Capítulo 57

1015 Words
— Me diga que chutou a b***a daquele i****a? — pergunta Yuki assim que a sua irmã entra em casa. Ele havia visto tudo da janela, mas não tinha interferido. — Pode começar a chamá-lo de cunhado, irmão. — diz ela, rindo e se jogando no sofá. Os olhos de Yuki se obscurecem ao observar o sorriso da irmã. Ele a examina atentamente: os lábios levemente vermelhos e inchados, os olhos brilhando. — Eu vou matar aquele filho da p**a por tocar em você. — diz ele com o maxilar trincado, uma veia saltando em sua testa de tanta raiva. — Você não vai fazer nada, Yuki. — diz Hana, entrando e dando um tapa na cabeça do filho. — Mãe! — reclama ele, chateado. — Isso é entre a sua irmã e Hideo, Yuki. Não pode ficar se metendo nos assuntos dos outros. — responde ela, encarando-o séria. — Ela é minha irmã. É claro que vou me meter nos assuntos dela. — diz, cruzando os braços com uma carranca no rosto. — Sua mãe está certa — diz Kyota, entrando na sala. — Temos um acordo com a sua irmã, e sei que a minha filha não fará nada que desonre a nossa família. Sayuri se levanta animada do sofá e dá um beijo na bochecha do pai. Kyota sorri aliviado ao ver a alegria da filha. — Pode ter certeza disso, papai. — Fique tranquilo, Yuki, eu vou estar por aqui por um bom tempo. Vou cuidar da nossa princesa. — diz Matteo, piscando para Sayuri antes de se jogar no sofá. — Hora de adiantar uma fase do nosso plano, Matteo. — diz Sayuri com um sorriso de canto. — Aposto que vou adorar essa nova fase. — Apenas seja cuidadosa, querida. — diz Kyota, dando um beijo na testa de Sayuri e saindo com Hana. — Me coloquem nessa. Quero fazer aquele i****a sofrer um pouco. — diz Yuki. Ele se resentia de tudo o que a sua irmã tinha passado e fazer Hideo pagar por aquilo era apenas um pequeno preço em sua visão. — Claro, irmão. Por que não? — diz Sayuri, sorrindo para Yuki. Eles rapidamente planejam o próximo passo de Sayuri. No outro dia à tarde, Sayuri desce as escadas produzida para sua tarde com Matteo. Era hora de colocar a outra parte do seu plano em ação. Sayuri Matsumoto estava determinada. Depois de tudo o que suportara, decidiu que faria Hideo sentir na pele o que ela sentira. Para isso, contou com a cumplicidade animada do seu irmão, Yuki, que estava louco para ver Hideo sofrendo um pouco. Matteo estava animado com o plano e, assim como Yuki, desejava que Hideo aprendesse a valorizar a joia rara que era Sayuri. Para ajudar, Matteo não hesitou: reservou uma sessão privada no luxuoso cinema apenas para ele e Sayuri. Um gesto grandioso, perfeito para chamar atenção, ainda mais porque todos sabiam do compromisso de Sayuri e Hideo. Aquilo seria um tiro no ego do Shinoda. Na noite combinada, Sayuri saiu radiante de casa, abraçada ao braço de Matteo. O sorriso dela era natural, mas havia uma centelha de desafio nos olhos. À porta, Yuki capturou o momento perfeito: a sua irmã encostada carinhosamente em Matteo. Sem perder tempo, publicou a foto nas redes sociais com a legenda: "Que casal lindo! A repercussão foi instantânea. Minutos depois, o telefone de Yuki vibrou furiosamente. Era Hideo. — Onde ela está?! Yuki, por favor! Eu preciso saber! A voz de Hideo era puro desespero, quase uma súplica de dor. Yuki sorriu, divertido com a cena. Estava adorando aquilo e só estaria mais feliz se pudesse ver o rosto de Hideo naquele momento. — Relaxa, Hideo. Não é da tua conta. Ou se esqueceu que pediu o fim do noivado de vocês? — diz Yuki de forma sarcástica. — Por favor... — Hideo implorava, perdido. — Sei que fui um i****a, está bem, mas ela não pode continuar com isso, Yuki! — Boa noite, Hideo. Aproveita a foto. — diz Yuki, ignorando as palavras de Hideo. Um sorriso curvando os seus lábios enquanto desliga o telefone. Sayuri, ao saber da ligação, sorriu de forma travessa enquanto Matteo lhe oferecia um pacote de pipocas. — Parece que o plano está funcionando... — sussurrou ela, antes de se perderem no escurinho do cinema. — Então vamos aproveitar e provocá-lo mais um pouco, princesa. — diz Matteo, pegando o telefone e tirando uma foto sua beijando a bochecha de Sayuri. — Aposto que ele enfarta agora com essa. Minutos depois que Matteo posta a foto, o telefone de Sayuri enlouquece, tocando de forma estridente. Ao olhar para a tela, ela encara o número de alguém que jamais imaginou que ligaria para ela: Hideo. — O que você quer? Está atrapalhando a minha diversão. — diz ela de forma ríspida. — Enlouqueceu de vez, Sayuri! Tem noção da confusão que está causando saindo com esse i****a?! — grita ele ao telefone, a fúria o dominando. — Pouco me importa isso, Hideo. Matteo me faz bem, sempre me divirto muito com ele e não pretendo parar agora. — diz ela, segurando o riso. — Fique longe dele, Sayuri! Me escute apenas uma vez, p***a! — grita ele. — Não. — responde ela, rindo do desespero dele. — E pare de me atrapalhar. — Não ouse, Sayuri... — Já era tarde. Ela já havia desligado o telefone na cara de Hideo. Sayuri olhava para a tela do telefone com um largo sorriso no rosto. Hideo havia mordido a isca; o seu desespero provava isso. — Dou poucos dias para ele aparecer rastejando à sua porta. — diz Matteo com um sorriso de canto. — Isso é algo que eu realmente quero ver. — diz Sayuri, se recostando na poltrona. — Vamos aproveitar o nosso filme. Podemos lidar com o ciúmes do Shinoda depois. — diz Matteo, pegando um pouco de pipoca. Nada lhe dava mais prazer do que ver Hideo sofrendo tudo o que fez Sayuri passar ao longo daqueles anos. Aqui se faz, aqui se paga.
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