Três

3376 Words
A primeira noite em que Amélia ficou sozinha com Thor, já foi de tirar o fôlego, ela não estava preocupada com o que viria a seguir, ou com seu futuro no país, ela queria mesmo era saber aonde aquilo tudo iria parar. Com os olhos fechados e fazendo aquela boca de quem estava sedento por um beijo, Thor se aproximava cada vez mais. Ah, ele era tão lindo! Mas será que aquilo era o certo a se fazer? Beijá-lo apenas por que era o homem mais lindo desse mundo e que estava a fim dela? Foi quando no limiar de toda aquela adrenalina, a campainha toca de repente. — Quem será há uma hora dessas? Eu não estou esperando ninguém... Ele levantou-se, piscando os olhos como se não entendesse. Para Amélia, aquilo foi um alívio, ela queria sim se esquivar daquilo a quem julgava ser o beijo espetacular que ela poderia experimentar, aliás, o único garoto a quem beijou na vida foi um colega de classe quando ela estudava a oitava série do ensino fundamental. Ou seja, Amélia beijou apenas uma vez em toda a sua vida. Sem saber o que fazer, a garota segue no encalço do patrão. — Pode deixar que eu abro a porta, senhor! — falou, um tanto tímida. Ele olhou para trás com a cara amarrada. — Pare de falar comigo como se eu fosse uma espécie de conde, ou sei lá o quê! Não me custa nada abrir a porta! — terminando de falar, abriu um gentil sorriso, Amélia gostou. Parecia que os dois já eram bem íntimos, não pelo fato de aquela ser a primeira vez em que ficavam a sós, mas as surpresas não pararam por aí. Quando Thor abriu a porta, ali estava Giuliana, sua namorada. Ou seria apenas seu-passa tempo? Não importa. Uma mulher de cabelos loiros, que mais parecia a Barbie de carne e osso, foi logo entrando e abraçando Thor. — Thor, amore mio. Por que você não atende mais as minhas ligações? —perguntou, se pendurando no pescoço do rapaz, como se ele fosse o último macho vivo da face da Terra. Giuliana falava mais do que um papagaio descontrolado, não dando chance alguma para Thor nem ao menos respirar. Amélia entendeu bem o que estava acontecendo, ela simplesmente saiu deixando os dois sozinhos. Foi bom Giuliana ter aparecido naquele exato momento, ela impediu que Amélia cometesse o maior erro de toda a sua vida, mas antes de sair da sala, a jovem olha para a mulher agarrada ao homem e diz... Grazzie. Thor ficou olhando Amélia desaparecer no que corredor que estava escuro, indo em direção ao quarto em que passar as noites daquele fim de semana, enquanto seus beijos eram roubados por Giuliana. Até que se sentindo sufocado, ele deu um basta na loira. — Giuliana, por favor! —reclamou afastando-se. — É muito r**m esse seu grude! — O que foi? Não gostou de me ver, amorzinho? —perguntou fazendo um bico ridículo de se ver. Thor bufou, com as duas mãos nas ancas. — Acontece é que você é grudenta demais, Giuliana. Não avisa que vai vir e ainda por cima me sufoca... você nem me deixa falar, já chega despejando uma carrada de perguntas! — reclamou. — Eu não sabia que isso te incomodava tanto. Acontece é que eu gosto demais de você e sempre quero estar junto, saber como você está, se está bem... — argumentou, com lágrimas nos olhos. Thor suspirou e voltou atrás, talvez tenha sido rude demais com a moça, mas tinha suas razões. — Olha, Giuliana, isso pode ser até um pouco desagradável, mas quando a gente começou a se envolver eu não prometi fidelidade, lembra? Você concordou com um relacionamento aberto, ou seja, eu não me meto na sua vida e nem você se mete na minha, okay?! — Eu entendo. Só pensei que, como você sempre fica sozinho nos finais de semana, talvez eu pudesse te fazer companhia... — Não! Você sabe que eu sempre tenho um empregado que fica aqui e além do mais... eu gosto de ficar sozinho para poder me concentrar melhor. O concerto em Praga será na próxima semana e eu devo estar muito bem para que tudo saia perfeito... Antes que Thor prosseguisse, a mulher à sua frente, tomou a palavra. — Está bem, eu já entendi. Me desculpe por ter atrapalhado a sua noite, agora pode voltar para o seu quarto e continuar com o que estava fazendo. — Espere um pouco aí, não é nada disso... Enquanto Thor se justificava, mesmo sem obrigação alguma, Giuliana caminhou em direção à porta, colocando a bolsa de volta no ombro. Ela saiu da casa, deixando Thor sem saber o que pensar daquela situação. “Onde será que eu estava com a cabeça, de me envolver com essa mulher?” Pensava, enquanto sacudia a cabeça negativamente. “Algo me diz que eu vou me arrepender muito disso, sem falar que nem sei o que vou dizer para a Amélia.” — AMÉLIA! — gritou, com as mãos na cabeça, ele saiu correndo e foi direto para o quarto que havia sido designado para que a jovem pudesse dormir, enquanto estivesse na casa. Com a confusão de Giuliana, ele acabou se esquecendo que a brasileira o tinha acompanhado até a sala. — Droga, ela viu tudo! *** Em seu quarto, Amélia sentou-se sobre a cama com a cabeça entre os joelhos, ela estava com muita vergonha do que havia acabado de acontecer, uma jovem ingênua do interior do Brasil, esteve a um passo de ser iludida por uma celebridade. Será que era assim que as moças brasileiras caíam em desgraça quando chegavam na Europa? Esses eram os pensamentos na cabeça de Amélia, ela ficou ali imóvel, quando de repente ouviu alguém bater. — Amélia, por favor, abra. Eu preciso falar com você! Ao ouvir a voz do homem, do outro lado da porta, Amélia sentiu um frio na barriga e todo o seu corpo estremeceu. “O que será que ele quer?” Pensou. — Amélia, eu sinto muito pelo que aconteceu, você deve ter ficado confusa, mas eu garanto a você que tudo não passou de um m*l entendido. Por favor, abra para que a gente possa conversar melhor! “O que será que ele está pensando?” “E eu tenho lá alguma coisa a ver com quem ele namora ou não?” — Olha, eu sei que a gente quase se beijou lá na sala, não fosse pela intromissão da Giuliana e, que você deve estar com uma baita má impressão de mim, mas se você se sentiu ofendida comigo por causa disso, me desculpe, tá bom? Eu só queria dizer isso pessoalmente! “Ai, meu Deus!” “E agora? Será que eu devo abrir a porta para ele?” “E se ele tentar me agarrar aqui dentro?” Quando Thor deu as costas para a porta, ele ouve o barulho da mesma se abrindo e viu Amélia, com seus lindos cabelos ondulados e soltos. A garota franziu os lábios demonstrando desconfiança, o que para Thor não era nada fora do normal. — Foi m*l o que aconteceu. Eu sei que fui um tanto desleal com você ao tentar seduzi-la daquele jeito! — justificou-se. A jovem o encarou. — Não tem problema, senhor Gandersen, eu também tive a minha parcela de culpa, afinal de contas, não sou mais nenhuma garotinha. Eu também peço desculpas por ter agido feito uma leviana, mas fique sabendo que não sou dessas que ficam se insinuando para o patrão! — respondeu ela, sem sequer se mover do lugar. — Não! Eu jamais pensei isso de você, nunca a vi dessa forma! — Já disse que não tem problema, agora se me der licença, eu tenho que dormir! Amélia fechou a porta sem nem ao menos dar boa noite ao rapaz, mas ele se sentiu ainda mais atraído por ela. No fundo, aquele beijo não ter acontecido acabou fazendo com que ele a admirasse ainda mais. *** No dia seguinte, Amélia amanheceu e foi logo cuidar nos seus afazeres, limpou tudo e deixou impecável. Thor demorou se levantar, ele passara toda a noite acordando e pensando em muitas coisas, dentre elas, Amélia. Por volta das dez da manhã, ele desceu do quarto e foi até a sala de jantar para tomar o seu café, a mesa estava arrumada de um jeito diferente. — A mesa está diferente hoje. Quem arrumou? Foi você? — perguntou para Amélia, antes mesmo de desejar um bom dia. — Bom dia para o senhor também. Sim, fui eu. Mas se achar que não está bom, eu posso... Antes que terminasse de falar, ela foi interrompida. — Não precisa, eu gosto de diversidade de vez em quando! — sorriu, colocou o café na xícara e levou à boca “Que boca mais linda.” “Como ele pode ser tão perfeito?” “Mas o que diabos eu estou fazendo?” “Para de pensar essas tonteiras, Amélia!” Uma tempestade de pensamentos soava na cabeça da brasileira, enquanto ela observava o patrão tomar o seu café. Cada movimento que ele fazia, era como se estivesse diante de uma sinfonia de anjos, ainda mais com aqueles cachinhos dourados que insistiam em cair-lhes sobre a testa. — Se precisar de mais alguma coisa, eu estarei lá na cozinha. Com licença. — falou meio que engolindo seco, o que falou. — Espere! — chamou-a, em seguida limpou a boca com o guardanapo. — Por favor, sente-se à mesa e tome café comigo. Detesto comer sozinho! — convidou, estendendo a mão para o assento ao seu lado. Amélia olhou para Thor e em seguida olhou para a enorme mesa com doze confortáveis cadeiras ao redor e para a sala de jantar rodeada por vidraças decoradas e alguns aparadores dourados ao redor. Aquela casa parecia mesmo uma casa de novela. — Eu vou atrasar os outros afazeres, se me sentar agora! — justificou. — E a única pessoa que deveria se importar com esse fato sou eu, mas eu não importo. Por favor, sente-se! “Será que eu vim para a Itália para esse cara atormentar a minha vida?” Pensou enquanto se sentava devagar na cadeira que ficava ao lado da cabeceira, onde Thor estava sentado. “Tomara que esse final de semana passe logo e depois eu darei um jeito de nunca mais pisar os pés de volta nessa casa. Caso o contrário, esse homem vai me deixar doida!” Amélia sentou-se e timidamente, colocou um pouco de café numa xícara e desconfiada, a levou à boca. A garota não deixava transparecer que estava nervosa, porém, com aquele sorriso maravilhoso, Thor não estava colaborando com ela. — Como é o seu país? Eu sempre tive vontade de ir lá, mas nunca sobra tempo na minha agenda. — Thor falou, com um singelo sorriso. — É um lugar muito bonito, apesar das dificuldades enfrentadas pelo nosso povo. — E você sente saudades de lá? Saudades de sua família? — Eu não deixei ninguém lá! — suspirou. — Como assim? Seus pais, irmãos, ou, parentes? — perguntou ele, admirado. — Não! Meus pais morreram quando eu tinha apenas oito anos e minha avó, a única pessoa que sobrou da minha família, morreu há pouco tempo! — Nossa, eu sinto muito. Deve ser triste viver assim, sozinha. Como veio parar aqui na Itália? — Eu estava... — ela pensou antes de responder. — Como você mesmo disse, eu estava me sentindo sozinha, então, uma grande amiga que vive aqui há bastante tempo, perguntou se eu não gostaria de morar aqui com ela e trabalhar. — respondeu e logo em seguida voltou a tomar o café. — Espero que você consiga tudo o que deseja, aqui! — O que eu desejava mesmo era ter meus pais e minha avó ao meu lado, mas como eu já sou bem grandinha para saber que isso não será possível, eu só quero paz! Thor apertou os lábios entredentes e balançou a cabeça, confirmando o que fora dito por Amélia. Apesar de ainda ter seus pais, Thor também tinha seus problemas, ele saiu de casa brigado com o pai, por ter escolhido o caminho da música e por isso vivia na Itália, tão sozinho. — E o senhor? Seu nome não é de italiano. De onde veio mesmo? —perguntou. Era impressionante como Amélia conseguia se comunicar com Thor. — Na verdade eu sou norueguês. Nasci em Oslo, mas me mudei para cá há cinco anos. — Preferiu aqui? É mais bonito? — Não! A Noruega é linda, parece que tudo lá saiu de um conto de fadas, a questão foi mais pessoal, mesmo. — respondeu o maestro, olhando com serenidade para a brasileira. — Entendo. Não quero ser enxerida, me desculpe por ter perguntado. — Não! Eu vou te contar. O rapaz contou de sua vida desde o começo. Único filho de seus pais, ele estava fadado a seguir cuidando dos negócios da família, mas ao receber de seu avô materno um violino, seu gosto pela música cresceu e então, depois de crescido, ele teve de escolher entre a aprovação de seu pai e sua carreira musical. Sua presença ali já dizia qual fora a sua escolha. Desde então, ele nunca mais viu seu pai novamente, as vezes sua mãe vai visitá-lo, porém Soren, esse é orgulhoso demais para ceder, mesmo o filho tendo se tornado o Maestro mais famoso da Europa. — Nossa, que triste. Deve ser horrível saber que nossos pais nos odeiam. Eu não desejo isso nem para o meu pior inimigo, se eu tivesse um! — disse ela, admirada. — Pra você ver como são as coisas. De certo não somos diferentes, você e eu. Você é órfã e eu também sou, só que ao contrário de você, sou um órfão de pais vivos! — Mas você sabe que um dia poderá vê-los de novo. Eu já não tenho mais essa esperança! — sentiu seus olhos ficarem marejados. — Você tem razão. Onde eu estou com a cabeça para fazer uma comparação dessas? Mas deixe-me compensar com uma coisa boa! — ele falou, com serenidade em sua face. — Venha comigo, vou lhe mostrar algo bom! — O quê? — ela perguntou, enquanto o rapaz a ajudava a se levantar, em seguida ele a levou até a sala rodeada por vidraças, a mesma onde ficava o piano em que Thor costumava tocar. Ele pediu para que ela se sentasse no sofá, em seguida caminhou até um suporte onde estava pendurado um estojo que tinha o formato de um violão pequeno. Thor se aproximou de Amélia e ao abrir o estojo, retirou de dentro do um lindo violino polido que brilhava intensamente. — Esse foi o violino que eu ganhei do meu avô. — falou, olhando para o instrumento, como quem olhava para um objeto sagrado. — Graças a ele, hoje sou o que me tornei. — Já vi tocarem com isso, na TV. — ela comentou, encantada ao olhar para o instrumento. — E agora, vai vê-lo sendo tocado ao vivo. Thor colocou o violino devidamente posicionado entre o queixo e o ombro esquerdo, em seguida segurou o arco com uma leveza como quem segurava o cristal mais frágil em sua mão. Suavemente ele fez com que o arco e as cordas se encontrassem, produzindo uma melodia que mais parecia estar vindo do céu. Aquilo era simplesmente lindo, divino, perfeito. Amélia ficou ali pensando. “Quantas mulheres não dariam um dedo para estarem aqui no meu lugar?” “Eu nunca havia ouvido sequer falar nele antes e hoje sei que é um homem muito famoso.” “Além do mais ele está aqui, tocando uma música linda só para mim. Eu devo estar sonhando.” Ela pensava enquanto apoiava as mãos sobre o avental que usava, até que caiu novamente em si. — É muito lindo, meus parabéns. Mas agora eu preciso ir cuidar no meu trabalho! A moça saiu quase que correndo da presença de Thor. Ele sorriu ao vê-la saindo da sala daquele jeito, ele sabia que ela estava gostando de estar ali, mas lutava contra, talvez por medo. “Um dia você vai ser minha, Amélia!” *** Três dias se passaram, nada mais aconteceu entre Thor e Amélia, nada além de conversas a respeito da vida de ambos. Lucia retornou e elogiou a moça pelo trabalho bem feito. Thor havia saído para ir ao estúdio inspecionar os preparativos para a gravação de seu mais novo álbum. Ele não viu quando Amélia saiu, pois imaginou que a encontrasse ali quando voltasse. Chegando ao pequeno apartamento que dividira com Camila, ela se jogou no sofá e suspirou profundamente. — E aí!? Me conta como foi ficar sozinha com aquela coisa linda, por três dias? — perguntou, batendo palminhas. — Amiga, como você tem sorte, aquele homem é perfeito! — Nem me fale. Eu nunca mais volto naquela casa! — Como assim? Ele te tratou m*l? — Camila perguntou, ficando de joelhos sobre o sofá e encarando a amiga. — Não, imagina! Só que aconteceram umas coisas, nós nos encaramos e quase nos beijamos e... foi uma coisa meio desagradável! — falou levantando-se rapidamente. — Como assim? Você disse que quase beijou aquele deus grego e vem me dizer que foi desagradável? Se o que diz for verdade, você só pode estar ficando maluca. Desde quando é desagradável, beijar uma criatura daquelas? Perfeita! — reclamou com as mãos nas ancas. — E como assim, não vai mais voltar para lá? Amélia ficou ali parada apenas olhando para Camila. — Se você não quiser acreditar, não acredite. Mas eu não volto mais ali! — cruzou os braços. Depois sorriu ao fazer mais uma declaração. — Ele até tocou violino só para mim. — Ai, amiga! Você vai me contar tudo, não vai deixar passar nada... *** Já no final do dia, Thor retornou para casa, dirigindo seu Porsche conversível. Um lindo carro na cor verde musgo, uma das preferidas do maestro. Ele foi logo ver se encontrava Amélia pela casa, mas não a viu de jeito nenhum, em nenhum lugar. Correu e foi até Lucia perguntar a respeito do paradeiro da jovem. — Ela saiu e foi para casa. Mas deixou isso aqui! — entregou-lhe um bilhete. — Eu pensei em descartar, pois não achei que iria se importar, mas como era destinado a você... Thor pegou o bilhete e ao lê-lo, imediatamente saiu correndo e entrou no carro, acelerando ao fazer a curva. Lucia não entendeu absolutamente nada, apenas ficou olhando aquele disparate. Enquanto dirigia, ele procurava entre suas coisas o endereço dito por ela. O rapaz anotou em caso de precisar algum dia e esse dia chegou mais cedo do que ele pensou. Após dirigir por alguns minutos, Thor estacionou o luxuoso carro na frente do prédio simples, chamando a atenção de alguns curiosos que passavam pelo local. Ele entrou, perguntou ao senhorio onde ficava o apartamento da senhorita Barbosa e o homem lhe indicou, mas antes o pediu que assinasse um autógrafo para sua neta. Camila e Amélia estavam sentadas no sofá assistindo a um filme, quando: — Quem será? — Camila falou, ao ouvir a campainha tocar. — Você está esperando alguém? — perguntou ao levantar-se. — Eu não. Deve ser algum de seus amigos! Camila foi atender a porta e quando abriu, quase caiu de costas ao ver de quem se tratava. — Amélia. Eu acho que é para você! — Pra mim? A jovem se levantou e foi até a porta e para a sua surpresa, lá estava Thor, parado e olhando para ela tal qual uma criança buscando conforto. — Eu não vou me estender na conversa, mas você não pode sair de perto de mim desse jeito! — falou mostrando o bilhete. — Por favor, Amélia. Diga que vai permanecer na minha casa. Diga que eu vou poder ver você todos os dias diante dos meus olhos. Volta comigo, eu não consigo mais ficar longe de você! “Agora eu estou numa furada e das grandes!” Pensou encarando Camila, que encarou de volta. “E agora, o que eu faço?”
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