A acompanhante 2

Giovana narrando Laura passou o restante do tempo no meu colo, ela não quis saber de mais ninguém, o tempo todo comigo, abraçada, a gente tinah feito os desenhos, ela tinha arrumado no caixão com a mãe, comeu um pouco e chorou muito, ela estava abraçada em meu colo e ela estava quase dormindo. O clima estava tenso e Salvatore estava completamente destruído, dava para ver em seu semblante, eu acho que ele jamais achou que chegaria esse dia, que ele viveria esse dia e no fundo ele sente algo por ela e mesmo que ele fosse o homem mais frio do mundo, acredito que ele ainda sentiria pela morte da esposa. Eu ainda tinha tantas coisas para questionar ele, questionar sobre o meu sequestro e principalmente como todos omitiram a policia nele, como ninguém chamou a policia e nem mesmo a Taisa quis fazer isso, como tudo estava tão estranho , sobre os machucados na Jamily, era tantas coisas que eu queria saber, mas não agora, por enquanto me manteria quieta me solidarizando com o luto de todos. —    Não fica triste meu amor – eu olho para ela. —    Ela se foi – ela fala – eu não tenho mais minha mae. —    Você sempre vai ter ela e sempre que sentir muita saudade, feche os olhos e pense nas coisas boas – ela me encara – ok? – ela assente com a cabeça. Taisa tinha se recusado a vir ao enterro, disse que não queria ver Salvatore na sua frente e brigou muito comigo porque ela disse que eu também não deveria ter vindo, mas eu jamais deixaria de está com a Laura. —    Meu amor precisamos ir – Salvatore fala se abaixando e a gente se encara bem perto um do outro. —    Eu não vou sem a prof – ela fala —    Mas, a prof precisa voltar para o hospital. —    Porque? – ela pergunta me olhando —    Lembra que eu cai da escada? Preciso de cuidados médicos e eu burlei todas as regras para está aqui. —    Burla mais um pouco, eu quero dormir com você. —    Dorme com a tia Safira – Safira responde – e com o vovô, o papai vai está também —    Não, eu quero você dormindo comigo – ela fala me olhando com os olhos cheios de lagrimas – por favor prof, dorme comigo – eu a encaro e limpo as lagrimas em seu pequeno rosto delicado. —    Eu vou, é claro – eu respondo para ela – amanha de manhã só preciso que alguém me leve até o hospital. —    É claro – Salvatore fala – mas não quero atrapalhar você. —    Você me atrapalha, Laura não – eu respondo —    Eu quero dormir com você – ela em agarra no meu pescoço. —    Eu vou dormir com você. Salvatore me ajuda a sair da cadeira de rodas e entrar no carro e Laura fica em meu colo, ela se deita no meu colo, ele coloca a cadeira de rodas no carro e entra no carro e começa a dirigir, o caminho todo vamos trocando olhares, não vamos para casa dele e sim para casa do pai dele, que era uma casa enorme de um andar só, o que facilita para que eu me movimentasse na casa. Após dar a janta para Laura, eu me deito com ela na cama , consigo sair da cadeira sozinha e conto histórias para ela, ela estava chorona e muito emotiva, dormia soluçando e seu sono agitado, eu resolvo ir até a cozinha ver se eu conseguia encontrar alguém para fazer um chá para dar a ela na mamadeira ou até mesmo se eu conseguisse fazer, a cadeira era automática, então era só apertar que ela andava e virava para onde eu queria, os meus pés doía muito e estão enfaixados, antes Doutor Vinicius veio até a casa para trocar os curativos, eu vou andando e até que vejo uma sombra no lado de fora da janela, eu ando perto e vejo Salvatore, o mesmo tinha uma taça de vinho nas mãos e parecia está chorando em silêncio. Eu me aproximo lentamente com a cadeira de rodas até que esbarro na poltrona, ele se vira e me encara. —    Eu até tentei sair de fininho mas não deu – eu respondo – preciso de ajuda para fazer um chá para Laura, será que você pode me ajudar? —    É claro – ele responde colocando a taça sobre a mesa.