
Nossa irmandade surgiu pelas falhas de um sistema que muitos resolvem não parar para olhar. Nossa infância foi sofrida antes mesmo de chegar ao orfanato, mas durante a estadia lá, a vida nos ensinou que o mais forte, sagaz e criativo é o que sobrevive nessa selva da luta diária por uma adoção que nunca chegou e a esperança que nem sempre é a última que a gente perde. Abasi me acho em minha primeira noite, uma pequena menina de cinco anos, assustada em um dormitório cheio de meninas de todas as idades, caracteres, físicos e sanidades diferentes. Eu, Leilani, tive sorte de encontrar um irmão que a vida me deu, meu protetor. Hoje, com 30 anos e ele 35, vivemos nossa vida e contamos nossa história de como conseguimos chegar. Não estamos onde queremos ainda, mas lutamos para chegar la. Viajamos o Brasil inteiro, trabalhando. Nossos métodos são questionáveis, mas nossos resultados não. Um toque de realidade com uma pitada de humor...

