III - Clara

3957 Words
Não sei no que estou me transformando, mas se eu disse que não estou gostando seria mentira. Essa mulher está me enlouquecendo. Teria que ser uma reunião como outra qualquer, mas no final se tornou um antro de provocação. Ao mesmo tempo em que eu estava envergonhada, sentia sua mão por debaixo da mesa tocando minha perna.             Tenho certeza que Iara percebeu, pois ela sorria a todo momento. Contorcia-me e as vezes ficava amedrontada do senhor Gomes ter percebido. Manuela é uma provocadora, mas também é louca. Talvez isso esteja me atraindo ainda mais nela, o fato de estar despertando em mim um lado novo, ou pelo menos adormecido, visto que sempre tive que seguir regras para conseguir algo na vida.             Ela está me tirando dos eixos. É maravilhoso estar ao seu lado. Senti-la me tocar. Gemer contra meus ouvidos. E mais ainda, senti-la dentro de mim. Oh, droga, pensar nisso me deixa excitada.             Claro que imaginar que eu poderia ser mais uma conquista na sua vida foi um pouco ingênuo, principalmente depois do que passamos na ilha. Mas não tem como evitar, pois eu sou insegura, ela pode até me despertar novas sensações, mas o medo de não ser suficiente, de quebrar regras, ainda vive dentro de mim, quem sabe um dia eu o perca, pois sinto que estou no caminho certo.             Olho-me no espelho mais uma vez. Não sei exatamente para onde vamos, mas a conhecendo do jeito que conheço sei que será algo elegante. Manuela pode ser até uma pessoa humilde, mas não n**a que adora usufruir do que o dinheiro pode pagar, não de forma exagerada, mas o natural do que conquistou com anos de trabalho.             Foram oito meses de estudo pessoais dessa mulher, e mais que isso, oito meses pensando em como seria tê-la nua, agora que consegui pretendo não deixar meus medos me atrapalharem, até porque ela sabe muito bem como me fazer despertar pelo desejo, sem muito esforço para isso.             - Eu posso, eu consigo.             Falo mais uma vez para o espelho que reflete meu reflexo. Para essa noite escolho um vestido vermelho, justo, de alças finas e salto preto. Seja como for aquela mulher vai ter alguém elegante ao seu lado.             Não sei ao certo se seu desejo é me ter em público, afinal sou sua secretária, mas mesmo que seja assim, escondido, ainda serei algo bom para se admirar. Sou tímida, não hipócrita, sei que chamo atenção, e agora estou começando a gostar disso, pois agora que sei que ela me deseja, pretendo provocá-la da mesma forma que ela faz comigo.             Passo a mão pelo cabelo uma última vez e vou para a sala, não demora a escutar batidas na porta. Meu coração acelera os batimentos, pois além de estar ansiosa, estou excitada com a expectativa da nossa noite. Com certeza será maravilhosa.             Assim que abro a porta sinto minhas pernas quererem falhar. Pois na minha frente está a mulher mais linda que já vi. O seu vestido preto longo, completamente colado em suas curvas maravilhosas me deixa sem palavras. Para completar ainda mais o momento de transe e excitação sinto seus olhos por meu corpo, e caramba, o olhar de desejo dela sobre mim é tão perfeito, não tem como eu negar, nos desejamos como nunca desejamos outra pessoa, e mais que tudo, está exposto em nossos olhos.             - Apesar de eu querer muito te levar para jantar e fazer a coisa certa, que tal pularmos o jantar e ir direto para sua cama?             Ela diz ao sorrir, o maldito sorriso sedutor. Acho que me viciei nele, pois sempre a via séria, e agora que o tenho não posso negar, quero-o para sempre em minha vida.             - É uma proposta tentadora, mas eu realmente quero jantar com você.             - Imaginei que sim. Sei que não seria tão fácil assim.             Ela se aproxima e repousa as mãos na minha cintura. Firme, porém suave, da forma que só ela sabe fazer. Seus lábios tocam os meus com cautela, borrar o batom não seria legal nesse momento.             - Vamos, temos uma reserva para as oito.             Só consigo assentir, pois sempre que ela tem as mãos em mim eu perco a razão. Como eu já sei, essa mulher está transformando a minha vida. Pego a bolsa e saímos, sua mão não sai da parte de trás da minha cintura, bem acima do meu bumbum marcado pelo vestido. Sei que ela gostou, pois sua tensão em se controlar para não descer a mão é evidente.             - Deveria ser considerado um atentado a sanidade das pessoas você sair vestida assim.             Ela fala seriamente, sem me encarar. Já conheço seus jogos de sedução, mas ainda assim me afeto. Eu sempre me afetei, mas agora é diferente, pois eu posso demonstrar isso sem medo, e melhor ainda, eu posso retrucar da forma correta.             - Talvez devêssemos ser presas juntas. Seria um fetiche interessante.             - Você tem fetiche em t*****r em uma cela? – Até ela se surpreende com isso, pois não sei de onde veio essa ideia.             - Ainda não tinha pensado, mas agora que falou...             Ela sorri de lado. Paramos ao lado do seu carro e só então nos encaramos. Ela leva sua mão para o meu rosto e acaricia minha bochecha.             - Você é uma caixinha de surpresas, Clara. – Ela se aproxima e encosta mais uma vez os lábios aos meus, um toque ainda suave. – Vou adorar descobrir casa surpresa que sairá dessa caixa. – Sei que ela sente que estremeço, pois seu sorriso é vitorioso. – Vamos.             Ela abre a porta para mim e entro no lado do passageiro. O motorista foi dispensado. É um bom sinal, assim ela beberá pouco, mas ela nunca bebe muito, sempre controlada, sempre no comando, sempre um passo à frente de tudo, inclusive de mim, e quer saber? Eu adoro isso, adoro que ela esteja me fazendo ver que o lado submisso não é tão r**m. Não em uma visão de “Cinquenta tons de cinza”, agora masoquista ou perturbadora, mas de uma forma que ela se preocupada comigo em tudo, desde o café da manhã, até a hora de dormir. Isso é algo novo em minha vida, pois sempre precisei batalhar sozinha pelo que queria.             - Para onde vamos?             - O restaurante do centro.             - Aquele... – Engulo seco. – Aquele do hotel?             - Sim. Esse mesmo. – Ela me encara e fica séria. – Algum problema?             Nem sei como dizer isso a ela, talvez possa parecer loucura, mas se vamos fazer isso que seja sem medos ou incertezas, pois se ela está me levando a esse lugar, com certeza, não é só uma noite que ela quer.             - Bom... Lá sempre tem fotógrafos, pessoas famosas e...             - Você está com medo? – Ela pergunta sem em encarar, concentrada na direção.             - Não é medo, é só... Bom, podemos ser fotografadas. Isso Seria quase que... Assumir alguma coisa.             - Isso seria um problema para você?             - Para mim não, e para você?             Então ela me encara quando para no sinal vermelho, mas agora seu semblante é sereno, até vir o sorriso de lado. O filho da p**a que me faz estremecer toda. Ela pega minha mão e leva até sua boca, beijando-a com carinho.             - Você precisa parar de pensar que não quero algo sério. Não sei como farei para te convencer disso, mas me esforçarei.             - Está fazendo um ótimo trabalho.             - Fico feliz.             Ela sorri e volta sua atenção para a estrada, porém sua mão não solta mais a minha até chegarmos ao restaurante. O manobrista abre a porta para mim, logo sinto Manuela ao meu lado novamente. Sua mão vai para a parte baixa da minha cintura mais uma vez, ainda mais pelos olhares lançados a nós duas. Somos duas mulheres elegantes chamando a atenção de homens e mulheres do lugar. Aquilo me deu uma pitada de orgulho, porque sei que acertei na roupa. Pode não ser de marca cara, mas foi suficiente para me sentir segura a seguir com minha chefa para o restaurante.             O garçom nos acompanha e puxa a cadeiras para nós duas. Manuela agradece, assim como eu. Ela pega a carta de vinhos e faz o pedido. Ele assente e sai. Não conheço nada de vinhos, nem questiono.             - Posso fazer nossos pedidos, ou você quer algo especial?             - Hum... Só não frutos do mar. Sou alérgica.                        - Uma boa descoberta sobre você. Nas próximas vezes que sairmos juntas pediremos pratos diferentes, pois eu adoro frutos do mar.             Ela diz olhando diretamente para mim com aquele sorriso encantador, maravilhoso do qual eu amoleço toda. Ao mesmo tempo em que é meigo, é firme, forte. Na verdade, toda a estrutura de Manuela é forte. É inevitável não se atrair, não é à toa que a minha chefa sexy chama atenção de todos, está claro nesse restaurante ao olhar para o lado.             Ela continua me encarando. Não tão enigmática quando antes, mas ainda assim, misteriosa. Usarei esse jantar para descobrir algumas coisas sobre ela, coisas pessoais, coisas que casais precisam saber. Somos um casal? Não sei, mas quem sabe um dia.             - O que está pensando? – A voz dessa filha da mãe me deixa molhada.             - Quer mesmo saber? – Ela sorri, mas assente. – Estou me perguntado até quando vai ficar jogando comigo.             - Você acha que estou jogando com você?             A filha da mãe bebe o vinho tão sensualmente que me faz estremecer, assim como foi na ilha. Com certeza pensar na ilha não é uma boa ideia agora, definitivamente não.              - Não acho, tenho certeza, mas já deveríamos ter passado dessa fase, afinal você já me comeu na sua mesa.             - Você chama aquilo de comer? – A desgraçada gargalha. – Baby, nem começamos a usar minha mesa. Sou pervertida demais quando se trata de você para me contar com apenas aquilo.             Ah, eu sei, sei muito bem disso, pois eu ainda quero muito mais. Tudo, cada canto daquela sala que faça lembrar loucuras e aventuras que nós duas realizaremos. Juntas.             - Acho que posso fazer isso. – Tento soar provocativa, mas eu nem consigo pensar direito com a possibilidade de ela me fazer gozar de quarto naquela mesa.              - Você está pensando nisso, não é? – Ela ainda está sorrindo. – Não pense na mesa. Pense em minha cama. Estou delirando com a possibilidade de te ter nua me minha cama.             Continuo encarando-a, mordo o lábio inferior com força, excitação era pouco para o que estava sentindo. Mas ao contrário do que eu pensava que não poderia piorar, me engano, pois o olhar que Manuela lança para mim enquanto mordo o lábio é tão intenso, que sinto meu corpo vibrar, não só isso, seria eufemismo dizer que minha calcinha encharcou.             - p***a, não faz isso, Clara, não faz isso.             Ah, claro que faço, ainda mais agora que sei quanto te afeta. Vou usar da mesma artimanha que ela. Pego a taça com vinho e bebo vagarosamente, assim que termino eu a encaro e lambo os lábios, depois o mordo mais devagar ainda. Seu olhar é maravilhoso, pois o que mais quero nesse momento é saber que ela perde o controle comigo, apesar de adorar saber que eu sinto o mesmo, saber que ela se afeta dessa forma comigo me deixa excitada ao extremo.             - Isso o que?             Ela me encara, mas ainda sinto sua alteração pela forma que falo, ajo, uso da mordida no lábio, agora que sei o quanto a afeta, não vou deixar de fazer. Observo-a engolindo seco, ah, como é gostoso sentir sua excitação mesmo que a distância. Quero isso, preciso disso, então com mais ousadia ainda faço algo que nunca pensei que faria antes. Tiro o salto com o pé esquerdo e com o direito subo por sua perna. Ela me olha e depois olha para os lados, mas em nenhum momento me manda parar.             - Algum problema? – Lá está a minha diabinha.             - Não. Estou bem e você?             Mexo meu dedão assim que chego em seu centro. E então sinto. O que me faz parar o que fazia e encará-la.             - Manuela...             - Algum problema?             Ela sorri. A filha da pura está sem calcinha. Ela. Está. Sem. Calcinha.             - Nã... Não.  – Não poderia estar mais afetada que isso.             - Ótimo.             Então o garçom chega, mas eu não tiro meu pé da posição quente em que está, sei que ela está tentando ao máximo me provocar, apesar de estar afetada também. Ela é boa, mas posso tentar ser melhor, mesmo que falhe miseravelmente.             Escuto ela fazer os pedidos, mas a verdade é que não entendi nada. Pois agora é ela que morde o lábio quando eu mexo mais uma vez meu dedão na sua linda a******a, já molhada.             - Quero te f***r agora. – Ela me encara, está séria. Como sempre meu corpo reage a isso. Porque essa mulher me enlouquece de desejo.             - Eu quero dar para você.             p***a, de onde veio a coragem para dizer isso? Ai, meu pai. Com certeza minha diabinha está de volta. Aquela ilha mudou minha vida para sempre.             - Ah, Clara.             Sinto sua mão tocar meu pé, acaricia, me fazendo arrepiar. Um simples toque nos pés me deixa maravilhada. Ela sorri, tira meu pé de onde está, e se movimenta na cadeira. Sei o quanto está excitada. Eu sorrio com isso.             - Sabe... Quero te conhecer melhor.             - Você já conhece o mais profundo de mim.             Foi inevitável, gargalhamos de forma discreta. Ela pega minha mão por cima da mesa e acaricia com o polegar. Um ato que me chama atenção, nunca pensei que partiria dela, mas quer saber? Eu adorei.             - Apesar de adorar te conhecer dessa forma deliciosa. Quero mais. Eu disse que ia te provar que quero mais que sexo com você, estou tentando. Então vamos nos concentrar nisso agora, tudo bem?             Eu assinto, pois ainda estou hipnotizada por seu carinho. Depois disso tudo se tornou tão normal, calmo, como se fossemos amigas de infância. Ela me conta como transformou a empresa de garagem do pai em uma das maiores do Brasil. O brilho no seu olho é evidente, sinto orgulho da mulher que ela se transformou.             Depois conto a minha jornada. Nada muito diferente das pessoas normais. Vim do interior do Maranhão em busca de novas oportunidades. Fiquei um tempo em um pequeno apartamento com uma amiga, depois ela se casou, e fiquei sozinha. Acabei ingressando na faculdade de contábeis, trabalhando em um supermercado com caixa, quando consegui o estágio na empresa de Manuela achei o máximo, e cá estou eu. No último semestre da faculdade, com uma possível promoção se me sair bem no estágio, esperançosa, e ainda mais transando com a minha chefa.             Nesse tempo nosso jantar chegou. Com mais calma continuamos a conversa, devido a comida. Nossos sorrisos eram sinceros, o que me deixava feliz, estava receosa sobre não termos assunto, afinal química sabíamos que existia, mas o medo de ser apenas isso era real.             Assim que terminamos o jantar, ela pega a taça de volta a beber, me lança aquele olhar enigmático que me deixa complemente hipnotizada. Não consigo decifrar, mas sei que o desejo está evidente.             - Tenho uma pergunta.             - Faça. – Tento soar firme, mas ela sorri, pois sei que falho.             - Então, falamos muito de realizar seus fetiches, adoro todas as possibilidades, mas... São só os seus, ou eu tenho vez nessa sua lista?             - Eu não tenho uma lista. – Faço uma careta, mas ela continua sorrindo. – E se vamos fazer isso, deve haver reciprocidade, então sim, podemos fazer qualquer coisa juntas.             - Gosto disso.  – Ela se endireita na cadeira e pega o guardanapo, limpando a boca com cuidado. – Tenho um fetiche. – Franzo o cenho. Ela se levanta e fico ainda mais confusa. – Nesse momento fico imaginando como seria comer você no banheiro do restaurante.             Então ela sai, sem dizer mais nada, sei exatamente para onde ela está indo. Meu centro está pulsando. p***a, t*****r o banheiro, ter que gemer baixinho, bagunçar o cabelo, imaginando que outras pessoas podem saber o que fizemos lá.             - Oh, droga. Essa mulher vai me enlouquecer.             Mas que se dane a razão. Ela já se foi assim que Manuela apareceu na minha porta usando aquele vestido. Saber que ela nem está usando calcinha me deixa a “flor da pele”. Não consigo pensar em outra coisa, se não a chupar na cabine do banheiro. Mesmo que ela queria me “comer”, quero sentir seu gosto.             Olho para os lados, desconfiada. Mas não quero mais esperar. Que se dane a suspeita pervertida que possa passar pela cabeça de outras pessoas. Eu quero saber de senti-la, prová-la, fazê-la gemer.             Levanto-me e vou em direção ao banheiro. Assim que entro, a encaro pelo espelho, ela está parada. Estava me esperando.             - Você demorou. – Lá está o maldito sorriso.             - Você é louca.             Então vou até ela e sem esperar mais a puxo para um beijo urgente. Desde que nos vimos naquelas roupas sensuais, aquele ar sedutor, a tensão s****l. No final das contas acredito que sempre nos desejaremos daquela forma. Porque estou louca por essa mulher.             - Vem.             Ela diz e nos encaminha para uma das cabines, mais ampla do que o banheiro do meu pequeno apartamento. Ao entrarmos ela fecha a porta e me joga contra a parede, começa a beijar meu pescoço, gemo, pois é só o que consigo fazer.             - Vou te devorar, toda, Clara. Cada parte sua. Todinha.              Ela diz enquanto sua mão adentra meu vestido e toda a pele da minha coxa, mas não dessa vez, eu quero senti-la.             - Es... Espera. - Ela se afasta, assustada.             - Fiz algo errado? – Pergunta ao me encarar.             Levo minha mão até seu rosto, pois sei que ela ficou preocupada. Mas então me aproximo e a puxo para outro beijo, agora passeio minha mão por seu vestido, ele ser longo não ajuda, mas nem isso me impedirá de senti-la agora.             Com as duas mãos eu puxo o vestido para cima com cuidado. Ela não me impede, na verdade me ajuda. Assim que ele está no nível da sua cintura, eu a encaro e sorrio.             - Quero chupar você.             - p***a, isso, fode mesmo com minha sanidade.             Ela me puxa com força para perto, beijando meus lábios com vontade. Saber que fodo com sua sanidade é excitante. Empurro seu corpo com cuidado para perto da outra parede. Então ela se afasta e me olha, estamos sorrindo, pois sabemos que o que vem pela frente será maravilhosamente perigoso.             Ajusto meu vestido ao corpo e me ajoelho no chão. Sorte esse ser um restaurante maravilhoso, pois ficar de joelhos em um chão de banheiro não aconteceria no meu bairro. Ela coloca meu cabelo ondulado um pouco para o lado, dando a visão perfeita das minhas ações para ela admirar.             Eu olho para cima e com lentidão levo minha boca até sua i********e. Essa que está encharcada. Ela coloca sua perna me meu ombro, o que me ajuda a ter mais acesso.             - Oh, caramba.             Ela geme quando tremo a língua em seu c******s, sei que ela não vai demorar, pois está muito excitada. Sua mão direita segura meu cabelo. Tenho certeza que quando sairmos dali será evidente o que fizemos no banheiro, mas eu não ligo, não sei quando deixei de ligar, só quero saber de fazer essa mulher gozar em minha boca.             Queria que fosse lento, torturante, assim como ela gosta de fazer comigo, mas não agora, temos pouco tempo. Tudo fica ainda mais excitante quando escutamos vozes fora da cabine. Duas mulheres conversam. Não faço a mínima ideia do que seja o assunto e nem ligo, só consigo pensar no delicioso sabor daquela mulher.             - Baixinho.             Afasto-me para dizer, ela me encara no mesmo instante e n**a com um balançar de cabeça, porque eu sei exatamente como aquilo é agoniante. Querer gemer o mais alto possível e não poder, ela está privada, precisa se controlar. Mas o seu prazer é absurdo, isso porque ainda nem gozou.             - Continua, não para.             Sorrio e volto ao meu trabalho, dessa vez ela coloca a outra mão na boca, evitando fazer barulhos, ação quase impossível, mas em meio aos murmúrios do lado de fora, consigo senti-la tremer, ela vai gozar, e será maravilhoso senti-la derramar em minha boca.             Ela rebola contra mim. Sorte que o vestido é de seda, facilitando sua locomoção, mas tenho certeza que se ele não estivesse ali seria muito melhor, mas ela não está reclamando, devo estar fazendo um ótimo trabalho. E p***a, seu gosto é maravilhoso.             - Ah, Clara, isso.             Ela puxa meu cabelo com um pouco de força, mas foi excitante. Eu sou uma pervertida, e o melhor de tudo é que estou adorando ser assim.             - c*****o, eu vou gozar, isso, eu vou gozar.             Se aquelas mulheres ainda estiverem do lado de fora tenho certeza que escutaram isso. Já não sei mais o que se passa fora daquela cabine, só consigo pensar em suas pernas tremendo contra mim. Sua excitação descendo por minha língua, e seu corpo estremecendo de prazer. Ela goza, e como boa aluna que sou, eu sugo tudo que posso, até porque, ela está sem calcinha, preciso deixá-la limpinha.             Seu gemido sai um pouco mais baixo quando passo a língua por toda extremidade sensível. É uma sensação maravilhosa. Sei disso. Quando estou satisfeita, por enquanto, puxo seu vestido para baixo e me levanto, ficando frente a frente com ela.             Manuela não espera nada para me beijar. Geme contra minha boca, pois sei que é excitante sentir seu gosto no beijo. Ela segura firme em minha nuca, uma ação de posse, mas também de confirmação de que fiz tudo certo.             - Vamos embora, preciso sentir seu corpo. – Sua voz sai fraca. Estamos ainda mais excitadas, isso é bem claro.             - Por favor, vamos fazer isso.             Ela me dar mais um selinho e sorri. Não vejo a hora de tê-la nua só para mim. Ela segura minha mão após arrumarmos nossos vestidos. Então saímos da cabine e graças a Deus estava vazia, olhamos no espelho para ver o batom, claro que nada comparado a quando chegamos, mas dar para disfarçar. Voltamos para a mesa, dessa vez sinto olhares em nós. Talvez não por desconfiança. Talvez apenas preconceito por nos verem de mãos dadas, ou simplesmente admiração, prefiro acreditar que seja isso.             Manuela paga a conta e saímos do restaurante. Quando entramos no carro, ela me puxa para um beijo, o que me faz gemer. Quando se separa mordo o lábio provocadoramente. Talvez seja um ato natural meu que nunca tinha percebido antes, mas sei que isso a afeta, passarei a fazer propositalmente.             - Vou te ensinar o que você poder fazer com esses lábios além de mordê-los. – Ela diz ao passear o polegar por ele, ainda fitando minha boca.             - Pensei que já tivesse mostrado. – Então ela me encara e sorri, me beijando em seguida. - Estamos só começando, baby. - Então se endireita no seu assento e dá partida no carro. O percurso eu já conheço muito bem. Sua casa.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD