Pensamentos impróprios

1269 Words
Ela fechou o notebook com cuidado, organizou as pastas e olhou para ele com aquele sorriso gentil e tímido de sempre. — Então… até amanhã, senhor Patrick. — Até amanhã, Lana — ele respondeu, num tom mais baixo, com a voz já carregada daquela rouquidão que só aparecia quando algo nele estava… em ebulição. Ela virou-se e foi em direção à porta. Andava com passos leves, femininos, e o som dos saltos ecoava pelo piso do escritório, como se marcasse cada batida acelerada do coração dele. Foi aí que ele notou. Ou melhor, se permitiu notar. O vestido social, justo na medida, realçava a curva perfeita do quadril dela. Aquele corpo… Deus do céu. Ele desviou o olhar por um segundo, mas depois voltou. “Patrick… para com isso… mas olha isso…” pensava. A porta se fechou suavemente, e ele ainda ficou olhando para onde ela havia passado, como se pudesse vê-la ali, parada. Sem roupa. Apenas de calcinha rendada e um sutiã branco, com aquele corpo generoso, pele macia, s***s fartos e aquela cintura que parecia feita sob medida para as mãos dele. “Droga, Patrick…”, ele pensou, apertando os olhos, passando a mão pelos cabelos, bagunçando-os. — Isso não pode estar acontecendo… — murmurou para si mesmo, com um sorriso torto e um suspiro arrastado. Mas estava. Estava sim. A Lana já estava dominando não só os relatórios da empresa… mas os pensamentos mais secretos e mais intensos dele também. Patrick ainda estava sentado, o olhar perdido no espaço onde Lana havia desaparecido segundos antes. Mas a mente… essa estava em chamas. “Patrick, para com isso…” — disse a voz da razão, uma mistura entre o senso moral e a imagem austera do pai dele. “Ela é filha do Francisco, rapaz. Do Francisco! O homem mais honesto dessa empresa.” Mas aí veio o outro lado. O diabinho sentado no ombro, com a voz debochada do Harry: “Tá maluco? Aquilo é um mulherão. Você viu o que ela vestiu hoje? Aquilo foi um golpe visual. Visual mesmo!” E ele passou a mão no rosto, nervoso. — Meu Deus do céu, como é que eu fiquei com a Cindy esse tempo todo? — murmurou sozinho, balançando a cabeça. — Aquela ali sim… Aquela tem presença, tem essência. Ela tem tudo. Meu Deus… E aí o lado anjo voltou: “Respeita, Patrick. Ela é nova, está só começando. Você é o CEO. Você tem que dar o exemplo. E ela é filha do seu Francisco! Tira isso da cabeça.” Ele se levantou de novo, começou a andar de um lado para o outro, inquieto. Mas do outro lado falava mais alto, já mais sedutor: “Mas e se... e se ela sentisse algo também? E se não for só você? E se ela também está te olhando?” Ele parou. Suspirou fundo. “Isso só vai acabar m*l…” — Preciso tirar esses pensamentos da cabeça. Urgente. Patrick ainda estava sentado, o olhar perdido no espaço onde Lana havia desaparecido segundos antes. Mas a mente… essa estava em chamas. “Patrick, para com isso…” — disse a voz da razão, uma mistura entre o senso moral e a imagem austera do pai dele. “Ela é filha do Francisco, rapaz. Do Francisco! O homem mais honesto dessa empresa.” Mas aí veio o outro lado. O diabinho sentado no ombro, com a voz debochada do Harry: “Tá maluco? Aquilo é um mulherão. Você viu o que ela vestiu hoje? Aquilo foi golpe visual. Visual mesmo!” E ele passou a mão no rosto, nervoso. — Meu Deus do céu, como é que eu fiquei com a Cindy esse tempo todo? — murmurou sozinho, balançando a cabeça. — Aquela ali sim… Aquela tem presença, tem essência. Ela tem tudo. Meu Deus… E aí o lado anjo voltou: “Respeita, Patrick. Ela é nova, está só começando. Você é o CEO. Você tem que dar o exemplo. E ela é filha do seu Francisco! Tira isso da cabeça.” Ele se levantou de novo, começou a andar de um lado para o outro, inquieto. Mas do outro lado falava mais alto, já mais sedutor: “Mas e se... e se ela sentisse algo também? E se não for só você? E se ela também está te olhando?” Ele parou. Suspirou fundo. “Isso só vai acabar m*l…” — Preciso tirar esses pensamentos da cabeça. Urgente. Pegou o celular e mandou uma mensagem no grupo “Irmãos e Primos”. Depois de jogar o celular na mesa e bufar feito um touro bravo tentando controlar o instinto, Patrick tentou se concentrar no relatório à sua frente… mas a única planilha que se formava na cabeça dele era a silhueta da Lana andando pelo escritório. Aquela cintura fina. Aquele quadril largo. E a saia que marcava tudo com precisão quase criminosa. Ele se encostou na cadeira giratória, inclinando-se para trás. — Isso não vai dar certo — murmurou, como se confessasse para si mesmo. — Isso não vai acabar bem. Mas no fundo, bem no fundo, uma parte dele não queria que acabasse. Ele só queria… que começasse. Voltou os olhos para o notebook, forçando-se a digitar algo útil, mas as letras embaralham. Tudo que via era aquele sorriso tímido dela, aquele jeito recatado, educado, que fazia o sangue dele ferver só de lembrar. — Ai, Lana… se você soubesse o efeito que tem em mim — sussurrou, esfregando o rosto com as duas mãos. — E eu aqui, tentando manter a pose de chefe justo e correto. Francisco, me perdoa, mas sua filha tá bagunçando minha sanidade. O telefone tocou e ele se assustou. Era Shirley. — Dr. Patrick? Só pra confirmar, o senhor vai sair mesmo com o Louis e o Harry na sexta-feira? Ele pigarrou, voltando à postura de CEO. — Vou sim, Shirley. Hoje não, mas sexta sim, eu preciso distrair a cabeça. — Certo. E, posso dar uma sugestão? Tome um banho gelado antes de ir. Parece que o senhor tá meio desconcentrado. Ele arregalou os olhos, riu sem graça e desligou. Shirley sabia. Todo mundo sabia. Naquela noite, Patrick não voltou para casa. Em vez disso, foi para o apartamento discreto que ele, Louis e Harry, mantinham em segredo no centro da cidade — um lugar que usavam quando queriam ficar longe dos holofotes e da rotina sufocante dos negócios. Antes de sair do escritório, ele já havia feito a ligação. Pediu descrição. Pediu silêncio. Pediu exatamente o que queria. — Quero uma acompanhante plus size. Pele clara, cabelos castanhos, olhos grandes, fartos s***s naturais, cintura fina, quadril largo. Que seja educada, mas calada. Só presença. Quero que ela venha com um vestido azul-escuro, justo, mas elegante... e salto médio. Descreveu exatamente a Lana. Quando a mulher chegou, ele m*l falou. Ofereceu vinho, acendeu as luzes indiretas e deixou a trilha sonora instrumental preencher o ambiente. Não era desejo pela mulher à sua frente — era desejo pelo que ela representava. Cada curva, cada detalhe que batia com o que ele descrever, fazia sua mente mergulhar mais fundo em pensamentos proibidos. Pensamentos que tinham nome e sobrenome: Lana Ferreira. Foi um encontro físico, mas o que estava na mente de Patrick... era ela. Sempre ela. E quando tudo acabou, ele ficou deitado, silencioso, com o braço sobre os olhos, sentindo o peso da culpa. "Você precisa se controlar, Patrick... Ela é a filha do Francisco." Mas o corpo já havia traído a razão. E o coração, ah... esse já começava a se perder.
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