Capitulo 2

3966 Words
- Lis? - disse ela.    -   Senhora Vasconcellos, pra você! Agora entendo por que essa loja está indo de m*l a pior! - disse ao me levantar.   -   O que faz aqui? Que brincadeira é essa? É alguma piada? - perguntou Dulce.   -  Eu pareço estar contando alguma piada? - questionei.   Ela abaixou a cabeça e eu me aproximei dela, ficando assim frente a frente com aquela que um dia foi a minha amiga.   -   Quem diria, a orgulhosa Dulce Alves trabalhando como gerente em uma das minhas lojas, o que aconteceu? Cansou de se fingir de rica? Ou ainda mente para as pessoas? por que eu tenho certeza, de que se você está trabalhando como gerente com um salário mínimo, deve ser por que ainda vive da mesma forma inútil de sempre! - perguntei.   Sei que isso pareceu c***l, mas nada se compara com a humilhação que ela me fez passar e a traição por parte dela.  -   Ainda se dói pelo que fiz? por que parece que sim, eu pensei que fosse uma mulher evoluída Lis, desculpa, Senhora Vasconcellos! - disse Dulce.    -    Para falar na verdade, eu até tinha me esquecido do passado, mas se pensar bem, eu não fiz nada ainda, não dei o troco em vocês, talvez seja isso que esteja me faltando, talvez o vazio que esteja sentindo em meu peito, seja isso, eu acho que preciso fazer algo com cada um que me humilhou naquela época, e eu vou começar com você, prometo ser boazinha, eu vou te demitir, e vou fazer o possível e o impossível, para que você não consiga arrumar mais nenhum emprego nessa cidade! - disse a ela.     -    Você não pode fazer isso! - disse ela.     -   Não só posso, como vou, não use o nome da minha loja no seu currículo, e não peça uma recomendação e muito menos uma indicação, se alguém ligar perguntando sobre você, pode ter certeza que vou dar cada detalhe da sua incompetência e também vou fazer de tudo, para que você, seja tão humilhada, quanto eu fui, mas em algo eu posso te agradecer, você acabou de despertar em mim, uma coisa que nem sabia que queria tanto! - disse a ela. - Saía da minha loja, e não pise o pé aqui nunca mais, peguei suas coisas o mais rápido possível e suma.     Peguei a minha bolsa e segui em direção a porta da sala, eu parei ao lado dela e a olhei fixamente.   -     Agradeça por ter sido boa com você e avise aos outros que Lisandra Vasconcellos, está de volta, mas não vai ser nada amigável! - disse a ela.   Sai da sala e a primeira visão que tive, foi da jovem Tamires no caixa, ela estava feliz com as peças de roupas, eu me lembrei do dia em que comecei a trabalhar na fábrica da senhora Lodovico e que recebia como metade do pagamento de roupas infantis a roupas femininas, e mesmo com tanta dificuldade, eu amava aquele emprego.   Estranho não? Uma garota de família rica, ter que se virar para poder comer e dar o que comer para o seu filho, aquela garota me agradeceu discretamente, e eu me despedi com um "tchau" discreto.   -       Lis! - disse alguém dentro da loja.   Eu tirei toda a minha atenção da garota que estava no balcão, olhei em direção da entrada da loja e Cristian estava se aproximando de mim, mas alguém entrou no seu caminho, aquela mulher que se apresentou assim que entrei na minha loja, como era o nome dela mesmo? A sim, Jaqueline.    - O que você faz aqui? - perguntou Cristian a ela.     - Eu que pergunto, o que faz aqui? Você veio me buscar? Que lindo da sua parte! - disse ela.   Não sei, mas estou com a leve impressão de que eles já se conhecem.     -   Lis, podemos conversar? - perguntou Cristian a mim.     -  Vocês se conhecem? E você ainda não me respondeu Cristian, você veio me buscar? - perguntou a mulher.     -   Não, e aproveitando que está aqui, o nosso casamento está cancelado! - disse Cristian.   Como disse, eles já se conheciam, quem diria que eu havia conhecido a noiva dele, ou ex-noiva, tanto faz, agora ele estava olhando para mim, e ela também, bom, melhor não me meter.  -   Lis? - disse Cristian.    Caminhei em sua direção e parei ao lado dele, olhei para ela e para ele e suspirei com tédio.   -    Você sabia que ontem ele dormiu comigo? E que ele é o pai do meu filho? Pela a sua cara, eu vejo que não! - disse a ela.     -     O que está fazendo Lis? - perguntou Cristian.     -     Apenas sendo sincera com ela, o mesmo você deveria ter feito comigo, ter sido sincero e ter me falado sobre o seu casamento quando nos encontramos! Bom, passar bem! - disse a ambos.   Saí da loja e fui diretamente até o estacionamento, Cristian estava vindo atrás de mim e a sua noiva, ou melhor Ex-noiva estava atrás dele.     -     Você não pode fazer isso Cristian, acha mesmo que o seu pai vai aceitar isso? E como fica a empresa de vocês? Sem os contratos e sem a ajuda do meu pai? - Perguntou ela.     -    Vai continuar da mesma forma, o sucesso da minha empresa não tem nada a ver com você, ou com o seu pai, ou algo do tipo! - disse Cristian.  Enquanto eles discutiam, eu continuei o meu caminho até o meu carro, entrei no mesmo e pus a minha bolsa no banco do passageiro, dei a partida e saí do estacionamento, pelo retrovisor, vi Cristian entrando em seu carro e dar a partida também, saí com o carro pela avenida e continuei olhando o retrovisor e Cristian estava me seguindo, ele realmente estava desesperado para falar comigo, tão desesperado que me ligou. Transferi a ligação para o fone de bluetooth e coloquei em meu ouvido.   -       O que quer Cristian? - perguntei ao atender a ligação.   -       Precisamos conversar! - disse Cristian.   -    Não acho que seja comigo que deva conversar! - disse a ele.   -     Acredite! é com você que preciso conversar, é sobre o meu noivado! - disse Cristian.   -      Não precisa, eu já entendi, você é como o seu irmão, não passo de uma brincadeira para os Cavalcante! - disse.   -      Eu não sou o Benjamin, e sabe disso, eu quero que saiba o por que estava noivo, eu te devo uma explicação, então por favor, conversa comigo! - disse ele.   Eu estava prestes a dizer não, mas algo dentro de mim, me dizia o contrário, eu precisava ouvir, ou pelo menos tentar ouvir, ele nunca me deixou o benefício da dúvida, ele sempre foi honesto comigo e sempre me contou que tudo o que ele fizesse, ele estava fazendo por mim. -      Eu vou ligar para Carmem, e avisar que não vou voltar hoje para o escritório, vamos para a minha casa, o Oliver deve estar na escola a essa hora, vamos ter tempo para conversar e não vamos ser interrompidos! - disse a ele.   -      Tudo bem, eu estou logo atrás de você! - disse Cristian.   -     Até já! - disse antes de desligar.   Uma conversa? A quem eu quero enganar? Nunca conversamos, não sei como, mas ele sempre teve esse efeito em mim, só que antes não havia percebido, ele me estinga, me faz querer ficar com ele a todo o momento, me faz se sentir livre, me faz querer o amar, a cada dia mais, é como se ele tivesse um controle sobre mim.   -     Carmem, eu não vou poder voltar hoje para o escritório, eu tenho uma reunião particular com uma pessoa! - disse a ela que estava do outro lado da linha.   -        Essa pessoa tem nome? Por algum acaso o nome dela começa com “C”? - perguntou ela.   -         Tchau! - disse com um leve sorriso em meu rosto.   -         Não faça nada que eu não faria! - disse ela.  -        E existe alguma coisa que você não faria? - perguntei a ela.   -         Não, não existe nada que não faria! - disse ela.   -       Como disse, tchau! - disse antes de desligar.   Parei no farol que estava vermelho, Cristian parou o seu carro ao lado do meu, ele olhou para mim e eu olhei para ele, ai que clichê, eu o amo de uma forma, mesmo que eu tente ficar longe dele, eu não consigo, e me pergunto, que se a alguns anos atrás, o que aconteceria se eu tivesse amado a ele, e não o seu irmão? Eu teria sido feliz desde o início? Ou sofreria ainda mais?   O farol abriu, faltava alguns metros para chegar ao prédio onde morava, eu creio que vocês queiram que eu vá direto ao ponto, então vou pular a parte do “estacionei o carro e etc...”, e vou direto para a parte em que Cristian e eu, entramos em meu apartamento aos beijos, ele mesmo fez questão de fechar a porta enquanto ainda me beijava, eu estava mais uma vez entregue a ele, como disse, ele tem esse efeito em mim, ele me faz querer ficar com ele, a todo instante, e isso tudo começou, depois do nosso primeiro beijo, quando a minha vida tomou um rumo, que nunca pensei que tomaria.   7 Anos atrás.     -       ...Podem tirar as vendas!...  Eu não estava acreditando em quem havia acabado de beijar, Cristian, eu beijei o Cristian, porque me senti tão estranha com esse beijo? Porque senti um frio em meu estomago? porque quero beija-lo novamente? Estávamos nos olhando fixamente, sem reação, sem ter o que dizer um para o outro, sem saber o que fazer naquele momento.   -     Vem Lis! - disse Dulce ao me puxar para longe dele.   Cristian também havia sido arrastado por uma garota, que por sinal era muito bonita, mas ele não tirava os olhos de mim, Dulce começou a me girar, e a dançar comigo, então foquei naquela dança maluca que ela estava fazendo, comecei a me divertir, passei um longo tempo dançando com ela e me divertindo.    -      Eu quero uma bebida! - disse ela próxima a mim.   -       Eu vou pegar! - disse a ela.   Ela concordou e eu me afastei dela, fui em direção a cozinha, peguei um copo descartável, daqueles coloridos, que estavam em cima da bancada, e peguei uma bebida na geladeira.   -      Pensei que quisesse me beijar! - disse Benjamin ao segurar em minha cintura.   -       Você me assustou Cavalcante! - disse a ele.   -      Cavalcante? Não acha muito formal? - perguntou ele ao ficar ao meu lado.   -       Não temos i********e para apelidos, ou é Benjamin ou Cavalcante! - disse enquanto colocava a bebida no copo.   -      Eu prefiro amor da sua vida! - disse ele.   -    Convencido você, não acha? - perguntei ao olhar para ele.   -    Não, não acho! - disse ele ao sorrir.   Aquele sorriso me encantava, meu coração palpitava rápido, mas não o suficiente a ponto de pensar que iria explodir, mas ele me deixava nervosa, ele era um sonho de garoto, bonito, gentil, educado e de uma beleza que não havia comparação.   -      Eu estou indo para casa, quer carona? - perguntou ele.   Vou ou não vou? E se eu for? Será que a Dulce vai se importar? O que eu faço?   -         Claro, a festa já está ficando chata mesmo! - disse espontaneamente.   -         Então vamos? - perguntou ele.   -      Claro, eu só vou entregar essa bebida a Dulce, e avisar que estou indo! - disse a ele.   -     Tudo bem, eu te espero perto da porta! - disse ele com um sorriso de lado.   Ele saiu da cozinha, e eu fiquei lá por uns cinco segundos depois saí daquele cômodo, caminhei em direção a Dulce, que estava aos beijos com um garoto, quando estava próxima a eles, eu acabei tossindo discretamente, só para chamar a atenção dos dois.   -      Ah, oi amiga! - disse Dulce ao se separar do garoto.  -       Aqui a sua bebida, eu vou ter que deixar você, eu estou cansada e se não voltar cedo para casa, você já sabe né? - disse a ela.   -     Vai pegar um Táxi? - perguntou Dulce.   -        Não, o Benjamin vai me dar uma carona! - disse a ela.   -     E desde quando ele sabe dirigir, e quando ele tirou a carta? - perguntou Dulce.   -         Essas são perguntas que faço depois, agora eu tenho que ir, não posso perder essa oportunidade. - disse a ela.   -        Ok, boa sorte! - disse ela.   Eu não tinha percebido no mesmo momento, mas depois que parei para pensar, eu tive a sensação de que a Dulce não estava muito feliz, pareceu que ela não havia gostado, do fato do Benjamin, me lavar para casa.   Saí da casa e assim como disse, Benjamin estava esperando ao lado da porta de entrada da casa.   -        Vamos? - perguntou ele assim que me viu.  -      Vamos! - disse a ele.   Ele caminhou ao meu lado, estávamos indo em direção aos carros que estavam estacionados em frente à casa, o carro de Cristian que o Benjamin iria usar para me levar em casa, estava um pouco mais distante, praticamente estava perto do portão de entrada do condomínio.   -        Pode entrar! - disse Benjamin ao abrir a porta do passageiro para mim.   -        Obrigada! - disse a ele com um leve sorriso em meu rosto.   Eu entrei no carro, e esperei ele entrar, eu segurava as minhas próprias mãos, de tanto nervosismo, olhei para dentro do carro, mas especificamente para as coisas que havia ali, coisas como um potinho de essência de limão siciliano, eu amava esse cheiro, também havia uma boneca, nada discreta sobre o painel do carro, ela estava praticamente, quase sem roupas e não havia mais nada de interessante além disso, mas a minha frente tinha o porta luvas, quer conhecer um homem? Veja o que ele guarda em seu porta luvas, acabei abrindo aquele porta luvas a minha frente e dentro havia um maço de preservativos, também havia uma caixa de bombom ainda lacrada, um frasco de perfume e também havia uma folha, ela estava dobrada, a curiosidade em mim foi mais forte, eu precisava ver o que era aquilo, por mais que fosse algo chato, como uma multa de transito, um comprovante de compras, ou até mesmo uma carta de amor, coisa que duvido muito que seja, porquê quem em sua sã consciência iria mandar uma carta de amor para Cristian? E quando iria pegar aquele papel, acabei me assustando com a porta do carro fechando e ao sentir alguém sentando ao meu lado.   -      Vamos? - perguntou Cristian.   -       O que está fazendo? - perguntei a ele.   -        Benjamin está bêbado, não vai dirigir o meu carro! - disse ele.   -       “Tá” de brincadeira, não é possível! - disse baixinho.   -       É possível gatinha, coloca o cinto e você também Benjamin! - disse Cristian ao olhar pelo retrovisor central.  Benjamin estava sentado no banco de trás, eu poderia muito bem sair do carro e ir sentar ao lado dele, mas não fui, o porquê? Cristian já havia dado a partida e já estava saindo com o carro.   -         Tem como fechar o porta luvas? Se for pegar um bombom pega logo e fecha isso, tem coisas aí que não gosto que mecham! - disse Cristian.   Após ele ter dito isso, eu peguei a caixa de bombom, abri a mesma e peguei três bombons, e depois coloquei a caixa de volta ao porta luvas e fechei, mas o que queria mesmo era pegar aquele papel, não sei o motivo, mas senti que aquele papel continha algo muito importante, ou poderia apenas ser algo do fruto da minha curiosidade.   Passei a olhar para a rua, enquanto o carro se movia, a cidade ficava linda à noite, as ruas vazias, sem carros na avenida, se tornando possível imaginar, criar e inventar coisas em minha mente, em meio aquele silencio.   Estava perdida em meus pensamentos que acabei não percebendo que estava a tocar uma música no som do carro, olhei de relance para Cristian, e ele estava procurando uma música em específico enquanto dirigia.   -         Acho melhor prestar atenção na estrada! - disse a ele.   -   Não se preocupa, eu já estou acostumado e também, achei a música que queria! - disse ele.   A música começou a tocar, era Never gonna be alone do Nickelback, a minha música preferida, ele olhou para mim assim que a colocou, ele sorriu e em meu estomago, eu senti um leve calafrio, voltei a olhar para a rua e automaticamente, comecei a cantar aquela canção e agora sim, fiquei imaginando mil e uma coisa.   Em questão de meia hora, já estávamos no condômino onde morávamos, e Cristian parou o carro bem próximo a sua casa.   -       Quer que te deixe de frente à sua casa? - perguntou Cristian.   -       Não precisa, eu posso ir a pé! - disse ao tirar o cinto de segurança.   Saí do carro e dei tchau para Benjamin que estava no banco de trás, comecei a caminhar em direção à minha casa, que só ficava a dez casas depois da deles.   -       Lis, me espera! - disse Benjamin.   Olhei para trás e pude ver ele correr em minha direção, coisa que ele não precisava fazer, eu não estava muito longe dele.   -         O que está fazendo? - perguntei a ele.   -       Eu vou te acompanhar até em casa! - disse ele com o seu charme.   -       Tudo bem então! - disse a ele.   -       E o seu irmão? - perguntei a ele.   -      Vai estacionar o carro! - disse ele.   -      Hum, certo! - disse.   -         Não parece muito confortável com a minha presença! - disse ele.   -       Por que está dizendo isso? - perguntei.   -         Por que me parece nervosa! - disse ele.   -        Talvez eu esteja! - disse a ele.   -         Por que está nervosa? Eu posso saber? - perguntou ele.   -       Por que você está falando comigo, por que você está ao meu lado e por que talvez, eu goste de você! - disse a ele.   Eu parei perto da minha casa, faltava apenas alguns passos para a porta de entrada da mansão Vasconcellos, e eu estava mais nervosa do que nunca, porquê quando eu percebi que havia dito a Benjamin que estava a fim de dele, o meu interior entrou em pânico, eu estava desesperada, com medo da reação dele, mas não podia demonstrar.   -         Por que talvez? - perguntou ele.   -      Como? - perguntei.   -      Por que talvez, você disse que talvez gostasse de mim, eu quero entender o do “Talvez” - disse ele.   -       Por que algo pode ter mudado, eu gosto de você a tanto tempo que talvez eu não esteja conseguindo diferenciar mais, não sei se é amor ou apenas apego! - disse a ele.  Ele sorriu e deu dois passos para perto de mim.   -         Eu gosto disso em você, você não tem vergonha de ser sincera, não tem medo de dizer algo e não tem medo do que as pessoas vão falar, talvez seja por isso que, que me fez, me apaixonar por você! - disse ele ao ficar mais  próximo a mim.   As palavras dele começaram a suar como música em minha mente, eu estava perdida na palavra "apaixonar", estava tão aérea que não percebi que ele estava ainda mais próximo e que sua mão segurava o meu rosto, eu pude sentir o seu hálito quente, e pude sentir os seus lábios quase  perto dos meus.   -         O que está fazendo? - perguntei baixinho.  -       Uma coisa que fiquei com vontade de fazer a noite inteira! - disse ele antes de me beijar.   Seu beijo era doce e calmo, eu me senti como se estivesse em estado de dormência, meu corpo estava relaxado, meu coração estava batendo mais rápido e minhas mãos estavam seguindo o percurso em direção a nuca dele, e enquanto isso, ele me envolvia em seus braços e me levava cada vez mais para próximo dele.   Aquele beijo, foi apenas o início de um turbilhão de coisas ruins que estava prestes a acontecer na minha vida.    Dias Atuais      -      Como estão as coisas com a LisV? - perguntou Cristian que ainda estava na cama.   -         Estão indo bem, semana que vem eu vou para o Rio junto com a Carmem, vamos apresentar a nova coleção e também vamos anunciar a a******a de uma filial em Copa Cabana. - disse a ele enquanto colocava uma camiseta.  -         Isso é bom, garanto que a Carmem vai amar o rio de Janeiro! - disse ele ao sorrir.  -        Compartilho da mesma ideia! - disse a ele.   E então ele mudou a sua feição, ele ficou sério enquanto olhava para mim.   -         O que houve? - perguntei a ele.   -         Vamos falar sobre nós dois? - perguntou ele.   -        Falar sobre o que? - perguntei ao me sentar a cama próxima dele.    -       Sobre a nossa relação, você nunca deixou claro sobre o que temos! - disse ele.   -       E se eu te dizer, que nem mesmo eu sei o que temos! - disse a ele.   -      Por que não resolvemos isso? - perguntou ele.   -         Como assim? - perguntei.   -         Por que não oficializamos o nosso relacionamento? Já estamos nessa a cinco anos Lis, está mais que nítido, de que temos algo além de só s**o, ou encontros causais, e também muitas vezes eu disse que te amava e você também deixou bem claro que me ama, então porquê não oficializamos isso? Ou você ainda tem esperança de voltar para o Benjamin? - perguntou ele.   -         De onde tirou isso? Eu nunca mais vou ficar com o Benjamin, ele foi a pior escolha da minha vida, eu não tenho esperanças de voltar para ele! - disse a Cristian.   -        Então vamos oficializar o nosso relacionamento! - disse ele.   -        E a sua noiva? - perguntei a ele.   -         Ex-noiva, eu nunca quis me casar com ela, eu só aceitei esse casamento por sua causa! - disse ele.   -        Você ainda não me falou sobre isso, aliais, era sobre isso que deveríamos ter conversado! - disse a ele.   -       Vamos conversar sobre isso, mas preciso que me diga, se vamos oficializar o nosso relacionamento? -perguntou ele.   -       Sim, vamos oficializar, afinal, você tem razão, não tem o porquê de não oficializarmos o nosso relacionamento! - disse a ele.   -       Então estamos oficialmente juntos? Somos namorados agora? - perguntou ele ao se aproximar de mim.   -     Sim! - disse a ele.   Ele juntou a sua testa na minha e fixou o seu olhar no meu.   -        Somos namorado e namorada agora! - sussurrou ele.   -      Isso foi bem brega! - disse a ele.  -      Eu te amo! - disse ele ao sorrir.   -       Eu também te amo! - disse sorrindo para ele.   Ele me beijou, e eu amava isso, amava o beijo dele, amava o seu perfume, amava o seu toque, amava a sua mão que estava nesse momento deslizando sobre o meu corpo por de baixo da camisa que usava, amava a sua outra mão que estava a segurar a minha nuca durante o beijo, amava o seu cabelo que meus dedos faziam questão de brincar entre os fios, amava o fato dele me deitar sobre a cama ainda me beijando e ficar por cima de mim, amava o fato de agora ele estar entre as minhas pernas, e amava o fato da sua mão está agora sobre a minha coxa e a acariciando, e me fazendo assim, me arrepiar por inteiro.   -       Não íamos conversar? - perguntei a ele.   -        Pode ficar pra depois! - disse ele. 
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