II - Manuela

3612 Words
- Deixa ver se eu entendi. Você está me dizendo que passou os últimos meses sonhando perversidades com essa mulher, doida para tirar a roupa dela, imaginando ela de quatro na tua mesa, e nunca teve coragem para dar em cima dela, até por uma questão ética, mas então vocês sofrem um acidente, quase morrem, e em uma ilha deserda vocês se declaram e fodem igual duas coelhas?             Minha vice-presidente, que no caso é minha melhor amiga, Iara Sousa, uma linda loira, diz. Agora escutando ela resumir minha pequena aventura com minha secretária parece ser insano, mas foi exatamente isso.             - Vendo dessa forma até parece mentira.             - Com certeza. Se eu não fosse sua melhor amiga e a notícia não tivesse saído em todos os canais de TV do Brasil, até diria mesmo que era mentira. – Ela se remexe na cadeira na minha frente, estamos na sala da presidência. – Mas então, como foi? Ela é tão boa quanto aparenta?             - Você sabe que não vou falar de forma alguma disso com você. Respeito a privacidade dela, faça a mesma coisa.             - Ah, meu Deus, lá vem a velha ranzinza, você tem cinquenta ou trinta anos? – Ela revira os olhos, odeio isso nela.             - Não sou ranzinza, apenas sensata.             - Você não foi quando trepou com sua secretária em uma ilha deserta. - Com certeza não fui. Eu desejo essa mulher desde que a vi pela primeira vez. Passei os últimos meses enlouquecendo com suas roupas sociais, seu sorriso meigo, seu jeito tímido. - Nem me fala nisso. Isso aconteceu há três dias e ela não está agindo como eu esperava que ela fosse agir.             - Como assim?             - Vou te mostrar é mais fácil. – Pego o telefone e ligo para Clara.             - Sim, senhora Reis? – p***a, até a voz dessa mulher me enlouquece.             - Venha até minha sala, por favor.             - Claro.             Assim que desligo, respiro fundo e observo Iara me encarando confusa. A verdade é que eu não queria e continuo não querendo apenas uma noite com Clara, eu quero mais, ela me atrai, claro, porém é muito mais que isso ela me faz sorrir, me faz sentir, coisa que não costumo fazer. Meu jeito fechado me impede, sei que às vezes sou arrogante, mas não consigo evitar, mas com ela é diferente, eu sempre tento o meu melhor, eu quero ser melhor para ela. São apenas oito meses, mas todos que me conheceram antes dela entendem o que quero dizer, pois ela me faz ser melhor.             - Com licença. – Saio dos meus pensamentos ao escutar sua voz suave. – Bom dia, senhorita Santos. – E lá está o sorriso que tanto admiro.              - Bom dia, Clara. Fico feliz que esteja bem, soube o que aconteceu.             Posso ver seu corpo tensionar, pois tenho certeza que ela sabe que apesar de Iara estar falando do acidente, tem consciência do que aconteceu entre nós, isso me intriga ainda mais, pois não consigo entender por que ela age como se não tivesse acontecido.             - Obrigada. – Então ela se vira para mim. – O que deseja, senhora?             - Hum... – Continuo encarando seus olhos castanhos. Caramba, ela é tão linda. Não falo apenas do seu físico, mas do seu jeito, seu sorriso, suas covinhas, oh, meu Deus, o que você está fazendo comigo, garota? – Os contratos já foram encaminhados para o setor jurídico? - Ela franze o cenho, pois aquilo está óbvio ser uma desculpa para ela estar ali.             - Esse contrato foi enviado para a senhora Santos, é preciso a assinatura dela para mandar ao setor jurídico, e bom, a senhora sabe disso, pois, aconteceu nessa manhã. - Nesse momento Iara começa a gargalhar. Estou evidentemente sem graça, pois agora não sei como agir e percebo que Clara está da mesma forma.             - Oh, certo, desculpa, devo ter me confundido, pode ir.             Minha secretária linda sai, é inevitável não olhar para a sua saia preta colada em sua maravilhosa b***a. Essa mulher vai me enlouquecer!             - p***a, você está completamente abobada por ela, é hilário te ver assim.             Essa filha da mãe continua sorrindo, mas não tem como negar, ela tem razão. O que sinto vai muito além de desejo, pode ainda não ser amor, mas a vontade de tê-la todo o tempo perto de mim é real, não posso negar, não quero perdê-la antes mesmo de tê-la.             - Não sei o que fazer, Iara, você viu? Nem parece a mulher que se declarou para mim. Estou ficando louca com essa distância. - Passo as mãos pelos cachos, demonstrando toda a minha confusão, pois é só isso que estou sentindo. Pura confusão.                    - Manuela. – Eu elevo a cabeça e a encaro. – Você já parou para pensar que ela pode estar pensando a mesma coisa?             - O que?             - Caramba, você está pior do que eu imaginei. – Iara revira os olhos. – Você é a CEO da maior empresa de segurança do país, mas não consegue lidar com uma mulher, trágico, amiga, trágico.             - Fala de uma vez!             - Sua b***a, ela pode estar sentindo a mesma insegurança. E pior ainda, ela pode estar pensando que você conseguiu o que queria e a jogou fora. Provavelmente está muito magoada, ainda mais por tê-la chamado aqui com essa desculpa i****a, aposto o que você quiser que ela está nesse instante pensando que só a chamou aqui para contar vantagem para mim, pois ela tem certeza que você me disse que “comeu” sua secretária e não tocou mais no assunto com a mesma, o que você pensaria no lugar dela?             - p***a!             É tudo que consigo dizer. Sou uma completa i****a. Não sei se é o efeito dela em mim ou simplesmente o fato de eu estar ansiosa. Querendo ou não, passamos por um trauma, poderia ter sido muito pior. Clara só fraturou uma costela, o que foi um milagre, eu nem quebrei uma unha.             - Ela deve estar se sentindo péssima, Manuela, e se você quer mesmo essa mulher, deve fazer alguma coisa quanto a isso. Você que é a patroa dela, não o contrário.             Iara diz e se levanta, eu a encaro, mas não falo nada. Observo-a sair da sala. Passo as mãos pelo rosto tentando voltar a realidade. Não entendo como uma expectativa tenha mudado tão rápido. Em um dia temos planos de realizar vários fetiches, em outro m*l nos falamos além do elo profissional. Com certeza tenho que resolver isso, pois pensar em Clara sem ter certeza que ela é minha ou se o que temos é real, é horrível, sem contar que eu continuo com vontade de beijar sua boa maravilhosa o tempo todo.             Tenho que conversar com ela novamente, mas dessa vez faço diferente. Levanto e arrumo meu vestido azul-escuro no corpo, moldando com perfeição o tecido em minhas curvas. Caminho lentamente, o único som que escuto são dos meus saltos contra o chão amadeirado. Quando abro a porta fico ainda mais enfeitiçada. A mesa de Clara fica perto da entrada da minha sala. Ela está de pernas cruzadas, mostrando parte das pernas maravilhosas, um pouco de lado, me dando a visão perfeita da sua pele, o queixo apoiado na mão, concentrada em algo no computador, nem percebe a minha chegada.             - Clara. - Ela se assusta, seu cotovelo escorrega da mesa e sua cabeça faz o mesmo do apoio da mão. Até seu jeito desastrado se torna sexy, mulher maravilhosa da p***a.             - Sim... Sim, senhora Reis.             - Venha até minha sala, temos que conversar.             Vejo-a engolir em seco, sei do efeito que tenho nessa mulher. Sempre respeitei os limites profissionais, estava me saindo bem, mas agora, depois de provar seu sabor, de vê-la estremecer ao gozar em meus dedos, de escutá-la gemer contra minha pele, vai para a p**a que pariu a razão, não me importo com o que vão dizer. Ela será minha, não só seu corpo, mas seu coração também.             - Claro. Estou... Estou indo.             Até sua respiração sai devagar. Pode ser medo, não me importo, só quero que ela esteja em minha sala, preciso que ela entenda que não foi só uma aventura, eu quero tudo com essa mulher.             Assinto e volto para dentro da sala. Sei que em minutos estaremos frente a frente e dessa vez sem muros, que se exploda meus medos, minhas incertezas, essa mulher me pertence, não só eu afirmo isso, seu corpo, seu olhar, seu sorriso me dá essa certeza.             Não demorou para ela bater na porta, continuo de costas, mas sei que ela está me encarando, talvez até tendo pensamentos impuros com meu corpo. Seu olhar de desejo sempre foi presente, por mais que ela desvie, tente evitar, mas eu sei que ela me quer. Sorrio com isso, mas logo fico séria, pois viro e encaro seus lindos olhos castanhos. Ela engole seco novamente.             - O que... O que deseja, senhora?                  Mas não quero responder com palavras, meus olhos devem estar gritando pelo que desejo. Eu a quero e ela sabe disso. Aproximo-me e fico frente a frente, ela tenta se afastar, mas seguro-a pela cintura.             - O que está fazendo? – Sua voz é trêmula.             - Eu que te pergunto. O que está fazendo? Pensei que tivesse deixado claro que íamos realizar todos os seus fetiches, o que mudou? - Ela continua olhando para meus olhos, mas logo desvia o olhar para minha boca. Maravilhosa!             - Eu... Eu não quero mais...             - Não quer? – Franzo o cenho e então me afasto um pouco. – Por que seus olhos e seu corpo dizem outra coisa?             Mais uma vez ela engole seco, mas não se afasta, continua ao meu alcance, até porque tenho certeza que se ela tentar fugir eu a segurarei novamente, disse que não a deixaria ir, e pretendo cumprir isso.             - Nã... Não. - Então eu sorrio. Uma péssima mentirosa. Mas ainda assim uma linda péssima mentirosa. Levo minha mão direita para o seu rosto, onde acaricio a sua bochecha.             - Você nem consegue me olhar sem estremecer. Se eu te tocar você vai se entregar. – Ela respira fundo. – Então me fale a verdade, o que mudou?             Então se afasta, dessa vez permito, pois sinto que ela precisa desse espaço. Ela vira de costas, não fala nada, me aproximo e seguro nas laterais do seu corpo, colocando minhas mãos por dentro do blazer preto que ela está usando. Sinto-a estremecer com isso. Minha boca vai em direção ao seu ouvido.             - Por que está me enlouquecendo assim?             - Eu não... – Ela fica nervosa com meus toques, perfeito. – Eu não quero ser apenas mais uma para você.             Então é isso. Fecho os olhos com força e respiro fundo. Beijo seu ombro e faço virar-se para mim. Seus olhos estão brilhando, talvez vontade de chorar, mas não permitirei que isso aconteça, não por esse motivo absurdo.             - Você acredita mesmo que depois da ligação que tivemos seria apenas mais uma? – Ela tenta abaixar a cabeça, mas seguro em seu queixo e a faço me encarar de novo. – p***a, Clara, eu falei sério, não foi só sexo.             - Mas...             - Que droga, eu passei dois dias sem te beijar por um m*l entendido. Que se f**a.             Não consigo esperar mais. Puxo-a para um beijo, não um simples beijo, é um cheio de saudade, de desejo. Uma vontade que fui privada por três dias torturantes. Sua língua adentra na minha boca, perfeita. Minhas mãos apertam sua cintura com força, forçando seu corpo a se aproximar ainda mais de mim.             - Manuela...             - Ah, como eu senti falta de você chamando meu nome assim. - Roço meus lábios em sua boca, sedutora, linda, um encaixe perfeito. Nós somos perfeitas juntas, mais que isso, eu fui feita para ela e ela para mim.             - Eu sinto medo. – Sua voz sai fraca, o que me afeta.             - Querida, olhe para mim. – Ela faz. – Eu não te quero só por uma noite, eu te quero por muitas, quem sabe todas da minha vida. Pensei que isso tivesse ficado claro, e... Nossa, eu fiquei desesperada. A gente deveria ter conversado antes, teria sido mais fácil.             - Sim, teria.             E pela primeira vez ela sorri. O meu sorriso favorito que tanto amo. Amor... É uma palavra forte, mas acho que posso chegar a isso, nós duas, juntas, quem sabe um dia tais palavras saiam da minha boca, verbalizadas com verdade e certeza.             Eu retribuo o sorriso, porque ela me faz sorrir com muita sinceridade. A mais pura verdade que eu posso expor com um simples gesto. Essa mulher me mudou, tenho certeza que ainda posso melhorar muito ao seu lado.             - Agora vem aqui, porque está me enlouquecendo desde que entrou com essa saia colada nesse corpo maravilhoso.             Não consigo evitar, ela desperta meu lado selvagem. Adoro nosso jeito carinhoso, mas não posso negar, também sinto um t***o absurdo por ela.             Nosso beijo reinicia, mais quente, mais ativo, mais certo. Dessa vez sei que ela sabe onde isso vai dar, porque eu quero exatamente isso, quero fodê-la, quero senti-la estremecer, quero vê-la gozar mais uma vez.             - Espera, não podemos fazer isso aqui.             - Ah, podemos, com certeza podemos. Ou vai me dizer que não imaginou tantas e tantas vezes eu comendo você naquela mesa. – Então ela olha para a mesa, sinto seu corpo estremecer, exatamente como soube que seria. – Eu sei que sim. – Ela me encara novamente, sexy. – Porque eu imaginei inúmeras vezes. – Levo minha mão para sua saia e passeio-a pela sua perna direita, sentindo o arrepio da sua pele. – Imaginei-me entre essas pernas lindas enquanto meus dedos entram em você. Tão molhada, tão quente, deliciosa.             Empurro nossos corpos para perto da mesa, ela geme quando sente o vidro tocar a parte de trás da perna. Volto a beijá-la. Estou viciada nessa mulher, quero comê-la de muitas formas, de forma literal, porque ela é uma perdição em forma de mulher, um vício do qual não quero me curar.             - Está pensando nisso?             - Sim, oh, droga, sim.             Quero-a dessa forma, derretida em meus braços, para eu poder saboreá-la, imagino como esteja dentro da sua calcinha. Mas não quero esperar, preciso sentir. Faço-a sentar-se na beirada da mesa e levando sua saia até a cintura. Tiro o blazer, expondo sua camisa branca. Começo a abrir um botão por vez. Mesmo não a encarando nos olhos, sinto que ela me observa, porque eu sempre sei quando ela me olha. Assim que vejo seu sutiã também branco, gemo em mais desejo.              - Você é tão linda.             - Você... Você também.             Sorrio, pois é o que consigo fazer. Aproximo-me devagar, minha mão direita acaricia os fios de sua nuca enquanto a esquerda aperta o seio por cima do sutiã. Ela geme. p***a! Essa mulher gemendo me deixa louca.             - Clara, nunca mais quero ficar sem sentir seu sabor.             - Nem eu, oh, sim, nunca mais. - Ela está entregue, completamente minha, só minha. Sem esperar mais levo minha mão para o meio das suas pernas. E sim, oh, sim, ela está toda molhadinha para mim.             - Tão molhada, querida. Quero que sempre esteja assim para mim. Eu quero ser o seu desejo por muito tempo.             - Sim, só você, não para.             Seus braços circulam em meu pescoço. Meus dedos acariciam sua parte íntima vagarosamente. Lento. Torturando. Sei que sim, mas é tão gostoso senti-la se movimentar contra meus dedos, querendo mais contato.             - Dentro, quero você dentro.             Ela geme contra o meu ouvido, e p***a, não tem como resistir. Enfio os dois dedos o mais fundo que consigo. Mais firme que posso. O mais forte que minha força permite. Ela geme mais alto, pode ter doído, mas ela não me manda parar, porque ela quer exatamente isso. Ela quer que eu mostre o quanto estou sendo verdadeira, então eu farei isso, porque é a mais pura verdade.             - Você é tão apertada. Nossa, Clara, não vejo a hora de te comer em minha cama. Oh, sim, mexe desse jeito, baby.             Ela está requebrando descontroladamente contra mim. Com força. Ah, eu poderia gozar com isso, mas agora é tudo sobre ela, sobre como eu posso mostrar no sexo o quanto a quero, não apenas para satisfação, mas para tudo.             - Manuela...             - Já vai gozar, baby? Eu sinto isso.             Ela continua calada, apenas expondo sussurros e gemidos. Está ofegante. Sinto sua a******a me apertar com mais força. Isso é maravilhoso, perfeito, perturbador até. Porque eu não consigo pensar direito quando estou dentro dela, mas isso não é r**m, na verdade isso é gostoso para c*****o.             - Manuela, oh, sim, Manuela.             Suas unhas aranham meus ombros, na parte descoberta pelo vestido. Ela estremece. Ah, caramba, sim, eu senti muita falta disso. Essa mulher é minha e não pretendo deixá-la escapar. Sua pele está arrepiada, já sei que sempre fica assim quando o prazer vem com toda força. Tiro meus dedos de dentro dela e me afasto um pouco. Seu rosto está corado.             - Linda.             Ela pega minha mão e leva até sua boca, lambendo tudo que veio do seu prazer. Sua própria excitação. Minha diabinha particular está ali. O que me deixa mais cativada. Ela chupa meus dedos ainda me encarando. Excitante.             - Delícia.             Ela diz ao sorrir. O que me faz sorrir também. Não resisto. Beijo-a com mais vontade. Nossos corpos encaixados. Maldito vestido que não me deixa senti-la completamente. Poderia tirá-lo, mas antes que eu pense em fazer isso meu telefone toca. Nós duas nos assustamos, ainda mais porque naturalmente essa ligação viria para ela antes, e depois ela encaminharia para mim.             - Aposto qualquer coisa que é Iara.             Digo e suspiro, mas minha mulher sorri, lhe dou um selinho e atendo o telefone. Como eu imaginei é aquela atrapalha f**a filha da p**a.             - Para de t*****r e lembre-se que temos uma reunião em dez minutos. Sua secretária é gostosa, mas precisamos mesmo ir.             Eu suspiro, pois sei que é verdade. Clara está arrumando sua roupa. Abotoando a blusa, alisando sua saia e vestindo o blazer. Observo tudo com devoção. Cada ação dela é maravilhosa.             - Você está ao menos me ouvindo, sua desgraçada?             - Estou, Iara, e não se preocupe, estarei lá.             - E lave essas mãos.             Então ela desliga. Reviro os olhos, pois sua ousadia é horrível. Vou em direção à minha garota novamente e a puxo para perto.             - Não deveríamos ter feito isso aqui, Manuela.             - Claro que deveríamos. Eu nunca me perdoaria se não te fodesse nessa mesa, mas ainda não foi suficiente. – Ela arregala os olhos. – Não agora, baby, tenho mesmo que ir para essa reunião.             - Eu sei. Estarei lá.             - Sim. Sempre tirando minha concentração. – Começo a beijar seu pescoço. – Ainda mais quando me lembrar do que fizemos agora. – Ela geme.             - Para, por favor. Sabe que se continuar eu não conseguirei resistir.             - Eu adoro sua submissão a mim, como o seu corpo reage, mas tem razão. – Paro e lhe dou um selinho. – Mas me prometa que vai jantar comigo hoje.             - Hoje?             - Sim, baby, e prepare-se para dormir fora.             - Eu não...             - Shiii. – Beijo-a, ela amolece mais uma vez em meus braços. – Farei do jeito certo agora. Sem contar que precisamos ter uma conversa séria. - Afasto-me e caminho em direção ao banheiro. Ela franze o cenho, como eu imaginei.             - Conversa séria? – Ela me encara, confusa.             - Sim. – Olho-a por cima do ombro ao abrir a porta. – Vamos conversar sobre onde, como e quando realizar todos os seus fetiches com sua chefa, que por sinal, essa que está muito ansiosa por isso.             Então pisco e a deixo lá, corada e excitada. Porque eu já conheço minha garota. Ela é completamente afetada por mim. Pelo meu corpo. Pelos meus toques. Pela minha voz. Assim como eu sou por tudo nela. Fomos feitas uma para a outra. Não pretendo deixar isso se perder.             Naquela noite irei lhe mostrar outro lado meu, não apenas o cheio de desejo, porque esse nunca conseguirei perder com ela, essa mulher é o t***o em pessoa, mas o meu lado carinhoso, se ela quer provas de que será mais que uma noite, eu darei.             Assim que saio do banheiro ela está mexendo na agenda. Tranquila, como se nada tivesse acontecido. Eu estava paranoica, pois era evidente que estava me evitando, mas ela é boa em disfarçar as coisas.             - Pronta? – Ela passa a mão pelos lábios, limpando o batom, e me lança aquele sorriso viciante.             - Para você? Sempre. Vamos. - Ela sai na frente e rebola, tenho certeza que foi proposital. Sorrio e balanço a cabeça em negativa.             - Ah, mulher, hoje você vai ser minha mais que nunca, vou te f***r muito gostoso.             Não sei se ela ouviu, mas o sorriso que vejo pelo vidro me diz que sim. Agora estou ansiosa pela noite. O jantar será só o aperitivo do que poderemos fazer, coisa que já provamos ser muito boas juntas. 
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