Augusto Eu tava encostado no carro, sentindo o cheiro quente da noite no centro do Rio de janeiro, quando o meu contato finalmente chegou, trazendo o carregamento que eu precisava. Assim que ele abriu a mala do carro, vi os fuzis e pistolas bem organizados em caixas. Era aquilo que o Tubarão tinha me pedido fazia uns dias. Conferi peça por peça, mantendo a expressão fria. — Tá tudo aqui, Augusto — disse o contato, olhando ao redor com nervosismo. — Pode contar. Assenti, passei a mão de leve no primeiro fuzil, checando o número de série raspado, e fechei a caixa sem me alongar demais. Tempo é dinheiro, e a qualquer instante algum curioso podia aparecer. Dei um sinal e meus homens colocaram as caixas no fundo do porta-malas do meu carro. — Bom trabalho — falei, sem me prolongar. — Agora

