Assim que os irmãos Green chegaram no local marcado pela Katherine, os mesmos desceram do carro e bateram na porta do sobrado.
Segundos mais tarde, uma moça entreabriu a porta e os olhou desconfiada.
— Posso ajudá-los? — perguntou a moça.
— A Katherine nos mandou aqui — respondeu Anna.
— Entrem — abriu a porta e deu passagem para os irmão entrarem.
Assim que os mesmos entraram, sentaram no sofá de frente para a moça, que a mesma estava sentada numa poltrona.
— E então, o que querem saber? — perguntou ela.
— Qual o seu nome? — indagou Noam.
— Me chamo Anabelle e vocês?
— Liam, Anna e eu Noam — respondeu Noam apontando para os seus irmãos.
— E então, querem saber o que?
— Sobre isso — Liam mostrou o diário com a página marcada para Anabelle.
— Muito bem... Katherine é uma das primeiras bruxas criadas e foi ela que criou os vampiros originais, mas ela não queria ter feito isso, não queria criar monstros... sem ofensas. No ano de 1881, a familia real, os Hoffmann’s, teve um problema com um dos seus membros. Karl queria ter um pouco de poder, de mais força, pois ele seria o próximo rei a governar o seu povo e sabia que muitos dali não dariam o respeito que o mesmo esperava, então Karl foi atrás de Katherine, para pedir que a mesma fizesse uma magia para ele, ela a princípio recusou seu pedido, mas ele fez uma oferta de muito dinheiro e naquela época Katherine precisava de grana para ela e para a sua família, então ela aceitou. Tempo depois, eles marcaram o dia do feitiço e assim aconteceu.
Flashback...
— Está pronto? — perguntou Karl.
— Eu fiz o possível para que desse certo, ainda não estou confiante desse feitiço — respondeu Katherine receosa.
— Cadê ele?
— Aqui — Katherine entregou um pequeno vidro com líquido dentro.
— Ótimo!
Assim que Karl abriu o pequeno vidro e o virou para poder beber, rapidamente Katherine o parou preocupada.
— Espera! — disse ela.
— O que foi?! — perguntou irritado.
— Tem certeza? Eu não sei se está certo... quer dizer, não sei se eu fiz realmente certo.
— Katherine! Eu estou confiante, eu sinto que vai dar tudo certo, não se preocupe — sorriu confiante.
Katherine o olhou tensa, apertando uma parte do seu vestido o vendo beber o vidro inteiro.
— Como se sente?
— Sinto-me ótimo! E quando eu vou sentir a diferença?
— Logo você verá, creio que não demorará muito para perceber — engoliu em seco.
— Obrigada Katherine, não sabe o bem que você me fez.
P.O.V irmãos Green.
— E depois? — perguntou Anna.
— Bem... — prosseguiu Anabelle. — Não foi como o esperado. Karl começou a sentir algumas dores de cabeça muito forte, principalmente dores no corpo. Em uma noite, Karl já não estava mais aguentando aquele sofrimento todo, seus dentes começaram a crescer, o mesmo começou a transpirar excessivamente e a ter muitas alucinações. Então foi nessa noite que Isabel, mãe de Karl, chamou Katherine e a mesmo mandou Loise, irmã de Karl pegar algumas ervas no local que a mesma havia falado para que as trouxessem e assim aconteceu. Loise levou as ervas para Katherine que a mesma começou a fazer seus feitiços, mas Katherine ainda não estava preparada para nenhum feitiço grande, como este. Ela tentou ajudá-los, principalmente ao Karl, mas infelizmente não conseguiu e então nessa mesma noite foi onde Karl mordeu o seu pai, em seguida a sua mãe, os seus irmãos e por último Loise, a irmã mais nova. E foi daí que várias outras pessoas começaram a se tornar também.
— Então... aonde estão a família Hoffmann agora? — perguntou Liam.
— Nós não sabemos, ninguém sabe e ninguém nunca os encontrou, até agora.
— E porque a Katherine não pode nos contar a história? — indagou Noam.
— Se ela lhes contassem, a família Hoffmann viria atrás dela, pois a mesma fez uma promessa de não contar a ninguém sobre o ocorrido e para os originais, promessa é promessa. Pois se ela contasse, ela estaria os traindo e os Hoffmann odeiam isso.
— Mas você está contando — disse Anna.
— Eu estou, mas não serei caçada, já paguei a dívida com eles. Mas mesmo assim, não saíam contando a ninguém sobre o assunto.
— E os nossos pais? — perguntou Noam.
— Eu sinto muito, mas sobre isso eu já não posso ajudá-los, pois terão que descobrir sozinhos.
— Tudo bem, obrigada mesmo assim — sorriu levemente Liam.
— Mas os originais devem saber — disse Anabelle.
— Mas como nós iremos encontrá-los?
— Não faço ideia, mas sei de um lugar.
— Qual? — perguntou Anna.
— Posso estar enganada, mas tentar faz bem. Aqui — Anabelle entregou um papel com o nome de uma cidade e um endereço. — Boa sorte e tomem muito cuidado! — sorriu.
— Obrigada — agradeceu Noam pegando o papel.
Assim que os mesmos agradeceram Anabelle e se despediram, se retiraram da casa e entraram no carro, seguindo de volta para a casa.