Expostos

1885 Words
Expostos Jonathan Bailey - Isso é inadmissível! – Jogo a proposta ridícula na mesa da minha sala com o intuito de demostrar que estava incrédulo com tamanha ousadia. – Eu... – Tento me acalmar e olho para o i****a que estava bem diante de mim querendo passar a perna na minha família. - Escute bem... Eu, Jonathan Davis Bailey nunca vou concordar com um a loucura dessas! – Aponto para a pilha de baboseira que as pessoas pensam que podem me obrigar a aceitar. – Espero de verdade que essa seja uma brincadeira de muito m*l gosto vindo da sua parte. – O homem se encolhe no lugar. Bato na mesa de madeira envelhecida pelo tempo e pelas suas histórias. Minha sala era uma das maiores do prédio, todos os sons emitidos davam para reverbera por todo o recinto e no ouvido do i****a que veio com uma missão clara, me testar. - Senhor... – O homem tremia das cabeça aos pés. Ele seria engolido se trabalhasse por um dia na minha empresa, disso eu tinha certeza. - Não tem essa de Senhor, meu caro! Acha que nasci ontem? Seus sócios achavam que te mandando até aqui na minha empresa com essa proposta ridícula nas mãos, eu iria simplesmente amar ver o brilho dos seus olhos e iria assinar sem qualquer tipo de excitação? – Começo o rir da capacidade de certas pessoas ao nos subestimar. Era até patético usar formas tão irritantes para chamar a minha atenção. - Senhor Bailey... -Ele tenta encontrar palavras que justifiquem a sua ousadia. - Nunca foi nossa intenção ofender vocês com esses valores ajustados conforme a demando do mercado. – Ele encontra coragem para falar. – Fizemos esses documentos conforme a variante... – Bato a mão na mesa outra vez, e o homem se cala novamente. Era nítido que ele queria estar na lua ao invés de vir até a minha sala me enfrentar. - Não me interessa o que passou na cabeça de vocês. – Digo curto e sem qualquer a******a para continuar essa ladainha. - Esse valor está errado, todos sabem disso, eu exijo uma reparação emergencial, e ainda vou acrescentar uma demanda que vai deixar seus sócios deveras com medo de mim e do que eu sou capaz de fazer quando querem me passar a perna. – Digo dando ênfase a minha voz grave e irritada. – Ou muda essa merda, ou iria ficar sem o meu petróleo. – O homem fica branco. – Sabe que vocês não estão em condições de ficar sem o que eu tenho para oferecer, e sabe melhor do que ninguém que o meu produto e preço são os melhores. - Senhor, não podemos perder o que o Senhor não podemos perder o que já nos é fornecido... - Pensasse antes de ter coragem de vir até a minha presença, e ter me apresentado algo tão ultrajante. – Digo sem demonstrar qualquer emoção. - Eu vou... – O corto como uma faca muito bem afiada. - Você vai voltar para a seu país, e falar para os outros que estão ferrados na minha mão. – Coloco a mão no bolso. – Simples assim... – Faço sinal para que ele saia da minha sala. Não precisei falar nada, o homem pegou o rumo da saída mais rápido que os carros de corrida da fórmula 1 em um grande prémio. Poucos segundos depois meu irmão entrar na minha sala com cara de que viu algo muito engraçado, provavelmente tenha dado de cara com o energúmeno que queria tirar vantagens da minha boa vontade em atender ele hoje. - O que fez com o advogado dos Ribeiro? – Diz apontando para a porta onde segundos antes o homem quase caiu no chão. - O homem saiu da sua sala tão apressado que caiu no chão, e derrubou tudo que estava em suas mãos. – Joseph se sessenta na minha frente e me olha divertido. – Foi muito engraçado, ele deve esta catando o caminho de casa até agora. Acabo me sentando em minha mesa e olho o tanto de trabalho que eu tinha que fazer. - Ele queria que eu aceitasse um acordo absurdo pela distribuição do nosso petróleo na Europa... – Digo tirando o óculo. – Era uma oferta ridícula! Tive que o lembrar de quem éramos nessa p***a de indústria, não sou instituição de caridade, p***a! – Josep concorda. - Mamãe sempre diz que você é o mais calmo entre nós, mas se ela visse do que o Senhor é capaz quando está sentando nessa cadeira, ela iria mudar de opinião na mesma hora. – Ele diz tranquilo. - Ela iria começar a ver que eu não sou a ovelha n***a da família... – Acabo rindo. – Alias, eu sou, mas tenho estado mais calmo ultimamente... - Mamãe sempre tenta ver o lado bom dos seus filhos, mas está tão longe de saber de fato quem ela colocou no mundo, que as vezes eu tenho pena dela. – Digo fechando algumas pastas. – Ela não sonha do que somos capazes, nossa santa Mãe não sabe o que nosso pai foi capaz de fazer para nos tornar o que somos hoje. – Joseph respira fundo. - Sabe que ele não tem culpa de tudo, não sabe? – Olho para ele. – Pelo menos para mim, aquela desgraçada tem mais culpa que nosso pai... Tivemos um trauma grande, algo que ainda ecoa em nossas vidas como um lembrete de que temos que desconfiar de tudo, até daqueles que juram que te amam. - Não vamos falar do passado, não tem como voltarmos atrás... se pudéssemos, te garanto que ela teria o que merecia. – Joseph concorda. - De fato, sei que fica emotivo quando toco no assunto. -Mostro o dedo do meio para ele. - Em falar na nossa mãe, ela não desconfia de Júlia, imagina de nós dois que sempre fomos tão incisivos. – Joseph coça a barba por fazer. – Mamãe nos vê como seus filhos, isso é um fato que não podemos compreender, mas não somos aquelas crianças que gostavam de roubar biscoitos e colocar sapos embaixo da cama das meninas. - Acabo rindo mais. – Crescermos e mudamos muito, mesmo que dona Laura nos veja como seus filhos queridos. Joseph começar a rir. - Lembra como Júlia e a Ana ficavam desesperadas? – Começamos a rir como dois idiotas. – Elas odiavam nossas brincadeiras! No entanto, a do sapo, até eu fiquei com pena delas. – balanço a cabeça em um gesto negativo. - Bons tempos... – Joseph fala tentando se concentrar, e muda sua postura. – Mudando de assunto, o que papai quer falar conosco? – Meu sorriso morre. Era sexta feira, o único dia que temos para nos divertir e esquecer das nossas responsabilidades diante da família e da empresa. - Sinceramente, não faço ideia! A cabeça de Joel Bailey é uma incógnita para mim, ele anda, mas misterioso e cobrando até o chato do Timothy. – Digo frustrado. Nosso pai sempre tinha meia dúzia de palavrões para proferir contra a nossa pessoa, ele era bem chato e bocudo ao falar conosco. Nada nunca estava bom, tudo tinha que ser revisto, mudado e organizado. Nada era como ser feito pelas mãos perfeitas de Joel Bailey. Eu e Joseph cuidávamos de uma empresa que tinha uma repercussão global no mundo dos negócios. Éramos praticamente donos do petróleo no mundo, não éramos pouca coisa. Tínhamos as melhores reservas e as mais lucrativas, o que não faltava em nossas vidas era trabalho para cuidar da dimensão que a nossa petrolífera atingia. E olha que eu não estou nem falando dos nossos outros negócios que demandam tempo, recursos e esforços. - Conhecendo-o bem, com toda certeza é por causa da última notícia... – Fecho os olhos e me lembro que Joseph tinha ganhado um boquete dirigindo seu carro esporte por uma via pública da cidade. Não preciso dizer que ele foi notícia, as ações deram uma leve balançada, mas nada que fizesse um rombo astronômico em nossa herança bilionária. - p***a, você vacilou feio... – Digo sentindo que iria ouvir poucas e boas. - Ah seu filho da mãe! Quem estava ganhando um boquete na parte traseira do meu carro? – Acabo sorrindo de sua indignação. - Você resolveu com o policial rápido, pena que não podemos controlar a multidão. m*l saímos e todos já nos conhecem... É chato ser conhecido pela cidade toda. Não podemos nem receber um oral em paz! – Joseph ri. - Deve ser por causa disso que o nosso pai quer nos ver, ele ama gritar para mostrar que nos ama intensamente. – Não dá dois segundos para o nosso pai entrar pela porta da minha sala cuspindo marimbondo. - QUE c*****o OS DOIS TEM NA CABEÇA? – Como eu disse, o amor fraternal dele era comovente. Nosso pai era um respeitado empresário de uma multinacional, onde ele tocava fazia dinheiro. Um homem conhecido por não ser tão condescendente com seus atos, mas parecia uma criança querendo briga no meio da minha sala. - Boa noite para você também, meu pai. Gostou dos números do mês? Foram deveras um salto surpreendente... – Meu pai odiava ser ignorado. - Não me faça querer apertar o seu pescoço, Jonathan! Seu irmão que é o debochado entre vocês dois... – Joseph fica logo ofendido e olha para o nosso pai como se tivesse acabado de sofrer uma grande calunia. - Papai, não falei isso, sou o seu filho mais querido... – Meu pai estende a mão para Joseph calar a boca. - Vocês têm noção do que fizeram? – Eu olho para Joseph e ele me olha. Nunca iriamos entregar o ouro assim, sem uma luta. Claro que sabíamos o que era assim que ele entrou com um jornal nas mãos. - Do que estamos sendo acusados dessa vez? – Pergunto não contendo a minha voz de tédio. Ele ri, meu pai nunca ri. Isso era um sinal de alerta máximo! Joel Bailey joga o jornal na mesa e lá estava a nossa cara de paisagem falando com um guarda de trânsito. - Pagamos a multa... – Joseph fala, mas meu pai não iria se contentar só com isso. - Um boquete no carro? Não tem motel pela cidade? Vocês não têm seus apartamentos? Pelo amor que vocês têm a sua mãe, não me façam casar vocês contra as suas vontades. – Um amargo sobe pela minha boca. - Igual você fez com a Júlia? -Me pai estanca no lugar. – Não basta já ter um filho infeliz? Meu pai me olha como se eu tivesse ofendido todas as gerações dele. - Sua irmã é feliz! – Acabo rindo de desgosto. - Você tem cem porcento de certeza disso? – Meu pai não me encara mais. Ele tinha as suas dúvidas... - Não façam em público... Não me dão mais dor de cabeça, por favor... – Do mesmo jeito que chegou, ele se foi. - Pego pesado... – Joseph fala. - Se fosse você, teria falado algo pior! – Ele ri. - Com toda certeza! – Ele se levanta. – Vamos na boate nova do Dante, lá ninguém vai nos fotografar. – Concordo. Precisava de uma boa f**a para curar o dia... Obrigada pelos comentários e bilhetes lunares 🥰
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