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Império de Draco: Sangue e Poder na Rocinha - Livro 01

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Draco e seus irmãos, Damon e Dante, comandam a Rocinha, onde sua palavra é lei e o domínio deles é inquestionável. Impiedosos e estrategistas, os três controlam o tráfico com precisão, sem permitir que nada ameace o império que construíram. Mas quando Camille, uma mulher misteriosa e audaciosa, surge inesperadamente em suas vidas, o equilíbrio de poder começa a ruir. Com um passado envolto em segredos, Camille não é como as outras. Sua inteligência afiada e coragem sem limites desafiam Draco de maneiras que ele jamais imaginou.

Enquanto enfrentam tiroteios, perseguições e alianças frágeis, Draco precisa lidar com as ameaças crescentes à sua liderança e, ao mesmo tempo, desvendar os segredos perigosos que Camille guarda. Ela pode ser tanto sua maior aliada quanto a chave para sua queda. À medida que o desejo e a desconfiança entre os dois crescem, eles se envolvem em uma dança perigosa onde lealdade e traição caminham de mãos dadas.

Neste romance intenso e cheio de ação, Draco descobrirá que o maior perigo pode vir de quem ele menos espera — e que, no jogo do poder, o coração pode se revelar sua maior fraqueza.

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Capítulo 01 : O Rei da Rocinha
Draco Eu estava no topo da laje, observando a Rocinha abaixo de mim como um rei que contempla seu reino. O céu estava tingido de um azul pálido, com o sol começando a se esconder atrás dos morros, lançando uma luz dourada sobre as vielas que serpenteavam como veias pelo coração do morro. Para qualquer um que olhasse de fora, isso aqui era caos. Para mim, era ordem. A minha ordem. Dante estava ao meu lado, quieto, com o rosto sério, como sempre. Ele é meu irmão mais novo, impulsivo e brutal, mas leal. Seus olhos varriam as ruas lá embaixo, sempre atento a qualquer movimento, a qualquer sinal de perigo. Damon estava dentro da casa, cuidando da logística. Ele é a mente por trás dos nossos negócios. Enquanto Dante e eu lidamos com a força bruta, Damon planejava os detalhes. É assim que a gente opera. Cada um de nós tem um papel, uma função que mantém o nosso império funcionando como uma máquina bem azeitada. Hoje, tínhamos uma operação grande em andamento. Um carregamento de drogas estava para chegar do outro lado da cidade, e eu tinha homens posicionados em todos os pontos-chave. Não podia haver erros. Se algo saísse errado, alguém pagaria com a vida, e eu não estava falando só dos nossos inimigos. No meu mundo, a falha não era uma opção. Eu não tolerava fraquezas, e todo mundo que trabalhava comigo sabia disso. Eu tinha uma reputação a zelar. O nome "Draco" fazia até os mais durões tremerem quando o ouviam. — Está tudo certo — disse Dante, sem tirar os olhos da rua. Eu sabia que ele estava tentando ler a movimentação, procurando algo fora do lugar. Era assim que ele funcionava. Sempre pronto para a briga, sempre esperando o próximo conflito. Mas hoje, eu precisava que ele mantivesse a cabeça no lugar. O nosso controle sobre a Rocinha dependia de disciplina, de uma liderança forte e de sangue frio. E eu não estava disposto a deixar nada, nem ninguém, interferir nisso. — Fica de olho, mas calma — falei, mantendo minha voz baixa e controlada. — Não precisamos de confusão hoje. Só quero que tudo corra como o planejado. Ele assentiu, mas eu vi no jeito que seus músculos se contraíram que ele estava pronto para agir ao menor sinal de problema. Esse era Dante. Ele sempre queria resolver as coisas no braço, como se a força bruta fosse suficiente para manter tudo sob controle. Mas eu sabia que não era assim que o jogo funcionava. Não completamente, pelo menos. Força é importante, mas poder de verdade vem de saber quando usar a força e, mais importante, quando não usá-la. Me virei e entrei na casa onde Damon estava, encostado na mesa, mexendo em alguns papéis e checando seu celular. Ele era a minha cabeça. Enquanto Dante era o músculo, Damon era o cérebro. Calculista e frio, ele enxergava além das ruas, além dos becos e dos homens armados. Ele via o jogo todo, movia as peças como um mestre de xadrez. — Como estamos? — perguntei, cruzando os braços. Ele ergueu os olhos do celular, me encarando com aquele olhar que já dizia tudo. A operação estava no caminho certo, mas havia sempre detalhes para ajustar. — Tudo no esquema. O carregamento está chegando no tempo certo. Nossos contatos no porto já despacharam a mercadoria, e os homens na rota estão atentos. Se tudo correr como planejado, teremos isso distribuído em menos de uma hora — ele falou, sem levantar a voz. Eu confio em Damon. Sempre confiei. Mas eu também sei que o mundo lá fora é imprevisível, e uma fração de segundo pode ser a diferença entre uma operação de sucesso e uma catástrofe. E o sucesso aqui não se media só em dinheiro. Se falhássemos, perderíamos mais do que um carregamento. Perderíamos respeito. E sem respeito, você está morto. — Quero que duplique a segurança nas saídas principais — disse eu, já pensando em possíveis imprevistos. — O clima está calmo demais, e isso geralmente significa que vem problema por aí. Damon acenou, pegando o telefone para dar as instruções. De volta à laje, eu observei as luzes da favela começarem a brilhar à medida que a noite se aproximava. A Rocinha era um organismo vivo, pulsante, e eu era o sangue que corria pelas suas veias. O que eu comandava aqui não era só uma organização criminosa, era uma economia, uma estrutura complexa de poder que ia muito além das drogas. Eu controlava o fluxo de dinheiro, as alianças políticas e até a forma como os moradores viviam. As pessoas podiam não gostar de mim, mas elas respeitavam o meu nome, e no final das contas, isso era tudo o que importava. Naquela noite, o ar parecia carregado de tensão. Eu sentia algo, uma mudança no ar, algo que meus irmãos ainda não tinham captado. Talvez fosse o instinto, algo que você só desenvolve depois de anos nesse jogo. Ou talvez fosse paranoia. Mas, de qualquer forma, eu preferia estar preparado. Porque no fim das contas, a paranoia era o que me mantinha vivo. Uma mensagem no meu rádio interrompeu meus pensamentos. — Draco, o carregamento está a caminho, mas tem movimentação estranha na entrada norte. Um dos olheiros viu uns carros rondando a área — a voz no rádio estava tensa. Franzi o cenho. Não era comum ver movimentação estranha tão perto de uma operação desse porte. Algo estava errado. — Dante, prepara os homens — eu disse, sem desviar os olhos da rua. — Quero um grupo de resposta rápida na entrada norte. Se virem qualquer coisa fora do normal, eliminem a ameaça. Sem perguntas. Dante já estava a postos, com a adrenalina correndo nas veias. Ele saiu rápido, dando ordens aos nossos homens. Era isso que eu gostava nele: quando a ação começava, ele estava sempre preparado. Talvez fosse a nossa criação, o jeito como crescemos no meio do caos, sempre prontos para lutar pela sobrevivência. Mas o que me diferenciava de Dante era a frieza. Ele agia com o coração, eu com a cabeça. Damon apareceu ao meu lado, seu rosto impassível. — Algo fora do lugar? — ele perguntou, sem emoção na voz. — Talvez — respondi, apertando os olhos enquanto analisava o horizonte. — Mas não vamos deixar isso nos pegar de surpresa. Meus homens começaram a se espalhar pelas ruas, tomando suas posições. Eu sabia que, de onde estavam, tinham visão total das entradas principais e secundárias. Não éramos amadores. Esse tipo de operação exigia precisão. Se o carregamento fosse comprometido, isso não afetaria só os negócios. Seria uma declaração de guerra. E eu não tinha intenção de iniciar uma guerra, mas se alguém estivesse buscando briga, eu garantiria que não saísse vivo dessa. — O que você acha? — perguntei a Damon, que estava parado ao meu lado, olhando para o mesmo ponto que eu. Ele ficou em silêncio por alguns segundos, avaliando a situação com aquela calma de sempre. — Pode ser uma provocação. Ou uma distração. Talvez alguém esteja tentando ver como reagimos, testar nossa capacidade de resposta — ele disse, finalmente. Eu considerava essa possibilidade. O jogo de poder aqui nunca era direto. Sempre havia um movimento escondido, algo que só quem entendia as regras poderia ver. O rádio estalou de novo. — Draco, os carros na entrada norte estão parados. Dois caras saíram, estão observando. Não estão armados visivelmente, mas parece estranho. Eu apertei o botão para responder. — Fiquem prontos. Se eles derem qualquer passo em falso, eliminem. Mas se não fizerem nada, deixem passar. Quero ver até onde isso vai. Desliguei o rádio e me virei para Damon. — Vai ser uma longa noite. Ele assentiu. O tempo passou devagar enquanto observávamos. Meus homens estavam em posição, e eu sentia o peso da responsabilidade sobre mim. Cada decisão que eu tomava, cada ordem que eu dava, tinha repercussões. Não era apenas sobre manter o controle, era sobre manter a ordem em um mundo onde o caos era a norma. Finalmente, o rádio voltou a estalar. — Draco, os caras voltaram para os carros. Estão indo embora. Nenhum problema. Soltei um suspiro, mas não de alívio. Aquilo não tinha acabado. Era apenas o começo. Alguém estava testando a nossa paciência, jogando com os nossos nervos. E eu não gostava disso. — Mantenham os olhos abertos — eu disse, guardando o rádio no bolso. Enquanto a noite caía de vez sobre a Rocinha, eu sabia que mais desafios estavam por vir. O carregamento estava seguro por enquanto, mas no fundo, eu sentia que uma tempestade estava se formando. E quando ela chegasse, eu estaria pronto para enfrentá-la. Dali da laje, com o vento frio batendo no meu rosto, eu sabia que a Rocinha continuava viva, pulsando. E eu era o coração desse lugar. O rei que mantinha a ordem em meio ao caos. E ninguém, absolutamente ninguém, tiraria isso de mim.

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