Capítulo 21

1021 Words
Vito não sabia se tinha tomado a decisão certa, mas se sentia mais leve depois daquela conversa. Agora, o que pesava no seu peito era a conversa que teria com Isabel. Ele não sacrificaria a sua filha nem a obrigaria a se casar com alguém que não amasse. — Pelo que vejo, se acertaram. — diz Ricardo com um sorriso de canto. — Não sei se essa é a palavra correta, mas vou tentar me conter no futuro. — Aquele era Don Vito, ele nunca dava o braço a torcer. — Isso significa que, sobre aquilo que conversamos, tudo está cancelado? — pergunta ele, arqueando a sobrancelha. — Não, ainda vamos seguir com o plano. Preciso descobrir o que estão tramando. — Vito tinha agora mais um objetivo ao pensar na proposta de casamento feita a Isabel. Ele precisava garantir que a sua filha estivesse segura e, para isso, precisava seguir com o plano. — Pensei que depois da sua conversa com Max deixaria isso quieto. — diz Ricardo, não gostando daquilo. — Esse é o motivo pelo qual preciso continuar. Não sei do que essas pessoas são capazes, Ricardo, e não quero arriscar a segurança da minha filha. — Ricardo suspira. Podia entender aquilo, mas não sabia o que aconteceria quando todos ficassem sabendo. — Pense bem, Vito, você pode causar muitos problemas com esse plano. — Ricardo queria apenas que Vito visse as coisas por seus olhos e percebesse que ele poderia correr ainda mais riscos fazendo o que desejava. — Já pensei, e não gosto da ideia dessas pessoas perto da minha filha. Por isso, precisamos resolver isso rápido. — Não se preocupe, o meu pessoal já está trabalhando. Em breve, teremos algo. — responde Ricardo. — Então, precisamos apenas enrolá-los por mais um tempo. Quando soubermos o que eles querem, tudo estará terminado. — A prioridade de Vito era a segurança da sua família, e, por mais que lhe doesse ver Isabel perto de um possível inimigo, aquele era o caminho mais rápido para pôr fim àquele mistério. — Tudo bem, apenas me mantenha informado sobre o que estiver acontecendo. — diz Ricardo, suspirando alto. — Vou fazer isso. — diz Vito. Vito se despede de Ricardo e parte para sua casa. Ele não estava com ânimo para conversar com os seus amigos e, acima de tudo, se sentia envergonhado pelo que tinha feito. Então, desejava apenas o seu lar. O seu voo foi cansativo e, assim que entra em casa, percebe o quanto ela ficava vazia sem a sua filha. Vito gostava da bagunça de Isabel e da bagunça que os seus netos faziam também. Em cada canto que olhava, via Antonela correndo com um brinquedo nas mãos. Agora, ele tinha Stefan e se animava ao pensar que chegaria o dia em que ajudaria no treinamento do seu neto. Tinha ganhado muito mais do que imaginava e devia isso a Ricardo, por ter ajudado as suas filhas quando ele não sabia da existência delas. A sua família tinha crescido, assim como o espaço que havia em seu coração. Vito amava cada pequena coisa em sua família e gostava quando estavam juntos. Um suspiro escapou de seus lábios ao pensar que, em breve, Isabel não estaria mais naquela casa, enchendo-a com a sua luz e calor. Mas ele sabia que os seus amigos estavam certos: a sua filha merecia ter a suas escolhas respeitadas, e ele faria isso. O dia m*l tinha amanhecido e Vito já se encontrava no seu jato. Precisava conversar com Isabel e esclarecer as coisas com a sua filha. Só esperava que Isabel o entendesse. Assim que pousa no complexo da Fênix e desce do jato, vê uma massa de cabelos negros vindo na sua direção. Um sorriso se abre em seu rosto ao ver a pequena Antonela. — Vovô! — exclama ela, se jogando em seus braços. — Como está a princesa do vovô? — pergunta Vito, dando vários beijos em seu rostinho, fazendo-a rir. — Estava com saudades. — diz ela. — Eu também, querida. E olha que m*l faz quinze dias que nos vimos. — diz ele, rindo. — Sabe que ela ainda não aprendeu a contar os dias direito, papai. — diz Estela, vindo até ele com o pequeno Stefan nos braços. — Estava com saudades, querida. — diz ele, lhe dando um abraço e um beijo na testa. — E como está nosso garoto? — Ficando pesado. — diz ela, rindo. — Isso é bom. Ele tem que ficar forte se quiser aprender algumas coisas no futuro. — diz Vito, rindo. — Papai! — repreende Estela. — Convenhamos, querida, com o sangue das nossas famílias, esse menino será incrível. — Vito tinha muito orgulho daquilo e sabia que o seu neto se tornaria um bom líder, pois teria muitas pessoas por perto para ajudá-lo. — Se esqueceu de mim, papai? — diz Isabel, com as mãos na cintura. — Jamais, meu anjo. Você e a sua irmã são meus tesouros. — diz ele, puxando-a para um abraço e lhe dando um beijo na testa, como havia feito com Estela. — Acho que fomos trocadas, irmã. — diz Estela, vendo a forma como Vito brincava com Antonela. — Verdade. — diz Isabel com um suspiro, fazendo Estela rir. — Vamos, tenho algo para vocês. — diz ele, animado. Vito gostava de presentear a sua família e, sempre que podia, trazia algo para suas filhas e netos. No dia anterior, quando chegou em casa, encontrou a encomenda que havia feito para suas filhas. No momento em que chegam à mansão, Vito as puxa para o sofá da sala enquanto abre uma pequena maleta sobre a mesinha de centro. Ele retira quatro caixas de dentro e entrega uma a Isabel e outra a Estela. — Não devia gastar dinheiro com a gente, papai. — diz Estela, rindo. — Preciso sim, e isso não é nada. Ele pega o pequeno Stefan do colo de Estela e espera que elas abram os seus presentes. No momento em que os olhos delas encontram o conteúdo da caixa, elas ficam chocadas com o que veem.
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