanecia onde estava, o seu corpo estava paralisado por conta do medo que a mesma estava sentindo. “— Quem é você?” — Perguntou o lobo ao vira-se para ela. Por um instante a garota pensou está delirando por causa da adrenalina em seu corpo, a voz ríspida e autoritária do animal, fez com que o seu corpo passasse a ter calafrios. “— Suponho que não tenha me ouvido! Então você é apenas uma pessoa comum, sendo assim, eu vou precisar te matar, acredite, não tenho nada contra a você, mas são as regras!” – disse o lobo. —  Aria, meu nome é Aria, e eu posso entender o que diz! – disse a garota com uma voz tremula. O animal aproximou-se dela, e agora estava com o seu rosto próximo ao dela, ele olhou em seus olhos profundamente e a garota pode sentir como se a sua alma estivesse sendo sugada por aquele olhar devastador. Aria lentamente se afastou ainda se arrastando, e quando estava em uma distancia segura daquele lobo, ela levantou-se e tentou manter-se firme de pé.  “— Quem é você?”  — Questionou o lobo. —  Por que eu posso ouvir o que diz? Mas não o vejo movimento a boca? – perguntou ela.   “— Telepatia, já ouviu falar sobre isso? Nós nos comunicamos assim!” — Disse o lobo.   —  Nós? Por que disse “Nós”? Existe mais de você? – perguntou Aria.   “— Está muito calma para quem está prestes a morrer!”  — Disse o lobo.           — E por que estou prestes a morrer?  — Questionou a garota.  “— Por que estou prestes a lhe matar!  — Sussurrou o lobo.”  — Você não pode fazer isso!  — Disse a garota.  “— E por que não?”  — Questionou o lobo.  Ela não tinha resposta para essa pergunta, e quanto mais ela pensava em que dizer, aquele animal ficava cada vez mais próximo, a sua respiração fazia com que as folhas ao chão se dispersassem, e suas patas deixava rastros a cada passo que dava.      “— Ainda não me respondeu, por que não devo lhe matar?”  — Questionou o lobo mais uma vez  — Por que o meu pai é policial, ele vai te caçar, e vai acabar com você!  — Disse a garota ao sentir suas pernas estremecerem. “— Acha que tenho medo de um mero humano? Sabe a quanto tempo estou vivo? Sabe quantos humanos matei todo esse tempo? Policial? Grande coisa, eu sou um alfa, não tenho medo do que não pode me matar!”  — Disse o lobo agora rondando a garota. Aria estava se afastando o máximo que podia, ela temia por sua vida. Mas aquele lobo era argiloso, ele sabia que a qualquer momento ela tentaria fugir e isso era o que ele menos queria. Um uivo tirou a atenção do animal daquela garota, ele olhou em direção de onde o uivo vinha. Era como um chamado, e ele sabia do que se tratava, Aria aproveitando a distração daquele animal, virou-se rapidamente e começou a correr, mas o grande lobo branco era mais rápido, ele percebeu que a garota estava em fuga correu em sua direção e passou a sua frente ficando assim de frente a mesma, que parou de correr imediatamente.  “— Não terminamos a nossa conversa!”  — Disse o lobo.  — Me deixe ir, eu prometo que não falo sobre você, e muito menos o que aconteceu aqui!  — Disse Aria.  “— Não vai ser possível, existe uma regra nessa floresta, quando um humano entra, ele não pode mais sair! Pelo menos não vivo!”  — Disse o lobo. A garota sentiu as suas pernas perder as forças no momento em que aquele animal rosnou para ela e lhe mostrou seus dentes afiados, que até então havia a salvo minutos atrás.  A pata direita aquele grande lobo estava arranhando o chão a baixo de si, era como se ele estivesse se preparando para ataca-la, Aria percebeu que os seus últimos minutos de vida estavam se aproximando, e em sua mente, ela pedia para que um milagre acontecesse, qualquer um, tudo o que ela precisava era sair daquela situação. “—Não!”  — O vento sussurrou. “— Olhe para ela!”  — Sussurrou o vento mais uma vez. Não foi só Aria que ouviu aquela voz, aquele lobo também havia ouvido, que no mesmo instante parou de rosnar, ele olhou fixamente para a jovem. Agora a luz da lua estava iluminando o rosto da garota, e aquele ser que estava diante dela, cessou o seu possível ataque.  “— Não pode ser!” — Disse o animal. E mais um uivo foi ouvido, agora estava mais próximo, e aquele lobo mais uma vez seguiu com o olhar em direção de onde vinha aquele som. “— Saia daqui e não entre mais nessa floresta!”  — Disse o lobo a garota.  — O que?  — Perguntou Aria agora confusa.  “— Corra, agora!”  — Ditou o lobo antes de adentrar a frente da garota. Um outro lobo apareceu, mas dessa vez, esse tinha uma pelugem cor de âmbar, e os seus olhos eram verdes como as folhas das arvores que caiam ao chão. “— Corre! Agora!” — Disse o lobo novamente a garota. O outro animal avançou para atacar Aria, mas o lobo branco entrou a sua frente e uma batalha de gigantes começou a acontecer, a jovem não quis ficar para saber quem sairia vencedor daquela luta, assim como o animal havia dito, ela começou a correr, ela correu como se sua vida dependesse disso, e realmente dependia. Após sair da floresta e achar o caminho de volta a sua casa, a garota permaneceu correndo até adentrar em sua residência e fechar a porta atrás de si, com tanta brutalidade que chamou a atenção de todos que passavam pela casa. — Aria o que houve?  — Perguntou Monica a garota.  — Nada, eu...eu vou dormir!  — Disse a garota ao tentar recuperar seu folego.  — Dormir a essa hora?  — Perguntou Connor ao olhar o seu relógio de pulso.  — Sim pai, dormir, amanhã vai ser um longo dia!  — Disse a garota ao começar a subir as escadas.  — Mas Aria!  — Disse seu pai.  — Pai, quando dormimos cedo, acordamos com mais energia!  — Disse ela.  — E onde vai dormir?  — Perguntou Monica.  — No chão!  — Disse a garota ao tornar a subir as escadas. Aria subiu com muita rapidez os dois lances de escadas até chegar ao seu “quarto”. A garota fechou a porta atrás de si e ficou andando em seu quarto de um lado para o outro enquanto mordia as cutículas de suas unhas, ela estava com o seu pensamento fixo no que havia acontecido a segundos atrás, ela ainda tentava raciocinar e digerir toda aquela situação. Um uivo alto que vinha daquela floresta foi ouvido pela garota, que no mesmo instante parou de andar e ficou com o seu olhar fixo a janela do seu quarto.  — Filha!  — Disse Monica ao bater na porta de seu quarto. Ao som da voz de sua mãe, a garota saiu do seu transe com um pequeno susto que levou, ela olhou em direção a porta do seu quarto, na qual sua mãe já havia aberto e já estava entrando.  — Filha, seu pai e eu achamos melhor você dormir por enquanto na sala, até que terminemos de arrumar o seu quarto!  — Disse Monica. A garota permaneceu calada, ela havia ouvido a sua mãe falar, mas a sua mente estava em luta com o que era real e o que não era.  — Aria? Você me ouviu?  — Questionou Monica.  — Sim! Eu durmo na sala!  — Disse a garota voltando a si.  — Tudo bem, vou pedir para o seu pai acender a lareira, aqui por essas bandas da montanha faz muito frio durante a madrugada, vou separar também alguns cobertores a mais para você, tudo bem?  — Disse Monica. Com um balançar de cabeça em concordância, Aria afirmou a sua mãe que havia entendido, Monica saiu do quarto de sua filha e a deixou mais uma vez a só. Aria tornou seu olhar aquela janela e ficou em silencio por alguns instantes na esperança de ouvir mais algum som, mas não havia mais nada do lado de fora. Nenhum som, nenhum uivo e muito menos a voz daquele animal. E mesmo assim, ela não se sentia segura de se aproximar daquela janela, para ver mais de perto e ter certeza, de que aquele animal, não havia a seguido.  — O jantar está pronto! — Gritou Connor.

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