Capítulo 1
Lucca Miller
Estava cansado de ficar resolvendo pepino no escritório do meu pai, mesmo que eu tenha estudado para gerenciar uma grande empresa, ainda não me sentia totalmente feliz atrás de uma mesa. Gostava de ter esse poder, mas gostava de ter adrenalina também.
Eu queria mesmo é sentir meu sangue correndo forte nas minhas veias, meu coração pulsando mais rápido e aquela adrenalina que somente quando estou caçando eu posso sentir.
No entanto, tentava me conter com os diversos problemas que uma empresa poderia me proporcionar. Não era atirar em um alvo, mas dava para passar o tempo.
A empresa da família sugava cada minuto da minha vida e não ajudava meu pai não largar o osso da organização. Ele achava que se largasse tudo em minhas mãos. Eu não daria conta, sendo que eu já provei e todos os dias testifico que sou plenamente capaz de cuidar de tudo sozinho.
Além de CEO de vários empreendimentos, eu era o principal herdeiro dos negócios obscuros da família. Algo que era a minha vida de fato, eu amava tudo que a organização engloba e o poder que ela me dava.
O “negócio” em questão era uma organização de assassinos que está na nossa família há gerações. Matávamos a mando de organizações como Interpol, FBI, CIA ou por máfias que não conseguiam agir em determinados locais onde o seu poder não conseguia alcançar.
Não era porque éramos matadores, significava que não tínhamos os nossos princípios, nos matávamos quando era comprovado que o alvo não prestava e precisava de um ajuda para descer mais rápido para o andar de baixo.
Eu queria cuidar de tudo sozinho, sem o olhar atento do meu pai que era bem chato e apegado a organização. Foi uma herança que lhe foi passada e ela queria honrar meu avô que deixou tudo para ele.
Mesmo que eu fosse irmão gêmeo da Lívia e Luiza, ainda assim era o candidato principal para cuidar dessa parte da riqueza da família. Eu sempre me interessei pelo negócio e quis seguir cuidando dele. O que me faltava era ter a confiança em cem porcento do meu pai.
A organização era muito importante para mim, mas meu pai me fazia cuidar dos seus negócios lícitos, então estar em campo era o meu refúgio no final de tudo.
Estava absorto em meus documentos quando meu pai adentra a minha sala e pela a sua cara, ele queria me falar algo grave.
- Sua tia ligou, sabe que para ela ligar e pedir ajuda e porque ela precisa entrar em um lugar que nem a máfia consegue. Aretha não gosta de pedir ajuda, ela gosta de resolver as coisas ao seu modo e para ela tá contando a gente e pedindo ajuda é porque o pepino é muito grande. – Fala meu pai sem muito tato porque ele sabe que eu não gosto muito de enrolação.
O assunto era realmente grave, tia Aretha mesmo com a idade avançada era muito boa no que fazia, a mulher podia entrar em qualquer lugar e ninguém nem saberia.
Ela que não me ouça a chamar de velha!
Se ela me ouvisse falar dela assim, com toda certeza tinha puxado minha orelha há muito tempo e ainda tinha me dado um tiro no pé.
- Do que se trata? – Meu pai se senta e me olha atentamente.
- Sua tia quer que você vá com ela para divisa da Itália com a Eslovênia, temos informações que um cargueiro cheio de pessoas está chegando. - Merda! Odiava esse tipo de situação.
- Tráfico humano? - Pergunto já trancando várias mortes para esses traficantes.
- Tudo indica que sim, esse cargueiro era para ter chegado a três dias atrás nos estados unidos. Você sabe, aquela velha história, pessoas querendo tentar a vida em um país de primeiro mundo e nisso foram vendidos com escravos. – Passo a mão na cabeça por que odiava esse tipo de situação.
- Já vi tudo, Aretha Salvatore em busca de salvar vidas... – Me levanto. – Pelo jeito que estpa me contando, vai ser uma super operação.
- Sim, com os melhores e ela pediu que você fosse pelo seu conhecimento em mata fechada. Eles vão atracar em um portop antigo e quase em ruinas que é envolto há uma mata densa. – Já imaginava uma semana dentro da mata.
- Cuida de tudo? – Pergunto pegando meu terno que estava atrás da minha cadeira.
- Sempre cuidei e Lívia vem me ajudar. – Concordo e vou atrás da minha madrinha Aretha Salvatore que me salvava do trabalho burocrático de vez em quando.
- Lucca... – Me viro para ver o meu pai.
- Sim? - Perguntei.
- Quando voltar, preciso falar algo com você.
- Nossa pai, porque me mandar essa informação agora se eu somente vou saber quando voltar? – Meu pai ri.
- Porque eu quero você focado na missão! Não quero perder meu filho no meio do mato e fora que a sua mãe me mataria... - Ele diz com um sorriso no rosto.
- Não conta para a mamãe, sabe que ela surta quando eu me coloco em risco.
- Okay, para de chorar, vai logo, sua tia está te esperando...
- Thau! Já acabou com o meu dia mesmo...
Tomara que ele não me fala que tem outra pretendente para mim. Eu não vou me casar, eu não quero me casar.
Nada contra casamentos, olha, eu venho de uma grande família feliz e muito bem casado. Todos os casais que eu convívi a minha vida toda são os mais amorosos, comprometidos e apaixonados que eu já vi.
No entanto, eu sou casado com a adrenalina!
Amo a vida de aventuras, pegar um avião com estou fazendo agora e ir embora para uma mata fechada caçar e matar um bando de gente que não merece respira o ar limpo e mágico que há no mundo.
Parece presunçoso, porque eu teria o poder de matar todas as pessoas que eu julgou não merecerem viver.
Sim, é querer mais do que eu poderia ser.
No meu caso então, eu não precisava ser um caçador de homens e mulheres maus. Sou bem sucedido, tenho bilhões investidos em uma empresas consolidadas no mercado. Então não tenho necessidade de ter esse lado obscuro, mas eu gosto, sou casado com o perigo.
Sou o CEO obscuro, essa é uma boa maneira de me definir.
Obrigada pelos comentários e bilhetes lunares 🥰