Capítulo 12

2069 Words
Paula e Robson regressaram ao hotel, o policial questionou se gostariam de fazer um boletim de ocorrência para encontrar o veículo causador do acidente. — Não policial, não é necessário. Quanto ao automóvel em que estávamos, peço apenas que mande um guincho e eu arcarei com o valor do transporte. O policial assentiu, os dois entraram abraçados no hotel e ele a acompanhou até seu quarto e ambos se olharam e sorriram. Ele acariciou o queixo dela e deu-lhe um selinho. — Você é linda! Nenhum dos dois sabiam o que estava por vir, nem se aquele incrível s**o casual iria se repetir ou poderia se tornar algo diferente entre eles. Paula Pela primeira vez eu não sabia o que dizer e como agir na frente de um homem, sempre conseguia deixar bem claro quando eu queria um s**o casual ou quando eu queria um relacionamento sério, mas agora eu estava em uma situação que eu não sabia o que fazer e isso me deixou assustada. Robson tem uma esposa e um filho, não quero criar nenhum tipo de expectativa para não me magoar. Retribuí o beijo dele com o outro também rápido, passei o cartão na porta e entrei. Fui correndo tomar um banho, fiquei pensando em tudo que havíamos feito e que ainda poderíamos fazer, haviam tantas possibilidades de amar e dar prazer a esse homem. Enquanto me lavava e tocava todo o meu corpo, pensando naquela boca que me beijava de maneira tão gostosa percorrendo os lugares onde eu mais gostaria, a sensação gostosa de ser preenchida por aquele pênis enorme, quentinho e pulsante. Depois daquele banho relaxante, eu pensei em Tamara. Tinha que conversar com ela e saber o que estava acontecendo com a situação nada desagradável do pai com a justiça. Sei que se eu telefonar acabarei contando sobre o que fizemos, não vou conseguir guardar isso apenas dentro de mim por muito tempo e acho que compartilhar com alguém de confiança vai me ajudar a tomar decisões. Como devolvi o meu celular para ele, eu abri o meu i********: pelo notebook e comecei a puxar conversa com ela pelo Direct. Deixei o bate-papo aberto enquanto penteava meus cabelos. E alguns minutos depois, veio a notificação de resposta e ela felizmente estava on-line. "Tamara tudo bem? Perdoe-me por não ter entrado em contato ontem, mas passamos por uma grande aventura por aqui." "Não se preocupe, eu compreendo, aqui as coisas parecem estar se organizando. Meu pai conseguiu um habeas corpus e vai responder à acusação em liberdade, mas acreditamos que tudo vai dar certo e há um bom advogado o assessorando." “Fico muito aliviada ao ouvir isto.” “Conte-me como estão as coisas entre Robson e você, tenho certeza de que algo mais já rolou depois que parti e os deixei nesse lugar frio e romântico.” Claro que ela sabia que cedo ou tarde iria acontecer alguma coisa entre nós, depois de sua ida, duramos apenas algumas horas sem nos devorarmos de uma vez. “Na realidade, sim, acabamos de passar por uma grande e perigosa aventura s****l. Estávamos indo para uma reunião com aquela insuportável da faculdade, quando um carro não jogou para fora da pista e acabamos batendo uma árvore. O carro já não funcionava, fazia um frio insuportável lá fora e tivemos que nos abrigar em uma cabana abandonada...” “Parece roteiro de um filme romântico ou de um bom pornô clássico.” Eu sorri. “Acho que terminou como um também, acabamos fazendo s**o e sinceramente acho que foi a melhor transa de toda a minha vida.” “Haha, desculpe-me amiga, mas eu sempre te falei que o professor Robson parecia ser um homem legal em todos os sentidos e inclusive sexualmente, mas e aí já voltaram para casa e como estão as coisas entre vocês depois disso?” “É justamente o que eu estou esperando para ver, não sei como agir diante dele, é um cara casado e com família.” “Um momentinho… com o Eduardo você estava disposta a passar por cima da esposa metida, grávida e apor sinal funcionária da instituição. Disse que o s**o foi tão gostoso assim, então não acha que vale a pena se esforçar um pouco mais para continuar desfrutando da companhia dele? Nem acredito que digitei isso e logo eu que era a campeã do moralismo agora te dando esse tipo de conselho, mas acho de verdade que ele gosta de você.” “Acho que o meu coração já havia colocado Robson em um lugar especial. Eduardo ou a esposa dele pouco importavam para mim, se iriam sofrer ou não… ou se ele seria apenas mais um instrumento de prazer que eu usaria e depois de alguns meses descartaria como os outros. Robson é muito diferente… e penso na família dele também.” “Acho que agora é tarde demais para isso amiga, vocês já fizeram o que não deveriam ter feito e se realmente foi tão bom quanto você disse, ele vai querer com certeza muito mais. Se você recusar o professor poderá querer te prejudicar também, mesmo sendo um profissional ético ou não, no final das contas um homem rejeitado é sempre um homem rejeitado!” “Sinceramente não sei como agir.” “Se eu fosse você aproveitaria todo esse resto de mês com ele, deleta da sua mente esposa e filho… quando voltarem fingir que nada aconteceu e apenas observe a reação dele. Se realmente for um modelo de homem de respeito que achamos, nunca mais irá te procurar ou terminará com a esposa para tentar alguma coisa séria com você… viva o agora e deixa as coisas acontecerem.” “Se ele for um completo pilantra como Eduardo, vai querer ficar comigo e com a família. Você está completamente certa, ainda cogitei e não contar a você o que havia acontecido, mas não iria conseguir decidir sozinha.” “Contando ou não, eu teria a total certeza de que vocês voltariam após ter transado muito nessa viagem rsrsrsr.” Após conversar com ela, chegou uma notificação no Direct e era dele. “Após passar praticamente toda a noite mortos de fome e com frio, acho que merecemos um bom café da manhã. Te espero lá embaixo ;)” Desci para me encontrar com ele e comermos, realmente eu estava faminta. Cheguei primeiro alguns minutos depois, ele também chegou e sentou na minha frente. Como a sensação de olhar para ele diferia agora e era como se estivéssemos nos conhecendo agora. Robson Paula parecia muito constrangida, tenho certeza de que ainda está pisando em ovos comigo, sem saber o que de fato eu espero desta nossa aproximação. Sinceramente nem eu mesmo sei a resposta, nossa química é uma coisa inacreditável e eu sinto um desejo muito grande nos protegê-la e ficar ao seu lado. Dizer que a amo então pouco tempo seria uma loucura muito grande e eu sou um homem vivido e incapaz de iludir uma jovem como ela, mas também não considero perdê-la. — Você já pediu alguma coisa? — Ainda não professor, mas já imagino que vai pedir ovos mexidos! Sorrimos e o garçom chegou, fizemos nossos pedidos. Acariciei aí a mão dela que estava sobre a mesa e ela me olhou admirada. — Sua mão permanece tão gelada quanto ontem. — Ainda sinto aquele frio… não tão forte, mas ele está aqui! — Minha vontade de provar aquela boca macia de novo me fez ouvir apenas uma parte do que ela havia dito. — E quais outras sensações o seu corpo ainda trouxe daquela cabana? Paula engoliu seco, mas era exatamente o ponto onde eu queria chegar com ela. — Eu, eu... Ela quis recolher sua mão, mas eu a segurei. — Não quero esquecer o que aconteceu entre nós dois, nem que você volte a me tratar apenas como um professor! — Então, o que o senhor quer? — Primeiro que deixe de me chamar de senhor e depois… que volte a me tratar como ontem, com um homem que você deseja e sente t***o assim como eu sinto por você. Vamos desfrutar dessa viagem deliciosamente e claro, sem nos esquecemos das obrigações — Tenho medo de que possa me prejudicar... — Eu disse para se esquecer de notas e avaliações, vamos cumprir o cronograma de trabalho e a noite somos apenas um homem e uma mulher aproveitando essa linda cidade e cada segundo um com o outro. Topa? Ela ficou calada, sei que teme me contrariar e mesmo que eu não queira impor essa relação aqui... Paula sabe que está em minhas mãos indiretamente. O mais curioso é que ela sempre quis cair na cama de Eduardo e esse tal medo que ela diz sentir, nunca me pareceu estampado em seu rosto quando falava dele. — Está bem, Robson, vamos viver cada dia e apenas isso! Beijei a mão dela longamente, tomamos o café da manhã. Depois fomos descansar, na noite passada não tínhamos dormido absolutamente nada e eu senti vontade de entrar naquele quarto com ela e começar a desfrutar da nossa "lua de mel", mas a pobrezinha estava caindo de sono assim como eu. Antes de entrar em seu quarto ela me puxou pela camisa e demos um beijo, depois sorrindo fechou a porta me deixando duro e cheio de vontade. Voltei para o quarto assim que sair daquele lugar, milhares de notificações de mensagem caíram no meu celular, todas de Sheila. Eu decidi telefonar para ela e contar que tudo estava bem e felizmente nada de pior havia acontecido. — Amor, fiquei muito preocupada com você… as mensagens não estavam sendo entregues e as ligações caiam diretamente na caixa postal. — Tivemos um evento aqui da instituição e era em um lugar afastado, acabamos nos envolvendo um pequeno acidente que nos deixou presos na estrada durante toda a noite. Não havia sinal de internet e por isso eu estava incomunicável. Ela ficou alguns minutos em silêncio, espero que ela não desconfie de nada do está acontecendo e nem que estamos apenas Paula e eu nesta viagem. — Sheila? — Alô, desculpe-me. Você se feriu nesse acidente? — Felizmente não, como estão as coisas por aí e o nosso filho? Aliás, como o seu pai está? — Jonas está bem, meu pai ainda não está conseguindo caminhar muito bem devido a sua artrose, os médicos disseram que a tendência agora infelizmente é o declínio. Sua idade já está muito avançada e muito provavelmente ele não conseguirá caminhar outra vez e se tornará dependente da cadeira de rodas até os seus últimos dias. — Sinto muito, sinto muito de verdade, Sheila. — Eu gostaria de você estivesse aqui, meu coração está mais apertado do que nunca como se alguma coisa estivesse fora do lugar. Meu coração se encheu de angústia, será que ela sabe de algo do que possa estar acontecendo ou desconfia? — Não fique preocupada, não faltam tantos dias assim para o meu retorno e tenho certeza que meu sogro irá melhorar. Mande um abraço para Jonas e diga a ele que amanhã farei uma videochamada para conversarmos melhor. — Está bem, eu avisarei. Te amo e sinto sua falta! — Também sinto e até logo! [...] Sheila não tinha mais qualquer dúvida de que aquela mudança de comportamento e a desinteresse ou de troca de palavras de carinho que sempre existiram entre eles estavam abaladas por uma nova conquista. Já tinham muitos anos de casamento e ela sabia que o marido não mudaria da água para o vinho daquela forma sem um bom motivo, o alerta que Laura havia dado sobre aquela garota coincidia com a compra daquele celular, agora ela não estava tão convencida de que havia sido doação para um sorteio. Estava diante de um dilema, seu coração dizia que ela deveria entrar em um avião e resgatar o marido imediatamente daquela tentação, mas, por outro lado… ela achava que Robson não a deixaria depois de tantos anos de relacionamento por uma aventura. Aquele grande teste seria a maior prova de que os dois conseguiriam passar o resto da vida juntos. — Não posso abandonar o meu pai e o meu filho pequeno por causa dele, tenho certeza de que Robson vai voltar para mim depois de tudo isso. É apenas uma aventura vazia que no final das contas não irá significar nada para ele… eu tenho certeza!
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