Capitulo11

967 Words

A última prova do vestido era pra ser dia de felicidade. Acordei cedo, passei batom vermelho — o que o Augusto odeia — e fui pro ateliê com a minha mãe. O vestido tava lá, pendurado num cabide de veludo, e por um segundo, até esqueci das treta com a família dele. Era meu dia, minha fantasia de princesa favelada. — Tá lindo, filha — a minha mãe falou, orgulhosa, passando a mão no tecido de renda que ela escolheu. — Parece a Elza Soares no dia do casamento. Sorri. A gente tinha brigado pra c*****o na hora de desenhar o vestido: eu queria um decote nas costas e a barra curta, pra mostrar a tatuagem de Nossa Senhora. Ela insistiu num modelo mais "digno". No fim, combinamos um meio-termo: decote discreto, manga longa transparente, e a barra até o chão, mas com uma f***a que deixava ver a pern

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