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De férias com o Chefe

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Blurb

Lana Solanno é a secretária pessoal e melhor amiga do famoso CEO, Daniel Saraiva, dono de uma das maiores empresas de São Paulo. Após Lana ser traída por seu namorado Victor e Daniel ter problemas com sua ex mulher Sabrina que faz de tudo para tomar todos os seus bens, os dois decidem se vingar de seus ex-parceiros e se afastarem desse caos que tem sido suas vidas, indo tirar férias juntos na cidade natal de Lana.

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Lana e Daniel
Capítulo 01 Seria um ótimo dia, eu tinha fé nisso. Nada de estresse e muito menos atrasos. Não me importaria com os berros da ex-mulher do meu chefe na nossa sala, não me importaria com a mancha enorme de café na minha blusa e muito menos com o fato do meu cabelo estar tudo, menos arrumado. Eu tinha que me concentrar era na planilha à minha frente, com as escalas e os horários da pessoa que depositava o salário na minha conta todo mês. Bem, talvez não ele literalmente levando em consideração que ele tem um setor de departamento pessoal para fazer isso por ele, mas ainda assim, o dinheiro é dele. -Já chega, Sabrina!- grita Daniel. É... agora ela conseguiu. Daniel se transformou no Darth Daniel, eu o chamo assim quando ele alcança um estado de humor que ultrapassa todos os níveis de raiva ou ódio, e olha que paciência nunca foi o forte do meu chefe.- Nós já conversamos sobre isso, você não irá encostar nas ações da empresa, eu a herdei APÓS o nosso casamento. Não tinha nada no meu nome DURANTE o nosso casamento. –meu chefe tira os óculos de grau quadrados e os joga na mesa –Mas que d***a, eu já lhe dei tudo que podia e que era de seu direito sem sequer discutir com seus advogados.- Ele contorna a mesa de madeira maciça, não muito maior que a minha, tinha espaço para o computador a impressora e mais um monte de pilhas de papel, nada exagerado. Daniel odiava exageros. Ele chegou perto de Sabrina e a encarou com as narinas infladas. Se fosse um desenho animado tenho certeza que fogo sairiam delas. -Eu te dei até mesmo a casa em Angra! E você sabe muito bem o quanto aquela casa significa pra mim.- Sabrina fica muda e sua pele, que antes era de um branco como o leite, ficou em um tom vibrante de vermelho escarlate. No mesmo instante Sabrina pega sua bolsa preta da Marc Jacobs e parte sem dizer mais nada. Daniel suspira e me olha. Neste exato momento percebo que eu estava tudo, menos concentrada na minha planilha. Ele deixa os ombros caírem, os olhos azuis tremeluzindo por alguns segundos. Daniel Saraiva é um dos homens mais lindos que já conheci. Cabelos lisos castanhos repicados e pele levemente bronzeada, com certeza por ficar boa parte do seu tempo dentro do escritório. No momento, Daniel tinha olheiras profundas em seu rosto fino. Ele contorna a mesa e volta para seu lugar, pegando os óculos e os colocando novamente em uma tentativa falha de esconder os olhos marejados. -Eu sinto muito por isso.- diz ele com a voz rouca. Ele pigarreou tentando disfarçar. Eu suspiro desistindo da planilha e deslizando na minha cadeira de rodinhas para perto dele. -Sabe que não precisa dessas formalidades comigo.- por mais inesperado que fosse para mim e todos os outros funcionários da empresa, incluindo o próprio Daniel, nós viramos grandes amigos. Daniel assumiu a CC Comércios logo após o falecimento de seu pai, que foi poucos meses depois do divórcio com Sabrina. Ele ainda estava no último ano da faculdade quando se viu enterrado em um poço bem fundo de problemas. Foi quando ele dispensou a ex-secretária de seu pai, Tadeu Carvalho Cardoso, para contratar uma nova, que no caso era eu. Ele trocou toda a decoração do antigo escritório de seu pai e comprou uma mesa menor para colocar a minha na mesma sala que a dele. Ele dizia que me ter por perto o pouparia mais tempo, mesmo a empresa tendo ramal. No começo nossa convivência foi bem difícil, mas nos adaptamos. -Eu estou cansado, Lana!- diz ele com os olhos demonstrando exatamente o que ele estava, exausto –Já faz dois anos que nos separamos e ainda assim, ela não me deixa em paz. Sabrina e Daniel se casaram logo que ele começou a faculdade aos 22 anos. Uma mulher claramente interesseira, mas Daniel na época pouco se importava com isso, ele gostava do fato de ela não exigir atenção, se intrometer em seus afazeres ou hobbies, além de acreditar que não encontraria ninguém que se casaria com ele sem pensar na sua conta bancária. A única coisa que ela queria era o casamento, por motivos óbvios, e ele gostava de ter ela para ficar de vez em quando. Daniel acreditava que não havia nascido para o amor apesar de ter sido fruto de um. Tadeu era dono de uma das maiores empresas do país, casar com o filho dele era como ganhar na mega-sena cinco vezes. Pelo que me contaram, o dono da CC Comércios odiava a nora com todas as forças que ainda o restavam. Tadeu morreu antes mesmo de Carina Saraiva, mãe de Daniel, ela foi diagnosticada com câncer de mama maligno. O coração do pai de Daniel não suportou ver a esposa definhando para doença, foi infarto fulminante. Eu gostaria de tê-lo conhecido pelo simples fato de saber que enquanto estava vivo fez Sabrina suar frio todas as vezes em que se encontravam. Enfim, o que Daniel não esperava era se apaixonar realmente pela sanguessuga da Sabrina durante o casamento. Apesar de eu acreditar que ele não teria se casado com ela em primeiro lugar se isso já não estivesse, de certa forma, plantado dentro dele. E foi justamente isso, que começou a estilhaçar o casamento dos dois, pois Daniel tornou tudo aquilo que ele não queria que ela fosse... interessado nos interesses dela. Imagina o choque do meu chefe ao descobrir que o hobbie favorito de sua esposa era se deitar na cama com o seu motorista em um hotel cinco estrelas que com certeza foi ele quem pagou. Apesar da decepção, Daniel não estava surpreso, ele sempre soube que o casamento não passava de um péssimo acordo silencioso “eu me caso com você e você me faz companhia sem me torrar a paciência”. Pelo menos era isso que ele dizia, mas para mim, era a forma dele de fingir que na verdade se casou com ela porque estava apaixonado e só a queria com ele mesmo sabendo de seus verdadeiros motivos, ele daria tudo a ela, como deu assim que se divorciaram. -Daniel, sabe o que eu acho que você precisa?- ele respirou fundo hesitando em fazer a pergunta. - O que? -Tequila!- respondi. Ele revirou os olhos, se tem uma coisa que Daniel odiava era tequila, ele preferia tomar vodka pura à tequila, mas era algo que eu sabia que o distrairia. -Sabe por que as pessoas chupam limão depois de tomar aquela coisa?- eu sorri sabendo que ele começaria com o discurso. -Não, por quê? –perguntei tentando tirar o sorriso do meu rosto. -Por que aquela bebida é tão r**m, que as pessoas preferem c****r limão a continuar sentindo o gosto daquilo.- a discussão sobre a tequila começou no ano passado, quando em uma festa da empresa eu recusei a vodka que ele me ofereceu no open bar e pedi a tequila. Ele ameaçou não pagar pelo serviço do barman se ele colocasse a bebida no meu copo. Eu sabia que ele pagaria mesmo que o homem fizesse isso mas, levando em consideração que o barman no mesmo instante me deu as costas e saiu andando, acho que ele preferiu não arriscar. -Vodka, então!- eu disse, e ele sorriu. -Você não tem compromissos com o Victor?- perguntou ele erguendo uma sobrancelha. -Tenho... Mas posso cancelar ou chamar ele para ir com a gente.- Daniel bufa. -Como se eu fosse permitir uma coisa dessas. Não é por que os meus relacionamentos estão uma m***a que vou fazer com que o seu fique também.- Daniel se afasta e volta seu olhar para o computador começando a checar os e-mails que encaminhei. -Achei que eu tinha convidado e não você. E se estivesse algo estragado no meu relacionamento seria minha culpa e não sua.- falei ofendida. -Como eu disse, não irei permitir.- revirei os olhos. E deslizei de volta para minha mesa. -Nós nunca saimos sem ser em eventos da empresa.- falei. Daniel fica ereto por alguns segundos antes de seus ombros cederem novamente. -Eu sei!- diz ele. -Nós somos amigos, não somos? Todos os funcionários daqui saem em seus próprios grupinhos e nós nunca vamos! -Claro! Ninguém quer o dono da empresa junto quando irão amaldiçoá-lo pelas costas.- diz ele começando a digitar um e-mail. -É, e ninguém quer a amiga do chefe junto. O que reduz o nosso grupinho empresarial em eu e você. –ele para de digitar e me olha. -Lana, olha... não! Eu não quero sair, ok?- Daniel estreita os lábios em uma linha fina e me olha como quem implorasse para não insistir. Com isso, assenti e voltei a minha atenção para o que realmente interessava. A planilha com os horários e eventos do meu chefe e a empresa. -É seu dia de escolher as músicas. –falei para quebrar o gelo. Eu e Daniel revezamos os dias de colocar músicas durante o trabalho, principalmente porque geralmente o meu gosto não era o mesmo do dele. -Abro mão hoje!- disse ele. Dei de ombros e abri o aplicativo do spotify no computador. Selecionei minha playlist e cliquei em Dance to this do Troye Sivan e Ariana Grande. Não levou nem dois segundos para que começassem as reclamações. -Aaaah não, Lana! Você já colocou essa música tantas vezes que eu já gravei até a hora que eles respiram para começar a próxima frase. -Ninguém mandou abrir mão do seu dia.- disse sorrindo. Escuto Daniel bufar de sua mesa. -Não sei como ainda não te demiti.

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