- Senhora? Com licença, eu preciso que autorize a compra de novos tecidos, para a nova coleção! – disse Carmem ao entrar em meu escritório.
O tempo que passei em Paris, eu acabei trabalhando para me sustentar e sustentar ao meu filho o Oliver, um menino lindo de seis anos de idade, com uma energia que ninguém tem, um sorriso doce e amoroso, ele é um menino muito bom, calmo e inteligente, eu agradeço a Deus por ele não ter puxado muitas características do seu pai, por que se não, não me lembraria dele toda vez que olhasse para Oliver, quem é o pai dele?
Adivinhem!
Voltando ao que estava dizendo sobre me sustentar em Paris, não foi fácil, foi muito difícil, mais tive ajuda, de muitas pessoas que se tornaram importante em minha vida, e uma delas é a Carmem, que acabou se tornando a melhor pessoa do mundo para mim e para o meu filho, pode acreditar que ela aprendeu português só para vir ao Brasil comigo?
Diz ela que só está aqui por causa dos homens malhados e bronzeados que pode encontrar na praia de santos, e isso por que ela não conheceu os cariocas, com toda a certeza ela vai enlouquecer no rio de janeiro na próxima semana, vamos fazer uma viagem para apresentar a minha nova coleção de roupas, sim eu sou estilista, em Paris o meu nome está entre os dez melhores estilistas de lá, no mundo apenas o nome da minha marca é conhecido “ LisV”, sim, é a junção do meu nome com a primeira letra do meu sobrenome.
- Já disse para não me chamar de senhora Carmem! - disse ao olhar para ela rapidamente.
- Desculpa, é que não quero as outras funcionárias falando que temos i********e! - disse Carmem.
- Acontece que temos i********e Carmem! - disse a ela.
- Sim, mas elas não sabem disso! - disse ela.
Soltei um riso interno e ela fez uma careta, ela se aproximou e colocou os papeis sobre as compras dos tecidos para que eu assinasse.
- Já disse que você tem toda a autoridade de cuidar dessa parte! - disse ao pegar os papeis.
- Sobre esses não, são tecidos muito caros, não quero me responsabilizar, eu me responsabilizo pelos tecidos das roupas para pessoas comuns, a da alta sociedade é com você! - disse Carmem.
- Veludo, Bio tech, Acetinado, Hum! Parece está tudo certo! - disse a ela.
- E está, eu revisei tudo! - disse Carmem.
- E eu agradeço! Me diz como estão os preparativos para o desfile? - perguntei a ela.
- Está tudo ótimo, tudo em ordem! - disse ela.
- E as lojas? Como anda o fluxo de cliente, e como os funcionários tem se portado? - perguntei enquanto assinava os papéis.
- Então, sobre isso, temos um problema em uma das lojas, temos reclamações de que a gerente trata os clientes com muito desprezo! - disse Carmem.
- Qual é a loja? - perguntei a ela.
- A loja da Rua Pinheiros! - disse ela.
- Temos um problema na loja central? Justo na loja central? A quanto tempo isso vem acontecendo? - perguntei a ela.
- A dois meses, desde que a nova gerente entrou! - disse ela.
- Dois meses? E me diz isso agora? E a onde está a Evelyn, que não resolveu isso? - perguntei já furiosa.
- Está de férias, e mesmo antes das férias, ela tentou melhorar o comportamento da nova gerente, porém não adiantou muito! - disse Carmem.
- Pelo visto eu mesmo terei que resolver isso! - disse ao me levantar.
Peguei a minha bolsa que estava em cima da mesa e o meu celular também, saber que uma das minhas lojas preferidas estava com problemas, foi o gatilho para me deixar irritada o resto do dia, o que não sabia, era que o meu dia poderia piorar.
- Os papeis estão assinados, resolva isso, volto em algumas horas! - disse a Carmem.
Assim como o meu apartamento o meu escritório central ficava na avenida paulista, eu gostava da vista do lugar, odiava os barulhos dos carros, mas amava a modernidade e também os locais a onde se poderia sair, tomar uma cerveja e conversar com as minhas amigas e também adorava o fato de poder passear com o meu filho, e mostrar a ele um pouco da cidade onde a sua foi criada.
Fui do meu escritório para a garagem do prédio comercial, sim, o prédio não era meu, eu aluguei um lugar em um lindo prédio comercial, nele trabalham junto comigo no mínimo dez funcionários, e todos com funções importantes, enquanto caminhava pelo estacionamento, pude ver o meu carro bem perto da saída, era uma linda Mercedes preta, parece soberba da minha parte comentar esse fato, mas é que simplesmente, eu amo falar sobre tudo o que conquistei com o meu trabalho e eu literalmente amo essa cor dele.
Finalmente cheguei ao meu carro, estava tudo tranquilo, até ouvir a voz de Benjamin ressoar naquele estacionamento, ao olhar rapidamente em sua direção, puder ver ele conversar com empresário que também tinha um escritório no prédio, após a conversa, Benjamin caminhou em minha direção, ele não havia me visto, pôs caminhava olhando para o chão, que era típico dele, apertei o alarme do meu carro e coloquei a minha bolsa no banco do passageiro, e quando ia entra, com toda a descrição possível para que ele não me notasse, o alarme do carro ao lado ressoou, e ele, Benjamin, estava lá parado me encarando do lado da porta do motorista do carro que era dele.
- Oi Lis! - disse ele.
"Mas que caralhos, ele só sabe falar oi? Não sabe pedir desculpas? E por que raios está me olhando dessa forma? "
- Oi Benjamin, como está? - perguntei a ele.
Sinceramente não sei porque perguntei a ele como ele estava, eu queria que ele sumisse da minha frente e das minhas memórias.
- Eu queria estar bem, mas não estou, desde que você foi embora, eu me senti sozinho, e me senti culpado! - disse ele.
"Até por que, a minha partida foi culpa sua, e talvez parte minha também, mas foi totalmente culpa sua Benjamin Augustus."
- Bom, águas passadas, tenha um bom dia! - disse a ele.
- Lis! E o nosso filho? Como está o nosso filho? Ou filha? - perguntou Benjamin.
Agora ele pergunta do filho dele? Seis anos e ele me pergunta sobre o Oliver agora? E o pior, ele nem faz ideia se é um menino ou uma menina.
- O meu filho está bem, obrigada por perguntar! - disse ao abrir a porta do meu carro.
- Eu posso conhecê-lo? - perguntou Benjamin.
- Não, o pai do Oliver não iria gostar da ideia, muito menos eu, o Cristian, ele é muito ciumento com o filho dele! - disse a ele.
Ele mudou a sua feição, ele parecia irritado, ele rangeu os dentes e me olhou nos olhos.
- O Cristian sempre se metendo entre a gente, ele tirou até mesmo o meu filho de mim! - disse ele baixinho, mas consegui ouvir.
-Cristian não tirou nada de você, você fez isso sozinho, não se lembra? “Eu não tenho nada a ver com os seus problemas, eu não vou me responsabilizar, com algo que pode não ser meu”, espero que a sua memória tenha refrescado Augustus, bom, se me der licença, preciso resolver alguns assuntos, Bom dia! - disse a ele.
- Espero que o Cristian tenha contado que está noivo! - disse Benjamin.
Eu não o respondi, eu apenas entrei em meu carro e dei a partida, e depois sai daquele lugar, como havia dito, o meu dia estava prestes a piorar, e uma das causas do dia h******l que teria, se dava ao fato de que o homem a quem me entreguei a noite passada, e em outras noites dos anos que passamos juntos, esqueceu de me dizer que estava noivo.
Benjamin P.O.V
“– Eu não tenho nada a ver com os seus problemas, eu não vou me responsabilizar com algo que pode não ser meu!”
Essas palavras.
- p***a! – disse alto e acabei batendo no teto do carro.
As pessoas que estavam a entrar em seus veículos se assustaram com a minha atitude, eu estava com raiva de mim mesmo, como pude ser tão t**o, i****a e belo filho da p**a?
Eu não posso negar, eu a amo e vê-la novamente me fez repensar em Tudo o que fiz, em tudo o que falei e em todas as minhas falhas com ela.
Entrei em meu carro e voltei para casa, ainda morava no mesmo condomínio da minha infância e adolescência, mas agora tinha a meu próprio imóvel, mas ao invés de ir para casa, passei na casa dos meus pais que ficava umas dez casas antes da minha.
- Seja bem-vindo senhor Benjamim! – disse a governanta ao abrir a porta para mim.
- Obrigado Cleusa! – disse a ela.
“– Depois de tudo o que planejei, você quer voltar a trás, sabe quantos contratos eu tive que assinar, sabe quantos contratos vamos perder? E tudo isso por causa de uma mulher, uma mulher que nunca foi sua!”
“– Eu já disse que posso resolver isso, e o senhor não tem apenas um filho, você tem dois, por que não pede para o Benjamim fazer isso? Ele não era o seu filho preferido? O que mudou agora?”
“– O seu irmão mostrou ser um irresponsável, e sabe disso, por isso confiei em você para poder resolver esse problema, temos um acordo então trate de honrar!”
Meu pai e Cristian estão discutindo novamente, era a quinta vez em dois dias, e tudo isso por causa do casamento do meu irmão.
- Filho que bom que chegou, quem sabe você não consegue fazer esses dois pararem, estou com uma enorme dor de cabeça por causa disso! – disse a minha mãe enquanto descia as escadas.
- Não acho que possa resolver isso, bom dia mãe! – disse ao abraça-la.
- Você deveria tentar, não aguento mais vê-los brigando, eles estavam se dando tão bem, só foi aquela maldita da Vasconcellos voltar, e tudo começou a desandar! – disse minha mãe.
- Não fale assim da Lis, ela não tem culpa de nada, pelo contrário, ela e o nosso filho foram as maiores vítimas dessa história! – disse a ela.
- Ele não é seu filho, já disse para parar com isso, não pegue responsabilidades que não são suas! – disse a minha mãe.
- Acontece mãe, que o Oliver é o meu filho sim, eu sei que a Lis nunca me trairia, eu não tenho motivos para desconfiar dela! – disse a minha mãe.
- Como sabe o nome dele? – Perguntou minha mãe.
- Eu a encontrei a algumas horas no estacionamento na paulista, eu perguntei a ela sobre a criança e ela involuntariamente disse o nome dele! – disse ao lembrar dela.
- Não sei o que essa mulher tem, anos se passaram e você e o seu irmão ainda ficam atrás dela! – disse minha mãe.
Quando iria responder a minha mãe, Cristian e o meu pai saíram do escritório, o meu irmão parecia furioso e o meu pai estava passando a mesma sensação de fúria.
- Volta aqui, não terminamos a nossa conversa! – disse o meu pai a Cristian.
O meu irmão estava perto da porta de entrada da casa, mas ele se virou para o meu pai, ele nunca foi um cara de levar desaforo, mesmo vindo dos nossos próprios pais.
- Acontece que eu terminei a conversa que queria ter com o senhor, como eu disse, eu vou passar a viver a minha vida, eu fiz tudo o que o senhor me pediu, o senhor me prometeu que quando tudo estivesse bem com a empresa, o senhor esqueceria essa besteira de casamento, agora está na hora de cumprir a sua promessa! – disse Cristian.
- Eu não posso simplesmente ligar para o Álvares e dizer que o meu filho, quer romper o noivado com a filha dele por que simplesmente uma mulher que enganou os meus filhos, voltou para a vida dele! – disse o meu pai.
- A Lisandra nunca enganou ninguém, pelo contrário esse seu filho aqui a enganou, eu nunca menti para ela, eu a amei e continuou amando, então se o senhor não desfizer esse noivado eu mesmo faço! – disse Cristian.
- Você é um t**o, sempre foi, não sei como pude confiar a empresa a você! – disse o meu pai.
- Não reclame, por que se não fosse por mim, a nossa empresa estaria falida e o senhor e a mamãe não desfrutaria do luxo que tem! – disse Cristian.
Meu pai ficou calado, sim calado, Cristian tinha razão, e ele sabia disso, por esse motivo ele não disse mais nada, ele voltou ao seu escritório e Cristian continuou andando em direção a porta da casa.
- Não vai ficar para o almoço? – Perguntou a minha mãe a Cristian.
- Hoje não, preciso resolver alguns assuntos! – disse Cristian.
Ele fingiu que não estava ali, afinal, fazia anos que não nos falamos direito, ele e eu brigamos f**o no dia em que a Lisandra partiu, mas fora isso, havíamos brigados outras vez por ela, mas o dia em que ela foi embora, foi a briga em realmente quebramos os nossos laços de irmãos.
- Eu vi a Lisandra hoje! – disse quando Cristian passou por mim.
Ele parou ao meu lado e ficou olhando para frente, mas eu sabia que ele estava me ouvindo.
- Eu disse a ela sobre o seu noivado, ela não me pareceu muito feliz! – disse a ele.
Ele passou a mão em sua testa e range-o os dentes e virou-se para mim.
- Por que você fez isso? Em? Por que? – Perguntou Cristian.
- Por que você começou, você tirou o meu filho de mim, e eu vou pegá-los de volta, não só ele como a Lis também, eu vou ficar com os dois custe o que custar! – disse a ele.
Cristian soltou um riso interno e quando percebi, ele já havia me desferido um soco, senti o gosto do sangue em minha boca, e ao limpar os meus lábios, o sangue ficou em minha mão.
- Se falar com ela de novo e tentar chegar perto do meu filho, não vou lhe dar apenas um soco! – disse ele.
Como não tinha medo dele, comecei a rir, uma risada sarcástica não n**o, mas isso o enfurecia e eu sabia disso, ele saiu da casa dos meus pais, e quase levou a porta junto consigo, pela forma em que ele a fechou.
- Está bem, meu querido? – Perguntou a minha mãe ao tentar se aproximar de mim.
- Eu estou bem, vou para casa! – disse ao afastar minha mãe.
- Mas acabou de chegar, fica pelo menos para o almoço! – disse ela.
- Perdi a fome! – disse a ela.
Sai da casa dos meus pais e fui para a minha, ao passar pela rua, eu pude ver a casa dela, ou melhor a casa dos pais dela, e veio em minha Mente, a lembrança do nosso primeiro beijo, foi bem ali, a dois passos da porta da casa dela, que eu a beijei, Se eu soubesse que iria perdê-la, teria a beijado mais vezes.
P.O.V Benjamim OFF
Sabe quando você luta consigo para não pensar no passado? Era isso que estava acontecendo comigo.
A buzina do carro atrás de mim, me fez acordar para a vida, eu estava tão confusa, com tantos pensamentos em mente que não sabia como organizar o passado e o meu presente.
Voltei a dirigir, e segui o meu caminho até a rua Pinheiros, estava com saudades de são Paulo, por mais que os outros países sejam atraentes, sejam lindos e parece que estamos vivendo em um sonho, por muitas vezes pensamos em nossa casa, em nosso país e em como as coisas deveriam estar, e para a minha surpresa nada tinha mudado, estava tudo da mesma forma de quando fui embora, o tempo passou rápido enquanto dirigia e pensava em minha vida, e quando dei por mim, já estava na loja central na cidade.
- Senhora! Esse estacionamento é exclusivo para os gerentes e funcionários da empresa, o estacionamento dos clientes fica ao lado! – disse o guarda ao me parar assim que apontei o carro no estacionamento.
- Eu sei disso, eu que criei essa regra, como a dona dessa loja, eu posso muito bem estacionar aqui! – disse a ele.
- Senhora Vasconcellos, Não a reconheci, me desculpa por isso! – disse o guarda.
- Não tem problema, você está fazendo um ótimo trabalho! – disse a ele.
Ele liberou a entrada e segui para uma vaga vazia perto da entrada da loja, estacionei o meu carro e depois sai e fui em direção a entrada dos clientes do estabelecimento.
Ao entrar na loja, já consegui ver que havia muita coisa errada acontecendo, funcionários que não estavam trabalhando, roupas que estavam com preços e em lugares errados e o que me deixou perplexa, foi o fato de uma funcionária, tratando um cliente com desdém.
- Não sei por que esse tipo de pessoa ainda insiste em vir em uma loja como essa! – disse uma mulher ao se aproximar de mim.
Não n**o, a olhei por inteiro e logo de cara não gostei dela, ela era uma mulata muito linda, vestia um dos vestido da minha coleção, era o vestido que eu mais gostava, ela também portava uma bolsa de uma coleção passada da minha grife, os seus acessórios deixa bem claro que ela era aquele tipo de mulher que não gostava de viver sem luxo.
- Desculpa ter falado com você assim, eu sou Jaqueline Álvares e você é? – Perguntou a mulher.
- Não é da sua conta! – disse a ela e me afastei.
Caminhei em Direção daquela funcionária que estava “Conversando” com a cliente, a jovem que aparentava ter entre 16 a 18 anos, lembrou a mim, uma garota insegura, e sem coragem para se defender.
- Posso saber o que está acontecendo aqui? – Perguntei a funcionária.
- Bom dia Senhora, poderia esperar um segundo, outra pessoa vai atendê-la. – disse a vendedora.
- Eu não quero que ninguém me atenda, não ouviu o que perguntei, eu quero saber o que está acontecendo aqui! – disse mais uma vez.
- Senhora não quero ser rude, mas isso não é da sua conta! – disse a funcionária.
- Mocinha, você pode me responder? E por favor me dizer o que está acontecendo aqui? Já que essa mulher não quer responder! – perguntei a garota.
A jovem olhou para a vendedora com um olhar de assustada e a mesma a olhou de volta com um olhar intimidador.
- Olhe para mim quando eu falo, não olhe para ela, só me responda, o que está acontecendo aqui? – perguntei a moça.
- Acontece que eu vim comprar uma jaqueta da coleção recente, fiquei sabendo que os preços são acessíveis aos clientes, já tinha procurado em outras lojas, mas me disseram que aqui tinha uma última peça, porém o preço que está aqui, não condiz com o que está nas outras lojas! – disse a garota.
- Deixe-me ver! – disse ao pegar a jaqueta da mão da garota.
Ela tinha razão, aquela peça não estava com o valor que tinha definido, ela estava com um valor muito, mas muito mais alto do que deveria.
- Por que essa jaqueta está com esse valor? – perguntei a vendedora.
- Por que a gerente decidiu assim, essa é uma loja de grife, são uma coleção de uma estilista muito renomada lá fora, peças como essas não devem ser vestidas por gente como ela! – disse a vendedora.
- Onde está a sua gerente? – perguntei a vendedora.
- Ela não está no momento! – disse a vendedora com ar de superior.
- Certo, vejo que a incompetência dela é maior do que pensei! Como é o seu nome mocinha? – perguntei a garota.
- Tamires! – disse a garota.
- Muito bem Tamires, você vai levar essa jaqueta e qualquer outra peça de roupa dessa loja, e não vai precisar pagar, fique à vontade para escolher o que quiser! – disse a garota.
- A senhora não pode falar isso, ela vai precisar pagar sim, se quiser levar alguma coisa daqui, vai ter que pagar, mas duvido muito que tenha dinheiro para isso! – disse a vendedora.
- Como é o seu nome? – perguntei a vendedora.
- Vanessa! – disse ela.
- Certo Vanessa, eu vou falar apenas uma vez e espero que não discuta comigo, ok? Você está demitida, por que em MINHA LOJA, eu não admito esse tipo de comportamento, você me entendeu? – disse e depois a questionei.
- A senhora é a LisV? – Perguntou a garota.
- Lisandra Vasconcellos, muito prazer! – disse ao estender a mão para a garota.
- Eu sou muito sua fã, eu embarquei no mundo da moda por sua causa, você é uma inspiração pra mim, eu também sou estilista, não, na verdade eu sou estudante, mas já tenho as minhas próprias criações, e são todas inspiradas na senhora! – disse Tamires.
- Sério? Fico lisonjeada, você já trabalha na aérea? – perguntei.
Ela negou com a cabeça.
- Quer ser estagiária da minha empresa? E participar do lançamento da nova coleção? – perguntei a ela.
Ela ficou sem qualquer reação e depois ela começou a balançar a cabeça freneticamente e sorrir, acho que ela conseguiu distinguir o que falei para ela.
- Passe amanhã nesse endereço, procurem por Carmem, e diga que para o estágio de assistente, ela vai saber o que significa! – disse ao entregar o meu cartão a garota - E você, saia o mais rápido possível da minha loja, e que isso sirva de lição para os outros funcionários, saibam que não sou eu quem paga o salário de vocês, mas sim os clientes, sem clientes, sem dinheiro, e Tamires, pode ficar à vontade para escolher o que quiser, uma pessoa que está prestes a trabalhar de frente comigo, tem que estar com uma boa aparência. - disse a garota.
- Obrigada senhora! – disse a garota.
- Lis, pode me chamar de Lis! E você, a onde fica a sala da gerente? – perguntei a outra vendedora.
A mulher apontou para uma porta perto da escada que levava para o estoque no andar de cima.
- Comecem a trabalhar, quando eu voltar, e ver que não estão trabalhando, vão ser demitidos! – disse aos outros funcionários. – E mais uma coisa, atendam a garota, e tratem ela bem!
Segui em direção a porta da loja, a mesma estava aberta, ao entrar, vi que realmente não havia ninguém, a
fechei novamente a porta, e me sentei a cadeira da mesa central, era até que confortável aquela cadeira, e aquela sala tinha uma janela, que tinha uma ótima visão da cidade.
Foram apenas vinte minutos que se passaram depois que resolvi esperar a gerente da loja chegar.
- Soube que estava me procurando, eu sou a gerente da loja, os funcionários me disseram que a senhora estava em minha sala, eu peço desculpas por qualquer incomodo que a senhora tenha tido, eu sou Dulce, é um prazer conhecer a senhora. – disse a mulher ao entrar na sala.
Eu estava de costas e de frente para a janela, ainda estava sentada naquela cadeira, eu me virei para ela, eu não podia acreditar que a gerente da minha loja, era ela, a minha ex melhor amiga, é muita coincidência mesmo.
- Oi Dulce, a quanto tempo! – disse a ela.