Capítulo 36

1008 Words
Max havia passado as últimas horas no seu escritório respondendo às inúmeras chamadas que tinha recebido, todas de aliados que haviam recebido o vídeo do seu ataque a Cortez. Ao que parecia, os seus aliados haviam aprendido a lição e agora sabiam bem o que aconteceria se ele fosse traído por um deles. Quando o seu telefone toca novamente, um sorriso se abre ao ver de quem se tratava. — Oi, chefe — diz ele assim que atende. A pessoa na linha era alguém a quem ele jamais negaria uma chamada. — Pelo que vejo, tem colocado os seus ensinamentos em prática — diz Ricardo com uma voz divertida. — Aprendi com o melhor — responde ele de forma tranquila. — Fico feliz por saber que não tem deixado eles fazerem o que querem. Se não querem respeitá-lo pelo que é, mostre a eles o que é sentir medo — Ricardo era famoso por não tolerar desrespeito, e todos sabiam o que acontecia quando o líder da Fênix batia à sua porta. — Agora tenho algo para proteger. Jamais permitirei que vejam fraqueza em mim — Max planejava criar um ambiente seguro para Isabel, assim, quando ela viesse morar com ele, estaria protegida. — Vito ainda não te deu uma resposta, não é mesmo? — diz Ricardo com um suspiro. Ele sabia bem o quão teimoso o seu sogro poderia ser. — Não, mas ele não me conhece, Ricardo. Vou lutar por ela — Max nunca esteve tão focado em algo quanto estava em Isabel, e só não havia ido até o território de Vito porque respeitava o futuro sogro, mesmo tendo sido esfaqueado pelo mesmo. — Sei disso. Faça o que tem que fazer, Max. Um homem só ama de verdade uma vez na vida, e a sua felicidade vale o risco — Ricardo dizia aquilo porque ele, mais que ninguém, sabia o que era o desespero de não ter quem se ama por perto. Ele havia passado pelo pior momento da sua vida quando Estela tinha sido sequestrada, e aquilo era algo que ele não desejava a ninguém. — Obrigado pelo apoio, Ricardo, significa muito para mim — responde ele, emocionado com as palavras do antigo chefe. — Te espero no nosso próximo encontro, não falte. — Jamais perderia isso. Estou com saudades dos pequenos — responde ele, rindo. — Agora nós temos uma mini organização dentro da Fênix — diz Ricardo, rindo. Ele adorava ver a interação entre as crianças. — Com toda certeza — diz Max, rindo. — Se cuide, Max, e se precisar, estamos aqui. — Obrigado — responde ele antes de desligar. Max segurava o telefone com um sorriso no rosto. Ele pensava em como as coisas tinham mudado. Havia começado a trabalhar para Ricardo obrigado, forçado a pagar uma dívida. Um tempo depois, foi aceito na Fênix e batizado como um m****o do grupo. Ricardo, que antes ele odiava pelo que tinha que fazer, passou a admirar e respeitar depois de ver quem ele era de verdade. Max havia passado de um simples soldado a amigo do grupo. Os homens que antes ele temia, ele havia passado a respeitar após conhecer a história de cada um. Ele olhava para tudo isso com gratidão. Ricardo havia sido sua libertação de uma vida de decepção e tristeza. Na Fênix, ele havia descoberto um propósito para viver. Ele era bom no que fazia, e por todas essas coisas, ele era grato a Ricardo. — Que cara de alegria é essa? — pergunta Leonardo, entrando no escritório de Max com uma pasta nas mãos. — Estava falando com Ricardo — responde ele, tranquilo. Os olhos de Leonardo se arregalam com as palavras dele. Não havia uma viva alma que não conhecia Ricardo. — O líder da Fênix? — pergunta ele. — Sim, ele mesmo. — Já ouvi muitas coisas sobre ele — diz Leonardo. — Aposto que não deve ser nem metade do que ele realmente já fez — responde Max com tranquilidade, olhando Leonardo arregalar os olhos. — Ricardo é insano. — Deve ter sido uma experiência interessante conviver com ele, Don — Leonardo gostava muito da Fênix e admirava o trabalho deles. — Sim, Ricardo é bem exigente com os seus funcionários — diz ele antes de desviar o olhar para a pasta nas mãos de Leonardo. — Temos algo para hoje? — Sim, precisamos visitar algumas pessoas que trabalham para nós. Estou pensando que vamos ter que trocar algumas delas — diz ele, passando a mão pelos cabelos. — Então vamos. Quanto mais rápido resolvermos isso, melhor será — Max queria visitar alguns fornecedores naquele dia. Ele tinha algumas ideias para melhorar a sua mercadoria e os seus serviços. Eles saem da mansão e entram no carro que os esperava na porta. Atrás vinha mais alguns carros que fariam a segurança deles. — Bom dia, Don — diz Kenai com um enorme sorriso. — Pelo que vejo, a sua noite foi boa — diz Max, sorrindo. — Dormi como uma pedra, mas não é por isso que estou feliz — diz ele, ignorando as segundas intenções por trás das palavras de seu Don. — Nos diga por que está feliz, então — pergunta Leonardo, olhando-o com curiosidade. — Minha maya a aceitou como parte da família — diz ele, radiante. Max olha para Kenai e depois para Leonardo, esperando uma explicação. — Maya é apenas o termo que eles usam para mãe, Don. Ele está feliz porque ela aceitou a menina como a sua nora — explica Leonardo. — Fico feliz por você, Kenai. É importante ter a família por perto — responde ele. Max não tinha família de sangue. A família que ele tinha eram seus amigos, que ele sabia que fariam qualquer coisa por ele. — Quando formos fazer a cerimônia de casamento, vou convidá-lo para conhecê-la. — Isso vai ser interessante — responde ele com um sorriso de canto. O carro ruge em direção ao centro da cidade. Ao que parecia, alguém receberia os cumprimentos do Don naquele dia.
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