Preocupação

1251 Words
Preocupação Lucca Miller O caos tinha sido grande, aquela terra foi tingida por um sangue sujo e o fogo queimou qualquer possibilidade de procura de informações. Eram muitas mulheres de outros países no nosso território de forma ilegal, todas com suas histórias e proposta absurdas de uma vida melhor em outro país. Não julgo, quem não quer mudar de vida quando você somente tem o resto para sobreviver? No entanto, muitas estavam fulgindo de algo ou de alguém. Problemas financeiros, a busca por uma vida melhor para os filhos, propostas para serem modelos em outro país... Tantas vertentes para enganar e usar aquelas mulheres de diversas idades. Era um mundo muito obscuro e sujo, usar o desejo de melhora para fazer delas o que pudesse e sem direito algum. Por mais que tenhamos o nosso jeito de resolver as coisas, infelizmente a mídia ficou sabendo e procura os responsáveis pelo salvamento, bando de bastardos querendo atenção sobre a dor alheia. Alguém vazou a informação e não foi da máfia, com toda certeza era algum contato da tia dentro de organizações de segurança. A Interpol juntamente com o FBI se meteu e assumiu o ocorrido, até um agente apareceu para explicar a operação. Como eu falei, o jeito da Aretha Salvatore de resolver as coisas... Disse que houve uma explosão no antigo porto, sendo que a minha tia que explodiu tudo com uma ordem e muitos explosivos. Era para enterrar a existência dos piratas e a nossa ida ali. Sem provas, sem pessoas para se colocar a culpa. O importante é que as vitima foram salvas, isso que a minha tia desejava e o FBI também. Era um navio que foi roubado em suas águas, eles temiam um escândalo maior, no entanto, agora eram os salvadores. Ali não daria para fazer comercio ilegal de pessoas ou qualquer tipo de outra coisa. Falavam que era a maior operação realizada em dez anos, mas quem foi que fez não estava levando o crédito e sim alguns agentes de altos cargos dentro do FBI. - Nos que trabalhamos e eles que levam o crédito? – Pergunto sentando na frente da porta do quarto da menina que resgatamos. Não sei porque, mas não consegui sair daqui, acho que eu preciso ver que ela está, desde que eu a resgatei preciso saber se está bem e em segurança. Minha tia Aretha se senta ao meu lado e diz o que eu precisava saber... - Não me importo com o crédito! Me importo que todas aquelas mulheres vão ter uma nova chance para viver e ter seu livre arbítrio respeitado. – Ela diz olhando para as minhas roupas que eram a mesma do dia do resgate. – Vai se trocar, tudo já foi resolvido e não quero que chame atenção demais. – Diz séria. - Tenho que saber se ela está bem... – Olho para a porta que guardar uma mulher que estava assustada, machucada e desidratada. Eu fiz questão de matar o homem que a tirou da entrega e iria abusar dela ali no meio da uma estrada de terra. A menina não tinha nenhuma chance contra o cara, mas mesmo assim conseguiu fugir e ainda nos deu trabalho de procurar por ela durante três dias mata a dentro. Ainda bem que eu era um ótimo caçador, se não ela tinha morrido e nunca seria achada. Aquela menina iria ser usada para algo diferente das outras, mas infelizmente o homem não durou muito para nos contar a real intenção de tirar somente ela do lado das outras. - Porque sinto que gostou da garota? – Olho para a minha tia que me avaliava com seus olhos atentos. - Não gostei dela! Posso ser um poço sem fundo tia, mais ainda sim me preocupo com as pessoas, - Digo ofendido. – Fora que a menina pedia por sua mãe desmaiada em meu colo, eu somente queria ver se ela está bem. – Olho para o quarto que está com a porta fechada. A menina chegou carregada por mim, desacordada e muito fraca. A viagem tinha sido tensa, ainda foram cinco horas para conseguirmos chegar até o hospital mais próximo e agora estávamos esperando a sua mãe chegar onde estávamos. Essa menina ainda chegou com vida e eu queria saber se ela está bem, era o mínimo depois de ser a ultima pessoa que ela viu antes de perder a consciência. - Fora que eu olhei nos olhos da mãe dela, eu não disse nada, mas salvar aquela menina virou algo importante para mim. – Achava que tinha em explicado até demais, mas as vezes acreditava que Aretha Salvatore podia ver a minha alma escura e cheia de monstros. - Okay... – Ela diz estende uma sacola com roupas limpas. – Vá se trocar que eu fico aqui, ninguém entra no quarto sem que eu autorize. A menina ou Selena como estava escrito em seu cordão tinha sido cuidada com caráter de emergência. Enquanto a minha tia mexia seus pauzinhos, eu fui até onde eu pude com ela e esperei até que ela estivesse no quarto e fora de perigo. Selena estava muito machucada, seu pai tinha bolhas enormes, eu não sei como ela sobreviveu três dias sozinha na mata, mais de uma coisa eu tinha certeza. Ela era a mulher mais forte que eu já tinha visto na vida! Claro na minha família tinham exemplos formidáveis, mas aquela garota era uma guerreira. Eu fui muito relutante ate o quarto ao lado e tomei um banho, coloquei as roupas e quando sai tinha uma bandeja com comida e um bilhete muitos educado. COME! Assinado tia Aretha. Comi até ouvir um grito no quarto ao lado, era a menina que eu sentia que era importante para mim de alguma forma. Não sei se eu fique mexido com a mãe dela que me implorou ajuda mesmo tão fraca e machucada. Ou com seus olhos esverdeados que se fecharam ao se encontrarem com os meus. Tinha uma necessidade quase que enlouquecedora de ver aqueles olhos verdes abertos e bem, eu precisava ver aquela menina acordada e falando o que aconteceu. Sentia que tinha algo mais em tudo aquilo, e eu gostava de procurar coisas que não eram da minha conta. Meu pai sempre me falou que eu ainda iria me ferrar ao me envolver onde não era chamado, mas era mais forte que eu. Quando cheguei na porta do quarto, a menina agarrava a minha tia com forçar e chorava por sua mãe, os médicos preparam algo para colocar ela para dormir novamente, mas eu me meti, não queria que ela vivesse sedada. - Ei... – Paro em sua frente, eu nunca parei para olhar as pessoas que eu salvava. Acha que já bastava a ter tirado de onde estavam, mas eu tinha uma necessidade de ver ela bem, sem chorar, não sei explicar porque. Para surpresa de todos, a menina assusta todos quando pula em meu colo e se enrolou em mim. Ela dormiu em poucos segundos nos meus braços e eu fiquei ali com ela, não podia sair e arriscar dela acordar e ficar sozinha e desesperada novamente. - Não sei o que está acontecendo, mas essa menina confia de alguma forma em você. – Ficamos ali até a mãe dela chegar. Mesmo eu lutando para não ficar ligado por essa desconhecida, ainda assim algo gritava para ficar e proteger ela, e olha que eu nunca fui de ter essas reações e preocupações. Obrigada pelos comentários e bilhetes lunares 🥰
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