Lar, doce lar

1137 Words
Tubarão Narrando... Quando entrei na casa do meu velho, ele tava puto. Primeiro porque o merda do Lucas cobrou o mesmo preço que cobramos na favela no preço do material pros riquinhos, e isso significa uma perda de pelo menos 3x o valor. Em festa de granfino, a droga é mais cara, qualquer i****a sabe. as patys e os mauricinhos pagam uma nota só pra não subir no morro. Não conseguia parar de pensar na Laís. Que menina bonita. Mas não era pro meu bico, então decidi parar de pensar nisso. – Você é um i****a, Tubarão! – Meu pai me deu um empurrão e eu literalmente voei longe. – Pega o fuzil, Tico! Tico é o braço direito do meu pai. Ele entregou o fuzil na mão do meu pai e ele jogou em cima de mim. – p***a, Chefe! – Falei. Peguei o fuzil e como um bom soldado, fiquei em pé. – É o seguinte. Você é um frouxo mesmo, cuzão de merda! Nem pra ser aviãozinho você serve, muleque! Como que vai herdar o morro desse jeito? Vão achar que te criei m*l ou que sou um cuzão igual a você! – Meu pai se aproximou de mim e sacou uma Glock das costas, a colocando bem em frente ao meu rosto. – Escuta, muleque. Última chance. Não me interessa o que aconteceu, que você encontrou a cinderela e queria meter seu pintinho nela, f**a-se. Você vai ter que provar sua lealdade pra mim trazendo a cabeça do Bigode pra mim, entendeu, muleque? Você é meu filho mas eu meto uma bala na tua cabeça se não me obedecer, entendeu? – Entendi, Chefe. – Falei. Permaneci com o rosto sério. Meu pai tirou a arma da minha cara e guardou nas costas. – Muleque frouxo. Deve ter puxado alguma parte da família da mãe, porque não é possível. – Ele girou os olhos. – Como é que eu vou fazer pra matar o Bigode, se nem o Tico conseguiu? – Chefe soltou uma gargalhada. Ele não gosta que eu o chame de pai nessas horas. – Você vai se virar. E vai se virar pra c*****o se não quiser levar uma surra com esse cano aqui. – Ele deu um tapinha no fuzil que tico segurava e saiu andando. Eu tô fodido. Saí da casa do meu pai em direção a casa de Lucas, puto da vida. Eu só queria dar um soco nele por ser tão i****a, mas também queria apoio. Lucas é um i****a mas é meu amigo. – Você é um i*****l. – Gritei do lado de fora da casa de Lucas. – Sai desse barraco ou eu vou derrubar o portão na porrada, seu arrombado! – Gritei. – p***a, calma aí, Tubarão. – Ele veio em direção ao portão e o abriu. Me olhou com a cara de i****a de sempre, e ao invés de dar um soco na cara, dei um tapa forte na orelha. – Seu i****a. Cobrou dez p**a? Sério? Sem cérebro de merda! – Falei e fui entrando na casa dele. – Qual é, você jogou as drogas em cima de mim e saiu com a mina lá, nem deu tempo de eu perguntar se tinha alguma coisa... Quem errou foi você, fio. – Eu o olhei desacreditado. – Fala sério, seu nóia de merda. Qualquer i*****l sabe que a gente cobra no mínimo vinte pros mauricinhos. E eu disse que você ficaria com minha parte do lucro, i****a. – Ele deu os ombros, ainda massageando a orelha. Tava zunindo do tapa, certeza. – Tá, tá, eu tava bêbado! Que se f**a. Seu pai reclamou muito? – Girei os olhos. – Tá falando daquela merda de eu matar o Bigode de novo. – Lucas soltou uma gargalhada. – Ih! Se fudeu! – Graças a você! – Retruquei. – Valeu a pena perder as drogas por causa da patricinha na festa? Como era a b*******a dela? – Olhei para ele, indignado. – Ela não é esse tipo de garota, Lucas. Ela é uma menina de igreja, era a primeira festa dela. A gente se beijou e ficou conversando no Habib's. – Lucas arregalou os olhos. – Você deixou de vender droga e ganhar uma grana pra ficar com uma desconhecida no Habib's, mano? – Eu soltei uma gargalhada. – Eu vou fazer o quê? Se tu visse o olho da menina, parecia a p***a do céu. E sei lá. Ela é gata pra c*****o, vou entrar na calcinha dela, mas com calma. – Lucas prendeu a risada e caiu na gargalhada. – p**a que pariu. Amor a primeira vista, Tuba? – Vai pra casa do c*****o, Lucas. – Falei. – Os caras da boca tão te chamando de Alemão viado com razão. – Alemão viado é o cu deles. – Ele ficou sério. – Pelo menos eu tô tentando comer uma mina bacana. Você tá aí, com o p*u dentro da cueca sem fazer p***a nenhuma desde que a filha da Dalila te deixou. – Ele cruzou os braços e me olhou. – Eu gostava dela. Mas ela era maluca, qual é... Ela me batia toda vez que eu olhava pra b***a da mãe dela... Porra... – Ele soltou uma risada sacana. – A Jéssica Dalila é muito gostosa. Eu não te culpo. – Falei, gargalhando. – Ela é. Foi mãe aos 14, tá inteirinha. – Ele sorriu de forma maliciosa. Mas daí, ele negou com a cabeça. – Não posso nem olhar pra Dalila mais. Se liga, sabe quem tá de olho nela? – Quem? – Questionei, curioso. – Teu pai. – Fiquei realmente surpreso. – Meu pai tá querendo a Dalila? Mas nunca que ela vai querer aquele filho da p**a. A Dalila é um amor. – Ela não tá sabendo dessa parada, mas o Tico me deu um tapa na cabeça quando eu chamei a Dalila de gostosa e disse pra eu "respeitar a mulher do Chefe". – Uai, se já falaram que ela é mulher do Chefe, eles devem ter algo. – Lucas negou com a cabeça. – Não tem. Falei com a Dalila ontem e ela nem sabe o nome do teu pai. Só o vulgo. – Dei os ombros. – Tá, f**a-se. Tamo parecendo duas fofoqueiras de merda. – Nós dois caímos na risada. – Tô afim de descer o morro e ir procurar a Laís. – Já? – Ele perguntou. – Acho que você tinha razão. Talvez eu goste mesmo dela. – Olhei para o nada, meio preocupado. ❤️❤️❤️ Notas da Autora ❤️❤️❤️ Gostaram do capítulo? Me siga no i n s t a @autoracalil para ver os personagens. O lançamento Oficial da história foi adiantado! Os capítulos serão postados diariamente a partir do dia 15 e novembro.
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