Monster Eu tava no quintal, olhando pras latas vazias que costumava usar como alvo, mas, naquela hora, o alvo era bem diferente: um celular que eu tinha acabado de encostar num tronco de madeira. Mirei com cuidado, não queria desperdiçar bala. Apertei o gatilho e, com um estampido, a tela estilhaçou. — Raios de tecnologia… — resmunguei, revirando os olhos. Antes mesmo de eu abaixar a arma, ouvi passos correndo no piso. Lunna, minha esposa, surgiu aflita, a respiração ofegante. — Monster, que doideira é essa? Você tá atirando em celular agora? Eu girei a arma, ainda soltando fumaça pelo cano, e guardei no coldre na cintura. Olhei pra ela com um sorriso sem humor. — Odeio esses eletrônicos. Travou na hora que eu queria mudar de tela. Não tenho paciência pra esses lixos. Lunna botou as

