No momento em que Hideo deixou o escritório, deu de cara com uma Sayuri emburrada. Ele trava na porta ao ver o rosto dela. Mei, que vinha logo atrás, apenas sorri; ela dá um beijo na bochecha do filho e sai discretamente.
— Por que está me olhando assim? — pergunta ele, desconfiado.
— Precisa cuidar melhor do seu ferimento, Hideo. — diz ela, o puxando pela mão.
Hideo sorri com a forma como Sayuri o levava a reboque. Ela entra no quarto dele e o senta em um banquinho. Sem cerimônia, Sayuri arranca o quimono que ele usava, expondo as suas costas. Ela suspira de forma audível ao ver o estrago que tinham feito com ele. Aqueles ferimentos demorariam a se curar e, muito provavelmente, ele teria que fazer uma nova tatuagem no futuro.
— Seja lá o que for que estiver passando por sua cabeça, quero que pare. — diz ele, a puxando pela mão para seu colo.
Os olhos de Hideo travam em Sayuri; ele podia ver a raiva lutando com vários sentimentos, nenhum se fixando em seus olhos. Ele já tinha passado por aquilo e não desejava nutrir sentimentos que apenas alimentariam o seu lado mais escuro.
— Já passou, Sayuri. Ele já morreu e não quero ficar preso a essas memórias. — a voz de Hideo era suave, chegava até mesmo a ser doce aos ouvidos de Sayuri. — Assim que eu me recuperar, vou consertar a minha tatuagem e essas cicatrizes ficarão perdidas no esquecimento.
Ela entendia bem o que ele queria dizer; esquecer era realmente o melhor a se fazer. Haruki já tinha morrido, o culpado já tinha pago pelo que fez, e ela não desejava ficar o lembrando de coisas que apenas o deixariam mais triste.
Sayuri se concentra e fecha os seus olhos, respirando profundamente, o perfume de Hideo enchendo os seus pulmões de uma forma prazerosa. Quando ela os abre novamente, não havia mais as sombras que cruzavam o seu rosto como antes. Com um sorriso, ela se inclina e lhe dá um beijo rápido nos lábios. As mãos de Hideo envolvem a cintura dela, a prendendo no lugar quando ela tenta se levantar.
— Não devia me tentar em um lugar onde estamos sozinhos. — diz ele, se inclinando e beijando o pescoço dela. Sons altos de estalo enchem o quarto à medida que ele desce por seu colo, mas Sayuri não seria dominada de forma tão fácil. Ela aproveita a distração dele e se levanta rapidamente.
— Sayuri!
— Que coisa feia, senhor Shinoda. — diz ela, se colocando atrás dele, a sua boca próxima à sua orelha. — Devia se comportar melhor.
— Não dá. Não quando você está tão perto de mim que posso tocá-la. — diz ele, tentando segurar a sua mão, mas Sayuri segura os seus ombros com força, o impedindo de se mover.
— Eu diria que você é muito ansioso. — responde ela, com um traço de sorriso em sua voz.
— Não me diga. — diz ele, de forma sarcástica.
Sayuri não responde à provocação de Hideo, apenas permite que a sua mão deslize por seu peito exposto; ela tomava cuidado para não tocar nas suas costas por causa dos ferimentos. A mão de Sayuri desliza, sem pressa, pelo abdômen de Hideo até chegar à sua cintura; ele engasga quando a mão de Sayuri toca a sua ereção por cima da cueca que ele usava.
— Impressionante, senhor Shinoda, e isso apenas com um simples beijo. — sussurra ela em seu ouvido, rindo.
— Você sabe que a desejo, Sayuri. Apenas ficar perto de você me faz ficar duro. — Hideo coloca a sua mão sobre a de Sayuri, massageando sua ereção. Um gemido deixa os seus lábios.
— Pelo que vejo, você gosta da minha mão. — diz ela.
— Eu gosto bem mais que da sua mão, eu gosto de tudo em você. — diz ele, a sua voz mais rouca que antes.
Sayuri sentia o seu corpo se arrepiar com o tom da voz de Hideo; era diferente do que ela tinha ouvido até então. Ela sabia como a voz dele ficava quando estava com raiva, quando estava feliz, mas aquele tom era diferente: aquele era o tom da voz dele quando ficava e******o, e naquele momento era por causa do que a sua mão fazia nos seus países baixos.
— Não me provoque, Sayuri, ou vai acabar na minha cama com o meu corpo sobre o seu. E antes que diga que estou machucado, que se f**a. Arcarei com as consequências depois. — diz ele, a puxando novamente para si.
Os olhos de Hideo eram como duas chamas ardentes enquanto examinava o rosto de Sayuri. Os seus lábios estavam levemente abertos e o seu peito subia e descia de forma frenética. Os olhos dela se arregalam ao perceber que tinha provocado a fera.
— Hideo...
— Não, querida, você me provocou. Não devia me olhar com esses olhos assustados, Sayuri, apenas me faz querer te devorar ainda mais. — diz ele, chocando a sua boca com a dela de forma desesperada.
Sayuri era como o ar que Hideo precisava para viver; ela era aquela que o mantinha são em meio ao caos do seu mundo, e naquele momento ela estava tentadora demais para que ele pudesse resistir. Era como se ela implorasse para que ele a possuísse, mesmo que não percebesse.
A boca de Hideo explorava a de Sayuri sem dar espaço para que ela ao menos pensasse no que estava acontecendo. Ele a pressionava em seu colo para que ela sentisse todo o desejo que ele tentava conter sem nenhum sucesso. A mão de Hideo invade a blusa que Sayuri usava e, quando encontra os seus s***s nus, ele geme ainda mais em sua boca.
— Sem sutiã, amor. — diz, enquanto massageava seu seio lentamente, a sentindo se tensionar em seu colo.
Sayuri tinha os olhos arregalados enquanto encarava Hideo. Mas, naquele momento, diante dela, não era o seu noivo que estava lá; era alguém totalmente diferente. Ele exalava uma presença que ela temia que a consumisse totalmente, e o pior é que ela não o impediria se ele o fizesse.