No quarto ao lado, a noite também não foi fácil para Rafael. Ele se revirou na cama, sentindo o peso da noite anterior sobre seus ombros, o sono completamente conturbado, permeado por flashes desconexos de lembranças e sensações. O beijo, o toque de Clara, a crise de pânico dela – tudo isso girava em sua mente, como um redemoinho de emoções e confusão. Seu corpo ainda reagia à lembrança da presença dela, enquanto sua mente lutava contra a culpa que o consumia.
Rafael acordou com um sobressalto, o corpo coberto de suor frio, o coração acelerado. O sol sequer havia nascido, e a escuridão ainda envolvia seu quarto, mas ele já estava acordado, com a mente mais clara do que esperava. Duas decisões haviam se firmado durante aquela noite conturbada: a primeira, se Clara não se demitisse, o que
