Zoio narrando Tava na ronda, descendo o beco da Grota com a mão no cabo da Glock, quando o rádio chiou no cinto. — Zoio, atenção na barreira. Tem uma mina aqui querendo trocar ideia. Fala que quer alugar casa... — voz do Ferrugem, ligeira, meio rindo. Falei nada. Só virei a moto e subi. E é f**a, né? Tem coisa que a gente sente. Intuição, malícia, sei lá como chama. Mas quando eu parei ali na entrada e vi a mina… eu soube. Aquele tipo não engana ninguém. Corpo de pecado, olhar de veneno, fala doce com língua afiada. Cara de p**a. Do tipo que se oferece sem nem saber teu nome, mas guarda faca na calcinha. — Que cê quer na favela? — perguntei seco, só pra ver a reação. Ela veio com papo de que queria casa, sozinha, quietinha... Quietinha é o c*****o. Aquela ali não para nem dormin

