Capítulo 56 GUEPARDO NARRANDO A adrenalina tava martelava no meu sangue como um tambor de guerra. Meu corpo inteiro estava quente, os músculos tensionados, a cabeça latejando com a mistura de ódio, alívio e sede, sede de sangue, de controle, de proteçãö, de tudo ao mesmo tempo. Quando eu saí do posto clandestina, a invasão já estava nos últimos suspiros e eu não ia descansar enquanto o último filho da putä não tivesse descido o morro de joelhos ou de caixão. Assim que botei o pé na viela principal, o barulho voltou a me engolir. Gritos. Passos. Estalos secos de tiro. O cheiro forte de pólvora, poeira, fumaça. A gritaria dos vapores correndo, carregando arma, gritando sinal. A sirene improvisada batendo no alto, avisando recuo inimigö. O caos que só o morro entende. Eu levantei

