Capítulo 114

1015 Words
Na manhã seguinte, todos estavam reunidos à mesa para o café. O aroma de pão fresco e café quente preenchia a cozinha, mas o clima era de uma serenidade. Apesar de tudo o que tinha acontecido eles tentavam manter as coisas leves entre eles. Ricardo observava as pessoas a mesa com gratidão, eram sua família e por eles, ele seria capaz de fazer qualquer coisa. — Hoje eu e o meu pessoal vamos voltar. — Fez uma pausa, observando as reações. — Mas a investigação vai continuar. Temos pistas suficientes para manter o foco. — Não consegue ficar longe de casa. — Diz Hideo sorrindo. — Não, e preciso ver meus filhos, estou fadigado longe deles. — Responde ele um pouco sem graça. — Eles estão bem, Joana está com eles. — Diz Estela o tranquilizando. — Só vou ficar tranquilo quando ver por mim mesmo querida. — Responde ele. Aquilo era algo que jamais mudaria, Ricardo era o pai mais presente que eles já tinham visto, seus filhos eram cuidados de forma impecável. — Fiquei sabendo que alguém recebeu um pedido de casamento. — Diz Max enquanto bebia um gole do seu café. O clima na mesa fica tenso na mesma hora, os olhos de Ricardo se escurecem, mas não foi ele que respondeu a pergunta de Max. — Aquele filho da p**a nunca mais vai ousar falar o nome da minha neta de novo! — Diz Vito dando um soco na mesa. Um sorriso curva os seus lábios ao se lembrar do que tinha feito com o pobre homem que ousou fazer aquela proposta. — Ele matou o cara. — Diz Nico balançando a cabeça. — Por que diz isso? — Pergunta Vito desconversando. — Por que te conhecemos e sabemos do que é capaz quando isso diz respeito a suas filhas e os seus netos. — Responde Klaus rindo dele. — Eu não disse que fiz isso. — E nem precisa, sou seu vizinho se esqueceu, nada acontece sem que eu saiba. — Diz Aurélio rindo da cara surpresa dele. — Você está pior que as velhinhas fofoqueiras Aurélio. — Diz Vito. — Informação é poder, se esqueceu. — Responde dando de ombros. Sayuri, que até então permanecia em silêncio, ergueu o olhar. Pegou na pasta que estava ao seu lado, abriu-a e retirou alguns documentos, deslizando-os pelo centro da mesa até Ricardo. — Antes de ir… preciso que veja isto. Todos precisam. Os olhares convergiram para ela. Hideo inclinou-se, atento. Vito e Aurélio trocaram um olhar breve, os outros, que até então parecia concentrada na discussão de antes, ergueu as sobrancelhas. Aquilo não podia ser coisa boa, nunca era. Ricardo abriu os papéis e, conforme os lia, a expressão foi-se transformando, passando da neutralidade para a incredulidade. — Isto… é sério? — perguntou, olhando diretamente para Sayuri. Ela assentiu, firme. — Descobri ontem à noite. Cruzei os dados dos relatórios que me enviou com algumas informações que consegui… A ligação entre Sora e Masato é mais profunda do que imaginava. E mais… — respirou fundo — eles podem estar diretamente envolvidos nas últimas cargas que interceptamos. — Isto muda tudo… — murmurou, fitando Sayuri. — Vou aprofundar esta investigação imediatamente. Se esta suspeita se confirmarem, eles estarão condenados. — Fala sério gente, o cara tem que ser muito burro para achar que ninguém descobriria isso. — Diz Aurélio enquanto examinava os papeis. Ricardo cruzou os braços e assentiu, já calculando mentalmente os próximos passos. — Muito bem… Deixo isto nas suas mãos. Sayuri, Hideo. Mantenham-me informado de qualquer avanço. O meu pessoal vai fazer uma investigação mais profunda. Também vou deixar alguns soldados para cuidar da sua segurança e de Hideo, além é claro do nosso novo sistema de rastreamento. — Ricardo pega uma pequena maleta que estava ao seu lado e passa para Sayuri, ela a abre vendo dois pequenos tubos dentro. — Não se preocupe que eles são indolor Sayuri, é um para você e outro para Mei. Hideo já usa um. — Responde Alícia. — Impressionante. — Diz ela com um sorriso. — Não se preocupe que eles não tem efeitos colaterais, são ligados a um dos nossos satélites e poderemos te rastrear em qualquer lugar, vai estar segura. — Diz Ricardo sorrindo. — Obrigada por isso. — Responde ela ainda impressionada. Depois do café da manhã, após Alícia colocar os rastreadores em sayuri e Mei eles se retiram para se arrumar para voltar para casa. Enquanto Ricardo começava a arrumar os seus pertences, Vito pigarreou, chamando a atenção. — Eu… decidi ficar. — Disse, com firmeza. — Hideo vai precisar de toda a ajuda possível. Ricardo olha para Vito com a sobrancelha arqueada, não havia passado despercebido os olhares de Vito em direção a Mei, mas ele não comenta nada, sabia que Vito podia ver nos seus olhos o que ele estava pensando. — Eu também. Não faz sentido voltar agora. Temos muitas pontas soltas… E quero ajudar a encontrar quem matou Haruki. —Diz Aurélio. Ele não havia dito que desejava por Matteo a prova durante aquele tempo. Aurélio estava louco para saber se os boatos sobre ele eram verdade mesmo. Hideo olhou para ambos, grato mas contido, como sempre. — Agradeço. Vamos precisar de toda a força. — Você é da família Hideo, coloque isso na sua cabeça e não tente levar o mundo nas costas. — Diz Ricardo a ele. — Vou tentar Ricardo. — Voltaremos para o seu noivado, e já deveremos ter notícias até lá. Ricardo já havia mandado uma mensagem para o seu pessoal para agilizar o serviço, ele queria tudo o que conseguisse encontrar sobre eles, e com Aurélio e Vito no japão seria mais fácil terminar a busca. — Vou mandar o convite dentro de um mês. — Diz ele com um sorriso de canto. — Bem atempo para o nosso encontro. — Diz Vito. — Vamos marcar no complexo, vai ser mais seguro lá. — Diz Ricardo. Ele não queria arriscar a segurança deles agora que havia um inimigo a solta. — Então estamos combinados. — Responde Hideo.
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