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Minha Rosa dos Ventos

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intro-logo
Blurb

Vítima de tráfico humano, Allyn Gallagher perdeu as esperanças de ter sua vida de volta. Aprisionada, violada e descrente, tudo o que a moça menos esperava era que alguém pudesse salvá-la do triste destino a qual fora submetida.

Dispensado de seus serviços na Marinha americana, j**k Townsend apenas gostaria de esquecer os fantasmas que insistiam em assombrá-lo depois de tantas participações na guerra.

Porém, por uma trama do destino, o sargento Townsend se viu envolvido no resgate de uma misteriosa mulher de olhos sombrios.

E esse encontro foi a chave para mudar para sempre a vida dos dois.

⋆ ⋆ ⋆

❝ Uma pequena narrativa sobre a grandeza do amor: Este é um livro que inspira a viver, a amar, e principalmente a recomeçar. ❞

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Prólogo ❥ Parte I e II
“O mundo não será destruído por aqueles que fazem o m*l, mas por aqueles que assistem sem fazer nada.” - Albert Einstein ⋆ ⋆ ⋆ JACK TOWNSEND 「 Três anos antes... 」 "— Eu ainda sei viver?" Essa é a questão que mais me atormenta. Eu consigo levantar todos os dias, por o lixo para fora e assistir a uma partida de basquete? Consigo dormir sem um milhão de pesadelos perturbando meu sono? Não... dormir sempre será diferente — muito além de fechar os olhos e ter um sonho sem sentido... Aliás, sim, "sem sentido", é como tudo ficou desde que coloquei meus pés novamente em Portland. — j**k, vamos embora. — A mão delicada da minha irmã pousa no meu ombro. Sua voz é quase inaudível em comparação ao barulho do bar em que estamos. Limito-me apenas a tocar seus dedos com a mão direita, sentindo a textura gelada do seu anel — uso a esquerda para chamar a jovem bartender que se aproxima do balcão. — Mais Jim Beam? — a funcionária sugere. Nikki intervém, rápida e ríspida: — Nada disso! Ele quer água. — Quem disse? — reclamo sem olhar para ela. Minha caçula tira vinte pratas da bolsa e as joga sobre o balcão. — Trás água pra ele. Vamos pra casa, Jackie. — Não. — Você queria beber. Nós bebemos. Agora já chega. Passo a mão pela cabeça raspada, contrariado. Ela tem razão: precisamos. EU preciso. Não importa quantas doses queimem na minha garganta. Isso não vai ajudar em nada. No mínimo servirá para esquecer somente por esta noite. E eu necessito de muito mais do que isso. Bebo em um só gole toda a água fresca que a bartender me serve. E então me ponho de pé. Encaro Nikki. — Vamos, Nicole. Obrigado por ter vindo até aqui, a propósito. Ela sorri, compreensiva. — Imagina. Que bom que você me chamou. Sabe que horas são? — Pra lá das onze. — A noite passou voando... Nós temos que ir logo... antes que a mãe coloque um detetive atrás da gente. Assinto sem mais reclamações. Não foi uma boa decisão da minha parte ter parado para beber ao invés de ir para casa. Mas ultimamente não venho tomando boas decisões. Caminho com Nikki me puxando pela mão até a escada que nos levará para a saída desse pandemônio. O bar — um pub, especificamente — é bem escuro, contando somente com lâmpadas de led em alguns pontos, que iluminam a bruma de fumaça que preenche o lugar (tanto de nicotina quanto de c******s). É quase impossível não me sentir meio tonto com o cheiro. Dou uma olhada nas diversas pessoas que bebem, fumam, dançam e riem. Me pergunto se um dia isso poderá ser natural para mim: simplesmente sair para beber e dançar. Mas não, claro que não. Não depois de tudo. Nem sei o porquê de insistir em me enganar assim. Perto da saída, o barulho diminui: a música já não é assim tão compreensível e as vozes alheias ficam mais nítidas. Entre elas, uma masculina chama minha atenção: — Você é muito gostosa, sabia? Não há retorno da outra pessoa. Ouço estalos altos de beijos. Estalo minha língua. "Tsc, tsc, tsc..." E quando dou por mim, já estou concentrando a audição inteiramente nesse som, nesse timbre embriagado. Eu não devia estar prestando atenção na pegação alheia. É estranho e meio t****o olhando de fora da situação. Porém, tantos anos na SEAL me fizeram ficar alerta de um jeito que poderia muito bem beirar a paranoia. — Eu já vi que a gata não curte muito falar. Que tal se a gente começasse a agir? "Que cantada de merda." Nem sinal da voz da possível mulher. Olho para a porta: um homem alto e robusto monta guarda. Paro de andar. — j**k — Nikki me chama, cessando a caminhada e virando-se para trás na intenção de me olhar. —, vem. O que você está fazendo? Faço um gesto para que ela venha até mim. É tanta fumaça que meus olhos ardem. m*l enxergo seu rosto — apenas o sobretudo cor de uva que ela veste, uma mancha na névoa. — Tem alguma coisa errada aqui. — Como assim? Olho por cima do ombro, para o brutamontes de guarda. — Chama a Veronica. E vê se enrola aquele cara. — Mas...? O que está havendo? — Só faz o que eu pedi, Nikki. Fala qualquer coisa... mas mantém ele ocupado. E avisa a Veronica. Eu já volto. Ela me olha com receio, mas obedece. Observo o cabelo preto intenso flutuar enquanto seus saltos direcionam-se com certa pressa na direção do homem. Noto que discretamente Nikki digita no celular. O cara se mostra muito interessado em seja lá o que ela lhe diz. Sigo até os fundos do pub, o rastro da estranha voz e dos estalos pervertidos. A música já é baixíssima nesta parte. Ainda posso distinguir Eminem cantando, mas de modo abafado e distante. E nem sinal do sujeito ou da mulher que supostamente devia estar lhe acompanhando. Um outro segurança toma conta da passagem. O cara não é tão alto quanto o outro. Mas é forte. Analiso sua jaqueta e a protuberância na calça jeans. Está armado. "Por que tanto cuidado com uma despensa?" — Você não pode entrar aqui, parceiro. — Seu tom é autoritário. — Área restrita. — Eu só preciso usar o banheiro. — Não tem banheiro aqui, meu irmão. Só perto da entrada. Pode vazar. — Ah... Valeu. E antes de qualquer chance de reação da sua parte, pressiono seus ombros para baixo e levanto minha perna. A cabeça dele bate com tudo no meu joelho. "Se estiver errado, lido com as consequências depois. Nada que um saco de gelo não resolva. Mas agora não é hora para hesitar, Jack." Com uma das mãos, tiro a arma do coldre da sua cintura. Atinjo sua nuca tatuada. O homem cai próximo dos meus pés. Verifico a pulsação no seu pescoço: apenas desacordado. — Eu espero mesmo não ter cometido um erro — resmungo. Analiso a Glock 9mm: carregada com as dezessete balas, e a numeração raspada. Bom, completamente errado eu não estou..." O corredor é frio. Por sorte, meu agasalho esportivo é quente o bastante. Vejo diversas e portas e nenhum sinal de iluminação, nada de interruptores ou led, o que dificulta um pouco minha trajetória. Tudo cheira a mofo, e as goteiras fazem um som irritante. "Tuc, tuc, tuc..." Chego perto da parede, quase me encostando nela — e correndo o risco de contrair algum vírus —, ansiando ouvir mais alguma coisa. Continuo andando em busca de comprovar que isso aqui não é um bar qualquer. Primeira porta... segunda porta... — Você não disse nada a noite inteira, ruivinha. Bingo! É a mesma voz, a voz que eu procurava. — Você é marrenta com todo mundo ou o problema é comigo? Vamo lá, diz alguma coisa. — Vai se ferrar! — uma voz feminina rebate, firme e embargada. Aperto a maçaneta. — Uma moça tão bonita com a boca tão suja? — Me solta, desgraçado! O grunhido de dor da mulher é o estopim para que eu escancare a porta com um chute, a arma em punho. O barulho faz eco por todo o corredor. O rapaz parece ser da minha idade; está de cueca e agarrado nos cabelos ruivos de uma mulher de aparência maltratada, que se debate na vã tentativa de se soltar. — Que p***a é essa, cara? Faço uma varredura pelo cômodo fétido. Pequeno demais. Escuro demais. Sujo demais e vazio demais: uma cama de casal, uma janela vedada com tábuas e embalagens de camisinhas pelo chão. Prostíbulo ilegal, com certeza. — Solta ela! — Quem é você, p***a? Ficou louco? Engatilho a Glock. O click ecoa pelas paredes lodosas. — Solta. A moça. Agora. — Tá bom, tá bom... calma! — O sujeito de cabelo espetado obedece. A moça cai no chão, fraca. Ainda que meus olhos estejam nele, consigo ver o corpo frágil dela se arrastando para encostar-se na parede, tremendo e soluçando feito um gatinho arrancado do seio da mãe. — Mãos na cabeça! — O que... — COLOCA O c*****o DAS MÃOS NA CABEÇA! — grito, perdendo a paciência com a demora do desgraçado para vestir a porcaria de uma calça. — Calma, cara! Fica frio. Acompanho suas mãos irem para trás da cabeça. Então o timbre irado que eu poderia reconhecer a quilômetros trepida o lugar: — DEITA NO CHÃO! Veronica Rowe adentra o cubículo, Nikki ao seu lado. Abaixo minha arma e puxo minha irmã enquanto a agente federal se dirige ao elemento, algemando suas mãos. — Como você se chama, parasita? — Dave... Dave Stoll. — Olá, Dave Stoll... Você está preso! Tem o direito de perma... — Mas eu não fiz nada! Que m***a é essa? — Abusar de mulheres vítimas de tráfico não parece ser nada pra mim. — Eu quero o meu advogado! — Buá buá. Todo mundo quer. — Rowe desdenha, e me olha com sua comum cara de sarcasmo. — Bom trabalho. Fico parado, observando os dois irem para fora do quarto mofado e úmido. Eu sabia que tinha alguma coisa errada. Minha mente não está comprometida da maneira que alegaram. Meus sentidos estão como sempre. Aquilo que aconteceu foi só um deslize. Não foi justo o que fizeram comigo. — Eu... eu vou te esperar no carro. — Minha irmã avisa e também sai, deixando-me a sós com a mulher ruiva. Encaro seu corpo pequeno e frágil coberto apenas por um roupão preto de seda. Ela está encolhida perto da cama, as mãos abraçando os joelhos, e o tremor nítido. Vou até ela, chamando sua atenção: — Ei. Seus olhos me encaram: cinzas e frios. — Você não precisa ter medo. A mulher é pálida e magra — mais do que eu julgaria saudável. A boca descamada está trêmula e arroxeada pelo frio. O cabelo longo e vermelho esconde um pouco do rosto, mas eu não lhe atribuiria mais de vinte e cinco anos. — Qual é o seu nome? — pergunto. Sem resposta. — Fala a minha língua? Um leve aceno com a cabeça desta vez. — Eu me chamo j**k. — Você é policial? — Por pouco, sua voz não é um sopro de tão baixa. — Não. Eu sou... eu era... Deixa pra lá. Você está segura agora. Estendo-lhe minha mão. A moça encara minha palma por alguns segundos antes de decidir segurá-la em um toque leve e gélido como o de uma mariposa. — São sirenes? — indaga, a voz desaparecendo mais a cada palavra dita. — Sim. A minha amiga do FBI vai cuidar de você. Tem mais garotas por aqui? Ela acena positivamente. — Por favor, nos ajude ─ pede, engolindo em seco; o sofrimento nítido no rosto tão belo, jovem e sem esperança. Coloco-a de pé. Sua estatura é minúscula comparada a minha. Continuo do seu lado por receio que caia. Ela não se encontra em condições de andar, claramente. — Vai ficar tudo bem. Seus olhos marejam enquanto a mulher concorda em silêncio. Logo, Veronica e os outros agentes entram no quarto para interrogá-la — o que é minha deixa para sair. Mas antes de me retirar de vez do lugar abominável, olho para trás... para aquele par de irises acinzentadas. — Obrigada — ela murmura para mim, sem som, só mexendo os lábios. E de todas as palavras que penso para descrever o momento, inesquecível me parece ser a mais adequada. ⋆ ⋆ ⋆ 「 Atualmente... 」 — "Ao meu sinal!" Do alto do prédio, mantenho meu olhar na mira telescópica do Rifle Sniper. Consigo ter uma visão perfeita do alvo pela janela da sua sala de estar: Edward Harding, um terrorista europeu infiltrado em solo americano. Depois de termos conseguido impedir a explosão do parlamento, sua última alternativa foi recorrer usar uma civil na frente do corpo — como escudo e garantia de sobrevivência, talvez até uma oportunidade de fuga. "Ledo engano... pelo menos enquanto o atirador for eu." Informo a equipe pelo meu rádio transmissor: — Harding está com a refém. Armado. Tem mais dois caras na porta principal e um na janela, a esquerda. — "Entendido — Hart retorna —, Townsend, você consegue atirar?" — Só estou esperando a sua autorização. — "Você a tem. Agora!" Aperto o gatilho. Harding vai ao chão no mesmo tempo em que a equipe invade o local trajando as máscaras de p******o tóxica. O gás lacrimogêneo causa uma neblina no lugar, uma névoa palpável de tão densa. As submetralhadoras disparam entre os tiros das pistolas dos cúmplices. Euforia. Adrenalina. Gritos. Prendo a arma no coldre. Uso a corda de rapel para descer do prédio com agilidade, o barulho do tiro efetuado por mim ainda fazendo um eco infernal na minha cabeça. "Dedo no gatilho... a bala é disparada... Harding cai..." Procuro o ar. Pocuro bem fundo. Então meus pés tocam o solo. Corro na direção do meu pessoal, avisando-os pelo rádio que estou perto o suficiente para lhes dar cobertura. — "Dois cúmplices neutralizados. Refém em segurança — a voz do Hart soa na minha escuta —, fugitivo indo na sua direção, Townsend." Desvio para o beco, seguindo o alvo — que tosse freneticamente durante a corrida. — Fugitivo indo pro Norte — reporto ainda correndo. Meus passos estão perto de acompanhar os seus. — "Hampton, fecha a rua!" Noto um movimento da mão do fugitivo, um breve levantar de desencaixe. "Arma!" "Três... dois... um..." Me jogo atrás do primeiro carro que vejo. "Agora!" Ouço o barulho do disparo. É uma questão de segundos. "Tic-tac... tic-tac..." A bala acerta o retrovisor. Sendo protegido pela lataria do Fiesta, saco a HK MP5. Consigo ver o sujeito correr pela calçada. "Pode correr, mas não pode se esconder..." Disparo, acertando sua panturrilha. Ele cai de joelhos. O estrondo dos tiros e o grunhido de dor chamam a atenção de alguns civis, que aparecem nas janelas para observar a operação — algo que com toda a certeza não é recomendado. Corro de volta até o elemento, abaixando-me para algemar suas mãos. — Situação sob controle — aviso no rádio, alertando o resto da equipe. ⋆ ⋆ ⋆ Conseguir entrar para a SWAT foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos três anos. A SEAL era a minha vida, e depois da dispensa tudo perdeu o sentido. Eu sou um soldado. Nasci para lutar, para estar em campos de batalha e proteger aqueles que precisam de p******o. E quando me tiraram isso, não restou mais nada. "Desnorteado", foi assim que me senti depois da dispensa. O sargento Townsend é quem eu sou, é quem eu nasci para ser. Não haveria outro caminho que um soldado pudesse seguir além da guerra; não haveria outra chance para mim... Até aquele dia. Quando olhei para aquela mulher de olhos tão frios e aparência tão fragilizada, alguma coisa mudou. Quando ouvi seu "obrigada" dito de maneira tão verdadeira, entendi que ainda não havia acabado para mim. Eu nasci para proteger. E poderia continuar fazendo isso. ⋆ ⋆ ⋆ Gardner dá um soco no meu ombro. — Eu pago a cerveja. — Valeu. Hoje eu quero ficar sóbrio — digo a ele enquanto tiro o colete. — Ih, isso é pior do que querer ficar bêbado. Hampton sorri, juntando-se a nós: — Deixa o cara seguir as regras. — Patetas! Gardner o empurra antes de sair. — Hoje ele está impossível — observo. — "Tensão pré paternidade." — Será? Antes que Hampton responda com alguma piadinha, o velho capitão Collier aparece com a agente Veronica Rowe do seu lado. — Ah, não... — Hampton murmura. Cumprimentamos os dois. — Olá, rapazes. Eu vim parabenizá-los pela operação de hoje. — Agradecemos, capitão. — Chame os outros, Hampton. Vamos fazer uma reunião em cinco minutos. — Ok. Meu colega sai, nos deixando a sós. Me sinto desconfortável com os olhares em mim. Ter Veronica aqui nunca é bom sinal. Quando a SWAT e o FBI se unem em uma operação, é porque bicho vai pegar. Conheço Roni desde os meus dezoito anos, quando iniciei o treinamento e ela ainda aperfeiçoava sua mira para ser policial. O irmão dela, Victor, foi meu parceiro de batalha. Acabamos grandes amigos mesmo depois de todo esse tempo. Ela é a mulher mais feroz e brilhante que já conheci. Seu olhar sobre mim sempre é preocupado, então nunca estranho. Mas observar o do capitão me faz pensar em muitas possibilidades — e nenhuma delas é boa. — O que aconteceu? — Caleb Bakeman — Roni começa —, esse nome te lembra alguma coisa? — Foi um dos caras que eu te ajudei a prender, há três anos. Capitão Collier continua me escaneando com seus olhos de ave de rapina. — Nós apenas queríamos confirmar, Townsend. — Por que? O que aconteceu? Hampton chega com o resto do pessoal e as outras equipes. — O que foi, capitão? — Agora que estão todos aqui, podemos começar. Cruzo os braços, esperando a informação que provavelmente será desagradável. — Alguns aqui já devem ter ouvido falar do Caleb Bakeman, um traficante de pessoas que sequestrou mulheres e as forçou a prestar serviços sexuais. É um currículo e tanto, eu sei. Muitas mulheres, até mesmo meninas, sofreram nas mãos dele. Bakeman foi preso há três anos graças ao FBI e uma testemunha crucial. — Ele me olha. — Isso aí, Townsend! — alguém grita do fundo. Logo, um coro de aplausos e assobios se inicia. — Muito bem, muito bem — o capitão cessa a algazarra —, embora esse tenha sido um feito muito importante, a notícia não é boa. Veronica dá um passo a frente, os fios loiros escapando do coque alto e os grandes olhos azuis claramente exaustos. — O Bakeman estava sendo transferido de uma das nossas prisões nessa manhã. Ele alvejou o motorista e mais três policiais antes de conseguir escapar. Ele teve ajuda. E algo nos diz que não vai somente cruzar a fronteira. Tenho uma memória muito nítida daquele dia: vários homens sendo presos, inclusive Bakeman e Dave Stoll, que peguei em flagrante. Recordo-me também das várias meninas e mulheres encontradas em cômodos minúsculos e insalubres; dos choros de alívio, rostos assustados e daquela moça ruiva que mesmo tão frágil tentava acalentar todas as outras. Aqueles olhos nunca me abandonaram. Aquele cinza tão triste jamais passou perto de ser esquecido por mim. Ela me fez perceber que eu ainda poderia continuar de onde não devia ter parado. Ela me agradeceu quando de longe seu último gesto devia ter sido esse. O que teria acontecido com ela? Com as outras? Como estariam seguindo? Nunca encontramos a verdadeira face por trás de toda a crueldade. Bakeman era apenas uma marionete que ilegalmente cruzava a fronteira com as vítimas, seguindo ordens de um demônio maior. Seu chefe parece ser inexistente, visto que não foi revelado mesmo depois de tudo. Ninguém sabe dizer quem ele é, onde mora ou qualquer mínima pista que talvez nos leve para a algum lugar. Mas vamos pegá-lo. Sei que vamos. Eu não vou descansar até que isso aconteça. — Por que você acha isso? — indago a Veronica, voltando a me concentrar no presente. — Muitas das garotas salvas naquele dia ficaram por aqui, nos Estados Unidos. Além de vários contatos dele, que o entregaram com um pouco de pressão. — Você supõe que ele queira vingança, então. — Sim. Mas de qualquer modo não podemos arriscar. Precisamos proteger as mulheres. Capitão Collier concorda: — E parar o Bakeman antes que o pior aconteça. ⋆ ⋆ ⋆ ➻ SEAL é uma força especial da Marinha estadunidense. Informações sobre o livro: ➻ Apesar de vivermos novos tempos, tráfico de pessoas ainda acontece muito mais do que podemos imaginar. [O que não deixa de ser uma v******o grave dos direitos constitucionais e fundamentais do ser humano. Caracteriza-se pelo r***o e recebimento de pessoas por meio de ameaça, uso da força ou outras formas de coação, envolvendo diferentes tipos de exploração (como serviço s****l, extração de órgãos etc) — um crime hediondo. Para denunciar disque 100!] ➻ Alerta de possíveis gatilhos! [1. Protagonista vítima de a***o s****l. Mesmo que sutilmente, as memórias e pensamentos da Allyn são retratados. 2. Protagonista policial. Alguns capítulos relatam as missões do j**k, consequentemente exibindo um pouco de ação e suspense.] ➻ Contém palavras informais e palavrões. [Classificação indicativa +16.] ➻ Perdão por qualquer erro em relação à profissão do j**k. [Infelizmente, a autora não conseguiu encontrar todas as informações que gostaria. Mas ela crê que conseguiu contornar até que bem.] ➻ Elenco: • Pierre Abena como j**k Townsend. • Helene Hammer como Allyn Gallagher. [Observação opcional somente pra ajudar caso queiram saber como a autora imagina os protagonistas. Fica a seu critério seguir ou não.] ➻ A plataforma censurou o nome do nosso sargento por algum motivo. (O_o) Ignorem.

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