Sete

1162 Words
Sam — Não esperava ver Jacob naquele fim de tarde, quando eu estava sorrindo das muitas besteiras que Anthony e Amos contavam. Estávamos em frente ao celeiro, ele surgiu montado no Rufos, com todo seu esplendor, nos cumprimenta com indiferença, manda Anthony guardar o cavalo e sai se achando um rei, só se for o rei da cocada preta. — Que ser insuportável! Não sei se conseguirei trabalhar com essa criatura Ele é um arrogante. — Aí que você se engana, ele apesar da fortuna é um cara muito simples, não sei que bicho o mordeu agora, deve estar cansado só pode! – Amos diz em defesa do príncipe e eu reviro os olhos vendo Anthony voltar para perto de nós rindo do meu gesto. — O que eu perdi? — Anthony pergunta enfiando as mãos nos bolsos da calça com cara de desconfiado olhando de um para outro enquanto Amos solta uma gargalhada. —Ah, Anthony, é só o Amos que virou advogado de defesa do arrogante e babaca do filho do patrão, parece até que ele tem um rei na barriga. — Digo com deboche passando as mãos no cabelo. — Sam o Amos diz a verdade, Jacob realmente é um cara legal, não tem nada de arrogante. — Quer saber vou pra casa! Bando de puxa saco! Boa noite! — Digo e saí sem nem esperar por resposta, só escuto as risadas deles e fico ainda mais irritada. Sigo o caminho todo pensando porque aquele babaca do Jacob me deixa assim, de um jeito que nem sei explicar. Solto ar dos pulmões devagar e caminho apressada até chegar em casa, que fica bem perto do casarão da fazenda. Cheguei e mamãe não está, pois as lâmpadas estão todas apagadas, e agradeço por isso. Então vou até a cozinha beber água e em seguida vou para meu quarto. Tomo um belo banho frio, e visto um pijama. Sento-me em frente ao computador, preciso estudar para o meu doutorado, depois de um tempo estudando, Jacob volta para meus pensamentos e desisto de tentar me concentrar na leitura, pois não via a hora que peguei no sono. Acordo com minha mãe me chamando e dizendo que passava das sete, como pude dormir tanto assim? Me levanto vou para o banheiro escovo os dentes, olho para o espelho e me vem à imagem de Jacob na cabeça, recobro minha sanidade e tomo um banho gelado para despertar, lembrar dele me deixa irritada. Saio do banheiro, visto calça jeans confortável e uma camiseta branca, faço um r**o de cavalo, pego minha maleta e vou para a cozinha. Encontro meu pai tomando seu café, com aquela calma que só ele tem. Aproximo-me dele abraçando-o e dando um beijo nas suas bochechas enrugadas, sento de frente para ele que sorri, eu abro um sorriso sincero em resposta ao dele, amo muito meu pai ele sempre cuidou e cuida de mim, se preocupa hoje igual quando eu era criança. Depois de tomar um café tranquilo na companhia do meu pai, passo a manhã toda organizando para a vacinação dos bois que começa amanhã, dia primeiro de novembro, e vai até dia trinta, isso significa que o trabalho vai ser intenso e cansativo. Termino meus afazeres e volto para almoçar. Hoje vou comer no casarão, ao entrar na cozinha escuto vozes vindo da sala de jantar e uma voz feminina chama minha atenção, sou bastante curiosa e imediatamente olho para mamãe com cara de interrogação, ela se aproxima e diz: — Seu Mathias e sua Neta Caroline vieram almoçar e desejar boas-vindas ao Jacob. — Mamãe diz baixinho para que só eu escute. — Aquela patricinha, lembro dela! — mamãe assentiu concordando. Eu e mamãe almoçamos na cozinha e aproveitamos o momento para pôr a conversa em dias, termino de almoçar lavo meu prato mesmo mamãe falando que não precisa, seco minhas mãos no pano que está em seu ombro e aproveito a proximidade para dar um beijo em sua bochecha. Saio da cozinha indo para minha casa descansar um pouco. Teremos uma reunião com Jacob daqui algumas horas. Depois de um descanso merecido, saio de casa e encontro o Amos que também está indo ao celeiro e seguimos juntos. — Oi Sam! Preparada para a reunião? — Sim, um pouco ansiosa! A Kimberly vai viajar quando para Northlake? — Mudo de assunto porque não tive tempo de estar com Kimberly pela manhã, só soube que ela viajaria hoje porque recebi uma mensagem dela na hora do almoço. — Vai hoje! À tardinha vou levá-la a Salth para pegar o ônibus. Estamos conversando, eu digo sorrido e gesticulando com as mãos, é um hábito que tenho desde criança, olho para o lado e vejo Jacob se aproximando. — Boa tarde! Foi bom vê-los por aqui! Vamos para o escritório para termos a nossa reunião, pois preciso ficar a par da saúde dos nossos animais. — Jacob diz rápido e ofegante. Não deixo de reparar o quanto ele é bonito, camisa xadrez e uma calça jeans preta, fico b***a admirando tanta beleza. Saio do transe quando ouço Amos responder. — O que você acha de reunirmos lá no celeiro já estamos aqui mesmo? — Tudo bem pra mim, e para você Samantha? — Concordo também! — Falei já entrando no celeiro e sentando no feno os outros fazem o mesmo. —Bom! vocês já devem já está sabendo que eu voltei para administrar a fazenda Howard Ranch junto com meu pai. Como é do conhecimento de todos, meu pai está com arritmia cardíaca, por isso estou aqui para que ele não precise ter nenhum tipo de aborrecimento ou fazer qualquer esforço físico. Pelo que percebi, e pela a conversa que tive com meu pai, vocês têm tudo sobre controle e cumpre as obrigações de vocês com honra, espero que com a minha chegada tudo continue acontecendo como tem de ser e possamos unir forças para que melhore ainda mais. — Fico agradecida pela a oportunidade que seu Anthony me deu, sou recém formada, mas dou tudo de mim para cumprir minhas obrigações, como o senhor também é veterinário assim como Amos pode está me orientando caso falhe. — Digo olhando para minhas mãos cruzadas em cima do meu colo tentando esconder o nervosismo. Amos explica com detalhes tudo que está acontecendo. Jacob presta atenção em tudo que é dito. — E como já é do seu conhecimento, amanhã inicia a vacinação de todo o rebanho e vai até dia trinta como previsto. — O nervosismo inicial desapareceu me deixando mais segura, foi uma reunião agradável que nem vi as horas passar. — Gente, até mais! — Amos diz já levantando. — Tenho um compromisso agora que não pode ser adiado. — diz já indo em direção a saída. Dou um sorriso tímido para o Jacob que sorri de volta, ele levanta e estende a mão para me ajudar levantar, aceito e ficamos bem próximo, ele aponta para a saída.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD