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O PADRE

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Existem muitas regras que um padre não pode quebrar.

Um padre não pode se casar. Um sacerdote não pode abandonar o seu rebanho. Um sacerdote não pode prejudicar a sagrada confiança que a sua paróquia depositou nele.

Regras que parecem óbvias. Regras das quais me lembro enquanto dou o nó na cintura.

Regras pelas quais prometo seguir enquanto visto minha batina.

Sempre fui bom em seguir regras.

Até que ela chegou.

Meu nome é Anselmo Bell. Tenho vinte e nove anos. Tenho bacharelado em línguas clássicas e mestrado em Divindade. Estou na minha paróquia desde que fui ordenado, há três anos, e adoro estar aqui.

Vários meses atrás, quebrei meu voto de celibato no altar da minha própria igreja, e Deus me ajude, eu faria isso de novo.

Sou sacerdote e esta é a minha confissão.

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EPISÓDIO 1
Não é nenhum segredo que a reconciliação é o sacramento menos popular. Eu tinha muitas teorias sobre o porquê: orgulho, inconveniência, perda de autonomia espiritual. Mas minha teoria predominante no momento era essa por*ra de cabine. Odiei ela desde o momento em que a vi, algo antiquado e pesado dos dias sombrios antes da reforma do Vaticano. Enquanto crescia, a minha igreja em Kansas, tinha uma sala de reconciliação, limpa, iluminada e de bom gosto, com cadeiras confortáveis ​​e uma janela alta com vista para o jardim paroquial. Esta cabine era a antítese daquela sala. Restrita e formal, feita de madeira escura e molduras desnecessariamente ornamentadas. Não sou um homem claustrofóbico, mas esta cabine poderia me transformar em um. Cruzei as mãos e agradeci a Deus pelo sucesso da nossa última arrecadação de fundos. Mais dez mil dólares e seríamos capazes de reformar a Igreja de Santa Margarida de Weston, Missouri, transformando-a em algo semelhante a uma igreja moderna. Chega de painéis de madeira falsos no hall de entrada. Chega de tapete vermelho, reconhecidamente bom para esconder manchas de vinho, mas terrível para a atmosfera. Haveria janelas, luz e modernidade. Fui designado para esta paróquia por causa de seu passado doloroso... e do meu próprio. Superar isso exigiria mais do que uma reforma no prédio, mas eu queria mostrar aos meus paroquianos que a igreja era capaz de mudar. Crescer. Para avançar para o futuro. — Tenho alguma penitência, padre? Eu estava à deriva. Uma das minhas falhas, admito. Um que eu orava diariamente para mudar (quando me lembrava). — Não acho que isso seja necessário. Eu disse. Embora eu não pudesse ver muita coisa através da tela decorativa, reconheci meu penitente no momento em que ele entrou na cabine. Rowan Murphy, professor de matemática de meia-idade e entusiasta de seriado policial. Ele foi meu único penitente confiável durante todo o mês, e seus pecados variaram de inveja (o diretor deu mandato ao outro professor de matemática) a pensamentos impuros (com a recepcionista da academia). Para penitência, eu não era do tipo “diga duas ave-marias e me ligue de manhã”. Os pecados de Rowan vieram de sua inquietação, sua estagnação, e nenhuma quantidade de "agarrar-se ao Rosário" mudaria nada se ele não abordasse a causa raiz. Eu sei, porque já estive lá. E fora isso, gostei muito de Rowan. Ele era engraçado, de um jeito astuto e inesperado, e era o tipo de cara que convidava pessoas que pediam carona para dormir em seu sofá e depois se certificava de que saíssem na manhã seguinte com uma mochila cheia de comida e um cobertor novo. Queria vê-lo feliz e acomodado. Eu queria vê-lo canalizar todas essas grandes coisas para a construção de uma vida mais gratificante. — Sem penitência, mas tenho uma pequena tarefa. Eu disse. — É para pensar na sua vida. Você tem uma fé forte, mas nenhuma direção. Além da Igreja, o que lhe dá paixão na vida? Por que você sai da cama de manhã? O que dá significado às suas atividades e pensamentos diários? Rowan não respondeu, mas pude ouvi-lo respirar. Ele estava pensando. Orações finais e uma bênção final, e Rowan partiu, ele estava voltando para a escola. E se o horário de almoço dele estava quase acabando, meu horário de reconciliação também estava. Verifiquei o meu telefone para ter certeza e empurrei a porta, deixando cair a mão quando ouvi a cabine abrir ao meu lado. Alguém se acomodou e eu recostei-me, mascarando o meu suspiro. Tive uma rara tarde livre hoje e estava ansioso por isso. Ninguém além de Rowan jamais chegou ao confissionario. Ninguém. E era um dia lindo. Eu estava ansioso para sair de skate, para aproveitar o clima perfeito… Concentre-se , eu me ordenei. Alguém pigarreou. Uma mulher? — Eu, ah. Eu nunca fiz isso antes. A sua voz era baixa e sedutora, a representação auditiva do luar. — Ah! Eu sorri. — Uma novata. Isso me rendeu uma pequena risada. — Sim, acho que sou. Eu só vi isso nos filmes. É aqui que eu digo: 'Perdoe-me, Pai, porque pequei?' — Exato. Mas, primeiro fazemos o sinal da cruz. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo... Eu podia ouvi-la ecoando as palavras comigo. — Agora me diga quanto tempo se passou desde sua última confissão, que foi... — Nunca. Ela terminou por mim. Ela parecia jovem, mas não muito jovem. Minha idade, se não um pouco mais jovem. E sua voz carregava um sotaque, mais não era o sotaque da cidade, não o sotaque descontraído que às vezes ouvia aqui na zona rural do Missouri. — Eu, hum. Eu vi a igreja enquanto estava na vinícola do outro lado da rua. E eu queria... bem, tenho algumas coisas que estão me incomodando. Nunca fui particularmente religiosa, mas pensei que talvez... — Ela parou por um minuto e então inalou abruptamente. — Isso foi estúp*ido. Eu devo ir. Eu a ouvi se levantar. — Pare. Eu disse e fiquei chocado comigo mesmo. Nunca dei ordens assim. Bem, não mais. Foco. Ela se sentou e eu pude ouvi-la mexendo na bolsa. — Você não é estúpi*da. Eu disse, minha voz mais gentil. — Isto não é um contrato. Isso não é você prometendo ir à missa todas as semanas pelo resto da vida. Este é um momento em que você pode ser ouvido. Por mim... por Deus...talvez até por você mesmo. Você veio aqui porque estava procurando por esse momento, e eu posso dar isso a você. Então por favor. Fique.

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