bc

Algo a Temer II

book_age18+
2
FOLLOW
1K
READ
revenge
dark
brave
drama
serious
mystery
scary
apocalypse
supernatural
mxm
like
intro-logo
Blurb

O mundo decaiu de vez.

A Colina dos Perdidos se dissolveu e seus sobreviventes se separaram.

Uma grande tragédia ocorreu e todos sofreram as consequências de suas atitudes impensadas.

Em Algo a Temer II, você continuará acompanhando a trajetória dos sobreviventes da doença "Lyssadyceps", na cidade de Palmares/PE, e saberá o que aconteceu pós-batalha na Colina dos Perdidos.

Nesse segundo e último livro, o leitor vai se deparar com situações ainda mais angustiantes do que no primeiro.

Luiz conseguirá sua vingança? Isaac reencontrará seu grupo? Amara vai suportar toda a pressão?

chap-preview
Free preview
- Capítulo Um "Insanidade"
Seis meses se passaram desde os últimos acontecimentos na Colina dos Perdidos. O grupo se separou e cada um fugiu para onde deu. Alguns outros pequenos grupos de sobreviventes que chegaram em Palmares foram abordados pelos homens do Coronel e, ou se uniam a eles, ou morriam. Essa foi uma maneira eficaz de superar as perdas das batalhas que tiveram contra os sobreviventes da Colina. Já os que conseguiram sobreviver ao ataque daquela noite se dissiparam e espalharam pela região. O sentimento de tristeza era imenso, talvez eles nunca mais fossem se encontrar novamente. O pior de tudo era o arrependimento. Muitas mortes desnecessárias e uma grande dúvida: será que um dia o jogo ia virar? ... — Bárbara, você é burra? Me dá essa merda aqui! — falou William, tomando a lata de sardinha que a sua namorada tentava abrir com um canivete. A mulher se sentiu ofendida pela grosseria. — Às vezes tu se supera com tanta ignorância, é sério! Desnecessário isso! — chiou Bárbara, esquentando as mãos ao redor da fogueira. A noite estava fria e calma naquela floresta. Por incrível que pareça nenhum infectado passou por ali e tentou irritar o casal. William e Bárbara namoravam desde antes do começo da epidemia. Eles pensavam em noivar, porém as coisas aconteceram rápido demais e o mundo entrou em colapso antes que pudessem concretizar seus planos. Agora o que restava era sobreviver um dia após o outro. — Olha aqui, tá vendo? Ah... me desculpa! Sério mesmo, eu não queria te magoar... eu te amo, vem cá! — falou William, puxando a mulher pela beirada do casaco azul-escuro que ela vestia. William era um homem alto, magro, pardo e de olhos bem esverdeados. Ele era contador antes de tudo e gostava de cálculos. Só não imaginava o quanto seria inútil essa sua profissão no fim do mundo. — Vai pra merda! O casal estava no limite já há algum tempo. A fome e as noites mal dormidas causavam isso. — Amorzinho... pode ficar com a lata inteira! Amanhã eu procuro alguma coisa pra comer! — disse ele, mesmo contra sua vontade. Bárbara abriu um sorriso tímido e deu um beijo na bochecha do rapaz. — Vamos dividir tudo, certo é certo! — falou ela, visivelmente cansada. A mulher era loira, tinha olhos azuis, belas curvas corporais e se mantinha bem bronzeada (por culpa do sol que tomava todos os dias). Ela era muito linda, chegava até a ser estranho vê-la namorando com um rapaz comum como William, porém Bárbara não o amava somente pela aparência, mas também pelo grande coração que ele tinha. William era o tipo de pessoa que se sentia mal até de machucar uma mosca, porém fazia se fosse extremamente necessário. O maior ponto fraco daquele homem era exatamente ela. E os dois se amavam. Muito. — Eu sempre gostei de sardinha... puta que pariu... toma um pouco! — confessou Bárbara, entregando o resto do peixe que tinha na lata para o namorado. William agradeceu e pôs tudo na boca de uma vez. — Porra! Hm... muito bom... faziam dias que não comíamos nada... a não ser um ao outro! — ironizou ele, fazendo Bárbara sorrir timidamente e dar um leve tapa no seu ombro. O casal permaneceu ali, ao redor da fogueira e se encarando enquanto que a única refeição do dia (se é que podia chamar aquilo de refeição) terminava. Na verdade, aquela sardinha só serviu para aumentar a fome dos dois. — Está muito frio... vamos deitar abraçados? É sério, tô começando a tremer! — comentou William, olhando aos arredores da floresta para ver se tinha algum infectado por perto. — Tudo bem! Bárbara se aproximou dele e os dois se abraçaram e deitaram. — Você não tá esquecendo de nada? — indagou ela, olhando de soslaio para o rapaz. William respirou fundo e levantou. O homem pegou uma grande porção de terra com as mãos e jogou em cima do fogo, pisando diversas vezes logo em seguida para apagá-lo quase que totalmente. — Isso! Não queremos chamar a... WILLIAM! De surpresa, alguém saiu de dentro dos arbustos e deu uma forte pancada na cabeça do rapaz. Sua visão escureceu e ele caiu no chão, zonzo. Quando William foi recuperando a visão aos poucos, percebeu que eles não estavam mais sozinhos. — Olá, meus queridos! Viemos fazer companhia a vocês! A questão é: podemos? — falou um homem de cabelos grisalhos e vestindo calça jeans e camisa de manga longa preta. Outros dois rapazes saíram do meio dos arbustos da floresta e se aproximaram. — Caralho... a noite de hoje vai ser longa... muito longa! — disse o mais velho, encarando maliciosamente a mulher. A maior merda que eles poderiam ter feito era dar bobeira no meio do nada. E aprenderiam aquilo da pior maneira. O mundo não era mais o mesmo, muito menos as pessoas. O bem e o mal se confundiam naquele turbilhão de problemas. Os monstros não eram mais somente os infectados. Para sobreviver, ou você virava o caçador... ou se tornava a caça. ... — SOLTE-A! — urrou William, sendo segurado por um velho e por outro homem. Os dois malfeitores distribuíram alguns socos no rosto do rapaz, abrindo seu supercílio e cortando sua boca. — Fica quietinho aí e faz silêncio! Eu não vou demorar muito com sua namoradinha e depois você pode pegar ela de volta, toda arregaçada! — ameaçou o homem que anteriormente tinha atingido a cabeça de William. — ME SOLTA, FILHO DA PUTA! Bárbara estava em apuros. A linda mulher tentava de todas as maneiras se desviar dos apertos das mãos do homem que a segurava. O pior de tudo era a forma como seguravam William: os bandidos colocaram-no de joelhos depois de espancá-lo e o obrigaram a ficar assistindo a cena. — SOCORRO!!! — gritou Bárbara, levando vários tapas para se aquietar. — SUA VAGABUNDA! QUANTO MAIS ATRAPALHAR MAIS RAIVA DÁ DE VOCÊ! — urrou o homem que tentava tirar a roupa dela. O malfeitor tirou o casaco e rasgou a camisa da mulher, fazendo seus seios pularem para fora. — WILLIAM!!! — implorava ela, deitada no chão cheio de folhas secas e terra da floresta. A fogueira não tinha apagado por completo, e possibilitava que todos assistissem aquela cena. — SOLTE-A AGORA! — ordenou o namorado da moça, levando outra pancada na cabeça. — DEPOIS DISSO IREMOS CASTRAR VOCÊ! DAÍ A ÚLTIMA FODA DA SUA MULHER VAI TER SIDO COM A GENTE! — falou o rapaz de cabelos grisalhos e camisa de manga longa preta, com uma expressão maléfica. — AAAAAAH! William permaneceu se contorcendo, mas em vão. O homem que tentava violentar Bárbara puxou as calças dela com tudo e a deixou só de calcinha, quase que totalmente despida. — OLHA SÓ QUE MULHER! VAMOS FAZER UM RODÍZIO E DEIXÁ-LA SATISFEITA PELO RESTO DA VIDA!!! — NÃÃÃÃO!!! Depois de todas as ameaças, o malfeitor rasgou a calcinha da coitada e levou até o nariz. — QUE SAUDADES DESSE CHEIRO! — ME DEIXA EM PAZ!!! — urrou ela, chorando. Bárbara tinha cansado de se contorcer, e agora só restava se preparar para ser estuprada. Ao perceber isso, o violentador apertou os seios da garota e abaixou suas próprias calças, colocando o pênis para fora. — É agora, meu amor! Prepare-se porque vou lhe foder até dizer basta! William já não sabia mais o que fazer, só chorar e virar o rosto de lado. Aqueles desgraçados iriam violentar o amor da sua vida na sua frente e a sensação de impotência era algo terrível. Nunca antes ele se sentiu tão humilhado e desesperado assim. — NÃÃÃO! Mas quando o malfeitor se preparou para consumar o estupro, um golpe de facão o atingiu bem no pescoço. O sangue espirrou no corpo desnudo da mulher e começou a jorrar no chão. O golpe foi realizado com tanta força, que o autor dele teve dificuldades para puxar o facão de volta. — GASP... GAS... O QUÊ... — falava em vão o homem que tentou estuprar Bárbara, enquanto se engasgava com o próprio sangue e caía no chão. — PUTA QUE PARIU! — gritou um dos bandidos restantes, começando a procurar pela pistola que estava na parte de trás da calça. A pessoa que tinha assassinado o malfeitor estava vestindo um imenso sobretudo com um capuz n***o que cobria a cabeça quase por completo, além de um lenço que tampava o rosto, deixando somente os olhos de fora. O homem que salvou Bárbara não estava portando somente um facão, mas também uma pistola Imbel GC carregada. Ele aproveitou o fator surpresa para dar dois tiros no peito do bandido que procurava a arma e, após isso, apontou o cano da sua pistola para o malfeitor que sobrou. — POR FAVOR! POR FAVOR! CALMA! EU NÃO... EU NÃO IRIA... — implorava o velho, que não deveria ter menos de sessenta anos, mas tinha um bom porte físico para a idade. E no momento que o salvador do casal hesitou em puxar o gatilho, o velho virou de costas e se pôs a correr. Mas o encapuzado partiu com tudo atrás dele. — AAAARGH!! O rapaz era infinitamente mais rápido que o velho, e em poucos segundos o alcançou, cravando o facão nas suas costas. — Você ia estuprá-la com seus amiguinhos? — perguntou o encapuzado, chutando as duas pernas do velho e derrubando-o no chão sujo. — NÃO! POR FAVOR! NÃO ME MATE! Depois de puxar o facão de volta, o homem golpeou o peitoral do velho, abrindo uma larga ferida e depois distribuiu mais seis pancadas na cabeça dele, deixando-o irreconhecível e estourando seus olhos, nariz e boca. O encapuzado estava completamente sujo de sangue e vísceras. Ele se levantou aos poucos e olhou ao seu redor. — É isso que estuprador merece! — falou ele, cuspindo na poça de sangue cheia de miolos que antes era a cabeça do velho. Bárbara já tinha se vestido novamente e correu para abraçar o namorado machucado. William estava com o supercílio aberto e a boca cortada, mesmo assim tinha forças o suficiente para apertar todo o seu corpo contra o de sua mulher e tentar acalmá-la. Depois de todo o ocorrido, o encapuzado veio caminhando lentamente até o casal, ainda com a cabeça coberta e sem revelar sua identidade. — Senhor... muito... muito obrigado! Você nos salvou! Você matou esses três filhos da puta e não deixou que estuprassem minha mulher! Eu te devo minha vida! — falou William, cuspindo o excesso de sangue que tinha na boca. O encapuzado era alguém sinistro. Ele vestia calça jeans azul-escuro, uma camisa de manga longa cinza e um sobretudo com um capuz preto, além de portar uma mochila nas costas. O misterioso rapaz não falou nada. — Eu também tenho que te agradecer, se não fosse por você nós iríamos morrer hoje! — disse Bárbara, com a cabeça encostada no peito do namorado e encarando o seu salvador, enxergando pouco dele por culpa da fraca luz da fogueira. E finalmente o encapuzado decidiu se revelar. Ele retirou o capuz sem pressa e encarou os sobreviventes. Os olhos do casal se arregalaram. — O que você... o que você é? Meu Deus! — assustou-se William, levantando rapidamente junto com Bárbara. — Calma... eu não sou um monstro... — falou ele, fixando o triste olhar no chão. — Bárbara, pegue nossas coisas e vamos embora! Você não está vendo? Ele não é humano! Ele está doente! VAMOS EMBORA! — urrou o rapaz, puxando a mulher pelos braços e andando o mais rápido possível até as suas bolsas. O homem misterioso não fez nada, ficou somente vendo os dois sobreviventes indo embora apressados e com medo de sua aparência. Contudo não era pra menos: no rosto dele havia veias finas, porém pretas e estranhas que se espalhavam da metade direita da sua face até o final de sua cintura, comprometendo também o braço, e o seu globo ocular direito era completamente preto, igual ao dos infectados. Além disso, as veias pretas que iam da cintura até o pescoço do rapaz eram grossas e assustadoras. Por esse motivo ele andava encapuzado e de sobretudo. Mesmo tento agido corretamente, o rapaz era ignorado por quase todos que salvava ou ajudava. Nesse mundo ninguém confiava em ninguém. Quanto mais um homem doente? Parecendo um infectado? Essa não tinha sido a primeira vez que ele era ignorado por alguém. O encapuzado tinha perdido tudo. Família, amigos, moradia etc. Só o que restava era perambular de um canto a outro enquanto sobrevivia comendo animais, alimentos vencidos, latas de sardinha, de atum e entre outras coisas. Ele não sabia mais a diferença do certo e do errado, por isso tentava sempre realizar atos considerados “bons”, mas na verdade aquilo só servia para ocupar sua mente. Depois de ter perdido tudo ele enlouqueceu. Mesmo que um pouco, mas enlouqueceu. E na sua cabeça só se passava uma coisa: a vontade de ter sua vingança realizada. Era o motivo que o fazia querer viver. Nada mais além disso. Esse era o novo Luiz Felipe.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

Her Triplet Alphas

read
7.5M
bc

The Heartless Alpha

read
1.5M
bc

My Professor Is My Alpha Mate

read
461.6K
bc

The Guardian Wolf and her Alpha Mate

read
494.6K
bc

The Perfect Luna

read
4.0M
bc

The Billionaire CEO's Runaway Wife

read
599.9K
bc

Their Bullied and Broken Mate

read
462.9K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook