NO LIVRO ANTERIOR
P. O. V. A. U. G. U. S. T. O
Finalmente volte!
A aeromoça me avisa que estamos quase pousando e começo a me ajeitar, assim que pousamos pego minha mochila e saio do avião o ar gelado da Itália me invade.
Como estava com saudades da minha casa
Saio do aeroporto e pego um táxi e vou para casa de meus pais a tanto tempo eu estava sem ver eles.
10 minutos depois estava em frente a grande mansão Montenegro, tudo parece estar em seu perfeito estado, mas algo me parece estranho porém não consigo decifrar, tento abrir a porta mais está fechada.
Nunca fica fechada.
Bato diversas vezes na porta até escutar Millena gritando.
— Já vai meu Deus, não sabe esper... - Ela arregala os olhos assim que me vê. — Augusto?
— Eu também estava morrendo de saudade. — Largo a mochila no canto da porta e abraço ela.
Ela retribui um pouco desconfortável e não entendo sua reação.
— O que está fazendo aqui? — Ela pergunta ainda estranha.
— Voltei para casa. — Antes que ela possa me responder minha mãe entra na sala.
— Millena quem era? — Ela fica pálida, seus olhos se arregalam e ela deixa o pano cair no chão. — Augusto?
— Oi mamãe. — Vou até ela e a abraço e beijo seu rosto.
— O que está fazendo aqui? — Ela pergunta.
— Não está feliz em me ver? — Pergunto soltando ela.
Ela olha para Millena e depois para Kim.
— Claro que estou, sou sua mãe sempre estarei feliz em ver você.
— Então, cadê meu pai está em casa? — Parece que só eu estou feliz.
— No escritório meu filho. — Ela responde olhando para Millena.
— Tá bom, vou indo lá se você puder fazer aquela lasanha maravilhosa para mim, estou morrendo de saudades. — Dou um beijo no rosto dela e vou para o escritório.
Vou caminhando até o escritório e vendo que realmente nada mudou, apenas algumas fotos de foram colocadas eu não lembrava daquelas fotos quando eu era pequeno.
Entro no escritório e encontro meu pai concentrado no computador ele nem percebe quando entro.
— Pai?! — Ele escuta minha voz e rapidamente levanta a cabeça.
— Augusto?! O que está fazendo aqui? — Ignoro a pergunta que todos estão me fazendo desde que cheguei.
— Vim responder por minhas responsabilidades, agora me sinto preparado para tudo que o senhor sempre quis. —Ele me olha de cima a baixo e me analisa.
Tira os olhos e respira fundo.
— Bom agora já é tarde, já passei a chefia agora fico apenas no controle. — Ele fala calmamente e aponta para o computador.
—Como?! —Pergunto arregalando os olhos.
— Simples, você foi covarde, fraco, sumiu abandonou aqueles que sempre te apoiaram..
— Não, o senhor não entendeu....
— Deixe-me terminar, então assim que você se foi eu preparei alguém mas preparado que você, alguém dedicado e que foi de livre espontânea vontade.
— Eu não acredito que colocou o i****a Henrique! Foi ele, não foi? — Nessa hora a porta se abre e vejo Henrique.
— Minha orelha estava queimando, acho que sei o porquê agora e respondendo a sua pergunta, não, não sou eu que estou comando a máfia, diria até que é alguém bem melhor. — Ele sorri.
Ele entrega alguns papéis ao meu pai que não me diz mas nada.
— Se vocês vão me deixar no escuro eu mesmo vou lá e ver quem é o desgraçado que roubou meu lugar.
— Boa sorte! — Henrique fala rindo.
Saio do escritório bufando de raiva e passo pela minha mãe e Millena.
— Para onde vai meu filho? — Ela me pergunta preocupada.
— Irei atrás do desgraçado que pegou o que é meu. — Respondo ela, sem deixar ela dizer algo saio imediatamente de casa.
Chamo Ernesto e peço para que pegue um carro para mim ele me trás um Porsche Cayenne, ele se propõe a me levar, mas Ignoro sua ajuda e me dirijo para o galpão da máfia.
Estaciono de qualquer jeito na porta do galpão e entro correndo, estou nervoso só de pensar que alguém pode pegar o meu lugar, subo os três primeiros andares de escada logo no último me arrependo por não esperar o elevador.
Assim que já estou no andar a passos longos vou até a sala da administração, mas sou interrompido por uma mulher.
Ela é loura e usa um terninho ridículo na cor cinza, seus cabelos estão presos em um coque, seus olhos castanhos me analisam.
— O senhor não pode ir entrando sem ser chamado ou ter marcado hora! — Ela diz, ajeitando seus óculos.
— Primeiro eu nem sei quem é você, mulheres não são bem vindas aqui estamos em uma máfia e não no cabeleleiro, Segundo eu sou o primeiro herdeiro então entro em qualquer lugar. — Falo o mais frio possível ela se encolhe mas logo se recompõe.
— Primeiro. — Ela começa. — Lugar de mulher é na onde ela desejar se o senhor não aceita, bom você saia por onde entrou e segundo se fosse realmente o tal do primeiro herdeiro tenho certeza eu não estaria o impedindo de entrar na sala. — Antes que eu a diga algo a porta é aberta e Matheus sai de dentro da sala.
— O que está acontecendo aqui?! — Ele pergunta vendo a mulher me olhar brava.
— Bom, esse senhor aqui iria entrar sem a permissão então eu...
— Então é você que pegou meu lugar?! — Não consigo mais formular nenhuma frase.
Matheus esse tempo todo estava em meu lugar, mas ele disse que nunca se interessou em mexer com isso.
— Augusto?! O que está fazendo aqui? — Ele pergunta confuso.
Empurro ele para dentro da sala e a tranco por dentro, jogo ele em cima do pequeno sofá.
— Vou perguntar novamente, você pegou meu lugar?! — Pergunto me exaltando.
Eu nem sabia o porque eu estava tão nervoso em saber que meu irmão tinha pegado o cargo
— Que?! Eu chefe?! Óbvio que não i****a.
— E o que estava fazendo aqui?! —Tento me acalmar.
— Se não me engano trabalho aqui, então não seria óbvio o porquê de eu estar aqui?
— Seu i****a, achei que tinha pegado o cargo, fui lá na casa da mãe e o pai disse que já tinha passado o cargo e que era uma decisão sem volta. — Me sento agora mais relaxado e ele se ajeita no sofá.
— Eu não sou o chefe, mas que ele passou o cargo é verdade temos um novo chefe. — Ela fala baixinho testando as palavras.
— Quem?! — Levanto a cabeça.
— Seria melhor ver com os próprios olhos, venha vamos esperar lá fora. — Ele se levanta e me leva junto para fora da sala, a loura ainda me olha brava e ignoro ela.
— Desde quando mulheres trabalham aqui? — Pergunto e Matheus dá uma risada.
— Muita coisa mudou quando você se foi, espero que esteja preparado. — Ele diz e não consigo entender.
Porém não pergunto mais nada, andamos por mais alguns cômodos e entramos numa sala onde encontro Diogo e duas crianças brincando.
Eles brincam com carrinhos e aviões e nem percebem nossa presença, Matheus chama a atenção e os três nos olham.
Diogo é o primeiro a ficar pálido que nem papel, seus olhos arregalam e acho que ele pode ter um infarto.
— Augusto?! O que está fazendo aqui? — Ele se levanta e as crianças se apegam em sãs pernas.
— Porque diabos todo mundo me pergunta isso? — Falo já estressado.
— Porque talvez já faça 3 anos que você não aparece e nunca deu notícia, eu acho que é uma pergunta meio óbvia não? — Ele arqueia a sobrancelha.
Não gosto de lembrar desses últimos anos e prefiro nem dizer nada a eles, foi uma decisão totalmente consciente que tive e no momento prefiro não explicar.
— De quem são? — Aponto para as crianças, uma forma de mudar de assunto.
Elas agora voltaram a se sentar no chão e continuam brincando.
— Filhos de um amigo! —Ele fala rápido demais e desvia o olhar para as crianças.
Uma forma de dizer que está mentindo, mas não estava preparado para encurralar ele na parede e tirar a verdade estava preocupado com outra coisa.
—Diogo, precisamos ir os produtos chegaram. — Matheus avisa e manda um comando pelo rádio.
— Que?! E as crianças?! — Pergunto quando vejo Diogo deixando as crianças.
— Achei que poderia ficar com elas rapidinho, esse produto é muito importante e realmente precisa da minha atenção. —Ele fala e acabo que concordando.
Ele me agradece e sai com Matheus, as crianças ficam brincando e aproveito para analisá-los melhor.
Os meninos possuem cabelos pretos e um deles tem olhos azuis que se destaca na pele clara já seu irmão também é muito parecido a não ser pelo diferencial dos olhos que são verdes.
Eles me lembravam muito alguém mas naquele momento não conseguia me recordar.
O de olhos azuis se aproxima de mim e se senta ao meu lado.
— O que faz aqui? — Ele pergunta balançando seus pés no ar.
O outro de olhos verdes observa a movimentação do irmão e se aproxima também se sentando do outro lado, fico no meio dos dois.
— Vim resolver alguns problemas. — Respondo.
— Que problemas? — O de olhos verdes pergunta.
— Bom problemas que crianças como vocês não podem resolver e não devem ser intrometer.
— E o senhor só porque está com problemas não deve ser tão arrogante. — O de olhos azuis fala e fico perplexo ele parece um mini homem.
— Olha aqui, como é o nome de vocês dois? — Pergunto.
— Meu nome é Lorennzo! — Os olhos azuis se apresenta. — E o do meu irmão ali é Pietro!
— E quem são os pais de vocês? — Agora Lorennzo se levanta como se fosse dizer algo extremamente importante, ele para em minha frente e com toda calma ele revela.
— Somos filhos de Valentina Montenegro!!
—Augusto? — Escuto alguém me chamar.
E foi aquela cena que me paralisou, aquela mulher na minha frente não podia ser a mulher que eu deixei.
—Valentina?