Frio e quente

1216 Words
Aressa narrando Eu não consigo acreditar que a minha própria família está tentando me vender para um velho rico. Eles nunca gostaram de mim, isso eu já tinha percebido, mas me vender ?! Isso já é demais para mim. Eu estou tentando fugir, mas o homem frio não solta o meu braço e ainda está me olhando de um jeito muito estranho. Ele está me acusando de ter o drogado, mas eu não faço a mínima ideia do que ele está falando. Eu fico parada olhando confusa para ele, até que ouço a voz do velho de longe. - Olha, eu não sei do que você está falando, mas eu exijo que você me solte, agora. - eu falo firme, mas por dentro estou me tremendo de medo. Eu não sei dizer de quem estou com mais medo, se é do velho me alcançar, ou desse homem frio que está me encarando de um jeito assustador. - O que você fez? - ele me questiona e olha para o velho. - Eu não fiz nada, é ele que está tentando me assediar, agora me solta, por favor. - eu peço assustada e ele me encara novamente. O velho tenta se aproximar de nós cambaleando e o homem à minha frente não para de me encarar. - Me deixa ir, por favor?! - eu peço mais uma vez. Eu acho que pode ser somente coisa da minha cabeça, mas parece que vi um pouco de compaixão no seu olhar, porem ele aperta o meu braço com força e vejo a frieza de sempre no seu olhar. - Fica quieta até eu entrar. - ele fala firme e eu fico confusa. Ele abre a porta de um dos quartos e me empurra para dentro, mas ele permanece do lado de fora esperando o velho chegar. - Eu posso saber o que está acontecendo aqui? - Ouço ele questionar o velho. - Eu só quero me divertir com ela, eu paguei por isso. - o velho responde. - Ela está comigo. - ele fala imponente. - Eu paguei para tê-la, Leon e com todo respeito, eu não vou deixar você ficar com a melhor parte. - o velho ainda resmunga. Eu ouço barulho de soco e um gemido de dor, eu juro que tive vontade de sair para ver o que estava acontecendo, mas me contive. - Eu exijo respeito, p***a!!! Transfira o dinheiro para ele. - ouço a voz do homem frio, que acabei de descobrir que se chama Leon. Ele abre a porta do quarto e entra um pouco tonto, eu fico olhando para ele e esperando ele falar alguma coisa. - Obrigada pela ajuda! - eu quebro o gelo que se formou no quarto e me levanto da cama para poder me retirar. Quando eu vou passar por ele, para chegar até a porta, ele segura novamente o meu braço com força. - Onde você pensa que vai, garota? - Ele fala firme e eu sinto o meu corpo todo se arrepiar. - Estou me retirando. Eu já te agradeci por ter me ajudado, agora eu preciso voltar ao trabalho. - eu tento ser educada. Ele solta uma risada sem graça nenhuma, na verdade ela soa mais como um deboche. - Você causou tudo isso e acha que pode sair?! Porque você me drogou?! - ele fala sério e me encarando fixo, acho que ele esta querendo me matar. - Eu não... - ele não me deixa terminar de falar. - Você vai ter que resolver esse problema, garota. - ele fala tentando desabotoar a camisa, mas acaba se desequilibrando. Eu não gosto do jeito que ele me chama de garota, mas por instinto eu acabo segurando ele e sinto o seu corpo pegando fogo. Ele é muito forte, muito cheiroso também e eu acabo engolindo seco por estar desejando um homem que eu não conheço, nem nunca sequer vi na frente. Eu só posso estar ficando maluca por estar pensando essas coisas desse homem, ele é completamente frio e grosso, mas ao mesmo tempo parece tão quente. Ele tenta se recompor, eu permaneço segurando no seu peito e no seu braço, ele me encara intensamente e eu acabo olhando para a sua boca desenhada e chamativa. Eu não sei descrever o que está acontecendo entre nós, mas eu nunca vi um homem ser tão frio e quente ao mesmo tempo. Ele me puxa pela nuca e beija a minha boca com voracidade, ele parece querer me punir por alguma coisa. Eu sinto o meu corpo reagir estranhamente a ele e confesso que isso me assusta um pouco, pois eu nunca me senti assim antes. Ele me aperta contra o seu corpo e vai subindo uma das mãos pela minha coxa, erguendo lentamente o meu vestido. Eu sinto que tenho que me afastar e dizer que não, que é para ele parar, mas estranhamente eu não consigo, porque eu não quero que ele pare. Ele vai beijando o meu pescoço com delicadeza e aperta a minha coxa com força, eu solto um gemido contido e ele morde devagar o meu ombro. - Eu... - tento falar algo, mas a sensação que ele esta me causando é ótima e não está me deixando pensar direito. - Me pede para parar. - ele fala abafado no meu pescoço, mas sem se afastar de mim. - Você po... eu... - eu tento falar novamente, mas ele continua beijando o meu pescoço e deslizando as suas mãos pelo meu corpo. Eu não consigo pensar, ele está me desestabilizando e eu não consigo mandar no meu próprio corpo. - Fala, p***a!! - ele fala irritado e eu me assusto, mas não consigo dizer nada. Ele para de me beijar e se afasta um pouco de mim, me olha intensamente nos olhos, ele parece estar em uma luta interna, tentando se afastar de mim, mas também parece não conseguir. - Eu estou completamente... fora de mim... louco. - ele fala ofegante e confuso ao mesmo tempo. Ele se afasta de mim e caminha até o banheiro meio cambaleando, eu estou um pouco atordoada com o que acabou de acontecer. Eu nunca cheguei tão perto de me entregar a alguém, como cheguei agora. Eu sou tirada dos meus pensamentos confusos por um barulho de algo quebrando no banheiro e corro até para ver o que aconteceu. Encontro o Leon próximo a banheira tirando as roupas com dificuldade e vejo alguns cacos de vidro dentro do lavabo. Eu tento me concentrar nos cacos de vidro, mas ele me tira a concentração novamente quando escorrega perto da banheira e eu corro para segurá-lo. Ele está usando somente uma cueca bóxer preta e eu fico completamente hipnotizada com o corpo dele, cheio de músculos e parece que cada parte foi perfeitamente desenhada. - Eu... posso... te ajuda? - eu falo meio tímida por estar encarando o corpo dele sem parar. Eu tento disfarçar o meu olhar, mas ele segura o meu queixo erguendo o meu rosto para olhar nos olhos dele. - É de outro tipo de ajuda que eu preciso, garota e tenho certeza que você não pode me dar. - ele fala um pouco enrolado, mas com a mesma arrogância de antes. - Como você pode ter tanta certeza?! - eu o questiono seria.
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