Rafaela narrando A batida do pagode tava no ponto. Copo na mão, batom no lugar, short colado e alma leve era assim que eu não me sentia. Eu, Karina e Dandara sambando no meio da roda, rindo alto, deixando o som bater no peito. Era Domingo, era morro, era vida. De longe, eu senti. O olhar dele. O Rei. O dono do tráfico. O homem que comanda essa p***a toda o homem que eu entreguei para minha vingidade. Ele tava ali, com aquele olhar que... p***a, que parecia me despir inteira só de passar por mim. Engoli em seco, mas continuei dançando. Não ia dar moral. Até porque Danielle chego do nada, toda montada, se esfregando nele como se fosse dele. Eu virei o rosto, fingindo que não doeu. "f**a-se", pensei. “Não é nada meu.” Foi aí que um homem alto, moreno, sorriso branco e olhar atrevido

