PRÓLOGO
Olho as coisas no quarto do bebê, estava indo pro oitavo mês, daqui um mês eu teria o bebê nos meus braços. Aquilo me deixava tão tranquila.
Me fazia pensar que eu havia me preparado e estava me preparando ainda mais.
Eu só não parava de pensar em Scott, de como ele talvez seria feliz em saber, de como ele poderia ter reagido na época que descobri ou até mesmo, de como Theo ficaria com a notícia de ser o irmão mais velho de alguém.
Mas eu mantive minha palavra e não contei, não procurei e nem mandei nada.
Parecia que eu e o bebê estávamos livres de problemas, problemas que eu até tentei enfrentar sem medo, mas que Scott soube que talvez seria demais pra mim, pra ele e para Theo.
Agora estava com 15 kilos acrescentado, estava com vontade de ir aí banheiro de dez em dez minutos e eu dormia que nem um bicho preguiça, tentando fazer minhas coisas de forma normal.
A gravidez não era um processo rápido, nem um processo lento demais.
A pequena logo iria chegar. Era uma menina, uma menina que eu iria amar, cuidar e respeitar, fazer tudo e até o impossível.
Sem limite.
Minha doce Ana estava a caminho.
Não sabia se seria apenas eu e ela, na verdade, eu ainda pensava em Scott todos os dias, quando acordava e dormia.
Mas ele talvez não estaria aqui quando ela nascesse.