O carro disparava pelas ruas. Max queria resolver logo aquilo para que pudesse ir a uma das empresas da máfia. Para sua surpresa, Hector tinha algumas empresas legais, e agora ele desejava melhorar os seus serviços e fazê-las crescer. Max havia conversado com Xavier uns dias atrás, e ele lhe deu algumas ideias de como fazer essas mudanças. Agora, ele estava animado para que elas ocorressem.
Em poucos minutos, eles param diante de um beco entre vários prédios comerciais. Max se surpreende por ali ser o local escolhido, já que poderia levantar muitas suspeitas, mas ele não diz nada, apenas acompanha Kenai e Leonardo até uma porta lateral.
— Abre, Inácio, sou eu — diz Leonardo, batendo na porta.
— Leo! É bom vê-lo. O que faz fora do escritório? — pergunta ele em um tom debochado.
— Viemos conferir as coisas por aqui — diz Leonardo, sério.
— Aqui está tudo bem, não há nada para ver — responde ele sem abrir a porta.
Max perde a paciência com aquilo. Ele coloca a mão no ombro de Leonardo, fazendo-o se afastar da porta, e então dá um chute, abrindo-a à força. Com o impacto, Inácio é lançado ao chão. Max entra e percebe a bagunça do lugar. Os seus olhos se escurecem na mesma hora.
— Parece que temos um porco vivendo aqui, mas acho que esse porquinho se esqueceu de que este lugar não é um chiqueiro — diz Max, com olhos sombrios, aproximando-se do homem à sua frente.
— Que barulho foi esse, Inácio? — diz uma voz antes de entrar na sala e parar ao ver os homens à sua frente. A mulher olha para eles e para Inácio caído no chão.
— Quem é você? — pergunta Max, olhando para ela.
— Eu trabalho em um dos bordéis da máfia, senhor. Estou apenas trabalhando — diz ela, abaixando rapidamente o olhar.
— Até onde sei, há um controle para que as meninas saiam dos locais de trabalho, o que não deve ser seu caso — a paciência de Max estava curta naquele dia.
— Eles sempre fazem isso, senhor, não temos muita escolha — diz a mulher, encolhendo-se.
— Sua p*ta, quando quer a mercadoria, você não reclama — diz Inácio, levantando-se do chão.
— Então está trocando mercadoria por favores sexuais — diz Max, virando-se para o homem.
— O que você tem a ver com os nossos negócios? Dá o fora! — grita Inácio, dando um passo à frente. O punho de Max se choca contra o rosto do homem, jogando-o ao chão na mesma hora. Ele geme enquanto o seu nariz e lábios sangram.
— Mais respeito, Inácio. Você está falando com o novo Don da máfia — diz Leonardo. Os olhos de Inácio se arregalam ao ouvir aquilo, tendo noção da besteira que havia feito.
— Novo Don? — pergunta ele, incrédulo.
— Acho que estava tão preocupado com o buraco onde enfiava o seu p*u que não prestou atenção nas divulgações da máfia — diz Kenai, cuspindo sobre ele. — Me deixe matá-lo, Don. Ele não merece continuar conosco, vai apenas sujar o nosso nome.
Inácio se desespera e se ajoelha rapidamente diante de Max para implorar por sua vida.
— Por favor, Don, eu não farei de novo! Eu não sabia! — diz ele, em desespero.
— Você, mais que qualquer outro, deve saber que não pode haver erros — responde ele de forma fria, dando sinal para que Kenai se aproximasse.
Kenai sorri ao ver o desespero do homem. Ele caminha em sua direção enquanto Inácio tentava se afastar dele.
— Não fuja, prometo que serei rápido — diz ele, mas Inácio já tinha se levantado e corrido até a outra porta. No instante em que ele a abre, Kenai passa a sua adaga na garganta dele. A mulher grita enquanto assiste ele se afogar no seu próprio sangue.
Os outros homens que estavam na sala saem com as suas armas em punho, mas, quando veem Kenai e Leonardo, as abaixam rapidamente. Os seus olhos se voltam para Max, que estava parado tranquilamente na entrada.
— O Don veio conferir o trabalho de vocês, e, ao que parece, não têm feito isso direito — diz Kenai.
— Nos desculpe, Kenai, mas Inácio controlava esse território. Não podíamos ir contra as regras dele — diz um dos homens.
— Ele não tem autoridade aqui, eu tenho — diz Max, aproximando-se. — Vou lhes dar um exemplo.
Max caminha até Kenai e pega a adaga das suas mãos.
— Quero que crave essa adaga na perna esquerda dele, Leonardo — diz Max, entregando a adaga a ele.
— Sim, Don — responde Leonardo rapidamente. Ele pega a adaga e a crava na perna do homem antes que ele pudesse entender o que estava acontecendo.
— Está vendo? Isso é poder — diz ele antes de se virar para os homens atrás deles. — Quero que vocês deem um soco nele. Os homens não questionam, apenas se aproximam e desferem um soco cada no rosto do homem. — Viu? Isso é ter poder, e, quando estabeleço algo, desejo que seja cumprido, independente de quem está vistoriando o trabalho de vocês.
— Sim, Don — respondem os outros, de cabeça baixa.
— Mande Rocco vir para cá. Ele escolherá o novo responsável por este lugar e será responsabilidade dele treiná-lo de acordo com o que desejo — diz ele, olhando os homens com desgosto. — Agora você.
A mulher arregala os olhos ao ver Max apontar para ela.
— Eu não queria aborrecê-lo, Don — diz ela, caindo de joelhos à frente de Max.
— Mas aborreceu. Não ligo para seus vícios ou se trabalha em um dos nossos bordéis para ganhar a vida. Aqui não é lugar para você, e não desejo vê-la por aqui mais — diz antes de se virar para os outros. — Se querem se divertir, façam isso no seu horário de folga. Não gosto que misturem as coisas, e, se eu tiver que voltar aqui para explicar isso, vou pedir para um dos meus castrá-los como punição.
Os homens tremem diante das palavras de Max, a suas mãos indo para a frente das calças, em apreensão.
— Pode deixar que farei isso para você, Don. Temos umas técnicas bem dolorosas que eu gostaria de treinar mais — Os homens não ousavam olhar para Kenai. Todos ali conheciam a sua fama e não queriam problema com ele.
— Então, isso será sua responsabilidade, Kenai — diz ele, virando-se para ir embora. Então, para, olhando para a mulher na sala. — Você vem comigo. Vamos ver como andam as coisas no bordel onde está trabalhando.
Rapidamente, a mulher o acompanha. Max queria deixar claro que estaria de olho em seus negócios e que nada seria feito sem a sua permissão. Estava na hora de cortar algumas regalias dos membros da máfia. Ele não permitiria que passassem por cima das suas ordens.